Continuação do tópico OPdPP: 1. Introdução.

A gnomo parece sussurrar aos cavalos enquanto os prende aos arreios de uma das carroças cobertas da caravana.

Ela se cala, porém, ante a aproximação de Nitka e Toya, e, quando estas finalmente chegam, deseja: - Bom dia, senhoritas - em um tom nada entusiasmado. - Eu... posso ajudar em algo? - indaga, não tirando os olhos dos cavalos.

- Bom dia! - responde em um tom simpático. E enquanto observa os cuidados de Glunda com os cavalos: - A conversa dos homens está um pouco chata. Seria Tolice de Etran tão ruim assim, como dizem?

Toya responde à saudação de Glunda com um aceno amigável.

Ante as palavras de Nitka, a amurrun permanece em silêncio, retomando seus exercícios de alongamento de forma mais sutil, a fim de não provocar distrações (inclusive aos cavalos).

A observação de Nitka consegue extrair um pouco de simpatia de Glunda, que, sem tirar os olhos dos cavalos, responde: - As pessoas gostam de falar mal da cidade, mas não entendo essa necessidade de menosprezá-la com palavras rudes. Para mim, o que dá valor a uma cidade são seus habitantes. E eu particularmente gosto do povo de lá; demonstram uma resistência admirável contra as adversidades.

E terminando de prender os dois cavalos aos arreios, dá-lhes tapinhas amigáveis enquanto fala algo em gnômico.

Voltando-se, enfim, às duas interlocutoras, diz: - Vocês irão gostar da estalagem: o "Moinho de Alimentos". Delma, a filha do prefeito, é quem gerencia o local, que também funciona como taverna e mercearia. Se não fosse a persistência dela em prover esses serviços à comunidade, Tolice de Etran já teria acabado há muitos anos.

- Já me sinto empolgada em conhecer essa pequena cidade, a gnomo comemora enquanto observa seu camaleão de estimação, que agora desceu até seu antebraço.

- Que belo animalzinho! - a gnomo exclama, ao ver o camaleão de Nitka. E aproximando-se: - Ele tem um nome? - indaga, enquanto sua mão faz menção de se aproximar, como a inquirir se pode tocá-lo.

Ante o movimento de Glunda, o camaleão permanece estático, enquanto diferentes matizes de azul começam a pulsar por sua pele.

Um de seus globos oculares agora fita Glunda.

- O nome dele é Click! E sim, podes tocá-lo!, responde satisfeita com a atenção. E depois de alguns momentos, pergunta: - É um camaleão. Já tinhas visto um?

Particularmente encantada com a mudança de cores, a gnomo toca suavemente o dorso de Click, sentindo sua pele rugosa. - Parece ser um carapaça, não é? - comenta, encantada. - Não, nunca tinha visto um, embora já tivesse ouvido meus antigos companheiros druidas do Bosque de Cristal mencionarem. Todos os camaleões trocam de cor assim?

- Não com tanta intensidade como o meu Click - responde. - Ele não é um camaleão comum, mas sim a ligação mística viva com meu patrono espiritual. É através dele que a magia se manifesta em meu ser.

OOC: Recordar Conhecimento acerca do Bosque de Cristal.
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- Aaaah! - Glunda exclama, com encantamento. És uma bruxa, estou certa?

OOC: Resultado (em privado) do teste de Recordar Conhecimento.

- Na mosca! - a gnomo responde, fazendo um sinal com o dedo indicador. - E se já habitaste a Floresta Matafiada, então temos muito a conversar - complementa, com um sincero sorriso, já se sentindo à vontade com Glunda.

- As 'amiguinhas' poderiam me dar mais atenção, não? - indaga às duas gnomos, já se sentindo enciumada.

- Certamente, minha ágil e atlética amiga! - responde de pronto à amurrun, sorridente. - Ainda serás o meu par preferido para a diversão no Moinho de Alimentos. É certo que atrairás a maior parte da atenção masculina de Tolice de Etran... como sempre - desfaz-se propositalmente, a fim de alimentar o ego de Toya.

- Podemos contar contigo para nos acompanhar? - indaga agora a Glunda.

- Haha! Posso acompanhá-las durante o jantar que o chefe prometeu, mas fora isso, prefiro não me envolver tanto com o povo de lá. O bardo local, sinceramente, não é lá essas coisas - conclui sorridente, fazendo um movimento de abano com um dos braços. - Ainda prefiro a companhia silenciosa de meus amigos de quatro patas - complementa, acariciando com a mão um dos cavalos.

Seus olhos agora se voltam a algo situado atrás de Nitka e Toya: - Vejo que Bort terminou sua caneca matinal de cerveja. É o sinal para retomarmos a viagem. E fazendo um aceno em direção à última carroça: - Favor se encaminharem à sua carroça. Conversaremos mais quando chegarmos ao nosso destino.

- Até! - despede-se. E com um movimento rápido, Toya se volta em direção à carroça dos viajantes, e adentra-a com um pulo vigoroso.

- Exibida, a gnomo comenta em voz alta, em relação a Toya, fazendo um movimento de negativo com a cabeça, mas sem tirar o sorriso no rosto.

- Essa nossa breve conversa foi muito satisfatória para mim. Espero podermos conversar com mais calma hoje à noite - despede-se de Glunda.

Os aventureiros dirigem-se aos seus lugares na última carroça, que é conduzida pelo Cozinheiro, e poucos minutos depois a caravana retoma a viagem. O trajeto é vencido durante o dia sem quaisquer intercorrências.
Contudo, ao entardecer, adentrando os bosques que rodeiam a cidade de Tolice de Etran, algo inesperado ocorre.

OOC: Continua no tópico OPdPP: 2. A Alcatéia Sarnenta.