É noite no local onde os sombrarilhos desembarcam da Estrada negra. O céu está coalhado de estrelas e uma lua cheia brilha quase a pino. No horizonte, outra lua, menor, nasce.

O grupo se encontra numa planície com árvores esparsas. Na distância, veem os vultos escuros de montanhas. DE vez em quando, pássaros noturnos gritam

O clima é agradável, mas há uma sensação sombria no ar. À media que os sombrarilhos se afastam da Estrada Negra, essa sensação diminui.

Rhadamanthos caminha lentamente, com o dissipar da adrenalina o cansaço começa a surgir. Ele observa ao redor e não percebe nenhuma ameaça eminente. Talvez devêssemos procurar água e abrigo para descansar. Ele sugere aos outros que estão visivelmente abatidos.

Isaac está ofegante e caminha lentamente.

Tem razão soldado, eu preciso descansar, acredito que não conseguirei andar por muito mais tempo.

Fenris olha ao redor, Pelo menos aqui as plantas não tentam te matar, e se vira para seus companheiros, ESPEREM AQUI, JÁ RETORNO.  e se transforma em lobo e sai farejando para procurar água e abrigo.

Fenris avança pelo campo rapidamente. Ele logo fareja um forte cheiro de queimado, mas há aromas de comida. Seguindo o rastro através de um pequeno bosque, ele avista do outro lado uma construção incomum.



O forte odor de queimado vem do terreno ao redor da habitação. Já o cheiro de comida é oriundo da estrutura. Fenris ouve também música vindo de lá.

Parece haver um homem sentado na ponta da construção.

Hanzo senta com o grupo e começa a meditar, ele revive cada momento do combate anterior, analisando sua postura e tentando aprender com cada golpe que fora dado qual seria o melhor movimento a ser feito na ocasião.

Fenris volta para o grupo, retorna a sua forma humana e fala, Não muito longe daqui há uma estranha construção, parece ser feita de metal. Há um homem na porta, pude sentir cheiro de comida e ouvi música.

Música e comida? Parece ser um lugar seguro, talvez possamos pedir abrigo pela noite. Porém acho que seria prudente apenas um de nós apresentar o grupo, de preferencia como humano. Rhadamanthos sugere aos outros, o cansaço o faz quase que desejar que não sejam inimigos...

A ideia é boa, não seria seguro nos expormos todos de uma vez. Quem está menos cansado e pronto para uma eventual briga deveria ir. Isaac se direciona a Fenris e sugere que ele se apresente ao homem.

David faz que "sim" com a sua cabeça equina, concordando. Ele sabia que, antes que pudesse repousar, cada nova tentativa de metamorfose seria um enorme esforço físico, com sérios riscos à sua psique.

Muito bem, irei me apresentar ao estranho e volto com as novas. Mais alguma recomendação?, responde Fenris.

Que tal nosso amigo cavalo aqui ir com você? Ninguém vai suspeitar de que ele é uma pessoa, ou foi uma pessoa...vocês me entenderam.

Hanzo levanta.

Eu irei estar próximo sem ser visto para apoia-lo caso seja necessário.

E cuidado isto não é uma construção e sim um veiculo voador.

Veículo voador? Não, aqui estava firme na terra e era feito de metal. Fenris se vira para David, Muito bem nobre corcel, vamos?, e monta no sombrarilho. Os dois avançam e um trote relaxado até chegar à nave.

A cerca de 100 m de distância, o homem percebe o avanço de Fenris e David. Ele parece confuso, como se tivesse sido pego de surpresa, e pega algo do lado de sua poltrona, talvez uma arma.

Quando a dupla de sombrarilhos está a 20 m, no limiar da área queimada, o homem fala.

Aí tá bom, amigo. O que você quer?

Feris levanta sua mão direita para longe da espada, para mostrar que não tem intenção hostil. Salve! Abrigo para a noite. Eu e alguns amigos enfrentamos criaturas poderosas e estamos feridos e cansados.

