O eco do grito ainda permanece nos ouvidos dos jovens mutantes, quando sua consciência retorna. O barulho da chuva persiste.

Ao abrirem seus olhos, Afonso, Ângela, Luiz e Nilo se veem deitados num chão frio e úmido. Ao seu redor, iluminados pelos clarões dos relâmpagos, paredes de azulejos encardidos e destroços. Parecia a recepção de um antigo hospital.


Eles não se encontram sozinho: seus colegas, McCoy e Josias estão ao seu redor, inconscientes.


Sinta minha ira, mutante!

A declaração, feita numa voz horrenda, vem de outro cômodo.

Arthur não consegue nem reagir para tentar soltar seu braço, o medo o deixou paralisado. Com muito esforço, conseguiu soltar gritos de desespero. AI MEU DEUS, NÃO, NÃÃÃOOOO!!!

Onde? Agh... Onde Estamos? Que foi isto?

Vou me levantar e sentido ainda meus ferimentos afinal devo pressupor que não fui curado... Irei furtivamente na direção do som. Ligo meu padrão de tempo então mesmo sendo furtivo devo chegar sem perder tempo.

Angela manda um mensagem telepatica para o grupo.

Onde estamos? O que esta acontecendo?

Luiz se move de forma agitada, como se estivesse com espasmos do forte nado para sobreviver a enxurrada. Ele se questiona ainda com a respiração ofegante. Hunf Hunf... O que? Como? Hunf.... Ao ouvir o grito de ajuda do colega ele corre de forma instintiva com suas espadas orgânicas prontas para a ação e dá um pisão na porta, assim como fez no hotel.

Angela para um minuto.

Meu deus isso só pode ser um... PESADELO?!

Não pode ser isto, não pode ser.

Ela se concentra e envia uma mensagem apenas para Arthur.

ARTHUR, ACORDA!!!!

Quê!?... Não, peraí... Peraí! A gente deve tá alucinando...

Nilo olha ao redor, confuso. E, de repente, uma noção aterrorizante o põe de pé num salto: eles poderiam estar apagados no meio da enxurrada! Será que é aquela bruxa? Ou o Arthur perdeu o controle?


Aquele sinal de ameaça fez com que Nilo, instintivamente: acionasse o campo de força, fosse ao cômodo contíguo e arrancasse a parede, flanqueando o oponente com Luiz.

E lá se vai o elemento surpresa... Bem agora só resta ver o que está ameaçando Arthur. Pensa Afonso.
This message was last edited by the player at 16:01, Wed 08 Apr 2020.

Afonso e Luiz veem uma cena insólita no cômodo seguinte: uma criatura horripilante segura o aterrorizado Arthur pelo braço. Diante deles, uma esfera de cristal rachada e fosca está suspensa num tripé de ferro.



Arthur não responde. A única sensação telepática que vem dele é um pavor profundo.


A parece cede, revelando os jovens para a criatura.

Maldição! Veja o que você fez, mutante, a criatura fala pra Arthur. Depois, se volta para os recém-chegados.

Pensem duas vezes no seu próximo passo, mortais. Vocês estão diante de D'Spayre!

Pronuncia-se Dispér.
This message was last edited by the GM at 16:07, Wed 08 Apr 2020.

Cá estamos em uma situação complicada... Que pensa que está fazendo com nosso amigo? Não vamos permitir que o mesmo seja machucado. E veja que está em minoria aqui...

OOC: Bom fazer uma bravata de vez em quando é saudável. Mas só pra constar eu ainda estou bem ferrado de saúde né?

Enquanto Afonso o distrai, Nilo não perde tempo:

TÁ REPREENDIDO, CAPETA! e o espreme com a força telecinética.

(Fui pro tudo ou nada! Grappling attack; se conseguir full hold, opto por causar dano igual ao poder. Talvez precise de um pouquinho de karma, caso os colegas aceitem. Porque, se o bicho não virar purê, ele vai dominar a gente mentalmente também!)

Sai fora caveirão! Luiz avança pronto pra cortar o inimigo. A melhor defesa é o ataque, né?

Angela entra por baixo do piso e aparece atras do inimigo e tenta possui-lo.

Estou com um mal pressentimento sobre isso, mas vamos ver se consigo ajudar os outros.

Hahaha! O mortal quer intimidar D'Spayre. Se há alguém em perigo aqui são vocês, mutantes, a criatura responde com desprezo.


A espada orgânica de Luiz corta o ventre de D'Spayre com violência. Nenhum sangue sai, mas a criatura parece não ter gostado.

