Data estelar 53193.0 (11 de março de 2376, 15:24)
USS Nautilus
A mais recente nave da classe
Intrepid , a
Nautilus singrava o espaço em dobra 6 rumo à Estação Espacial 9. Mais algumas horas e a tripulação da nave estaria completa, incluindo o restante dos oficiais superiores e o capitão. Consciente disso, o tenente Samuel Carter aproveitava seus últimos momentos como oficial comandante. Sentado na cadeira do capitão, o jovem ponderava sobre o que o futuro aguardava. Diferentemente de seus futuros colegas, Carter havia ficado bem isolado da Guerra, explorando o quadrante Beta. Não que não houvesse perigos, mas nada que se comparasse à pressão de um conflito da escala da Guerra do DomÃnio. De qualquer maneira, ele esperava que sua carreira metórica na Frota continuasse lhe dando tempo se manter sua investigação. Carter lembrou-se de Samatha e, por um breve momento, sua atenção divagou. A voz do tenente Godi Brum, sentado na cadeira do imediato, o trouxe de volta.
Senhor, disse o boliano. Carter já havia percebido que seu colega não nutria quando apreço por ele. Apesar de possuir a mesma patente, Brum era mais velho que o humano. Mesmo assim, ele era apenas chefe assitente de vôo. A curta, porém brilhante, carreira de Carter havia assegurado que ele galgasse postos com rapidez, a ponto de ter sido indicado para levar a nave do estaleiro de Utopia Planitia até DS9. O jovem tenente lembrou também que a piada sobre andorianos e bolianos que ele havia contado a Brum não tinha ajudado muito a quebrar o gelo entre os dois.
Alguma ordem especial antes de chegarmos à estação? Estamos quase lá, Brum disse.
A tenente Asla Ariss, que manejava o leme, completou:
Na velocidade atual, chegaremos à DS9 em aproximadamente seis horas, senhor.
[
Private to Samuel Carter: Dobra 6 é a velocidade de cruzeiro, mas a velocidade máxima segura é 9,6, que faria vc chegar em DS9 em apenas 1 hora e 20 minutos.]
Estação Espacial 9
Quark’s
Dabo! exclamou a bela garota
dabo pela terceira vez. Parecia que a sorte, como de costume, sorria para o comandante Dazio Klax. A fortuna não era a única dama a jogar seus caprichos sobre o trill, a garota
dabo e outras mulheres que haviam se aproximado da mesa pareciam encantadas com o futuro imediato da
Nautilus. Klax sorriu, lembrando-se de que sua vida havia melhorado consideravelmente nos últimos quatro anos. Sua carreira na Frota, até então, tinha sido mediana, mas quando ele foi mandado em uma missão militar, sobressaiu-se além da conta. Klax impressionou tanto seus superiores que foi promovido rapidamente durante a guerra. É verdade que isso era normal em tempos de conflito, mas nem todos conseguiam essas honras. Agora, ele era o Segundo em comando em uma nave de exploração. O trill havia ouvido rumores que seu futuro capitão era linha-dura, mas isso não o preocupava, afinal, estava para a nascer alguém que Klax não conseguisse cativar.
Dabo! exclamou a garota
dabo e, pela terceira vez, o tenente comandante Kovak percebeu que o dono do estabelecimento, o ferengi chamado Quark, coçava a cabeça em um gesto de nervosismo, para, logo depois, fazer cálculos apressados em seu padd. O vulcano se recordou do tempo que passou em Ferenginar como adido cientÃfico da embaixada da Federação. Já fazia algum tempo, mas ele lembrou dos vários artigos que escreveu a respeito da cultura ferengi. Observar o comportamento do comerciante, bem como de alguns de seus garcons, era uma maneira proveitosa de gastar seu tempo. Afinal, pelo seus cálculos, a
Nautilus só deveria chegar à estação em seis horas, um minuto e 18 segundos. Junto com a nave, chegariam Slimak e Spook. Kovak esperava o encontro havia tempo, pois desejava tecer comentários sobre o novo livro que sua esposa estava escrevendo, bem como avaliar o progresso estudantil de seu filho. Nesse momento, o vulcano percebeu que Quark o havia notado e ia em sua direção. O ferengi parou junto a mesa de Kovak, abriu um sorriso de quem estava prestes a tentar vender 250 caixas de vinho de tulaberry para o oficial e disse:
Ora, ora. Vejo que o senhor está aqui há tanto tempo e mal tocou sua bebida. Já sei! Deve estar entendiado. Eu entendo, esses humanos são tão emotivos que mal dá para se concentrar, não é? Mas sei exatamente do que o senhor precisa: um tempo em uma holosuÃte. Tenho o programa exato para um distinto vulcano como o comandante: uma visita a Vulcan, mais especificamente, o monte Seleya e o monastério kohlinaru. O que me diz?
