Continuação do tópico OPdPP: 1. Introdução.

- He, he! As moças têm estômago fraco, pelo jeito - comenta num volume de voz mais baixo, tão logo Nitka e Toya se afastam.

E respondendo à indagação de Omar: - Veja onde estamos - convida, ao mesmo tempo que seu olhar vara o horizonte. - O Vale da Lua Escura é esparsamente povoado, e Tolice de Etran é um ponto fora da curva das principais rotas comerciais. Entre Isger e Almas, por exemplo, a mercancia se dá essencialmente através de transporte fluvial pelo Rio Andoshen - afirma, enquanto ergue sua caneca à direção leste. - Minério e alimentos viajam com maior rapidez assim.

Apontando agora sua caneca à direção sul/sudeste: - E ainda temos a proximidade com a Floresta Arthfell, e todo o drama envolvendo o Consórcio da Madeira e as fadas protetoras das matas - complementa em tom mais severo. - Não é de se espantar que as principais caravanas comerciais queiram evitar riscos e passar ao largo daqui.

O anão toma mais um gole de cerveja, e conclui: - Os jovens de Tolice de Etran simplesmente preferem buscar sua sorte em Augustana, Oregent, ou até mesmo Olfden... e assim o local vai morrendo aos poucos.

Diante das informações prestadas por Bort, o meio-elfo consulta suas memórias acerca da região.

OOC: Recordar Conhecimento (Saber de Submundo).

De igual forma, o clérigo busca recordar se tem conhecimento sobre aspectos da política local.

OOC: Recordar Conhecimento (Saber de Política).

OOC: Resultados (em privado) dos testes de Recordar Conhecimento.

- Se o senhor opera nesta rota, posso presumir, então, que tens autorização do Consórcio da Madeira? - indaga, curioso por ver a reação do mercador.

"Autorização"? - indaga com um sorriso no rosto. - Meu bom homem, o Consórcio conta é com o privilégio da minha presença nesta região! Hahaha!

- Pouquíssimos são os mercadores que fazem esta rota, e, dentre estes, posso afirmar que sou o mais constante e confiável - afirma com visível orgulho. - Fazem o quê? Dez anos que estou nesta estrada! Um pouco de tudo já me aconteceu: emboscadas de goblins, kobolds saqueadores, cobrança de pedágio por hobgoblins... e tudo foi resolvido com a lábia deste anão que vos fala. Hahaha!

A palavra, quando habilmente utilizada, pode ser mais afiada do que a espada, é o que sempre digo! - e termina tomando mais um gole de cerveja.

- Então estamos em boas mãos! - o clérigo arremata com um sorriso franco, ante as palavras do anão. - Tão distantes da influência de Conselho do Povo, é importante fazer amigos pela estrada, não é verdade?

Agora disseste tudo, meu bom homem! - responde a Omar, com entusiasmo. E fazer amizades é o meu mantra de estrada, podes acreditar!

- Mas e os senhores? Que interesses os levam a Almas? - indaga, querendo afastar o foco da conversa de si.

- Meu sacerdócio em honra a Sarenrae, assim como minhas habilidades diplomáticas e políticas (estas adquiridas antes de me consagrar à Igreja), habilitam-me a exercer uma carreira eclesiástica itinerante, onde vou ao encontro das localidades que estão carentes das bençãos da Flor do Amanhecer - explica, resumindo suas habilidades. - Particularmente, dirijo-me à Almas para entabular tratativas a fim de erigir um novo orfanato em um de seus distritos mais carentes - conclui com satisfação.

- Eric, Nitka e Toya são meus companheiros de viagem, posto termos chegado ao entendimento que unindo esforços estaríamos mais seguros nesta travessia entre Elidir e Almas.

- Sábia decisão! - o mercador comenta ante a explanação do clérigo. Em seguida, seus olhos voltam-se a Eric, como a esperar a resposta à pergunta que fizera antes.

- Provenho de Druma, onde conheci o nobre clérigo quando de sua passagem por lá - esclarece, fazendo referência a Omar. - Cansado com a política dos Kalistocratas e sua burocracia infernal, agrada-me ter a oportunidade de finalmente respirar novos ares, ainda mais na companhia deste meu novo amigo - acrescenta, sendo propositalmente vago em sua resposta.

- Enfim, no momento sou tão somente um companheiro de viagem atento às oportunidades de trabalho que porventura surgirem - conclui, colocando ambas as mãos nos bolsos da calça.

- Entendo - responde com um quê de insatisfação. - E sua área de trabalho seria...? - indaga a Eric.

Sem se abalar com a questão, o meio-elfo responde prontamente em tom informal: - Estou sempre atento a novas oportunidades de trabalho, sejam elas qual forem. Diferente do meu companheiro aqui, cujo trabalho se desenvolve em público, sou um profissional dos bastidores, e minhas habilidades são ideais para resolução de problemas "privados", sejam eles de políticos, sacerdotes ou mercadores - ressalta. - Discrição, critério e destreza são minhas qualidades - conclui de forma assertiva, dando a entender que não pretende ser mais específico que isso.

- Sendo esse o caso, oportunidades de trabalho não lhe faltarão em Almas... ou mesmo em qualquer outro lugar - comenta com um sorriso, piscando um olho.

E após entornar todo o conteúdo de sua caneca em um último gole: - Pois bem, vejo que Glunda já terminou de prender todos os cavalos às carroças, e o acampamento já foi levantado pelos demais. Convido os senhores a adentrar a carroça dos passageiros, pois temos um longo dia de viagem até alcançarmos Tolice de Etran.
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- Mal posso esperar pelo jantar e pela cama macia que nos aguarda em nossa próxima parada - expressa com um sorriso no rosto, a demonstrar simpatia com o convite que o anão expressara no início da conversa. E fazendo um gesto significativo, o clérigo enuncia: - Que a luz de Sarenrae ilumine nossos caminhos!

Em seguida, o clérigo desloca-se em direção à carroça dos passageiros, adentrando-a.

Fazendo um aceno com a cabeça, o meio-elfo despede-se de Bort, e acompanha Omar à carroça de passageiros.

Os aventureiros dirigem-se aos seus lugares na última carroça, que é conduzida pelo Cozinheiro, e poucos minutos depois a caravana retoma a viagem. O trajeto é vencido durante o dia sem quaisquer intercorrências.
Contudo, ao entardecer, adentrando os bosques que rodeiam a cidade de Tolice de Etran, algo inesperado ocorre.

OOC: Continua no tópico OPdPP: 2. A Alcatéia Sarnenta.