Após uma noite tensa, dormindo em colchonetes no chão da mansão de Francielly, a manhã de sábado traz um pouco de normalidade à vida dos estudantes. Certificando-se de o perigo realmente ter passado, os professores permitem que os alunos retornem aos seus quartos.

Ao longo da manhã, todos os que estavam participando do clube de astronomia são chamados individualmente para dar sua versão dos fatos da noite anterior. Na sala estão a diretora Danielle e os professores Prodígio e Sophie.

Cada um pode postar o que diz.
This message was last edited by the GM at 20:16, Fri 14 Feb 2020.

Luiz se sentia em um interrogatório. Porque cada um deveria dizer o que aconteceu individualmente? Sentir-se julgado era uma de suas fraquezas, e esse ambiente era ideal pra isso. Sua mente estava acelerada e inundada por pensamentos, ele se sentiu mais confortável na batalha...

"Só falta me colocarem um detector de mentiras."
"Pra que? Eles podem usar um telepata pra ler minha mente."
"O que acontece se um telepata tentar ler a mente de outro telepata?"
"Mas afinal de contas, o que eu tenho a esconder? Eu não fiz nada de errado..."
"O que será que os outros vão dizer? Nilo e Alberto não deveriam ter saído da área do instituto, não posso dedurá-los."
"Mas eu não tenho culpa, não posso controlar as ações deles."
"E como justificar o ataque das Sentinelas?"
"Porque será que eles foram embora?"
"É obvio que vieram atrás do Nilo e do Alberto, as luzes eram Sentinelas!"

Por fim, Luiz achou que seria mais prudente dizer a verdade.

Bem, estávamos olhando pro céu com o telescópio e alguém viu umas luzes nas montanhas, ou algo assim. Discutimos se íamos ou não lá ver o que era, Xandra gritou e eu decidi ficar. No fim só Nilo e Alberto foram lá ver o que era. Daí o Nahuel apareceu chamando a gente pra uma confraternização na mansão da Francielly. Dos que ficaram apenas a Xandra não foi. Lá na fes... confraternização eu estava conversando com a Quati quando ouvi um barulho muito alto. Francielly abriu a porta e o Eduardo disse que tinham Sentinelas indo em direção ao instituto. Os professores Evandro e Prodígio apareceram pra agrupar os alunos. Depois que juntamos todos em um lugar seguro eu voltei pra ajudar quem estava sendo atacado pelas Sentinelas. Nilo estava desmaiado e eu o carreguei pra longe. Ainda tentaram me prender com gelo mas consegui fugir. Bem foi isso.

Luiz estava ansioso enquanto pensava no que ia dizer e enquanto dizia. Ele achou que a ansiedade passaria assim que terminasse de falar, mas ele estava errado, pois aqueles poucos segundos até a resposta dos professores pareciam eternos.

Arthur manteve uma postura intimidada e manteve a cabeça abaixada na maior parte da conversa. Ficou com medo de sofrerem alguma punição pelas suas atitudes antes do ataque dos sentinelas. Será que vão expulsar a gente por que fomos pra festa? E o Nilo e o Alberto que foram atrás das luzes? Porém o senso de dizer a verdade foi maior e resolveu contar tudo.

Bem professora, (ele se referia a todos como professor(a)) tudo começou com Alberto e o Nilo indo escondidos na direção as luzes no céu, a gente tentou avisar que não era uma boa ideia, mas eles foram assim mesmo. Ai depois o Nahuel apareceu chamando a gente pra uma festa lá na mansão da Francielly, ai a gente foi. Ele faz uma pausa e levantou a cabeça para observar a expressão da diretora, em seguida continua com o relato. De repente ouvimos um barulhão, o Eduardo disse que eram os Sentinelas que estavam atacando, então a gente saiu da mansão pra procurar vocês... Ele fez outra pausa, deu uma respirada e prosseguiu. A gente encontrou os professores Evandro e Prodígio, eles falaram pra gente ir lá pra sala de treinamento. Foi ai que depois eu e a Francielly sugerimos de esconder o pessoal dentro da mansão dela, o professor falou que era uma boa ideia e mandou eu o Alberto, o Luiz e a Ângela pra ajudar. O Luiz foi na frente e quando eu cheguei lá eles tinham conseguido salvar todo mundo e os sentinelas fugiram!