O homem parece confuso e ressabiado.

Amigos? E cadê eles? Que criaturas "poderosas" atacaram vocês? Gatos-navalha? E o que vocês estão fazendo aqui? Até onde sei, só tem assentamento do outro lado do continente.

Como explicarei isso?


Meus amigos, estão um pouco distantes, para lá, apontando para as costas, chamarei-os se nos deres licença. Criaturas como deuses destruidores de mundos, é como eu os descreveria. Não somos deste mundo, procurávamos abrigo após a batalha. termina Fenris apontando para os próprios ferimentos.

Enquanto Fenris fala, o homem fa zuma cara de que está achando aquilo tudo muito estranho, mas quando o sombrarilho aponta pros ferimentos, ele parece reparar pela primeira vez nele.

Kralho! Ok, pode chamar seus amigos, mas seles tiverem armados. caio fora daqui, entendeu? E ninguém é desse mundo, ele resmunga ao pressionar alguns pontos do painel.

Kralho deve ser alguma divindade...

Para ser-te honesto, estamos todos armados, pois, como disse, acabamos de sair de uma batalha. Mas como prova de nossa boa vontade, deixarei as minhas aqui. Fenris desata o cinto e deixa suas espadas caírem. Sou Fenris Lokisson. Qual seu nome?

Pode  me chamar de Glaber, o homem responde.

Pois bem, Glaber, agradeço sua boa vontade, trarei meus companheiros aqui, dá meia volta com David para buscar os demais sombrarilhos
This message was last edited by the GM at 19:38, Mon 11 May 2020.

Assim que eles saíram da vista do homem, David se agita e bufa, indicando para que Fenris desmontasse. E, pronto, empreendeu grande esforço e concentração para voltar à sua forma humana original (gasto 1 DP). Logo, ele disse: Digamos que precisávamos liberar o cavalo, ainda grunhindo com o retorno à forma humana.

Escutem, precisamos nos revezar em turnos de vigília a cada duas horas, sugeriu, apontando para o seu relógio de pulso. E quando entrarmos lá, busquemos as possíveis saídas.

Assumi que eles contaram pra gente o que viram.

Isaac levanta com dificuldades, se escorando no que encontra. Não sei se conseguirei ficar acordado, posso tentar ficar com o último turno. Mas se o homem foi receptivo, vamos lá.

Fenris conta que precisavam entregar as armas. Isaac da um resmungo, não gostava da ideia de estar ferido e desarmado, ele responde resmungando. Fazer o que, entrego minhas armas quando nos encontrarmos.

Quanto a buscar possíveis saída, acho que o cara não deixou claro se vai levar a gente pra algum lugar ou se vamos ficar ali mesmo na nave. Bom, vamos lá pra ver.

Rhadamanthos escuta a explicação de Fenris. Pela descrição o homem não parece ter intenções ruins, já que apenas um louco convidaria uma quantidade desconhecida de estranhos para sua moradia pensando em fazer uma emboscada. Pedir que deixassem as armas era nada mais que justo, assim como o velho Gil havia feito em seu esconderijo. Pois bem, vamos a residência.

Quando os sombrarilhos chegam ao local, encontram Glaber do lado de fora do veículo. Há algumas caixas ao seu lado e o que parece ser uma lampião, mas que brilha sem chama. Seu cinto tem um coldre com uma pistola.


Sua cara assume uma expressão de incredulidade ao ver o grupo. Depois que os sombrarilhos se livram de suas armas, ele oferece uma caixa.

Esse kit de primeiros socorros deve servir pra todos vocês. Também tenho comida e bebida. E essas mantas térmicas, ele diz, apontando com o pé para pequenos retângulos de uma material prateado.

Rhadamanthos apenas agradece com um gesto positivo com a cabeça. Ele pega água, comida e um kit de primeiros socorros. Ele se senta em um canto que parece ser menos desconfortável e usa o kit instintivamente.

