Uma hora antes do nascer do sol, como combinado, Thomaz desperta os guardas com discretas batidas na porta de seus aposentos e avisa que um desjejum está servido na cozinha. Todos dormiram bem, exceto por Emyric que, uma vez mais, foi acometido pelos terríveis pesadelos que o afligem há anos.

Após se abluirem e vestirem, os membros da Guarda Real se dirigem ao local indicado, onde encontram pão fresco, ovos cozidos, manteiga, queijo, carne assada, suco e chá a sua disposição. A cozinheira, uma senhora rechonchuda e de tez pálida, mas rosto avermelhado, os informa de que farnéis já foram preparados e entregues aos legionários.

Próximo ao nascer do dia, já de estômago cheio -- definitivamente, os Waykeepers sabiam como tratar seus convidados, pelo menos no quesito alimentação --, os guardas se dirigem ao pátio interno do fortim. Lá encontram os legionários e suas montarias, assim como o guia.


Minha dama, meus senhores, bom dia. Sou Walmer, mestre de caça de lorde Keiff. Serei seu guia e intérprete aqui em Roadend. Não sei se sabem, mas trolls são criaturas noturnas, então a chance de o encontrarmos de dia é quase nenhuma. No entanto, posso levá-los até o local dos ataques. Os primeiros ocorreram nas encostas, onde os criadores de ovelhas levam seus rebanhos para pastarem. Depois, o alvo foi o rebanho de gado aqui de baixo.

E há cerca de uma semana, uma patrulha logrou encontrar o troll, mas o desfecho foi trágico. Todos, com exceção de um, morreram. O sobrevivente chegou até nós com ferimentos graves e não resistiu. Desde então, tem havido um toque de recolher na região.
This message was last edited by the GM at 23:24, Wed 06 Dec 2017.

É um prazer conhece-lo Mestre Walmer, meu nome é Lissandra.

Vamos seguir para o local do ultimo encontro com o troll e de lá vemos para onde seguir.
 Quanto tempo de viagem até o local?
This message was last edited by the player at 00:39, Thu 07 Dec 2017.

Norin se aproxima do mestre-de-caça, tentando mostrar iniciativa e não deixar transparecer sua excitação, Mestre Walmer, sou Norin de Ravenmoors, permita-me algumas perguntas. Seria possível rastrear o troll até onde se esconde durante o dia e pegá-lo enquanto dorme? E é sabido de que se trata apenas de uma criatura?


Afinal mestre Walmer, sabe-se que troll lairs costumam esconder tesouros, até mesmo antigas espadas élficas! A Glamdring é minha!:D
This message was last edited by the player at 00:39, Thu 07 Dec 2017.

E eu sou Emyric e como meus colegas eu saúdo e conto com vossa sabia instrução dos arredores e localizações para nos guiar até o encontro com o troll. Trolls poderiam viver em comunidade? Digo isso como contemplando a pergunta de Norin. Diz Emyic.

Cerca de uma hora, dama Lissandra.


Talvez, sir Norin, mas acredito que a esta altura os rastros já tenham sido apagados, pois os últimos dias foram de chuva. Outros animais sumiram desde o ataque, mas devido ao perigo do troll, eles eram mantidos longe das habitações, então ninguém viu a criatura.

É possível que haja mais de um troll, mas isso seria incomum, embora não impossível. O guarda que sobreviveu ao ataque relatou apenas uma criatura.


Já houve ataques de grupos de troll, sir Emyric, mas isso foi há décadas, durante um inverno particularmente rigoroso. O que sabemos é que costumam viver em bandos, mas há machos solitários, responde Walmer, que parece ponderar algo antes de continuar.

Minha dama e meus senhores, se me permitem, gostaria de ressaltar o perigo desta criatura. Só conheço a Guarda Real de sua fama, mas sei que os senhores possuem habilidades fantásticas e são mais poderosos que feiticeiros. Contudo, um troll é um inimigo formidável. São mais fortes que ursos e sua pele é dura como a pedra. Alguns dos mais potentes são capazes de se recuperar rapidamente de seus ferimentos. E, apesar de seu tamanho, não são necessariamente lentos. E não deixem se levar pelo fato de que trolls possuem pouco intelecto -- eles têm instintos de caça aguçados.
This message was last edited by the GM at 02:40, Thu 07 Dec 2017.