Peregrino pensava no que ia dizer, mas não seria muito mais do que fora dito por seus colegas que falaram antes dele.

A história não é muito longa como já foi dito fomos convidados para observar as estrelas no telescópio de Xandra quando estranhas luzes foram vistas por mim e Alberto a principio e comentamos com o grupo e bem conjecturamos várias coisas desde de efeitos naturais a aliens.

Bem seja como for nessa hora houve uma divisão de quem queria investigar e de quem queria ficar ali e logo depois Hermano nos convidou pra uma confraternização dançante e bem saímos dali quando a confusão começou e alguns ficaram na mansão de Franciely e outros como eu, Arthur, Lombada fomos ajudar. Deu certo, mas foi arriscado.   

Angela náo se sente muito a vontade com o interrogatorio, mas conta o que viu.

Estávamos no clube de astrologia, quando vimos umas luzes e o pessoal quis ir ver o que era.

Quando perceberam o que era recebemos uma mensagem telepática da diretora para ir para a sala de treinamento e fui direto para la como solicitado.

Recuperado da ação do dia anterior, Nilo aguarda do lado de fora da sala. Ao ver sair os alunos, um após o outro, ele mantém uma seriedade e um silêncio atípicos. E, em silêncio, entra na sala para dar a sua versão do ocorrido.

Nilo se senta diante dos professores e da diretora, ajeita-se na cadeira, levanta o olhar para eles e lança um sóbrio "Bom dia". Inspira profundamente e, então, começa a narrar:

À noite, no quintal, nós vimos luzes se movendo estranhamente no Pico Nublado. Alberto e eu decidimos ir investigar; os outros ficaram. Quando nos aproximamos, havia um barulho esquisito de turbina. Nós nos aproximamos e aí... Nilo faz uma pausa, engole em seco. Eram aqueles Sentinelas, mandando a gente se render porque estávamos num lugar proibido! A sobriedade de Nilo começava a dar vez a uma franca revolta. Como é que eles arbitram que somos infratores!? A gente deu no pé, obviamente! E eles vieram atrás pra caçar a gente!

Ele fez uma pausa mais longa para se recompor; arfava, os olhos brilhando de fúria. E continuou: Eu fiz o que pude pra tentar contê-los!... E o resto vocês já sabem. Nilo fuzilava com os olhos cada um dos professores. Os caras já estavam vigiando o Instituto! Bastou um pretexto pra nos atacar! E digo mais: quando eu descobrir quem controla esses robôs, é mais um que vai pra minha "lista de quem merece um pau"!

Após as entrevistas da manhã, o almoço é a hora de todos oferecerem suas teorias sobre o que vai acontecer com os envolvidos na luta com os Sentinelas, em especial Alberto e Nilo. Há várias opções, que vão desde receberem uma medalha até expulsão do instituto.

As conversas se estendem para depois das refeições, quando a maioria resolve curtir o dia ensolarado no gramado. As marcas d aluta da noite anterior ainda estão lá e alguns alunos volta e meia olham nervosos par o pico Nublado.

De repente, o som de uma turbina é ouvido e um aluno chega a gritar: eles voltaram!

O som se intensifica, mas ninguém vê nada se aproximando da montanha na distância. Logo os estudantes percebem que ele vem da direção oposta. Ao olharem para o sul, avistam um jato parecido com o quinjet dos Vingadores se aproximando.



A aeronave para sobre uma parte vazia do gramado e desce verticamente, baixando seu trem d epouso. Ela aterrisa suavemente e, após alguns instantes, três figuras emergem da rampa de desembarque: dois homens e uma mulher -- todos uniformizados.

