Ao ver a retirada dos policiais, Nilo olha para Arthur com aquela expressão de "nada mal!". Olha de um lado ao outro, retira o casaco e cobre o rapaz, vestindo-o com o gorro. Segura-o pelos ombros para tirá-lo do aturdimento, e fala: Tá tudo bem agora!, tentando passar-lhe confiança. Você tem para onde ir?

Arthur sussurra logo depois, com tom de urgência. Rápido! Eles vão mandar Sentinelas.

Deixe ele ir Nilo, não podemos ficar expostos desse jeito. Luiz fala enquanto avança no caminho para verificar se vinha alguém.

Vamos embora. Temos prioridades aqui.

Angela estava incomodada com a atitude dos colegas, poderiam ter colocado toda a missão e suas vidas em risco.

Pessoal, temos que sair daqui rápido, se os sentinelas chegarem estaremos com muitos problemas.

Deixem ele e vamos.

Eles tem razão, disse Nilo com urgência. Boa sorte, irmão! Vai pela sombra!, despediu-se com um tapinha no ombro. Apertou o passo na direção dos colegas, mantendo ainda a atenção na reação do rapaz.

O garoto parece aturdido e não esboça reação, quando Nilo o veste com o casaco e o gorro. Quando o grupo avança sem ele, algo finalmente estala em sua mente e ele corre, desaparecendo ao dobrar uma esquina.

Os mutantes chegam numa praça circundada de grandes amendoeiras, que, de tão grandes, bloqueiam a luz dos postes, mergulhando a área numa semi-escuridão. Numa das esquinas, a mais escura, há um furgão meio surrado parado. Dentro dele, um homem com cara de poucos amigos.

Afonso velho  se aproxima e troca algumas palavras com o homem, que sai e entrega as chaves à contraparte futura de Afonso. O homem vai embora e Afonso velho chama os jovens para o veículo.

Quando todos estão dentro, ele dá partida e olha pro grupo. Prontos?

Querem fazer algo ou sigo?

Se vc tem algo que eu preciso saber diga me agora ou iremos em frente. Estou pronto

Vamos, não podemos perder mais tempo. Disse Luiz enquanto se sentava na parte traseira do furgão.
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Arthur sobe no banco da frente, precisava ter visão para caso precisasse usar seus poderes em alguma manobra rápida.

Afonso velho segue com o furgão por uma avenida paralela àquela que o grupo seguiu para chegar à praça. Não há muitos carros na rua, apesar de ainda serem 19h30. Isso faz com que a sensação de estar exposto seja ainda maior, Arthur percebe.

Dez minutos depois, quando o grupo entra numa parte mais antiga da cidade, Afonso velho congela.

Droga!

À frente, Arthur vê uma blitz. Além de dois carros de polícia e quatro policiais, o jovem vê um furgão. Mas o que realmente chama atenção são os dois mantinelas.

Eles vão pedir nossos documentos, diz Afonso velho para todos. E provavelmente vão querer revistar o furgão.

Nilo ajeita o boné com animosidade e diz: Tá legal, tranquilo! Plano A: Ângela, vê se consegue dominar o sujeito que nos abordar. Plano B: Arthur assusta os caras, eu tombo os carros e você, indica o Afonso velho, enfia o pé na tábua! Fechou?, e volta a se ajeitar na janela aberta, no banco atrás do motorista, fazendo cara de paisagem.

Luiz sente a ansiedade, o plano nem começou e já está saindo dos trilhos. Ele limpa o suor das mão na calça e as deixa livre para uma ação rápida. E o plano C é fazer um monte de peneira...

Bom se eu puder fazer o carro ir mais rápido seria algo interessante.

Arthur acena com a cabeça e tenta parecer calmo, já que está no banco da frente. Ele tenta tranquilizar o amigo mais velho. Vai com calma Afonso. Espero que esses caras de armadura tenham medo de cozinhar lá dentro.

Um dos policiais se aproxima e Afonso velho baixa a janela.

Boa noite, cidadão. Documento, por favor.

Nesse momento, invisível e intangível, Ângela avança sobre o homem pra dominá-lo. O policial dá uma tremida.

Está tudo bem. Sou eu, ele sussurra e dá uma piscadela para Afonso velho e Arthur.

Nisso, um dos mantinelas se move em direção ao furgão.

Ei! Alguma coisa voou do furgão pra cima de você. Vi no infravermelho, diz o agente pelos alto-falantes da armadura.

Droga! Hora do plano B. Arthur se concentra nos dois mantinelas, lhes passando a imagem de que seus corpos estavam em chamas por dentro da armadura.

Já fiz o rolamento (de merda), caso precise.

09:57, Today: Arthur Ribeiro rolled 19 using 1d100 ((19)).

Luiz escuta o alarme de trás do furgão e suas mãos ficam ainda mais suadas. Merda...merda...merda...merda...

... Afonso está a postos, se necessário ele vai "acelerar o carro" para uma fuga rápida, mas mais rápida ainda.

Ah, meu cace...!


Ao ver o plano B entrar em ação, Nilo ativou um campo de força em torno do furgão. Ângela, joga a arma fora e volta! Preparem-se!, disse anunciando o plano de evasão.

Ele mirou fixamente as viaturas e as virou de ponta-cabeça com a força telecinética, para o lado oposto de onde estavam os policiais. Pisa fundo!

Presumo que a jogada de Arthur tenha funcionado (concordo em usar o karma pool se for preciso), aí adiantei minha jogada. Senão, avisa no OOC que eu edito. Na minha manobra, faço uso do karma pessoal.

Está tudo cer-, Ângela, no corpo do policial, começa a responder, mas, antes que termine, os mantinelas começam a gritar.

Aaaaaaaaahhhh!!!

Nilo expande seu campo de força e tenta virar os carros, mas a tensão do momento tira sua concentração, e os veículos só balançam um pouco.

Ângela isola a arma do policial e abandona o corpo.

Hã... O que... ele balbucia, enquanto se recupera da possessão.

Afonso ativa seu controle temporal e sua contraparte futura acelera, passando da blitz. Os outros policiais atiram, mas o campo de força de Nilo protege o furgão e seus ocupantes das balas.

Para os jovens, parece que aqueles fora do veículo estão lentos. Para os poucos transeuntes, o furgão se move a uma velocidade absurda.

Não temos muito tempo! Os policiais vão avisar os Sentinelas. Querem continuar?! Mudamos o plano?! pergunta Afonso velho.

Lightning speed 1/4

Eles não sabem pra onde vamos ... Acho que devemos continuar.

Arthur bate no repetidamente na frente do veículo, em tom de urgência. O Afonso tem razão, vamos rápido! Vai! Vai! Vai!

Já eram muitas vozes gritando dentro do furgão e Luiz preferiu não se manifestar. Um motorista confuso poderia ser pior do que um policial armado.

A sensação seria até engraçada... Não fosse os disparos dos policiais.

É, agora não tem volta!, concordou com os colegas com um quê de preocupação na voz.

Nilo ainda mantém o campo de força ao redor do veículo por precaução. E, então, pergunta ao Afonso velho: Cara, quanto de vigilância tem aqui?, referindo-se àquela realidade. Eles têm como rastrear a gente até o prédio em tempo real?

Ele sentia que, se fosse esse o caso, eles precisariam usar o furgão como uma distração.