Não sei ao certo como é esse kit, mas parti do pressuposto que até um ogro seria capaz de usar sem instruções.

Hanzo permanece escondido.

Um pouco de precaução faria bem para este grupo. Ja estao aceitando alimento e bebida que pode estar drogada.

Agradeço a ajuda companheiro, precisávamos de um lugar seguro para descansar. O cansaço não era a única coisa que afetava Isaac, os ferimentos da batalha com o centauro também eram graves. Ele procurou por curativos na caixa e aproveita para pegar comida e bebida. Após realizar os primeiros socorros, o caçador senta em um canto e começa a se alimentar. Nessa correria não tive tempo de me apresentar, meu nome é Isaac de Jager.

O interior da caixa possui ampolas e dispositivos que Rhadamanthos nunca viu na vida, mas, ainda assim, o príncipe-guerreiro intui logo como usar o equipamento. Além disso, na parte interna da tampa da caixa há uma tela que se ilumina. Logo em seguida, o dispositivo fala com o antagoriano.

Varredura completa. Múltiplas lacerações e perfurações. Iniciar tratamento, o dispositivo diz e começa a auxiliar Rhadamanthos. Imagens instrutivas aparecem na tela.


Prazer. Meu nome é Glaber. Mas ainda não entendi o que vocês estão fazendo aqui. E essas roupas de vocês são esquisitíssimas. Ainda por cima, vocês tinham um cavalo – que sumiu agora...

Ele disse que vocês tavam numa batalha, Glaber continua, fazendo um meneio de cabeça em direção a Fenris. São mercenários? Porque é óbvio que vocês não são daqui, nem precisava seu amigo ter dito isso.

Seria intuitivo se o Rhadamanthos tivesse investido pelo menos um ponto em Medicine, mas o kit tem um programa médico. Ele recuperou 6 LP.

Rhadamanthos -47
This message was last edited by the GM at 13:56, Wed 13 May 2020.

David acompanha a iniciativa de Rhadamanthos e procede com os primeiros socorros, escutando a conversa do grupo. Uma vez terminado o procedimento, ele se une aos demais para comer.

É um prazer, Glaber! Eu me chamo David. Somos muito gratos por nos acolher, ele fala já ensaiando uma diplomacia. Viemos de diferentes lugares para enfrentar os Mormoi... Você os conhece? Faz uma breve pausa para ler a reação de Glaber. E agora não podíamos manter aquele cavalo, completa com uma amenidade.

Isaac acena com a cabeça após a apresentação do anfitrião.

Isaac preferiu não interferir, contar diferentes histórias poderia ser confuso, apenas concordou com o companheiro de batalha.
This message was last edited by the player at 01:24, Thu 14 May 2020.

Fenris olha completamente estupefato para a caixa de primeiros faze os curativos em Rhadamanthos, enquanto se serve de comida e água. Que espécie de feitiçaria é esta?!

Ah, então são mercenários mesmo. Esses Mormoi destruíram o transporte de vocês?


É só um medkit. Pra tratar ferimentos. Pelo jeito, sua colônia foi uma das muitas que se ferrou na Longa Noite, hein?

Não posso deixar vocês dormirem na nave, mas tenho umas barracas. E posso deixar os sensores vigiando o entorno. Assim nenhum gato-navalha vai jantar vocês. Mas amanhã de manhã vou partir.

O que posso fazer por vocês é mandar uma mensagem anônima pra Planaltea com as suas coordenadas e um SOS. Alguém deve vir pegar vocês, mas vai sair caro.

Presumo que todo mundo, com exceção do Hanzo, usou o medkit.

David -28, imp. vision
Fenris -16
Hanzo -67
Isaac -16 -4 DEX
Rhadamanthos -47
This message had punctuation tweaked by the GM at 14:08, Thu 14 May 2020.

