Amon se embola no meio das ondas e sua bolsa acaba se perdendo no mar. A única coisa que conseguiu carregar foi seu cajado e um pedaço de lona da vela, que se desgarrou da embarcação.

Com muito sufoco, o sacerdote consegue subir em uma rocha. Cof!Cof! Ele se levanta apoiando no cajado, depois de vomitar um pouco de água salgada. A visão que tinha era do apocalipse!

A voz de Ogan se sobressai ao som dos raios e das ondas. O aquerônio amarra a corda na cintura e no fim da fila. Ele se cobre com a lona, mesmo que completamente molhada. Isso vai servir para me proteger do sol. Pensou.

Durante a tempestade, enquanto ainda estavam no navio, Tritos já tinha um mal pressentimento. O guerreiro não gostava do mar justamente por isso, a qualquer momento poderiam estar sem "chão". Com o naufrágio do Luma os três pulam no bote e, instintivamente, Tritos leva um arpão consigo. Quando era garoto havia escutado histórias sobre náufragos dos comerciantes que circulavam pelos reinos, e como morriam em pouco tempo por não conseguirem comida no mar. Essas histórias marcaram o celteriano em seu subconsciente, que mesmo após a virada do bote carregava o arpão consigo. Ao subir no recife logo uma corda cai sobre ele. Era Ogan, que falava e gesticulava. Tritos não entende muito bem o que o kajutano diz, mas os gestos foram suficiente. Ele se amarra a corda e joga para trás, em cima de Amon, que cuspia água. Ele se vira para Ogan e faz um sinal positivo com as mãos.

O grupo avança com dificuldade por conta do vento, da chuva e do recife escorregadio e cortante. Cerca de dez minutos de caminhada levam os três náufragos às imediações da primeira embarcação: uma chalupa pirata encalhada.


Já próximo, Amon reconhece o estilo do navio como sendo zargoz. A quilha da nau está quebrada em dois pontos, e o mastro partido na metade. Na popa, atrás do castelo, o grupo vê o nome do barco: Toleima de Zapporo.

Amon se recorda de Nadano mencionar a embarcação e seu comandante, Lorca, como azarados.

Façam dois rolamentos de DEX + Athletics - 4 para não cair no recife. Falha: 1d3 de dano; sucesso parcial: 1 de dano.
This message was last edited by the GM at 03:55, Wed 26 Jan 2022.

Singrar o primeiro trecho de recifes já foi de cara um susto! Avançando na dianteira, Ogan sentiu a perna resvalar pelos corais. O pequeno corte, lavado pela espuma das ondas, ardia o suficiente para redobrar a sua atenção. O segundo trecho foi mais bem sucedido.
Ogan rolled 6 using 1d20+3; 13 using 1d20+3.

Enquanto aguarda a vez dos outros, o guerreiro aproveita para examinar a embarcação.
A nau está estável, i.e., chacoalha com a tempestade? Há algo solto que se possa usar de jangada?

Supondo que Amon tenha contado sua lembrança:
Hunf! Quem é Nadano para falar de azar? Primeiro seu filho, e agora isso?!

Amon poderia não ser habilidoso em combate, mas ainda tinha alguns segredos quando o assunto era atletismo. É claro que seu cajado lhe salvou de uns bons tombos.

Amon rolled 19 using 1d20+2.
Amon rolled 20 using 1d20+2.

O sacerdote comenta, aos berros, sobre o navio. A embarcação deve ter naufragado recentemente! Analisando os estragos, ele conclui que é seguro passar a noite do lado de dentro. Vamos entrar e esperar a tempestade passar. Imaginando de que a embarcação estivesse abandonada, Amon vai em direção ao castelo, para procurar por uma lamparina e anotações do capitão. Será que conseguimos reparar o mastro?
This message was last edited by the player at 19:58, Wed 26 Jan 2022.

Seguindo Ogan, Tritos também avança no recife que vê uma fina linha vermelha descer pela perna do kajutano. Isso aumentou a atenção do celteriano, que se locomoveu com cautela, Eu odeio o mar!

