Não conheço esta região, não há nenhum nobre que nos possa oferecer abrigo nesta estrada? fala o jovem sobrenatural, tentando controlar o tremor de frio em sua voz.

A sugestão de Norin desperta uma memória em sua mente e na de Emyric: havia de fato um nobre na região. Um cavaleiro que havia sido enfeudado cerca de 40 anos antes e agraciado com as terras cobertas pela mata da Peneira. Como nome dinástico, o cavaleiro havia escolhido sua alcunha e agora se chamava lorde Cristano Carvalho. Apesar de idoso, nem Emyric nem Norin haviam ouvido qualquer notícia sobre seu falecimento.

A torre de lorde Cristano não estava distante. Seguindo por mais 1 km na Via Verde, o grupo tomaria uma estrada secundária para norte e percorreria mais 1 ou 2 km até a morada do senhor da mata da Peneira. Os guardas calculavam que, em uma ou duas horas, poderiam ter um teto sobre suas cabeças.

Norin, voce é o mais rapido entre nós, acha que consegue chegar la e voltar com a resposta se podemos pousar na torre de Lorde Cristano? Não esqueça de mencionar a Troll.

Sim, senhora. Mas talvez a situação exija impormos nossa autoridade, como Guardas Reais, não?

Nós temos a autoridade, mas impo-la é uma situação delicada.

Lembre-se Norin, poderia ser a sua casa. Você  gostaria de ver sua familia no mesmo teto que um Troll?

Ela fala a verdade, porém se você, Norin apelar a seu senso de dever e cavalaria talvez o fidalgo entediado torne-se por um momento o desbravador de outrora e não se importe em nos receber.

Muito bem, volto o mais rápido que puder. Norin invoca os ventos levanta vôo. A chuva atrapalha sua visão, tentando voar próximo às copas das árvore, mas sem perder a estrada de vista, o sobrenatural segue o mais rápido possível para achar a morada de lorde Cristano.

Norin avança, mas bem mais lento do que gostaria, já que a escuridão impede a navegação visual e o força a usar seus sentidos aéreos. Ainda assim, seu progresso é rápido se comparado ao grupo que deixou, que continua a viagem no ritmo de antes.

Em alguns minutos, ele chega à estrada secundária e, poucos minutos depois, o jovem guarda chega no fim do caminho: uma clareira de cerca de 30 m de diâmetro. O espaço é dominado por uma torre de pedra de 15 m de altura e 8 m de lado a lado; ao seu redor, um fosso de 2 m de largura cheio pela metade. Ao redor da estrutura, Norin vê uma horta, algumas cabanas de pau-a-pique, uma tenda com uma forja e uma estrutura longa de madeira que se assemelha a um estábulo. Todos parecem vazios.

A torre possui cinco andares. Os três primeiros apresentam seteiras apenas, mas os dois níveis mais altos têm janelas. A luz bruxuleante de uma fogueira ou vela emana das seteiras do primeiro andar  e das janelas do níveis superiores.

Quando Norin se aproxima da larga porta de madeira da torre, ele ouve o latido de mais de um cão vindo de dentro. Os animais parecem ter percebido sua presença, porque além de latir, escavam o chão junto à porta.

Antes que o jovem guarda possa falar algo, uma voz masculina no interior da torrer ralha com os cães, aquietando-os, e pergunta:

Quem se aproxima?! Identifique-se ou sofra as consequências!

Norin aliviado por obter uma resposta, levanta a voz para respoder, Milorde, me chamo Norin de Raven Moors, da Guarda Real! Vos rogo abrigo para mim e meus companheiros!.

Guarda Real?! Não pode ser! Furdermohr seja louvado! exclama a voz masculina.

Hum... Como saber se isso não é um truque? Mostre o seu broche. Se tentar algo, atravasserei-o com a lança mesmo estando do outro lado do fosso, diz o homem.

