Junto ao telescópio, os jovens mutantes observam Alberto e Nilo desaparecerem na noite. O brilho emitido por Alberto ainda se mantém visível por algum tempo, mas logo se torna tênue demais para acompanhar.

Inacreditável, exclama Xandra. Tem gente que não tem noção memso. Trocar a maravilha que é o céu noturno pra investigar fogo fátuo numa montanha escura e coberta de nuvens, ela diz, balançando a cabeça e usando seu StarkPad para apontar o telescópio para a constelação de Orion.

Antes que alguém possa responder, o grupo ouve alguém se aproximando: é o professor Evandro.

Oi, pessoal. Somos mais tolerantes às sextas, mas já passou da hora de vocês se recolherem. Arrumem as coisas aqui e vão pros seus quartos, ok? ele diz com um sorriso e dá meia volta. Evandro já se mostrou ser um dos membros do corpo docente que mais acredita na autonomia dos alunos.

Afonso curioso pergunta A mansão separa cavalheiros e damas por pavilhão ou algo assim?

Era pra ser assim, mas eles mudaram de ideia e agora meninos e meninas ficam no mesmo prédio, responde Iara. Você não leu o prospecto?
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Luiz aguarda o professor Evandro estar longe o bastante para não ouvi-lo, mas mesmo assim ele fala sussurrando.

E agora? Será que isso pode dar problema pra gente? Temos que chamar Nilo e Alberto de volta!

Cara senhorita Iara, devo dizer que tenho alguns problemas de memória basicamente só me lembro do meu nome, das memoráveis cenas de antes da refeição, o salão de perigo e claro este atual momento de observação das estrelas. Pra ser franco nem sei como cheguei na mansão. Mas não me abalo facilmente e cá estou a escrever novas memórias e bem quem sabe talvez recupere as antigas. Ah sim não li o prospecto. Diz num sorriso sincero.

Quando professor se vai ele diz em resposta a Luiz Bem se tivéssemos um telepata ou rádios... mas não estamos de uniforme.

De repente, um disco luminoso branco perpendicular ao chão aparece do nada. Os jovens sabem que é a marca do poder de Caronte, codinome do mutante argentino Nahuel Bangardino, ou "Hermano", como alguns o chamavam. Nahuel gostava de repetir que estudara português na Argentina e por isso falava "sem sotaque".

Oi, povo. Todo bem con vocês? ele pergunta no seu portunhol "sem sotaque" ao emergir do portal.

Depois de se certificar que Evandro já foi e não há nenhum adulto por perto, continua.

Entonces, tá rolando una festinha. Vamos?

Aaaaah! Desisto! Xandra desabafa e começa a recolher o telescópio.

Eu topo! Lúcio diz, animado, e Quati sinaliza sua disposição festeira.

Hmm... Pode ser. Menos complicado do que voar até o pico Nublado, diz Iara.
This message was last edited by the GM at 19:46, Mon 13 Jan 2020.

Então cá estou a refletir e concluindo devo dizer: Demorou. Pois se é sexta feira realmente o "sextou" tem que fazer sentido em ser dito e nada melhor que uma festa só faltou musica.

Tranquilo, Cronuel. Vai ter música, comes e bebes, diz o mutante argentino com uma piscadela exagerada.

Arthur não era muito de festas, porém achou que seria uma boa oportunidade para conhecer pessoas novas, além de estar com fome.

Uhmmm....meio arriscado, acho que não devemos ficar até muito tarde, vai que algum professor passa nos quartos?

Agora que falaram em comida eu senti fome! Vamos lá!

Así que se fala! diz Nahuel, contente com o entusiasmo dos colegas, e abre outro portal. Todos atravessam, com exceção de Xandra, que prefere cuidar do seu equipamento.

O outro lado do disco luminoso dá para um dos quartos, o qual possui uma porta de cristal no meio de uma parede -- um detalhe arquitetônico que não existe nos aposentos de nenhum dos jovens no grupo.

Vengan, diz Nahuel e caminha até a porta, de onde nenhum som sai. Ele bate duas vezes com a delicada aldrava, também de cristal, que orna a porta. A batida lembra o tinido de um sino feito do mesmo material. Após alguns instantes, a porta se abre e uma música moderna pode ser ouvida. Do outro lado da porta, a jovem capixaba Francielly Guimarães sorri para o grupo.