Salvamos seu filho, agora iremos salvar nós mesmos! O guerreiro branda, tentando aumentar a moral do time e, quem sabe, dele próprio.

Seguindo o aquerônio Tritos sobe na embarcação e, sem analisar muito a situação, vai em direção ao castelo para se proteger.

Tritos rolled 11 using 1d20+5.
Tritos rolled 22 using 1d20+5.
This message was last edited by the player at 20:08, Wed 26 Jan 2022.

Quando Amon e Tritos se aproximam do castelo, eles percebem um vulto enrolado em uma lona. De repente, a pessoa dá um sobressalto, como se os tivesse percebido, e grita algo em deranês.

Com a iniciativa dos demais, Ogan ficou na retaguarda e foi o último a embarcar no Toleima. Quando o fez, foi desatando a corda da cintura, esperançoso de encontrar um refúgio.

Assim que percebeu o pirata, o kajutano pousou prudentemente a mão sobre o pomo da espada. Sem entender bem o que ele disse, identificando apenas o idioma, Ogan arrisca um cumprimento em valusiano, bem pausadamente (como brasileiro e argentino tentando se entender): Salve! Somos náufragos procurando abrigo.

Que objetos se pode ver no convés? Há algo ainda em bom estado, como cordas e velas?

O marujo, ainda apavorado, hesita ao ouvir valusiano.

De onde vêm?! ele pergunta na mesma língua.

Há itens em bom estado no convés.
This message was last edited by the GM at 13:58, Thu 27 Jan 2022.

Deixamos Potos há quatro dias. Estávamos a bordo do Luma, a caminho de Messantia. Para não passar nenhuma hesitação na voz, Ogan limitava-se ao mínimo e verdadeiro. Ele baixou a mão do pomo e examinou o pirata.
O pirata tem armas? O que traz consigo?

E o senhor, como parou aqui? Onde está a tripulação?

Luma... Do capitão Nadano, não? o marujo diz, se acalmando um pouco, mas ainda visivelmente nervoso.

Encalhamos aqui por conta dessa tempestade infernal. O capitão Lorca levou a tripulação para aquela maldita galé para achar madeira para reparos, o homem diz, apontando para estibordo, onde os relâmpagos iluminam a silhueta de uma grande galé.

Eu me recusei... Digo, fiquei para guardar o Toleima. Aquela galé é amaldiçoada. Daqui dá pra sentir seu fedor maligno, ele diz e leva a mão direita à testa e à boca, o símbolo dos seguidores de Elim.

Meu nome é Segetori, ele termina, com uma aceno da cabeça.

A galé fica no ponto C do mapa.

Tritos observa o naufrago e escuta a conversa de Ogan com atenção ainda segurando o arpão, de forma a não ameaçar o homem. Tritos achava que, a princípio, o velho era suspeito, pois das muitas história que ouviu várias envolviam piratas. E o destino de sua embarcação seria para onde?, o guerreiro, também versado nas artes da diplomacia, manteve o ritmo da conversa em linguajar simples tentando captar algo sutil.

Tritos rolled 30(20+10) using 1d20+10.  Detectar.

Primeiro um bruxo, agora uma maldição. Amon estava chateado por ter perdido os pergaminhos de alquimia. A maldição poderia ser algo interessante de se investigar, mas não menos perigoso. Olá marujo, sou um sacerdote do senhor Sobekh. Sabe descrever melhor essa maldição? A quanto tempo os outros saíram? Já deveriam ter voltado? Sem perceber, o aquerônio soltava perguntas mais rápido do que Segetori podia responder.

Hã... Íamos para Kheb para vender mercadorias que compramos em Messantia, diz Segetori.


Segetori se assuta e faz o sinal de Elim de novo, quando Amon se anuncia aquerônio. Ele tenta recuar, mas esbarra na parede do castelo.

Eu sei lá! Não sou bruxo! E não sei dizer, mas já faz tempo que foram.
This message was last edited by the GM at 23:09, Thu 27 Jan 2022.

