À noite, os oficiais da Frota são levados até o salão onde o jantar será realizado. O local é luxuosamente mobiliado e tem uma bela vista da costa da ilha, contrastando com as características mais espartanas das áreas de serviço da base.



Cerca de cinco minutos após o grupo chegar, Lady Inara entra.



Boa noite, senhores. É um prazer revê-los. Gostaria de apresentar outros membros do nosos grupo, diz Inara, fazendo um movimento do braço para indicar as pessoas que a acompanham. Os senhores já conhecem o capitão Malcolm Reynolds.



Essa é Zoe Washburne, nossa imediata.



Esse é o nosso médico, o doutor Simon Tam...



... e sua irmã, River.



Kaylee teve que ficar coordenando o reparo da Lady Eloise, mas disse que tentará se juntar a nós -- nem que seja para a sobremesa, Inara diz e sorri.

Jarina  guarda o nome de todos e acena com a cabeça assim que é formalmente  apreentada a cada u mdele, e espera então que seu capitão faça as honras de apresentar a equipe, mas está cada vez mais curiosa pelo modo de vida desses  homens e mulheres.

O médico também acena com a cabeça de forma amistosa esperando a apresentação pelo Capitão.

Bando de bucaneiros. Com três mulheres a bordo, esse Reynolds dá muita chance para o azar.

Armado com phaser à cintura, como havia dito que estaria, o capitão Nigel Harriman começa as apresentações.

- Milady, capitão Reynolds, esses são o comandante Kah Voorin, meu imediato; o tenente Karlheinz Sato, nosso bom doutor; a tenente Jarina Klax; o tenente Samuel Carter, o timoneiro; e o tenente Ian Smith, responsável pelo bom funcionamento da Nautilus.

O que faz mesmo a Klax?

Ao se sentar, Harriman pergunta para Reynolds.

- Capitão, onde está seu homem-de-armas, Jane, creio?

Jayne é um execelente homem para ter ao seu lado em batalhas, mas seus bons modos deixam a desejar. Ele mesmo não quis vir -- odeia formalidades, diz Malcolm com um sorriso.

O garçon traz uma entrada de carpaccio, pão, manteiga e azeitonas; para beber, há vinho tinto e branco. Após alguns minutos de degustação e comentários sobr eo gosto dos alimentos e a dificuldade de se obter alguns produtos em Uta, Inara e dirige aos oficiais.

Capitão, senhores, espero que tenham passado uma tarde agradável, apesar das condições não tão ideais da nossa base. Estive conversando com o capitão Reynolds e tentando entender melhor a sua situação. Por mais incrível que possa parecer, os senhores vêm de outro universo, ou de uma dimensão paralela. Um lugar aparentemente avançado e, de certa maneira, similar ao nosso universo, salvo certos tipos de tecnologia.

Inara faz uma pausa, bebe um gole de vinho branco, limpa delicadamente sua boca com o guarda-napo e continua.

Supomos que os senhores desejem retornar ao seu mundo e gostaríamo de propor um acordo: lhes daremos toda a ajuda possível, tanto em material quanto em pessoal; em troca, os senhores compartilharão sua tecnologia conosco. O que acham?

Claro que vou passar a avançada tecnologia de guerra da Federação para esses bucaneiros... E esse capitão, que deixa uma mulher falar por ele? Ou é frouxo ou é ardiloso...

Olhando para o capitão Reynolds, Harriman responde a Inara.

— Milady, infelizmente, pelas regras da instituição que represento, a nossa tecnologia não pode ser cedida àqueles que ainda não atingiram o grau de inteligência para desenvolvê-la. É como dar um veículo nas mãos de uma criança, se entende a analogia. Queimar etapas pode ter consequências drásticas para as civilizações, tanto a sua quanto às demais desse universo — Harriman pigarreia. — Ainda assim, agradeceria se nos indicasse o caminho para as autoridades desse setor, um corpo de governo galático, se vocês têm algo do gênero.

Assim eu conversaria e negociaria de igual para igual, e não com gente da sua estirpe.

Inara sorri, enquanto, com um gesto, ordena ao garçon que traga a sopa.

Capitão, entã não há problema. Sua tecnologia já existe em nosso universo, ela é apenas escassa e cara. Entendo sua cautela, mas lhe asseguro  que temos a competência técnica e a ética para poder usá-las, diz Inara.