Aaargh! Maldito!


O poder de Nilo envolve D'Spayre, imobilizando-o e esmagando-o.

Aaaargh! Como se atrevem?! Sintam a fúria de D'Spayre!

Imediatamente, os jovens, incluindo Ângela, sentem seus corpos queimarem e sua carne começa a derreter – a dor é insuportável e os mutantes não conseguem fazer mais nada.

Quando a Ângela postar, edito aqui a ação dela.

D'Spayre -99
This message was last updated by the GM at 16:15, Thu 09 Apr 2020.

A dor é tanta que os jovens perdem os sentidos. A gargalhada de D'Spayre os acompanham rumo à escuridão.

Depois de algum tempo – não dá para precisar quanto – eles despertam. Sua carne está no lugar e a dor é apena suma memória angustiante.

Não há sinal do demônio.

Do outro cômodo, vem ruídos que indicam que os outros estudantes podem estar despertando também.

Arthur se levanta meio cambaleado. Aaaahhhggg....... Seus amigos também estão acordando, aparentemente o plano deu certo. Todos estão bem? O jovem sai do quarto e verifica se o professor McCoy e Josias estão bem.

Luiz acorda naquele lugar estranho, ele está confuso e com raiva. ...ahhh...???? mas... que??... mas o que CARALHOS tá acontecendo!?!?
This message was last edited by the player at 22:11, Fri 10 Apr 2020.

Afonso acorda novamente esfrega os olhos olhando ao redor e estava aborrecido com a facilidade com que ele e seus amigos foram derrubados pelo pálido cretino chamado D'Spayre. Também temia que já estivesse perdendo o senso do que fora real já que não fazia sentido estar aqui sendo que estava numa cidadezinha cuja represa tinha se rompido...

Mas sem mais remédio e talvez por ter escutado os impropérios proferidos por Luiz e a pergunta de Arthur ele se junta aos demais.

- Me sinto como se tivesse sido colocado dentro de um liquidificador ... Mas isso não é nada vou viver. Ele não queria tratar Arthur mal, mas nada o fazia esquecer sua colega gritando "Assassino e ele os matou" ... Seja como for eles tinham que sair dali e o descontrole do colega ia ter que esperar. Agora queria era achar o professor McCoy pois se alguém tem algum conhecimento esse sim é ele. Talvez ele conheça D'Spayre.

Ele também verifica os outros colegas do instituto vendo se poderia ajudar alguém.

Angela nao entende nada do que esta acontecendo.

Ela retira seu traje rapidamente e começa a voar para cima, atravessando as paredes até chegar do lado de fora do prédio e ver onde estao.

Nilo se sente como num filme em que o mesmo dia se repete várias vezes. Ele levanta e, ao ver Arthur bem, vai direto lhe falar: Ô, cê tá bem? Precisava te dizer: nada daquilo foi culpa tua! Foi uma tragédia em cima da outra e você não teve culpa!

Então, dá uma volta, conferindo brevemente cada cômodo (sobretudo aquele onde estava o D'Spayre), dizendo em tom casual: Mas, faço minhas as palavras do Luiz: que merda é essa!? Por que não estamos em frente à pousada?

À medida que conversam, os jovens começam a lembrar que estavam viajando no ônibus, retornando de Ibitipoca, mas a memória agora é de que a tempestade começou antes de chegarem em Sombralta, embora tenha caído com a mesma intensidade.

Temendo pelo pior, McCoy teria pedido a Josias que procurasse um abrigo, e o motorista lembrara de um antigo hospital para tuberculosos que havia fechado há mais de 50 anos.

Os estudante se recordam de ônibus ter entrado pelos portões enferrujados e parado na frente do prédio principal. Tods desembarcaram e entraram, mas essa é a última lembrança que têm, antes das "novas".

Do lado de fora, Ângela vê o ônibus parado perto da porta. A chuva continua, mas está diminuindo.

As memórias estavam voltando e pelo que via e lembrava uma constatação se formava ... a de que nunca havia estado em na cidade que tudo que fizeram, testemunharam não passava de memórias forjadas ou alteradas...

Pessoal acho que fomos enganados...

Obrigado pela preocupação Nilo, mas acredito que podemos ficar tranquilos, acho que ninguém se machucou de verdade, ou pior... O jovem observa os olhos (e ouvidos) atentos e continua. Bom, depois que eu apaguei lá no ônibus eu acordei aqui e encontrei com um cara chamado D'Spayre. Ele me disse que tinha 20 mil anos e que tinha colocado toda a cidade sob uma ilusão, aparentemente ele se alimentava do medo das pessoas.