Restaurante klingon
K’pengha’ caminhava pelo Promenade observando as pessoas. Ele já havia estado aqui outra vezes durante a guerra, mas agora era diferente. Sua nova missão seria em uma nave da Federação e poderia ser a fonte de grande honra. Ou não. Apesar de já ter trabalhando com oficiais da Frota antes, o klingon nunca tinha estado por muito tempo abordo de uma nave da Federação, muito menos sujeito aos seus regulamentos. K’pengha’sabia que a diferença de culturas poderia criar incidentes e atrapalhar sua tentaiva de elevar o prestÃgio de sua Casa. Foi então que K’pengha' viu, como se fosse um sinal do próprio Kahless, um outro klingon sentado no restaurante do balofo Boregh. Esse, no entanto, usava um uniforme da Frota, o qual K’pengha’ teria que vestir em breve. Confiante no destino, o klingon aproximou-se de seu conterrâneo e começou a conversar. Descobriu que o nome do outro era K’tandha e que ele também estava no programa de intercâmbio, só que na Advocacia Geral da Frota. K’pengha’ achou difÃcil que K’tandha pudesse ter grandes chances de ganhar honra sendo um oficial da lei, mas pelas suas histórias, o trabalho parecia emocionante. Para não ficar atrás, K’pengha’contou de sua gloriosa atuação na guerra. Após um prato de
gah, K’tandha se despediu de K’pengha’com um sonoro
qapla’. K’pengha’notou que um mulher humana aproximou-se de K’tandha logo depois e os dois conversaram rapidamente antes de ir embora. Antes que o klingon pudesse fazer algo, Boregh apareceu na sua mesa:
Mais gah, guerreiro?, ele perguntou.
Replimat
O capitão Vincent De Ruyter estudava atentamente os dados técnicos da classe
Intrepid e a lista de tripulantes da
Nautilus em seu padd. A caneca de
raktajino permanecia esquecida na mesa. Na sua mente, já passavam várias maneiras de aumentar a eficiência do grupo. Ele considerava se devia manter os três turnos, como o capitão da
Venture preferia, ou instituir quatro. De Ruyter queria que seu primeiro comando fosse exemplar. Ele não poderia admitir falhas em sua tripulação. Nada que atrapalhasse sua ficha na Frota. Ele sabia que com o fim da guerra as promoções não seriam tão rápidas, logo, era pouco provável que ele conseguisse chegar a almirante nos próximos anos. Mas um termo de serviço brilhante poderia fazer com que ganhasse um comando mais importante, como uma
Sovereign. AÃ, sim, seu caminho para o almirantado estaria garantido. As variáveis de eficiência na cabeça de De Ruyter foram interrompidas quando um outro oficial falou com ele.
Com licença, eu poderia me sentar aqui? É que não há mais lugares livres, disse o homem. O futuro capitão da
Nautilus reconheceu o o rosto do dr. Julian Bashir, chefe médico da DS9.
Pilar de atracação ventral
Junto à comporta da
Brasilia, o tenente comandante Thuvat esperava para desembarcar na estação. Ele já havia se despedido de todos, inclusive do capitão Gunthrie, que lhe havia dito que seu próximo oficial comandante, De Ruyter, era mais linha-dura que ele próprio. Thuvat achava mais provável encontrar
wormholes estáveis construÃdos artificalmente por uma raça desaparecida do que existir alguém mais linha-dura que Gunthrie. O andoriano tentara falar com o almirante Weygand, mas ele havia estado ocupado confabulando com o Comando da Frota e o Corpo Diplomático da Federação por várias horas. Era uma pena, pois Thuvat queria agradecer pelo apoio que o almirante havia dado. Ele tinha certeza que Weygand o havia recomendado para seu próximo termo de serviço. Enquanto esperava, a alferes Kyria Pressis, que havia embarcado em Betazed para pegar uma carona até a estação, se juntou a ele. Ela sorriu, mas não disse nada. Se bem que ela era betazóide, pensou Thuvat, não precisava falar para dizer qualquer coisa. Antes que o andoriano pudesse ver o novo sorriso na face da alferes, alguém o chamou.
Comandante Thuvat! disse o almirante Weygand, estendendo a mão.
Que bom encontrá-lo aqui. Pensei que já havia desembarcado. Queria ter a chance de lhe desejar boa sorte em sua nova missão
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