O homem que vem na frente não usa máscara e seu uniforme é negro com detalhes brancos. Ele é moreno e tem cabelo castanho curto. A mulher usa uma capa com capuz e maiô pretos. Ela é branca de cabelos negros longos. O segundo homem usa um uniforme qu eparece uma jaqueta sem mangas com uma seta que desce até a metade do torso e muda de direção. Sua máscara não cobr eos cabelos castanhos claros.

O grupos e aproxima dos jovens e o homem moreno sorri.

Bom dia, pessoal! Vocês devem ser os estudantes do instituto, certo? Suponho que já saibam quem somos,
ele diz com um sotaque carioca.

Arthur estava sentado sob a sombra de uma árvore, refletindo sobre os acontecimentos do dia anterior. Agora que os sentinelas sabem que tem mutantes aqui não seria melhor mudarmos para outro lugar? Mas o trabalho que ia dar remontar toda essa estrutura...

Ele caminha em direção a nave para cumprimenta-los. Olá, somos sim. Meio envergonhado por não saber quem eram, Arthur resolve dar uma desculpa. Desculpe, sou novo no instituto e não conheço vocês, mas suponho que sejam amigos.

Afonso olha os recém chegados, porém não se recorda de tê-los visto anteriormente e pega carona na desculpa de Arthur.

De facto devo dizer que também sou novo instituto e ainda não conheço todos por aqui, mas espero que com o tempo isso mude.

Luiz estava pelo gramado mas sem nenhum pensamento em especial. Ao ouvir o som das turbinas ele arma uma posição de batalha instintivamente. Percebendo que era um jato ele se retrai novamente após alguns segundos. Depois que o trem de pouso toca o chão ele se aproxima o suficiente para ver quem sai de lá. Ele se mantem um pouco mais distante que os outros jovens ao observar os tripulantes com cautela e não pensa em responde-los em voz alta.

"Não sei quem são, mas aposto que estamos nos preparando pra guerra."
This message was last edited by the player at 16:02, Tue 11 Feb 2020.

O homem suspira com leve decepção e se vira pros seus colegas. Isso explica muita coisa.

Voltando sua atenção pros estudantes, ele diz: Somos parte dos Guardiões, o supergrupo oficial do Brasil. Sou o Neutralizador e estes são Kineton e Sombria. O outro homem faz um curto aceno de cabeça e a mulher sorri. E, sim, somos amigos.

Viemos pra falar com a diretora Danielle Moonstar sobre o terrível mal entendido que houve aqui ontem.
This message was last edited by the GM at 19:35, Tue 11 Feb 2020.

Ah, então são esses aí que controlam os sentinelas?

Nilo, que até então fingia indiferença perante a opulência dos "Guardiões", se levantou do gramado e deu alguns passos em direção ao trio. "'Mal entendido'? 'MAL ENTENDIDO'!? Pra quem estava diante daquelas coisas ficou muito claro! A gente já estava sendo vigiado à distância e bastou um pretexto para nos caçar! QUEM CARALHOS VOCÊS ACHAM QUE SÃO!?" Nilo vociferava com ódio e avançava, sem perceber, a alguns palmos do chão.

[Campo de força ativado]

Garoto, eu entendo que vocês estejam nervosos, Neutralizador diz e suas mãos começam a brilhar.



Mas você tem que se acalmar. Não viemos aqui pra brigar. Se faz alguma diferença, eu e Kineton somos mutantes, como vocês. A última coisa que queríamos era ver Sentinelas atacando uma escola, acredite em mim.

As mãos do Neutralizador continuam a brilhar, mas ele não faz qualquer gesto agressivo. Kineton e Sombria também mantêm suas posições, mas os jovens percebem que eles estão prontos para reagir.
This message was last updated by the GM at 23:56, Tue 11 Feb 2020.

Ele tem razão Nilo, precisamos manter a calma. Ele acha mesmo que conseguiria ARRANHAR algum deles? Vou procurar por algum professor pra resolver isso.

Arthur parte em direção a administração

Gajo. Gajo... Nilo. Eles são mutantes como é que sentinelas estariam sob as ordens deles não faz sentido. Mas o importante é se acalme que as respostas serão dadas.