Então, a pesada porta se abre parcialmente. Norin vê parte de um rosto espremido na nesga e a ponta de uma lança emergindo logo abaixo.

Vamos! Mostre o broche!

Veja, milorde., responde Norin aproximando o broche da porta.

e apertando a bombinha de gás hilariante venenoso...

O homem inspeciona atentamente o broche e, aparentemente satisfeito, abre a porta, revelando ser apenas um soldado e não lorde Cristano. Rapidamente, uma prancha quase da largura da porta é esticada até o outro lado do fosso e Norin é quase arrastado para dentro.

Esse andar parece ser a cozinha e despensa da torre, com um enorme fogão/braseiro no centro. Mas oq ue chama a tenção mesmo é a grande quantidade de animais -- porcos, galinhas, cachorros, duas mulas e um cavalo -- que estão lá dentro, junto com sacos de farinhas, queijos, linguiças e outros alimentos.

Apesar da balbúrdia dos animais confinados, Norin consegue ouvir vozes vindas do andar de cima pelo alçapão da escada de pedra que margeia a parede, subindo em espiral da direita para a esquerda.

Meu senhor, não tenho como expressar meu alívio por vê-lo! Já avisei sir Galston e ele deve estar descendo. Mas... O senhor não disse que estava com outros guardas? diz o soldado em rápida sucessão.

Antes que Norin possa responder, um homem surge, descendo a escada com saltos que ganham vários degraus. Ele porta uma espda na cintura e veste uma cota de malha que já viu dias melhores. Ao ver Norin, ele se surpreende, como se tivesse duvidado da notícia de que um guarda real se encontrava na torre.

Meu senhor, Bem-vindo à Torre Solitária, lar de lorde Cristano Carvalho. Sou sir Galston, capitão de sua guarnição, diz o cavaleiro, fazendo uma pequena vênia.

---

Na Via Verde, o grupo continua avançando, mas agora há algo de sinistro no ar. Ninguém consegue precisar o quê exatamente, mas até Dakurga parece mais atenta aos arredores. Os sentidos sombrios de Lissandra parecem confirmar que o grupo pode estar em perigo.
This message was last edited by the GM at 15:18, Thu 15 Feb 2018.

Lissandra faz um sinal para emyric e para o cabo para que fiquem atentos ao redor.

Ela ajusta suas espadas se preparando para um saque rápido se necessário.

Norin examina tudo com atenção, Alguns lordes estão mais próximos dos comuns do que de outros lordes..., e responde ao soldado, O alívio é mutuo, mestre. Meus companheiros estão vindo pela estrada, vim na frente para pedir abrigo ao Lorde Carvalho.

Norin se volta ao capitão da Guarda, Sir Galston, agradeço a hospitalidade do Lorde. Estou sob o comando de Lady Lissandra e estamos voltando ao Fortim Negro trazendo um prisioneiro. No entanto, antes de trazê-lo gostaria de uma palavra com Lorde Cristano. Lady Lissandra me pediu que assim o fizesse, antes de trazer o prisioneiro para cá.

Claro, meu senhor. Me acompanhe, por favor, diz Galston, já virando nos calcanhares e subindo pela escada.

O segundo andar parece ser um depósito, com mais suprimentos, armas, equipamentos. No momento, está ocupado por cinco famílias que parecem estar usando o espaço como sua casa temporária. Todos aparentam medo e apreensão.

O terceiro andar é o alojamento de seis guardas, dois dos quais dormem no momento, e local de armazenamento de mais equipamento. Outros três guardas, vestidos com couro leve e armados com lança, s epreparam para descer. Eles saúdam Galston e Norin quando estes passam.

O quarto andar se divide entre os aposentos e escritório de Galston e depósito de pertences que parcem ser de lorde Cristano.

