É noite no local onde os sombrarilhos desembarcam da Estrada negra. O céu está coalhado de estrelas e uma lua cheia brilha quase a pino. No horizonte, outra lua, menor, nasce.

O grupo se encontra numa planície com árvores esparsas. Na distância, veem os vultos escuros de montanhas. DE vez em quando, pássaros noturnos gritam

O clima é agradável, mas há uma sensação sombria no ar. À media que os sombrarilhos se afastam da Estrada Negra, essa sensação diminui.

Rhadamanthos caminha lentamente, com o dissipar da adrenalina o cansaço começa a surgir. Ele observa ao redor e não percebe nenhuma ameaça eminente. Talvez devêssemos procurar água e abrigo para descansar. Ele sugere aos outros que estão visivelmente abatidos.

Isaac está ofegante e caminha lentamente.

Tem razão soldado, eu preciso descansar, acredito que não conseguirei andar por muito mais tempo.

Fenris olha ao redor, Pelo menos aqui as plantas não tentam te matar, e se vira para seus companheiros, ESPEREM AQUI, JÁ RETORNO.  e se transforma em lobo e sai farejando para procurar água e abrigo.

Fenris avança pelo campo rapidamente. Ele logo fareja um forte cheiro de queimado, mas há aromas de comida. Seguindo o rastro através de um pequeno bosque, ele avista do outro lado uma construção incomum.



O forte odor de queimado vem do terreno ao redor da habitação. Já o cheiro de comida é oriundo da estrutura. Fenris ouve também música vindo de lá.

Parece haver um homem sentado na ponta da construção.

Hanzo senta com o grupo e começa a meditar, ele revive cada momento do combate anterior, analisando sua postura e tentando aprender com cada golpe que fora dado qual seria o melhor movimento a ser feito na ocasião.

Fenris volta para o grupo, retorna a sua forma humana e fala, Não muito longe daqui há uma estranha construção, parece ser feita de metal. Há um homem na porta, pude sentir cheiro de comida e ouvi música.

Música e comida? Parece ser um lugar seguro, talvez possamos pedir abrigo pela noite. Porém acho que seria prudente apenas um de nós apresentar o grupo, de preferencia como humano. Rhadamanthos sugere aos outros, o cansaço o faz quase que desejar que não sejam inimigos...

A ideia é boa, não seria seguro nos expormos todos de uma vez. Quem está menos cansado e pronto para uma eventual briga deveria ir. Isaac se direciona a Fenris e sugere que ele se apresente ao homem.

David faz que "sim" com a sua cabeça equina, concordando. Ele sabia que, antes que pudesse repousar, cada nova tentativa de metamorfose seria um enorme esforço físico, com sérios riscos à sua psique.

Muito bem, irei me apresentar ao estranho e volto com as novas. Mais alguma recomendação?, responde Fenris.

Que tal nosso amigo cavalo aqui ir com você? Ninguém vai suspeitar de que ele é uma pessoa, ou foi uma pessoa...vocês me entenderam.

Hanzo levanta.

Eu irei estar próximo sem ser visto para apoia-lo caso seja necessário.

E cuidado isto não é uma construção e sim um veiculo voador.

Veículo voador? Não, aqui estava firme na terra e era feito de metal. Fenris se vira para David, Muito bem nobre corcel, vamos?, e monta no sombrarilho. Os dois avançam e um trote relaxado até chegar à nave.

A cerca de 100 m de distância, o homem percebe o avanço de Fenris e David. Ele parece confuso, como se tivesse sido pego de surpresa, e pega algo do lado de sua poltrona, talvez uma arma.

Quando a dupla de sombrarilhos está a 20 m, no limiar da área queimada, o homem fala.

Aí tá bom, amigo. O que você quer?

Feris levanta sua mão direita para longe da espada, para mostrar que não tem intenção hostil. Salve! Abrigo para a noite. Eu e alguns amigos enfrentamos criaturas poderosas e estamos feridos e cansados.

O homem parece confuso e ressabiado.

Amigos? E cadê eles? Que criaturas "poderosas" atacaram vocês? Gatos-navalha? E o que vocês estão fazendo aqui? Até onde sei, só tem assentamento do outro lado do continente.

Como explicarei isso?


Meus amigos, estão um pouco distantes, para lá, apontando para as costas, chamarei-os se nos deres licença. Criaturas como deuses destruidores de mundos, é como eu os descreveria. Não somos deste mundo, procurávamos abrigo após a batalha. termina Fenris apontando para os próprios ferimentos.

Enquanto Fenris fala, o homem fa zuma cara de que está achando aquilo tudo muito estranho, mas quando o sombrarilho aponta pros ferimentos, ele parece reparar pela primeira vez nele.

Kralho! Ok, pode chamar seus amigos, mas seles tiverem armados. caio fora daqui, entendeu? E ninguém é desse mundo, ele resmunga ao pressionar alguns pontos do painel.

Kralho deve ser alguma divindade...

Para ser-te honesto, estamos todos armados, pois, como disse, acabamos de sair de uma batalha. Mas como prova de nossa boa vontade, deixarei as minhas aqui. Fenris desata o cinto e deixa suas espadas caírem. Sou Fenris Lokisson. Qual seu nome?

Pode  me chamar de Glaber, o homem responde.

Pois bem, Glaber, agradeço sua boa vontade, trarei meus companheiros aqui, dá meia volta com David para buscar os demais sombrarilhos
This message was last edited by the GM at 19:38, Mon 11 May 2020.

Assim que eles saíram da vista do homem, David se agita e bufa, indicando para que Fenris desmontasse. E, pronto, empreendeu grande esforço e concentração para voltar à sua forma humana original (gasto 1 DP). Logo, ele disse: Digamos que precisávamos liberar o cavalo, ainda grunhindo com o retorno à forma humana.

Escutem, precisamos nos revezar em turnos de vigília a cada duas horas, sugeriu, apontando para o seu relógio de pulso. E quando entrarmos lá, busquemos as possíveis saídas.

Assumi que eles contaram pra gente o que viram.

Isaac levanta com dificuldades, se escorando no que encontra. Não sei se conseguirei ficar acordado, posso tentar ficar com o último turno. Mas se o homem foi receptivo, vamos lá.

Fenris conta que precisavam entregar as armas. Isaac da um resmungo, não gostava da ideia de estar ferido e desarmado, ele responde resmungando. Fazer o que, entrego minhas armas quando nos encontrarmos.

Quanto a buscar possíveis saída, acho que o cara não deixou claro se vai levar a gente pra algum lugar ou se vamos ficar ali mesmo na nave. Bom, vamos lá pra ver.