Sim, e como pode ver, ainda levamos a pior na briga... mas vai ter volta. O caçador de demônios ficou curioso para saber o que era essa longa noite, mas sua última experiência em fazer perguntas aos nativos não foi muito boa.

A confiança de Glaber no sensores para mate-los seguros convenceu Isaac, que aceita dormir na barraca. Ele se afasta da conversa, mas ao sair olha para David e da com os ombros. Não sabia ao certo até quanto valia a pena contar ao homem que, pelo visto, não sabia nada sobre a família.
This message was last edited by the player at 01:39, Thu 14 May 2020.

Obrigado pelo acampamento, viajante. Rhadamanthos achava importante entender bem se situar localmente e ele sente a necessidade de perguntar mais ao viajante amigo. Sou de terras distantes, poderia me esclarecer sobre essa que chamas de Planaltea? Seria a cidade do rei regente? Porém, receio que não temos nenhum ouro.

Glaber ri. Vocês são um desses grupos de mercenários temáticos?  Tô vendo que vocês realmente acreditam em se manter no papel, ele diz sem maldade na voz.

Planaltea é o assentamento principal desta colônia, a capital.

David terminava a refeição, quando interveio na conversa: Acho que não vai ser necessário..., lança um rápido olhar para Rhadamanthos, com receio de que tivessem mais problemas. Mas, obrigado novamente, Glaber! Amanhã cedo já devemos estar longe daqui. Rapidamente, ele se levanta para não suscitar maiores suspeitas: Com licença! Bom descanso!

Ele põe a mão no ombro de Fenris, que estava menos ferido, e lhe pede discretamente: Você fica com o primeiro turno? E, então, recobre-se com a manta térmica no interior da barraca. (Ele tenta atingir o máximo de repouso com a meditação; mas, se não conseguir, dorme simplesmente.)

Com o avançar da noite, todos se recolhem. Com o céu estrelado, a temperatura cai. As barracas e mantas térmicas vêm a calhar, garantindo um sono tranquilo aos sombrarilhos que aceitaram a ajuda de Glaber. Na distância, às vezes se houve um rugido, mas ele  nunca chega perto.

A manhã chega sem nenhuma ocorrência bizarra, o que nem sempre é comum para os viajantes das Sombras. Ao saírem da barracas, os sombrarilhos encontram Glaber fazendo uma última vistoria em sua nave.

Com exceção de Hanzo, todo mundo regenerou.

David -23, imp. vision
Fenris -6
Hanzo -67
Isaac -14
Rhadamanthos -42

Rhadamanthos desperta e sai de sua barraca, ele se sente recuperado, mas não totalmente. Desde que havia chegado ali ele examinou a construção o máximo que pode e pela situação em que se encontravam, por mais absurdo que podia lhe parecer, aquilo deveria ser algum tipo de transporte. Ele se lembrou da carruagem que viajava em uma velocidade extremamente alta na Sombra anterior e se questionava se aquela poderia fazer o mesmo. Um trasporte como aquele os pouparia de saltar.

Bom dia Glaber, agradeço pela gentil hospedagem e estou em débito de honra por isso. ele agradece, Vejo que se preparas para partir, a que mal lhe pergunte, para ondes se direciona?

De nada. A gente que opera nas margens tem que se ajudar, né? Quanto a onde vou, na boa, não posso abrir, porque meu trabalho exige discrição. Mas posso te garantir que não vai ser nenhum lugar neste fim de mundo, Glaber responde, terminando a vistoria.

Isaac acorda se sentindo bem melhor que no dia anterior. Ele refletiu sobre sua aventura, que tinha tomado um rumo totalmente diferente. Parecia que estava cada vez mais longe da sua caçada. Apesar disso, ele sentia que devia um favor a Glaber por ter ajudado.

Bom dia. Ele se dirige a Glaber e Rhadamantos. Agradeço por nos ter ajudado essa noite. Não pude deixar de ouvir a conversa e você disse que seu trabalho exige descrição. Posso lhe ajudar nesse sentido, como forma de retribuir o favor. O que achar?