O quinto andar é dividido entre um quarto relativamente suntuoso, se comparado aos aposentos inferiores, e um escritório dominado por uma grande escrivaninha de carvalho à qual senta-se um ancião trajando uma armadura de placa que parece um pouco folgada em sua forma esguia. A despeito disso, Norin consegue perceber o porquê da alcunha "carvalho" -- os longos braços e tronco revelam que lorde Cristano deve ter quase 2 m de altura.


O senhor da Torre Solitária levanta os olhos do livro que fitava e aperta os olhos na direção de Norin, tentando discernir a identidade deste na esparsa iluminação provida pelas velas.

Galston apresenta Norin genericamente, se dando conta de que não sabe o nome do guarda real.

Com uma voz que denota sua idade -- Norin calcula que Cristano deve ter por volta de sete décadas de vida --, o lorde da Torre Solitária saúda o guarda.

Bem vindo, sir...? É uma honra tê-lo em minha humilde morada. Perdão por não poder lhe oferecer a cortesia devida, mas me encontro em um momento delicado, sob ataque de um mal traiçoeiro e preciso proteger meus servos. Dito isso, sua chegada é fortuita. É claro que o senhor e sua comandante tem minha permissão para pernoitar aqui. O que gostaria de perguntar?

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Na Via Verde, so cavalos ficam nervosos e Dakurga se empertiga, ou tenta, já que as correntes não lhe permitem quase nenhuma mobilidade.

Coisa ruim vir! Correr! Correr! ela anuncia -- suas primeiras palavras desde que o grupo deixou Roadend.

Alguns momentos depois, Lissandra, Emyric e os legionários percebem um som estranho além do cair da chuva. Ele vai se intensificando até que todos reconhecem o que parece ser um lamento longo e profundo vindo da mata da Peneira, à direita da estrada.

Oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooh...
This message was last edited by the GM at 21:15, Sat 17 Feb 2018.

Lissandra identificando o perigo se prepara para o combate.

Sua armadura de sombras aparece em volta de seu corpo.

Guarda! Preparar para o combate!

Ela usa sua espada para soltar os cavalos e agilmente se posiciona na carroça para defender a Troll.

A ultima coisa que preciso é um carroça em disparada com uma Troll em cima, no meio da estrada real.

O que é isto... Emyric se posiciona em guarda.

Norin faz um vênia ao senhor da Torre Solitária e responde, Norin de Raven Moors, milorde. Viemos respondendo ao chamado de lorde Keiff, pois Roadend estava sendo atacada por trolls. Havia uma família inteira dos monstros, capturamos uma das fêmeas e matamos os demais. Estamos lavando-a para o Fortim Negro para ser interrogada. Por este motivo, Lady Lissandra me pediu que o avisasse sobre a nossa prisioneira, para que não parecesse uma imposição da Guarda Real.

Mas se me permite, milorde, não pude deixar de notar que o senhor parece estar preparado para um sítio. O que está acontecendo?

Soltos da carroça, os cavalos disparam, nem os legionários conseguem contê-los.

O lamento vai se tornando mais alto. Dakurga tenta de todas as maneiras jogar seu corpo para fora da carroça, mas falha.

De repente, de dentro da floresta surge um brilho esmaecido,a  princípio, vai se tornando mais forte, até que os guardas e os legionários conseguem discernir uma forma.


Oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooh...

A visão é acompanhada de uma sensação de pavor tão avassaladora que Dakurga, Casmiro e dois legionários gritam. O cabo e um de seus comandados são consumidos pelo medo e desmaiam. Emyric e Lissandra, assim como Arlete, a única legionária, resistem ao terror místico.

A aparição flutua até Arlete e estende seus braços na direção da legionárias. Os guarada stestemunham com horror uma névoa energética fluir de Arlete para a aparição. À medida que o fluxo continua, a legionária parece definhar: sua pele resseca e enruga, seus olhos embranquecem e afundam nas órbitas, as roupas se tornam folgadas. Finalmente, Arlete colapsa no chão, aparentemente morta.

Iniciativa: Aparição e Lissandra (simultânea) > Emyric

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Lorde Cristano ergue as alvas sobrancelhas ao ouvir a menção de uma troll.