Bom, eu tentei lutar contra ele, mas ele tinha uma esfera que amplificava seus poderes. Então eu me ofereci pra ser escravo dele em troca de salvar todo mundo, e no momento que ele deu mole eu consegui quebrar a esfera. O jovem da um suspiro. Depois disso ele me pegou e não lembro mais de nada, mas se estamos todos aqui é porque deu certo.

Com todo respeito ... vinte mil anos com todo esse alegado poder e ficou aqui neste fim de mundo? Como diria Jack Burton em Aventureiros do Bairro Proibido "Cascata." Na moral alguma coisa prendia ele aqui e o impedia de sair. Mas Arthur me alegra saber que o que ocorreu no ônibus não era verdade.
This message was last edited by the player at 03:35, Sat 11 Apr 2020.

Luiz escuta atentamente, incrédulo com a situação. Uma...ilusão???? Se isso é verdade, o que nos garante que não estamos em outra ilusão?? Como um cara tem 20 mil anos!? Como ele se alimenta de medo?! E como os X-MEN montaram uma base do lado desse cara!?! Mesmo sem fazer esforço físico Luiz se sentia ofegante com a ansiedade da situação impossível.
This message was last edited by the player at 03:35, Sat 11 Apr 2020.

Angela tendo visto onde estavam fica confusa e manda uma mensagem telepatica para o professor.

Professor, o que esta acontecendo, onde estamos?

Pelo que ele falou, ele tinha acabado de conseguir a esfera, que amplificava os poderes dele. Ele tava testando aqui na cidade. Ele era poderoso, mas não o suficiente pra criar uma ilusão em uma cidade inteira, acho que agora estamos na realidade. Arthur tenta defender os X-MEN e conclui. Não acho que ele morava aqui, impossível dos X-MEN saberem disso...

Ungh... Ângela?  O que... aconteceu...? responde McCoy. Ele também parece confuso.

Dentro do hospital, os amigos de Ângela veem os outros estudantes começando a despertar. Todos parecem desnorteados e alguns estão bastante estressados.

E ele agora desapareceu... O vilão simplesmente foi embora? Duvido... Vamos reunir todos os nossos colegas e ver se alguém está faltando.

Afonso foi então nos colegas separados para reuni-los claro que ele foi em Jéssica primeiro.
This message was last edited by the player at 14:11, Sun 12 Apr 2020.

Boa ideia, acho melhor voltarmos pra escola o quanto antes. Arthur vai até o motorista. Josias, como está se sentindo? Pode dirigir?

Luiz concorda em voltar para a escola, mas sabia que o problema estava longe de ser resolvido. Se tivéssemos o Cérebro e o Professor Xavier estivesse vivo ... ele pensa desolado com a possibilidade e o quão fácil seria localizar o inimigo.

Angela fica meio sem graça de acusar um colega, mas a situação é grave o bastante para ela contar para o professor.

Nao tenho a menor ideia mas estamos aparentemente seguros agora.

Acho que foi tudo um pesadelo, causado pelo Arthur, mas não tenho certeza.

Angela começa a voltar para o grupo, mas continua olhando pelos andares onde passa para ter certeza que esta tudo bem.

Todos so estudantes, além de McCoy e Josias, estão no salão de entrada. Todos parecem bem, fora o a violência psicológica a que foram submetidos.

Jessica, já desperta, passa as mãos pelo corpo para ter certeza de que está ilesa.


Oi, Arthur. Tô bem, na medida do possível. Acho que posso dirigir, sim, o motorista responde.


O quê?! Precisamos falar sobre isso. Volte pra cá, ele pensa de volta.

McCoy se certifica de que os estudantes não estão feridos e deixa Josias de olho neles. Ele então chama Afonso, Ângela, Arthur, Luiz e Nilo para uma outra área do hospital.

Muito bem, expliquem para mim o que sabem.
This message was last edited by the GM at 13:01, Mon 13 Apr 2020.

Afonso fica tranquilo em ver que os outros estavam bem até mesmo aqueles que ele pensara terem morrido no ônibus... E diz pra Jéssica antes de se reunir com o professor "Bom ver todos inteiros. Como vocês dizem por aqui? Que viagem." Sorri e sai.

Ao encontrar-se com McCoy e os outros ao ser questionado ele responde.