E com que frequência são os ataques da criatura?

A cada duas ou três noites, sir Emyric, Walmer responde. Vendo que o guarda está com uma armadura de placa completa, ele acrescenta.

Senhor, os trolls também têm garras afiadas que podem rasgar até a sua placa completa. Minha estratégia, e a de muitos que conhecem essas criaturas, é a de se manter longe delas. Sua armadura pode comprometer isso, sir Emyric, embora entenda que a proteção adicional possa ser a diferença entre vida e morte se o senhor for pego pelo troll.

A armadura é só um complemento do que possuo e bem ele vai ter que ao menos se esforçar para me pegar e se ele se distrair tentando pegar a mim talvez isso dê a meus companheiros um alvo mais fácil. Completa Emyric e aperta com força o símbolo sagrado que Alana lhe dera.

Um pensamento ocorre a Norin que levanta os olhos, mostrando sua pouca idade, e se dirige ao mestre-de-caça com uma voz um pouco mais animada do que pretendia, Mestre Walmer, os trolls possuem alguma preferência de animal, boi, ovelha? Precisamos atrai-lo para um local, onde possamos montar um ataque organizado. termina o jovem com um gesto decisivo.

Eles não parecem ter preferência, sir Norin, pegando aquilo que estiver a mão.

Sua ideia é boa e, com os senhores aqui, há chances reais de não terminar com a morte de todos, diz Walmer como se o comentário não tivesse sido extremamente funesto. Ele imediatamente parece perceber o que fez.

Um... Perdão. Minhas palavras foram soturnas demais. É que conheço o histórico dos encontros do povo de Roadend com os trolls. Mas acredito realmente que os senhores farão a diferença.
This message was last edited by the GM at 15:44, Thu 07 Dec 2017.

É para isto que existimos e não se preocupe com palavras soturnas, já lidamos com situações bem piores.

A ideia de montar um armadilha é bastante interessante, Sir Norin, vamos reconhecer o local e identificar um bom local para tentar montar a armadilha.

Vamos criar um sistema de alarmes para podermos identificar onde o troll apareça caso não seja onde esperamos e a partir dai o caçamos.

Lorde Keiff me deu autoridade para ajudá-los no que for preciso. Posso confiscar uma ovelha ou mesmo uma vaca, se for necessário, mas é melhor irmos andando, diz Walmer.

O grupo parte do fortim e atravessa o Camiho Real, tomando uma via secundária que segue para leste paralela às montanhas Cinzentas. A estrada corta o campo e é possível ver paisanos na colheita, no pastoreio ou seguindo para algum lugar.

Depois de meia hora o caminho entra numa floresta não muito fechada. Para norte, é possível ver que a mata se estende montanha acima. Para o sul, a folhagem volta e meia abre, revelando novamente o campo. Depois de 20 minutos, no entanto, essas aberturas somem e o grupo se vê cercado pelas árvores.

Mais ou menos uma hora após saírem do fortim dos Waykeepers, os guardas chegam a uma clareira. Apesar dos vários dias que passaram, é possível ver os sinais da luta: uma árvore jaz tombada -- seu tronco despedaçado na altura da cabeça de um homem; pedaços de arma estão aqui e ali, assim como de pessoas e cavalos, embora estes estejam se decompondo ou quase completamente sem carne.

Walmer para seu cavalo e se vira para os guardas.

Foi aqui que a patrulha encontrou o troll. Segundo o sobrevivente, ele simplesmente passou na frente deles carregando uma vaca. Estava indo para o norte. Quando viemos aqui, no dia seguinte, não encontramos nem os corpos dos homens nem os cavalos mortos. Achamos que o troll tenha levado todos.