Essa era uma boa oportunidade por conhecer melhor a sombra e fazer aliados.

Hanzo passa a noite no frio, seu treinamento o faz resistir como uma rocha, mas a visao dos demais revigorados pela manhã, faz o samurai pensar se esta sendo cuidadoso demais.

Rapidamente as lembranças dos assassinos da noite vem em sua mente e o pensamento se vai rapidamente.

Glaber parece intrigado pela proposta. Como assim?

Digamos que eu posso ser mais furtivo. Ele aponta para Rhadamanthos, disfarçadamente. Isso se você quiser ajuda.

Glaber finalmente entende o que Isaac queria dizer e ri.

Ah, obrigado, cara, mas não preciso de segurança. Meu lance é mais transporte. Digamos que eu ofereço rotas alternativas de comércio, ele diz, piscando. Mas deixa o contato da sua tropa. Se eu souber de alguém que precise de mercenários, recomendo vocês.

Pela manhã, David foi o último a sair da barraca. Assim que despertou, renovado, experimentou o uso da metamorfose para curar sua visão. Só então saiu para se unir aos outros.

Ele reitera o agradecimento para Glaber e, depois, fala aos seus companheiros: Estou pensando voltar àquele refúgio... Talvez Gil e os seus ainda estejam vivos.

Isaac levanta a mão e nega com a cabeça. Não se preocupe com isso, apenas queria retribuir o favor. Mas uma vez, agradeço a ajuda.

Também não terminei meus assuntos por lá, mas temo que... Isaac espia para ver se Glaber estava prestando atenção. O "lugar" nem deve existir mais... Além disso, a viajem é longa, melhor nos prepararmos primeiro. Isaac queria saber por que eles se encontraram,não parecia ser coincidência, mas não queria discutir na frente de Glaber.

Rhadamanthos tenta falar com os outros sem que Glaber escute Acho que deveríamos ir para Planaltea buscar informações com algum Sábio, deve ter alguma razão para este mundo estar conectado a estrada. Ele completa olhando para David, Não acho que tenha sobrado algo daquela terra.

Glaber termina sua inspeção e arruma tudo para partir.

Vou deixar esse galão de água com vocês e barras de proteína. Vocês têm certeza que não querem que avise Planaltea?
This message was last edited by the GM at 13:31, Tue 19 May 2020.

Isaac olha para os companheiros e acredita que compartilham a mesma opinião, ficar em um lugar deserto não era boa ideia, então decide tomar a iniciativa. Pode chamar, meu amigo, melhor chegar lá com transporte do que andando.
This message had punctuation tweaked by the player at 01:32, Thu 21 May 2020.

Fenris sacode a cabeça, Não pretendo ficar neste mundo, vou em busca de Gil e honrar a morte de Ajala.

David recupera a sua arma e, enquanto Glaber termina de inspecionar a nave, ele sobe num rochedo para fazer um rápido reconhecimento do terreno. Ele desce e se junta ao grupo, a tempo de ouvir as últimas colocações.

Ele olha para Rhadamanthos e Isaac e diz: Eu vou acompanhar o Fenris... Preciso ao menos tentar encontrar aqueles refugiados... E, depois de pensar por mais um instante, acrescenta: Além disso, seria o primeiro lugar a procurar por respostas sobre os Mormoi, dizendo essa última palavra com um perceptível desgosto.
This message was last edited by the player at 21:59, Fri 22 May 2020.

OK, responde Glaber. Ele deixa os mantimentos com o grupo e se despede. Boa sorte, pessoal. Só vou pedir pra vcs se afastarem um pouco, porque tive problemas com o exaustor de plasma e não sei se o reparo que fiz ficou decente.