É difícil explicar já que tudo o que eu pensava ser real não passava de uma alegoria ilusória, mas o que dizer Professor McCoy foi que fomos enganados desde o principio no momento que o ônibus encostou nesse lugar abandonado. Sombralta ... A represa... Os lobisomens... A Pensão ... Os cidadãos tudo isso foi um embuste elaborado para nos enganar por esse tal de D'Spayre e agora depois que uma esfera foi quebrada o mesmo se foi não sei pra onde, mas o Arthur tem mais detalhes.

Angela se junta ao professor e aos outros e fala na mente de todos.

Arthur, o que aconteceu aqui?! Esse D'Spayre é real ou voce perdeu o controle dos seus poderes e todos nós entramos num pesadelo criado por você?

D'Spayre é real. Ele já causou problemas pros X-Men. Aparentemente, é um demônio de 20 mil anos que se alimenta de medo, diz McCoy, se antecedendo a Arthur, mas depois olha pro jovem esperando a versão dele dos fatos.
This message was last edited by the GM at 13:52, Mon 13 Apr 2020.

Não Angela, foi como o Afonso disse mesmo. Esse tal de D'Spayre criou uma ilusão na cidade inteira. Arthur detalha mais alguns pontos para o professor McCoy. Quando estávamos naquela confusão toda eu sentia uma forte dor de cabeça e um mal estar. Parecia que nada daquilo estava certo... Então eu acordei nesse hospital com o D'Spayre, ele me disse que estava usando o poder da Esfera de Ikonn para amplificar seus poderes.

Eu consegui destruir a esfera, acho que ele fugiu depois disso, porque ele era forte mas não o suficiente pra controlar a cidade toda....

Luiz escutava a história novamente, ainda incrédulo. Ficou apenas ali, em pé, de braços cruzados e cara amarrada. Tá, e o que a gente faz agora? Vai pra casa e finge que nada disso aconteceu? Ele perdeu a esfera e vai desistir? As fortes emoções que ele sentiu o deixaram abalado, mas saber que estava sendo usado o deixou com um gosto amargo na boca.

D'Spayre se vale de ilusões para gerar medo e se alimentar. Ele é poderoso, mas não consegue enfrentar um monte de gente junta. Uma vez que não acreditamos mais na ilusão, ele fica vulnerável, explica McCoy.

Se Arthur destruiu essa esfera e ele já tinha se alimentado, não haveria motivo para ficar. E agora que sabemos que ele está por trás disso, vamos ficar alertas. Se ele voltar – o que acho que não fará –, não vai conseguir nos enganar tão facilmente.
This message was last updated by the GM at 13:51, Mon 13 Apr 2020.

Nilo anda de um lado para outro, passando a mão na cabeça, tentando processar as informações.

Ê, carai... Ele olha para o professor, sem graça pelo deslize. Desculpa! E pergunta: Mas, então, em realidade nós viemos pro hospital pernoitar e até agora foi tudo uma ilusão do capeta? Não tem pousada, não tem o cruza do Arthur, não tem barragem...? E nossa luta com ele também não teve!?

O que significa que não teve lobisomens e nem amigos mortos no ônibus... Também diz Afonso.

Bom, já que o D'Spayre não deve voltar, é melhor a gente contar pros outros alunos o que aconteceu, que devem estar confusos, e voltarmos pra escola. Vejam, já está parando de chover.

Se bem que tem o pessoal da cidade também...

É o que parece, Nilo. Por um lado é bom – nada daquilo aconteceu. Por outro, as sensações e emoções foram reais, e teremos que oferecer aconselhamento psicológico.


Exato, McCoy confirma, sem se prolongar.


Isso, Arthur. Vamos contar pra todos e depois embarcar no ônibus. Acho que já podemos voltar para a escola. Lá, falarei com a diretora Danielle para entrar em contato coma cidade e ver se também foram afetados.

Luiz entra no ônibus. Durante toda a viajem de volta a escola ele não falou com ninguém. Ele tinha um olhar distante e o gosto amargo ainda permanecia em sua boca. Apenas um pensamento voltava a sua mente de forma recorrente. O que é real...?

Angela ficou quieta o resto do tempo, mas no final ela manda uma mensagem para o Arthur.

Arthur, desculpe se fui grosseira com você? Achei que você tinha perdido controle dos seus poderes.

Afonso entra no ônibus e se senta olha para as pessoas que pensara que tinham morrido e respira fundo pensando em como era estar errado... Nada diz e olha para janela.