Não somos piratas, capitão, acrescenta, subitamente, River.
This message was last edited by the GM at 16:55, Tue 02 Feb 2010.

KLax tenta ler o gestual dos anfitriõe spara perceber se falam a verdade ou não. Percebendo que talvez o capitão poderia ter escolhido  palavras melhores.

E ai Fred dá pra saber se estão mentindo ou não.

tecnologia escassa e rara?  Acho que não entenderam nada que o capitão falou

Smith continua procurando por um pouco de água e atento às pessoas ao redor.  Ainda não está conformado por terem ido ao jantar nem esqueceu do que aconteceu na nave.

smith está com o phase na cintura e com disposição de usá-lo

O capitão dispara um olhar um tanto intrigado e irritado para a jovem River.

Ela... leu meus pensamentos? Vou raciocinar em klingon agora.

— Bem, milady, se puderem fornecer provas dessas afirmações, tanto da existência da tecnologia em sua sociedade quanto das boas intenções de sua tripulação, aí é um caso a se pensar. Por enquanto estão sendo bons anfitriões, mas realmente não sabemos nada sobre o seu capitão... — volta o olhar para Reynolds, depois de novo soslaio para River.

Que provas o senhor deseja, capitão? pergunta Inara.

Se quer saber algo de mim, é só perguntar, Harriman, Reynolds responde enquanto o garçon serve água ao sedento Smith.
This message was last edited by the GM at 17:41, Wed 03 Feb 2010.

- Alguns videos de sua sociedade, noticiários, dados enciclopédicos para que entendamos onde estamos antes que tomemos decisões apressadas, milady - responde o capitão. - E sobre o senhor, capitão Reynolds, fale-me um pouco de sua nave, essa base, a vida que leva no comando da Lady Eloise. Em contrapartida, pode perguntar o que quiser sobre mim e meu comando na Nautilus.

Disponibilizarei o que tems para o senhor e seus oficais, capitão. Não temos nada a esconder. E adoraria saber mais sobre os senhores e seu mundo, diz Inara.

Reynolds bebe um gole de vinho tinto antes de responder ao capitão da Nautilu. Não somos uma marinha, Harriman. Não somos sancionados por um governo. Todas as pessoas nesta base são vítimas dos 'gatunos' -- foram expulsos de seus planetas, tiverem parentes e amados chacinados, e foram abandonados pelo Terceiro Império. Lady Eloise, a avó de Lady Inara, se cansou de ver seu povo sofrendo na mão desses monstros e usou sua fortuna para financiar uma operação de resistência. Foi aí que conheci Inara. Me juntei ao grupo assim que soube de sua existência. Não somos piratas, somos apenas um grupo de pessoas tentando fazer uma diferença. Reynolds termina com outro gole de vinho.

Uma boa causa, eu gosto disso, parece quee stamsoa  olado dos mocinhos, afinal das contas.  Não sei se o capitão vai conseguir resistir a tentação de ajudar essa gente

Harriman se vira para Inara.

- Grato, milady. Diante do exame desse material com meus oficiais, tomaremos nossas decisões. Quanto a nós, somos a Marinha de facto em nosso universo. A Frota Estelar protege, explora, auxilia e pesquisa em nome dos planetas que formam a Federação e, naturalmente, estende uma mão para as civilizações que ainda não se aliaram, desde que peçam ajuda de boa fé.

Então volta-se para Reynolds.

- Então, pelas suas palavras, vocês lutam contra esse Terceiro Império e esta base em Uta seria um covil rebelde?

Por que há sempre descontentes e levantes contra um império?

Não, Harriman, somos "cidadãos" do Terceito Império, diz Reynolds, fazendo aspas com as mãos. Nossos problemas são os 'gatunos', os aslan. Eles são uma raça alienígena com a qual o Império esteve em guerra, mas assinou um tratado de paz há 500 anos. O problema é que os 'gatunos', que se dizem uma raça guerreira honrada, se dividem em clãs. O tratado foi assinado com os grandes clãs e teoricamente valeria para a raça inteira, mas os pequenos clãs continuaram nos atacando. É óbvio que os grandes sabem e auxiliam os pequenos -- é uma maneira de continuar ganhando sem causar problemas diplomáticos. Já reclamamos várias vezes com o governo, mas o Império se interessa mais por outras áreas, diz o capitão da Lady Eloise. É possível perceber a raiva em sua voz.

Isso é ridículo! Por que temos que nos explicar para essa gente?! interrompe Zoe.