Glaber entra na sua nave e, após alguns instantes, os sombrarilhos ouvem o silvo do motor, que logo se transforma num poderoso ronco. A nave decola suavemente, como se fosse feita de papel, e faz um círculo ao redor do grupo.

Glaber acena para os sombrarilhos, sorri e acelera sua nave para o alto. Quando o transporte já está tão longe que não passa de um ponto no céu, ele dispara e os viajantes das Sombras ouvem um estrondo.

Finalmente, estão sozinhos na planície.

Isaac olha para a nave se distanciando. A tecnologia dessa sombra é realmente avançada. Talvez as armas daqui devam causar um estrago bem maior. Ele queria saber qual seria o rumo colegas.
Bem pessoal, não sei por que nos encontramos naquela sombra, mas parece ser muita coincidência... como parece que a sombra já não existe mais, aquela família estranha ficou sendo a melhor pista da minha investigação. Vou ficar por essa sombra mesmo por um tempo, tentar juntar alguma informação e umas armas mais poderosas.

E vocês, por que estavam lá?

Eu e Ajala buscávamos uma fêmea de um monstro que matamos em outro mundo. , responde Fenris, Examinando melhor os acontecimentos, de fato parece estranho que tenhamos sido atraídos para aquele mundo, onde todos vcs tb estavam reunidos.

É possível que, por uma ato natural de compensação, tenhamos sido atraídos para combater esses distúrbios do Caos, cogita David. Eu estava numa balsa com uma capitã irlandesa, que tinha uma fama lendária para o contrabando. Talvez "Siobhan" fosse uma sombrarilha, não sei. O fato é que adormeci e acordei sozinho naquela Sombra.

Então, ele se volta para Isaac: Agora, de que a Sombra já não existe, não podemos ter certeza até tentarmos retornar, pondera pensativamente. Preciso descobrir se os refugiados ainda vivem e qual é a real extensão do poder desses Mormoi.

Rhadamanthos apenas observava os outros discutirem, nada do que eles falavam lhe era importante. Apenas seus homens, mas que sempre estiveram prontos para um sacrifício nobre. Ele pensa nas estratégias futuras, É assustador a tecnologia destes mundos. Se os transportes são assim as armas devem ser excepcionais, preciso conquistar esse conhecimento...

Concordo, mas como a viagem é longa eu prefiro descansar e me preparar melhor, já que temos uma ideia da força do inimigo. Além disso as armas dessa sombra devem ser excepcionais.

Não tenho interesse nas armas daqui, pois não sou feiticeiro. Ademais quanto mais esperarmos aqui, menor a possibilidade de ajudarmos Gil.  Pretendo partir já, Fenris olha para David, Precisas de mais algum preparativo antes de partir?

Em resposta a Fenris: Creio que não, comanheiro, diz se aprumando, ainda com dores no corpo. É melhor nos apressarmos mesmo. E... como poderemos nos reencontrar?, pergunta ao grupo.

Vão em paz guerreiros, nossos caminhos há de se cruzarem novamente. Rhadamanthos diz com uma pequena saudação com a mão. Creio que iremos esperar o transporte. Talvez devêssemos nos preocupar com o ouro. Ele fala com Isaac.

Creio que será uma tarefa complicada, meu amigo. Mas pretendo ir atrás dos Mormoi também, talvez nossos caminhos se cruzem no futuro.
This message was last edited by the player at 02:56, Wed 27 May 2020.

Hanzo se aproxima dos demais.

Ouvi a conversa de vocês e devo dizer que as armas desta sombra podem ser inúteis em outras. Armas tecnologicamente avançadas quando mudamos para sombras sem esta tecnologia se tornam inúteis.

Se querem um conselho usem armas simples que podem ser funcionais em todas as sombras e se puderem.

Ele saca sua espada e corta um tronco de arvore ao meio.

Existem armas especiais que são ligadas as sombras, estas armas especiais são muito difíceis de se encontrar e tem propriedades especiais.