"Mais uma vez o esquentadinho querendo fazer merda..."

Luiz se manteve distante, apenas observando a cena. "Se fossem inimigos seria muita incompetência do instituto deixar que pousassem assim livremente em plena luz do dia. Pelo menos com esses ai dá pra tentar argumentar..."

"Acho que não vamos participar dessa conversa..."

O chamado dos colegas trouxe Nilo de volta à razão. Ele parou no ar e ficou mudo, fitando o trio severamente. "Dar carteirada de 'mutante' não garante vocês em nada..."

Ao chegar na porta, Arthur dá de cara com a diretora Danielle e os professores Hank e Sophie, que pareceme star se dirigindo para onde estão os recém-chegados.

O que foi, Arthur? ela pergunta meio que sem parar.


Neutralizador suspira de novo e suas mãos param de brilhar. Adoraria ficar aqui vendo você flutuar a meio metro do chão, garoto, mas os adultos têm que conversar, ele diz e olha pros seus companheiros. Vamos, pessoal.

Os heróis brasileiros andam na diireção da administração. Enquanto passam pelos alunos, Kineton diz para Sombria: Ainda bem que não trouxemos o Sargento Cargo, nem o O.R.D.E.M. e o P.R.O.G.R.E.S.S.O..

Pois é, com toda essa testosterona no ar, eles iam detonar este lugar, ela responde.
This message was last edited by the GM at 02:43, Thu 13 Feb 2020.

Afonso olha essa troca de palavras acaloradas e pressentiu que ia dar tudo errado, mas enfim não houve uma confrontação física e bem deixem a diretoria lidar com isto e talvez  tudo volte a normalidade e quem sabe o fim de semana seja melhor que a sexta.

Sem mais o que ver por ali Afonso vai entrar na mansão e bem talvez ainda estejam servindo o café da manhã.
This message was last edited by the player at 17:38, Wed 12 Feb 2020.

Chegou um pessoal ai numa nave. Parece que eles tem alguma coisa haver com as sentinelas. Ele não queria parecer dedo duro, mas achou que se desse a informação ele iriam andar mais rápido pra impedir que qualquer coisa acontecesse. Mas o Nilo tá meio estourado, não sei se ele vai fazer alguma besteira...
Arthur seguiu de volta, juntamente com os professores.
This message was last edited by the player at 00:57, Thu 13 Feb 2020.

Luiz não gostava do jeito esquentado de Nilo, mas se tinha uma coisa que o tirava do sério era uma pessoa marrenta.

"É bom esse cara ter uma história muito boa, se não vou ter que ficar do lado do Nilo..." pensou Luiz enquanto observava com um olhar furioso e dentes cerrados ainda a distância.

O café da manhã já acabou há muito, mas Afonso encontra alguma sosbremesas do almoço.


Sim, eles avisaram que vinham, mas achei que seria uma visita mais convencional, Danielle responde, um pouco irritada.


Danielle suspira com certa exasperação e aperta o passo. Obrigada, Arthur.


Luiz, Nilo e outros alunos acompanham de longe e veêm o grupo dos professores, mais Arthur, encontrar os heróis brasileiros.

Vocês deixam Sentinelas atacaram nossa escola e agora pousam um jato no meio do campus? Danielle pergunta no que parece mais um ataque. A agressividade pega Neutralizador de surpresa.

Ninguém mandou os Sentinelas atacarem vocês. Foi um acidente. Eles estavam fazendo um vôo de treinamento, quando dois mutantes desconhecidos invadiram o espaço aéreo da base e depois fugiram pra cá. Tanto que eles evitaram atacar com os sistemas ofensivos. Só fizeram isso após serem atacados, Neutralizador explica, tentando manter a calma.

Você disse ao Roberto que estaríamos seguros aqui, que você tinha resolvido tudo com o governo!

Se não fosse por mim, esse Sentinelas estariam aqui no instituto permanentemente, ou vocês sequer teriam aberto.

Deveríamos agradecer você se um dos alunos tivesse ficado ferido? Como vai ser agora?