Oi, pessoal. Que bom que vocês vieram! Entra aí! ela os saúda. Francielly tem o codinome Mansão, justamente porque é capaz de acessar um espaço extradimensional que se assemelha a uma rica residência. Contudo, seu apelido, não muito usado, é "Morde" desde que um dos alunos a chamou de Mordenkainen.

Os mutantes adentram o que parece ser um salão enorme de mansão, completo com candelabro de cristal. Pelos menos metade dos alunos do IEANC está presente. Além da música, os jovens vêem salgadinhos, sucos, refrigerantes e álcool, na forma de latas de cerveja e uma garrafa de vodca.

Um dos primeiro a avistar os recém-chegados é Daniel Shiroto, o Invicto, que apesar da língua ferina, acabou sendo apelidado de"Bocudo". devido a sua avantajada boca.

Ih! Alfafa 1 na área! ele anuncia pra todos, mas mais especificamente pra sua panelinha. Mas cadê o Pirilampo e o Soneca?

This message was last edited by the GM at 01:27, Wed 15 Jan 2020.

Arthur soube da confusão que houve no primeiro dia e não quis dar muita bola para o Invicto:
Não vieram. Respondeu

Arthur estava muito impressionado com a habilidade da anfitriã e caminha em sua direção para conversar: Que habilidade interessante, vocês trouxeram as comidas ou ela também pertence a essa dimensão? É possível levar algo daqui para a nossa dimensão?

Afonso ignora o "bocudo" e agradece a sua anfitriã já que a casa era originária do poder dela.

É uma capacidade interessante e bem útil ao menos os monitores não tem como chegar aqui e vem a calhar quando se quer ter um momento pra si mesmo com doses de introspecção. Após um pouco de social com Morde ele olha a mesa com cervejas e bem ... Em Roma faça como os romanos.

Ele pega uma cerveja prova e observa os demais convidados da festa e claro a pista de dança...

Daniel se vira para sua trupe: Heinrich (Ymir), Patrícia (Persona) e Sandra (Sangria). Não disse, meu? Mó bicho do mato, comenta e ri, tomando um gole de seu screwdriver.


Ah, puxa, obrigada, Francielly responde sem jeito. Mas é um poder bobo. Tipo, sou inútil numa luta, não posso ajudar as pessoas e nem tenho uma habilidade mais sexy, tipo, lançar raios ou viajar no tempo, ela diz, pondo as mãos nos bolsos da calça.

Ah, não. O Nahuel que trouxe. Ele abriu um portal para Sombralta e comprou as coisas no mercadinho. Depois a gente vai rachar.

Assim, não tem nada pra levar daqui a não ser móveis, mas nunca tentei tirar nada.

E você... Arthur, né? Você chegou depois, não foi? Qual o seu poder?


É, ajuda, mas também não quero que vire um inferninho ou algo assim. Se os professores descobrirem, vai sobrar pra mim, né?


A cerveja não é nada demais, marca de supermercado e bar, mas está gelada. Observando a festa, Afonso identifica, além a patota do Bocudo, um grupo na "pista de dança" formado por Jéssica (Lombada), a única que está dançando de fato, Washington (Gatopardo), Paula (Atalanta) e, supreendentemente, Fátima (Zalam), a aluna muçulmana. Num canto, sozinha, estava Samira (Tirana), mas ao ver Lúcio e Quati chegarem, ela se junta a eles.
This message was last edited by the GM at 18:02, Fri 24 Jan 2020.

Luiz entra pelo portal e se assunta ao ver o que tem do outro lado, mas não demonstra nenhuma emoção. Ao ver Francielly ele a cumprimenta com uma simples e clássica saudação carioca, Opá!, seguida de um aceno positivo com a cabeça.

Ao ver Daniel se mostrar para seus colegas ele pensa, Será que eu era babaca assim?, enquanto os encara com cara de poucos amigos.


Vou rachar a cara daquele maluco, veio o pensamento quase que instintivamente,e Luiz não pode conter o leve sorriso ao imaginar a cena.

Sem se interessar muito pelo caminho que o papo da anfitriã tomava ele saiu disfarçadamente em busca do que foi fazer ali, comer algo.

