4.1 Orient Avenue - Nem Tudo É o Que Parece
Kenji e a senhora chegam a um valor e os dois amigos entram no prédio. A mulher manda-os seguirem-na, exalando odor de nicotina por onde passa. A aparência por dentro não é muito melhor que pelo lado de fora. Um comprido corredor com a tinta descascada verde até a altura da cintura, e amarela a partir dali. O carpete é sujo, de cor indefinida. Eles andam uns 10 metros e chegam a uma "recepção", uma antessala, com uma escada que leva aos andares superiores. A salinha tem um sofá e uma poltrona cujo forro está furado, uma mesa de centro de plástico, e o balcão da recepção.
O balcão é limpo, mas com evidentes marcas de uso. Sobre ele há um telefone preto, antigo, de disco. Ao lado, um cinzeiro de metal, cheio de cinzas e guimbas de cigarro. Por trás do balcão um papel amarelado, grudado na parede, contém as regras da pensão. O sofá e a poltrona obviamente não são do mesmo conjunto. O sofá, com dois assentos, de couro sintético e capitonê, um dia foi vermelho, mas agora era rosa. A poltrona de veludo liso agora era cinza, mas parecia um dia ter sido verde. A mesa de centro, de plástico amarelo brilhante, estava manchada com marcas de copos de café e capenga. Entre o sofá e a poltrona havia uma lixeira de plástico branca, imitando rattan, com uma bolsa plástica de mercado servindo como saco de lixo. A iluminação era tão capenga quanto a mesa. O local cheirava a uma mistura de mofo, cigarros vagabundos, e, lá no final, um cheiro azedo.
A mulher tira uma caixa de papelão grande de baixo do balcão, fazendo baratinhas correr em busca de um novo abrigo. Ela coloca a caixa sobre a mesa capenga, fazendo-a balançar perigosamente, até que o inusitado conjunto parece chegar a um equilíbrio.
OOC: Pausa antes de descrever o conteúdo da caixa, caso queiram esboçar uma reação, fazer alguma coisa.