Está tudo certo. Os Sentinelas não virão pra cá, mas seus alunos não devem ir até lá também.

Os ânimos permanecem acirrados.
This message was last edited by the GM at 21:13, Sat 15 Feb 2020.

Afonso muito feliz não nega sua predileção por guloseimas e se serve de uma sobremesa extra apesar de não se recordar de ter almoçado ... Poderia haver algo de errado com sua memória? Mais do que ele pensava e sabia? Já que seu passado a ele era desconhecido, mas agora lacunas recentes ... Isso o preocupou.

Bom ele se senta perto da janela e volta e meia olha por ela, mas também mantém a visão da televisão, pois alguma noticia poderia estar passando.

A aparente petulância do Neutralizador só alimentava a desconfiança de Nilo. Ele lhe soava como um político oportunista. Então, Nilo se adiantou em direção ao grupo, intrometendo-se na conversa:

Ô, Crepúsculo, se liga: primeiro, nós não os atacamos, apenas tentamos contê-los!; segundo, se ninguém ordenou o ataque, quem os mandou recuar?; e terceiro, como é você sabe desses detalhes?

Dessa vez Luiz não se contem e se junta a fúria de Nilo questionando os "heróis" indignado.

"Como é? Que papo é esse? Mutantes controlando e treinando Sentinelas? As famosas máquinas de matar mutantes? E com base aqui do lado de uma escola de mutantes?"

Sem dar tempo de alguém responder ele direciona sua raiva aos professores, "Meus pais me deixaram aqui achando que era um ambiente escolar e seguro pra um MUTANTE. Mas isso aqui é na verdade uma prisão cercada de sentinelas! E o pior de tudo, o carcereiro é "um de nós"!".
This message was last edited by the player at 01:03, Sat 15 Feb 2020.

Arthur fica chocado com as revelações mas se mantém mais calmo em relação aos seus amigos. Realmente, as sentinelas só utilizaram armas pra imobilizar... Ele prefere não fazer nenhum comentário, pois entende que aquele é um momento de conversa entre os adultos.

O professor Evandro entra no refeitório e parece surpreso ao ver Afonso.

Oi, o que você está fazendo aqui? Todo mundo está lá fora vendo a... hmm... discussão.


Nilo, por favor, diz Danielle, levantando o dedo para o jovem, mas é tarde demais.

Crepúsculo? Neutralizador diz, fazendo uma cara de "Oi?". Quem é você, garoto? o herói pergunta, mas imediatamente sua expressão muda para uma de reconhecimento. Peraí... É você, não é? Você é um dos dois inconsequentes que invadiram a base do SEAM. "Parabéns". Agora você está no sistema do governo e os Sentinelas têm um perfil seu, Neutralizador fala ironicamente, batendo palmas bem devagar.

Antes que o herói possa responder aos questionamentos de Nilo, Luiz intercede.


Isso não é verdade, Luiz, Danielle responde. Você não está numa prisão nem cercado de Sentinelas. Estamos aqui zelando pelo seu futuro.

Neutralizador está com uma cara de que está a ponto de dizer poucas e boas, mas se controla. Kineton e Sombria se entreolham.

Ninguém aqui é carcereiro de ninguém, garoto. Trabalhamos pro governo, mas estamos atuando de dentro pra mudar as coisas. Se você quiser culpar algum mutante, vai falar com Magneto, Apocalipse e companhia. É por causa deles que governos compraram Sentinelas. Mas sei que na sua idade  é mais fácil culpar a gente do que os responsáveis de verdade. Você e seu amigo aí devem achar que podem resolver qualquer coisa com seus poderes. Um dia a vida vai dar uma lição amarga pra vocês.

Bom, acho que já dissemos o que viemos dizer. Fiquem longe da base do SEAM e não vai haver problemas.

Os Guardiões se preparam para voltar ao seu jato.

Luiz não se intimida com o tom do Neutralizador, afinal de contas ele não tem um pingo de respeito pelo herói.