Talvez fosse a cerveja que tenha dado a "coragem de ébrio" a Afonso e bem ele dança afinal é uma festa.

Arthur hesitou por meio segundo. A época em que sofria bullying passou como um flash em sua mente e junto com ela veio a raiva. Contudo, conseguiu se manter no controle e esboçou um sorriso social.

Logo tenta animar Francielly. Ora, não acho que seja um poder bobo, com estratégia é possível usar até no combate! Além de ser um poder muito útil para missões de resgate, para acomodar os feridos.

Ele pensou no sentido físico da coisa, como que os objetos são criados? E se removessem todos os móveis da casa? E se tentassem destruir a casa? Mas preferiu guardar os pensamentos para si.

Isso, cheguei semana passada, estou me enturmando com o pessoal. Ainda to aprendendo sobre meu poder, aconteceu tudo muito rápido. Será que vão me achar com cara de bandido por causa do meu poder? Mas eu consigo causar alucinações nas pessoas...mas só de coisas ruins...

Daniel retorna o olhar com um sorriso e uma saudação com seu drink.


A mesa tem uma certa variedade de salgadinhos: batata chips, Skiny, Baconzitos e afins. Ao chegar, Luiz se depara com Quati, que já está se refastelando com os "porcaritos". Ela olha pra ele, tentando manter os punhados de salgadinhos que já enfiou na boca dentro dela, e faz uma sequência de gestos com a mão.


Jéssica fica animada com o surgimento de um parceiro.

Uhuuu! Cronueeeel! Vem! Vem! Vem! ela incentiva, dançando e gesticulando para que ele se aproxime do grupo. Finalmente, alguém com suingue!

Os último acordes de um antigo hit de Alison Blaire, a Cristal, estão emanando do boom box.

Sight of the sound
Drawn to the sight of the sound
It's coming for me
It's calling for me
I just have to
GO FOR IT!

Mas logo são substituídos por Jorge Benjor.

Foi a mais linda
História de amor
Que me contaram
E agora eu vou contar
Do amor do príncipe
Shah-Jahan pela princesa
Mumtaz Mahal
Do amor do príncipe
Shah-Jehan pela princesa
Mumtaz Mahal...

Tê Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê...


Como assim "coisas ruins"? pergunta Francielly encafifada.

Ele se aproxima como solicitado e durante os passos ele diz

Cá estava entre meus pensamentos e uma duvida surgiu, pois disseram que nestas terras se dançava, mas pelo visto o povo não está muito animado. Estou errado?

Será que ela está engasgando de tanta coisa na boca? Luiz pensa. Ele se aproxima e observa Quati com mais atenção e pergunta, O que?, enquanto pega alguns salgados disfarçadamente.
This message was last edited by the player at 19:58, Thu 16 Jan 2020.

Minhas ilusões são só de terror, dai meu codinome Pesadelo

Ih, o pessoal aqui é meio paradão. O Washington até sabe dar uma sacudida, mas é tenso demais, diz Jéssica apontando pro amigo com o polegar.

Não vou me dignar a responder isso, responde o jovem com falsa indignação e sorri.

Vendo que os olhares seguem para ela, Fátima fica ruborizada. Nem penar! responde com um riso nervoso.

O que eu não entendo é a Patrícia, Jéssica indica uma das jovens que acompanham Daniel. Ela é baiana e eu sei que ela sabe requebrar, mas prefere ficar com o Bocudo, a Semgraça e o Pequeno Nazi. Gente metida é um problema.

E os seus amigos? Eles não dançam?


Quati revira os olhos, irritada. Ela pensa um pouco e, depois, indica a si mesma com as mãos, faz cara de raiva, mostra as garras e balança a cauda, que usa para pegar um dos pacotes de salgadinho. Então, cutuca Luiz no peito.


Credo, diz Francielly, que sente um calafrio e se benze. Ouvi dizer que a diretora Danielle também faz -- ou fazia -- isso. Acho que chamavam ela de Miragem.