Voorin observa a troca sem deixar de notar a erro, talvez proposital, do capitão em relação a 1a diretriz e a palavra "alienígena" proferida por Reynolds.

A diplomacia nos guia a entendimentos racionais mme. Zoe, me parece ser essa a intenção do sr. Reynolds. E a Federação é muito cuidadosa ao se envolver em conflitos armados, como oficiais temos a obrigação de nos informar o melhor possível antes do capitão poder chegar a uma decisão.  Se nos permitirem chegar a uma decisão

Sato observa tudo atento. O clima estava esquentando.
Essa indignação deles pode indicar alguma verdade. Espero que seja.
Desculpe interromper, srs. De nós os senhores não precisam temer. Auxiliei seu médico em tudo que pude sem nem questionar. É uma questão de humanidade e de boa fé pois sempre me preocupei pela vida. Nosso capitão, além de tudo, quer garantir que estaremos seguros antes de prosseguir. E creio que se nos conhecerem melhor e se permitirem conhecer será esclarecedor para todos. Sato tenta passar simpatia e tranquilidade.

Zoe olha para Voorin com estranheza. Só tem um problema com seu raciocínio -- vocês não estão numa posição superior à nossa. Sem nossa ajuda, vão ficar em Uta, ou pelo menos neste sistema, para o resto da vida.


Simon aproveita a colocação de Sato e a reforça. É verdade, dr. Sato. Sua ajuda foi muito valiosa hoje. E o que o senhor disse vale para nós também.

Inara, também percebendo que o nível de atrito está aumentando e não querendo que o incidente no espaço se repita, interfere.

Por favor, senhora e senhores, não precisamos nos exaltar. Todos temos muito a ganhar com esta parceria. É uma situação nova e é óbvio que precisamos ajustar alguns detalhes, diz e faz sinal para que o primeiro prato seja servido: filé de peixe grelhado, temperado com especiarias e acompanhado por um cereal cozido similar a arroz e uma espécie de castanha.

Milésimo post do GM. Ieeeeiiiii!!!!

Mme. Zoe, a sra me interpretou mal, não estou discutindo nossa posição, estou perfeitamente ciente dela até o momento. Nem tão pouco era minha intenção, por assim dizer, barganhar, mas estava relevando o fato de que há diretrizes as quais somos subordinados, independente da precariedade da nossa situação., diz Voorin calmamente.

Senhor, nao somos daqui, quanto mais os senhores nos falarem de seu universo, mais poderemos entender sua cultura e seus modosde vida. Esse e um dos meus trabalhos como conselheira da USS NAutilus

Ah, é isso que ela faz!

Harriman ignora o piti de Zoe e deixa que seus oficiais retruquem sua grosseria. Ele dirige-se ao capitão.

- Creio que seja o momento de desfrutarmos da refeição e sua hospitalidade, capitão. Como disse, assim que analisarmos os dados sobre seu universo, chegaremos a uma decisão. Sua ajuda é, de fato, bem-vinda. Asseguro-lhe que, fosse a situação reversa, os cientistas da Nautilus não descansariam até que fossem devolvidos à sua realidade... sem "custo". Mas pensarei em sua proposta uma vez munido de fatos e diante uma reunião com meus valorosos comandados.

Duvido que esses bucaneiros saibam sair de um saco de papel. Estão de olho em nossa tecnologia. Ops, a menina pode estar lendo meus pensamentos.

Harriman olha de soslaio para River enquanto mete uma garfada na boca.

Será que é a vagabundinha do capitão?

Muito bem, capitão, é só isso que peço, diz Inara com um sorriso, e sinaliza a entrada do segundo prato.

Harriman percebe que River olha intentamente para ele num segundo, depois seu olhar e desvia e fica etéreo, como se ela tivesse se desligado do mundo, e no momento seguinte volta a ter foco, mas dessa vez voltado para seu prato.

Hummm... muito estranho esse olhar. Pensa Sato sendo discreto nas observações aos presentes.

Quando o jantar propriamente dito termina e os convidados estão tomando chá e café, Inara liga para Kaylee e pede que esta passe os arquivos da enciclopédia para Smith. A engenheira prepara um cassete que faz Smith lembrar dos disquetes usados no século 23. Usando seu tricorder, ele copia as informações para que sejam lidas depois.

O jantar termina e os oficiais da Frota voltam para a Argonauta.