"Tá muito claro o que vieram fazer aqui, dar um show com um tom de ameaça. Basta tão pouco pra entrar em uma lista de os mais procurados, como se fossemos tão perigosos como o próprio Apocalipse . Bem se é isso que vocês vieram fazer eu to cagando, e eu que não vou perder meu tempo com vocês."

Luiz se vira e começa a se distanciar, pois ele sabe que está no limite do raciocínio lógico, e caminha sem rumo para longe.

E eu estava a achar que isso ia ser discutido com portas fechadas... Se está havendo espetáculo então realmente eu desejo ver isso. Bom vou lá fora ver.

Nilo também se surpreende com a reação do colega. E leva a mão na boca, abafando um misto de riso e espanto, quando Luiz respondeu:


Ao vê-lo dar as costas e sair, Nilo se volta para o Neutralizador e complementa:

"Cara, essa é a segunda vez que eu vejo a minha família" -- Nilo olha nos olhos de Danielle ao dizer isso -- "fugindo sob a mira de armas. Eu cansei!" Isso não soava natural, até mesmo para Nilo, partindo de alguém tão jovem. "Então, se tu só veio apontar o dedo pros outros e exibir teu jatinho, a gente dispensa o espetáculo!"

E Nilo saiu, levitando para trás e encarando o Neutralizador, com a dramaticidade e a zombaria de quem imita um rapper, e foi atrás de Luiz.

Arthur observa toda aquela situação calado, porém pensativo. Não é muito sábio falar essas coisas com "amigos". Dessa forma vão ser só mais uns na lista de inimigos...

Bom vou encontrar os dois (Luiz e Nilo) e bem Afonso vai se inteirar da situação.

Opa que está acontecendo afinal? Quem são aqueles caras afinal e o que eu perdi?

Luiz explica pra Afonso mas sem vontade de entrar em detalhes.

"Esses caras se dizem heróis que trabalham pro governo, vieram aqui pra intimidar a gente por causa do lance das sentinelas."
This message was last edited by the player at 02:52, Mon 17 Feb 2020.

Mas ora então foi assim? Dizem que o voo de nossos amigos atraiu os autômatos para cá? Compreendo, mas então a falha também é daqui, pois não nos informaram que era perigoso ir em certa direção. Os paspalhos fantasiados foram cretinos, mas não se pode isentar de parte a responsabilidade do instituto.

Ele olha pros colegas e diz E agora? Vai ter pronunciamento ou algo que valha?

Neutralizador balança a cabeça decepcionado e volta pro jato com seus colegas. A aeronave decola e parte na direção do pico Nublado.

Danielle e Sophie comunicam aos alunos que, no final da tarde, farão uma reunião com todos no auditório. Às 17h30, como todos reunidos, docentes e discentes, a diretora toma a palvra.

Como todos já sabem, tomamos um susto ontem. Foi algo extremamente sério que poderia ter tido um fim trágico. Tivemos sorte. Já falei com Roberto da Costa para incrementarmos os sistema de segurança do instituto. Nos precipitamos em achar que o mundo estava mudando.

O tom de Danielle, até aqui acolhedor, se torna um pouco mais severo.

Dito isso, é importante lembrar que por mais vigilante e atentos que a administração seja, sempre haverá brechas. E tem que ser assim -- isto é uma escola, não uma penitenciária, como nos acusaram há pouco. Contamos que vocês farão sua parte, que serão responsáveis. É verdade que nunca dissemos "não fujam da escola no meio da noite para investigar luzes estranhas numa montanha distante". Achamos que não precisávamos. Outro erro.

Enfim, acho que todos aprenderam algo com esse incidente. Decidimos não punir niguém, mas não contem com isso de uma próxima vez. Messo que seja "apenas" uma festa com o consumo ilegal de álcool.

Alguém gostaria de dizer algo?

Luiz se mantem em silêncio enquanto escuta, e prefere permanecer assim. Talvez ele já tivesse dito o suficiente naquele dia. Porém ele não se sente mal com tudo o que disse, ele ainda sente o sangue quente.

Afonso queria até dizer algo, mas enfim prevendo uma reprimenda e pesando os prós e os contras por fim falou.