Luiz ri sem graça e diz, AAAAHHH, você quer saber os meus poderes? Bem eu tenho essa espécie de espada que sai do meu braço, e enquanto fala ele aponta seu braço para baixo e para trás, garantindo que sua arma natural não machuque ninguém ao ser exposta. Acho que também tenho um sexto sentido, sei lá. completa Luiz.
This message was last edited by the GM at 21:17, Sun 19 Jan 2020.

Bem os mais extrovertidos não vieram... Eles preferiram ver as estrelas. Quanto a dança  confesso que um pouco de coragem veio do copo, mas é claro que não estou sugerindo que as pessoas bebam ou quebrem suas crenças. Diz em respeito a colega islâmica.

Porque ela anda com a patota daquele sujeito? É pergunta difícil e você não me deu múltiplas escolhas. Mas será que é pela grana?

É mesmo?! Vou tentar falar com ela depois, talvez possa me ajudar a entender melhor meus poderes. Arthur se sentiu um pouco aliviado por saber que alguém tinha uma habilidade parecida com a sua.

Quati arregala os olhos ao ver a espada saindo do braço de Luiz. Curiosa, ela toca a lâmina com a ponta do dedo para testar o fio e puxa de volta rápido, pondo o dedo na boca e chupando. Ela olha para o jovem e faz um a série de sinais coma mão esquerda, mas então se lembra que Luiz não "fala" a língua dela. Quati olha a o redor e aponta na direção de Daniel. Ela então cerra o punho direito e dá socos na palma da mão esquerda.


Jéssica dá de ombros. Vai ver que ela acha que se andar com eles vai ser popular. Tem gente que faz qualquer coisa pra ser notada.

Ou talvez ela goste deles, intercede Washington. Não precisamos nos julgar assim -- o mundo ja faz isso conosco.

Fátima sorri a ao ouvir as palavras do colega e dirige a ele um olhar embevecido, como se não existisse mais ninguém na festa.


Mas cuidado, Arthur. Não sei se ela ainda tem esses poderes. Dizem que ela os perdeu quando dizimaram os mutantes. Não sei se recuperou depois. Talvez seja indelicado falar com ela sobre isso, Francielly alerta.

A menina olha para o colega por alguns instantes e então fala novamente. Posso te pedir uma coisa? Você promete que nunca vai usar seu poder em mim?

Arthur leva a mão na boca e com um ar pensativo responde. Ainda bem que você falou, vou esperar uma situação apropriada pra tocar no assunto.

Nossa, mas é claro! Nunca iria usar nos meus amigos. Diz ele em um tom alegre, mas no fundo se sentiu triste pela colega pensar que ele seria capaz disso.

É, eu também não gosto dele. Apesar da minha vontade de acabar com ele ser grande eu acho melhor evitar esse meu instinto, afinal de contas isso já me trouxe problemas demais. Mas vamos deixar esse babaca de lado. E sua mutação, você já nasceu assim ou veio a se desenvolver mais tarde?

Enquanto falava Luiz comia alguns salgadinhos.

Claro, mas agindo assim ela perde uma coisa muito importante. O Momento! Vivendo em prol do que os outros pensam ou aprovam te tiram a espontaneidade,ou seja, você deixa de viver o que eu digo a vocês eu abomino afinal só se vive uma vez não é? Responde a Jessica e Washington.

Afonso percebe Fátima apreciando Washington

Ele chega perto de Washington e fala baixo Não sei das coisas nestas terras, mas de onde eu venho deixar uma moça sentada numa festa é descortês...E bem talvez você pudesse fazer algo sobre isso.

Mas dancem meus amigos. Dancem. Estava animado.

De repente, todos na festa ouvem um som alto, como se fosse um carrilhão de cristal soando as horas. Snao três batidas rápidas e apressadas.

Francielly até se assusta e, pedindo licença de Arthur, abre a porta. Do outro lado, com cara de assustado, está Eduardo, um estudante de Juiz de Fora.

O Pirilampo tá avisando que tem uns Sentinelas vindo pra cá! ele fala com urgência.

A notícia pega todos de surpresa e as reações divergem.

Caraca! Vamos ver!

Tá maluco?! melhor ficar aqui na mansão da Morde.

A gente tem que achar um professor!

Nahuel sai do espaço extradimensional e abre um portal. Eu quiero ver eso. Quien vem?

Vou fechar este tópico e juntar vocês com o Alberto e o Nilo.