Alem disto fomos atraidos para aquela sombra como uma armadilha, o objetivo era nos destruir, mas sobrevivemos e temos que descobrir o motivo de quererem destrui-los, a mim ja conheço bem meu inimigo e sua motivação. Mas o acordo que podem ter feito com os Mormoi ainda me é uma incognita.

Obrigado pelo esclarecimento sobre as armas nobre viajante, Rhadamanthos se refere a Hanzo com respeito por compartilharem dos mesmos entendimentos na sombra anterior. Ele ainda sente a vontade de se justificar ao Ninja, Porém, acho que posso encontrar algo por aqui que possa me beneficiar no que tange meus equipamentos. Mas levarei em consideração o que você diz. Ele continua, E ainda devo explorar estas terras em busca de informação. A viajem pelos mundos de forma cega, baseada unicamente em meus instintos me trouxeram esses problemas e nenhuma das respostas que busco. Não cometerei o mesmo erro duas vezes.

Pelo que eu entendi, até agora, das viagens entre mundos, imaginamos algo em nossos espíritos e caminhamos. Agora pretendo imaginar Gil e meu amigo caído em batalha, Ajala. Se focarmos em vós, acredito que poderemos nos reencontrar. Intervem Fenris

Infelizmente não funciona assim, existem mais de uma versão de nós, todas em sombras diferente, todas com características parecidas e de mesma forma diferentes.

E se trocássemos pequenos objetos?

Eu sempre trabalhei sozinho, nunca tentei isso antes.

Se nos separarmos não posso garantir que nos encontremos novamente, a melhor forma de garantir que nos encontremos novamente é definir uma sombra e usa-la como base de operações.

Isto eu sei fazer, vamos juntos a uma sombra e combinamos de nos encontrar nela regularmente.

Outra opção é não nos dividirmos e irmos juntos resolvendo nossos problemas, tempo não é determinante. Se ainda não sabem nós, não envelheceremos mais, estou a 300 anos andando entre os mundos e não sinto fisicamente o efeito da velhice.

O conceito de pressa muda consideravelmente quando se tem o tempo que for necessário para cumprir sua missão. Uma vez fiquei escondido dois anos até meu alvo se descuidar e eu elimina-lo.

Rhadamanthos arregala os olhos ao escutar que não envelhecem mais. Ele quase tem uma reação exagerada, mas se controla diante dos outros e entra em uma espiral de pensamentos existenciais, Eu não envelheço, o império pode durar para sempre... Mas meu pai irá morrer...

Isaac ainda não compreendia o que todos eles tinham em comum, o modo como se encontraram pareciam desconexos. Mas as palavras de Hanzo lhe abriram os olhos para algo que não havia percebi. Aquele maldito me mandou para uma armadilha! Sua lista de inimigos só aumentava.

O envelhecimento não era novidade para ele. Concordo, também estou nessa a mais de 100 anos. O caçador de demônios ainda não via razão para manterem contato, talvez por ter se juntado por último ao grupo. Mas a vontade de conseguir aliados o motiva a cooperar. Bom, já que estamos aqui, por que não usamos essa sombra como base? Pelo menos por enquanto.

Não sei se irá funcionar, mas podemos trocar objetos entre alguém que irá ficar e alguém partir. Eu, que ficarei, tenho esse relógio. Isaac tira um relógio antigo do bolso.
This message was last edited by the player at 15:31, Mon 01 June 2020.

Fenris oferece um de seus últimos anéis de prata e pega o relógio de Isaac. Obrigado. Espero voltar em breve.

Depois se vira para David, Vamos?

Rhadamanthos apenas observa a troca de objetos, uma vez que o pouco que carregava eram seus equipamentos de batalha e vestimenta.

Os dois grupos se despedem, cada um seguindo seu caminho. David e Fenris caminham de volta para onde a Estrada Negra estava, enquanto Isaac, Hanzo e Rhadamanthos aguardam o transporte.