Matar um bando de trolls e ainda capturar um deles é um feito considerável, sir Norin. Digo, para um soldado comum. Se um décimo das histórias que ouvi a respeito da Guarda Real forem verdadeiras, isso deve ter sido um dia rotineiro para o senhor e seus companheiros.

Enfim, não quero e não tenho como lhe dizer não. O momento, como o senhor percebeu, no entanto, não é do mais propícios. Ou é, dado que poderia usar os seus dons para ajudar a mim a os meus servos.

Nosso problemas começaram há quase uma semana, quando Tobias, filho do meu ferreiro, desapareceu na floresta. Passamos o dia seguinte inteiro fazendo buscas na mata, mas nada. Ao retornar, percebemos que um dos meus servos que participou da busca, Adalcerto, não voltou. Realizamos nova busca pelos dois e encontramos Adalcerto, ou melhor, o que sobrou dele. Seu corpo estava ressecado, como se houvesse sido drenado de sua vitalidade. No dia seguinte, foi a vez de Madalina, outra serva, sumir. A encontramos no mesmo estado. Mandei então que minha guarnição montasse guarda à noite, mas desta vez um de meus guardas foi morto da mesma maneira.

O velho lorde faz uma pausa e massageia a parte do nariz entre os olhos.

Não podia mais ver meus servos, cujo meu dever é proteger, tendo sua vida ceifada por um horror qualquer. Reuni todos na torre, porque contam as histórias que ela foi construída não só com pedras e argamassa, mas também magia. Encantamentos de proteção estão enredados em suas paredes. Até agora, todos estão bem, mas...

Lorde Cristano asusme uma expressão de quem acabou de ter uma realização.

Sir Norin! Seus companheiros... Talvez estejam em perigo!
This message was last edited by the GM at 15:16, Tue 20 Feb 2018.

Lissandra tenta chamar a atenção da aparição para si e deixar Emyric atacar livremente.

Emyric vê a criatura saída dos pesadelos e escritos de uma mente insana febril e decide-se por tentar elimina-la o mais rápido possível. E claro dessa vez nada diria queria a mesma distraída. E tento acertar com a corrente.

Death's Grip: Damage 5 [D10 x (STR+1); Affects Substantial, Slash, Penetrating 1; Quirk: needs chains; 4/rank+2; 21 pp] → 10 mana/uso

Furdermohr! Voltarei para avisá-los e os trarei para cá! Norin corre para a janela, abre e voa pela tempestade buscando seus companheiros na estrada, forçando seu poder  ao máximo. Ventos, me ajudem a chegar a tempo!

Mestre, rola um Feito Heróico aqui, para aumentar a velocidade até chegar lá?

Emyric dá uma chicotada com sua corrente que acerta em cheio a aparição. Por um segundo, os guardas veem a figura etérea assumir uma expressão de espanto. Então, sua figura se desfaz como uma névoa sendo soprada pelo vento e, em seu lugar, uma figura ainda mais aterradora é revelada.

Maldito!!! Atreve-se a atacar Kalduron, o magnífico?!! Beberei sua alma à meia note e você me servirá pela eternidade!!! HAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!

O espectro recua e se dissolve no meio da mata, sua gargalhada ecoando entre as árvores. Momentos, depois, Norin aterrissa ao lado de Lissandra e Emyric, tendo voado o mais rápido que pode de volta à Via Verde.

Que Furdermohr te fulmine! Ser funesto e Emyric corre para ver se algo a seu alcance poderia ser feito por Arlete se não por seu conhecimento então pela habilidade que sua divindade lhe concedia.

Emyric comanda sua corrente para envolver o corpo de Arlete e ativa seu dom. Os elos da corrente brilham com a energia curativa do Penitente, mas é em vão. A legionária partiu deste mundo para sempre.
This message was last edited by the GM at 03:28, Tue 20 Feb 2018.