Vossa senhorita diretora? Eu tenho uma pergunta... Foram eles que montaram uma base perto da escola ou a escola que montou suas instalações perto da base?

Era uma pergunta inocente, mas afinal porque diabos uma escola mutante seria montada perto de uma instalação militar...
This message was last edited by the player at 14:15, Tue 18 Feb 2020.

Arthur se manteve quieto durante todo o discurso, pois sentia que tinha parte da culpa na confusão do dia anterior, mesmo que seu "delito" tivesse sido menos grave. Por conta disso não sentia vontade de falar, mas ao ouvir a pergunta de Afonso ficou curioso em saber a resposta. Porém, independente de qual fosse, ainda tinha um respeito pela diretora e pelos professores, fosse pela hierarquia escolar ou por terem o acolhido quando sua família o deixou ali.

Na verdade, nenhum dos dois. Quando Roberto da Costa comprou a propriedade, ninguém sabia que a base estava lá. Hoje, sabemos que ela foi desativada em 1984 e meio que esquecida até pelo povo desta região.

O Roberto queria garantir que não haveria qualquer problema com as autoridades e antes de iniciar o projeto do instituto, entrou em contato com César Carano, o Neutralizador, que mediou a conversa com o governo. Estava tudo certo, por isso o projeto foi à frente.

Imagino que o governo não tenha sido completamente honesto ou que as autoridades voltaram atrás depois de firmar o acordo. Devem ter reativado a base e transferido os Sentinelas para lá para "ficarem de olho nos mutantes".

Como podem ver, da nossa parte, pelo menos, não houve má fé, responde Danielle.
This message was last edited by the GM at 02:28, Wed 19 Feb 2020.

Até então Nilo tinha permanecido calado e um tanto constrangido, em razão dos recentes acessos de fúria. Mas após a declaração de Danielle, ele levanta a mão e retruca:

Professora, então, pelo que sabemos a base pode nunca ter sido desativada de fato. E o único fiador que temos é aquele almofadinha marrento!? Se é que esse acordo existiu algum dia, está claro que hoje não existe! E a pergunta agora é: o que a gente vai fazer a esse respeito?

Afonso escuta a resposta com atenção e logo escuta os argumentos e a pergunta feita por Nilo e esta parecia interessante ... O que será dado como resposta ele logo saberia.

Essa é uma possibilidade, Nilo, mas as evidências que temos até agora é de que a base realmente estava fechada. Se isso era uma história de fachada, não temos como saber. Contudo, acho difícil que uma instalação no interior deste estado estivesse ligada a uma ação contra mutantes naquela época, visto que não havia nenhum nesta área.

Roberto conhece César de outra circunstâncias e me garantiu que confia nele. Acho que ele atuou de boa fé, apesar da cena que fez aqui. O professor Hank me confirmou que os Sentinelas não atuaram tão ofensivamente como estamos acostumados, o que bate com a história do Neutralizador.

Sobre o que vamos fazer... Bom, nada. Já disse que vamos melhorar nossa segurança, mas não há nada mais a fazer a não ser nos mudarmos daqui. Vocês realmente querem ser forçados a abandonar um novo lar por causa do ódio dos outros?

Roberto me disse que está usando toda a sua influência para contornar a situação e tentar até mesmo fechar a base, ou, pelo menos, transferir os Sentinelas para outro lugar. Enquanto isso não acontece, vida que segue, Danielle termina com um sorriso.

Angela ficou quieta durante toda a confusão e durante a reunião na escola, mas uma coisa estava a incomodando e ela precisava falar com alguém.

[Private to Cerebro: Diretora, sei que sou jovem, mas acho que consigo entrar com meus poderes na base sem ser vista, será que vale a pena ver o que tem la dentro?]
This message was last edited by the GM at 17:48, Wed 19 Feb 2020.

Mesmo a pergunta não sido direcionada a ele, Artur responde. Acho que seguir com a diplomacia seria o melhor caminho, já que parece que isso é a primeira vez que acontece em todos esses anos, então talvez o Neutralizador deva estar falando a verdade sobre estar do nosso lado. Ele continua. Por outro lado, não acho que deveríamos acreditar que estamos 100% seguros aqui, e imagino que em nenhum lugar do mundo estaríamos...
This message was last edited by the player at 12:50, Wed 19 Feb 2020.

Essas palavras ecoaram forte na mente de Luiz, a diretora soava quase que ingenua pra ele. Afinal de contas, foi o ódio dos outros que o fizeram se mudar e abandonar toda uma vida pra trás. "Ela acredita mesmo que não fazer nada é uma solução? Enquanto esperam por qualquer motivo besta pra exterminarem mutantes?".

"Até quando eu terei que me recolher e fugir por causa dos outros? Talvez seja hora deles sentirem o MEU ódio!" Esse segundo pensamento causou uma angustia em Luiz , ele nunca teve pensamentos tão negativos em toda a vida. Em seguida tentou amenizar a própria mente dizendo em voz alta "Bem, só nos resta praticar na sala de combate pra que da próxima vez estejamos mais preparados. Acho que aquele papo de poder escolher uma vida tranquila ou de "heroísmo" não será bem uma escolha..."

Afonso junta a ponta dos dedos ao ouvir as palavras ditas, mas não acha que a melhor seja a de não fazer nada, mas sim ir atrás dos direitos dos mutantes seja pressionando o governo ou a opinião publica.

Os direitos de alguém terminam quando estes se atravessam nos de outrem, não demando que gostem de nós apenas que nos respeitem.

O perigo é grande e não pode ser ignorado, mas cabe também lembrar que não somos indefesos se alguém vier aqui procurando encrenca é bom estar preparado para o que vai enfrentar. Se mantivermos a união e cuidarmos uns dos outros estaremos bem.

[Private to Angela Nunes: Não, Angela. Você estaria arriscando a sua vida. Além disso, ele spodem ter sistemas antipsi e antimutante. Se detectarem -- ou pior, capturarem você -- vão usar isso como justificativa para manter os Sentinelas ou mesmo fechar o instituto.]

Exato, Arthur. Temos consciência de que, como mutantes, estamos numa posição precária, como outras minorias. Nunca nos esquecemos disso e levamos isso em conta, quando o insituto foi estabelecido, responde Danielle.



Não, a resposta é enfática. Vocês não têm que se tornar soldados . Esta não é nem nunca será a proposta deste instituto. Vocês são adolescentes. Não têm culpa da situação em que estao. Sua única responsabilidade aqui é estudar e aprender. Quero que isso fique bem claro para vocês.

Arthur sentia que Danielle era verdadeira em suas palavras, que ela realmente queria proteger todos eles. Ele a olhava com admiração e respeito por isso. Ele apenas concordava com a cabeça durante as falas dela e permaneceu calado até o fim da reunião.

Mais uma coisa, talvez tenha me expressado mal, quando disse que não devíamos fazer nada. Estava me referindo a nós aqui no instituto. É óbvio que estamos fazendo alguma coisa. Como falei, Roberto está atuando no caso. Mas vocês, alunos, não devem se preocupar com isso, Danielle acrescenta com um sorriso.
This message had punctuation tweaked by the GM at 02:18, Fri 21 Feb 2020.

Afonso pensava em dizer algo mais, mas as ultimas palavras da diretora o tranquilizaram e ele se manteve calado.

Luiz percebia a sinceridade da diretora e achou que não era justo descarregar sua raiva nela. Discutir ali não levaria a lugar nenhum, e assim ele se manteve em silêncio até o fim da reunião.

Tarde demais, tia! É exatamente isso o que eu quero... E não me surpreende pedir calma, que esperemos... É só o que tenho ouvido desde que cheguei! Nilo dá uma risada irônica. Vai vendo, tia..., pensa com ar maquiavélico.

Outros alunos também fazem perguntas e Danielle volta a assegurar a todos de que estão seguros no instituto. Plínio e Prodígio fazem alguns avisos e todos os alunos são dispensados para tentar aproveitar o que resta desse fim de semana tumultuado.