O guerreiro ergue um pouco a mão para Amon, um pedido cortês de espera. Entendo. E que mercadorias seriam essas? Será que tem algo útil pra nos salvar dessa situação? Enquanto continua o questionamento Tritos senta em uma caixa e dá uma batida com a ponta do arpão no chão.
This message was last edited by the player at 01:20, Fri 28 Jan 2022.

Não, não. Farinha... e outras comidas... diz Segetori e fecha mais a lona para s eporteger do vento e da chuva.

Nos acampamentos de guerra, quando mais jovem, Ogan escutou de mercenários estrangeiros as mais absurdas histórias, tidas por ele como crendice e superstição... até o encontro com Ahslut.

Nos últimos dias o kajutano muito mal digeriu tal evento. E agora uma insistente cisma, que lhe soa tão ou mais absurda, o faz desconfiar de Segetori. Será uma assombração? Ou nós que morremos no naufrágio?, questiona-se, apreensivo.

Segetori, perdoe nossa agitação. É possível que outros membros da flotilha tenham sobrevivido. O senhor nos ajudaria a improvisar um farol? Nós o compensaremos.

Ogan queria muito que ele largasse logo aquela lona.

Farol? Acho difícil, mas tem uns candeeiros. Se quiser pendurar na popa, diz Segetori, apontando para os utensílios junto à murada.

Como se chamam?

Tritos, diz o guerreiro colocando a mão no peito, Ogan e Amon, ele termina apontando respectivamente para cada um. Vamos verificar o navio, Tritos diz para Ogan. Amon, fique aqui com Segetori. Ao se aproximar de Ogan ele diz em baixo tom, Não confie no velho, ele mente. Devemos ficar atento.

Amon acena em concordância com celteriano. Enquanto seus companheiros partiam, ele questiona o marujo mais um vez. Gostaria de ver as anotações do capitão, presumo que não se importaria, certo? Disse enquanto se aproximava da porta do castelo.

"Verificar o navio"? Como assim?! O Toleima não está abandonado. Pertence a nossa tripulação. Vocês não podem verificar nada.


Segetori fecha a cara e se move para a frente da porta. Ora, onde já se viu! Claro que me importo.

Vocês podem ficar aqui no convés pra se protegerem da tempestade, mas é só. Têm que esperar o capitão voltar. Ou, então, ir falar com ele na galé, diz Segetori.

Homens, acalmem-se! Ele tem razão!, pediu aos seus camaradas, tentando recuperar a confiança de Segetori. Peço sinceras desculpas pelo nervosismo. É claro que somos gratos por nos acolher a bordo. E gratos seremos em ajudar nos reparos, se puderem nos dar uma carona depois da tempestade.

Pelo visto isto está nos afetando a todos!

Talvez os candeeiros sirvam. Obrigado! Você nos ajudaria a acendê-los?, dirigiu-se a Segetori.

Mesmo sentindo como se a sanidade lhe escapasse, Ogan precisava confirmar que esse homem era "real".

Amon é interrompido abruptamente pelo marujo. O homem estava alerta e era uma espécie de guarda do navio. Certamente não valia a pena confrontá-lo por alguma informação que poderia ser inútil. O sacerdote se afasta e levanta um pouco as mãos, para acalmar Segetori. Tudo bem, tudo bem. Talvez seja melhor procurar pelo capitão e tentar arrumar o barco, não é senhores? Questionou os companheiros.

Tritos para a medida que Ogan se vira para Segetori. Sem paciência o guerreiro branda em posição intimidadora, Ora velho! Espera mesmo que fiquemos aqui de bom grado enquanto mente para nós? Diga-nos a verdade e talvez eu considere lhe ajudar! Segetori não parece ser capaz de revidar uma luta e o celteriano espera que o medo o faça dizer a verdade.

Rola alguma coisa ai pra intimidar, Influence ou CHA, não sei.

Segetori quase vai, mas olha para Amon desconfiado. Nah, tá chovendo muito.


Acho melhor mesmo. Aí vocês resolvem tudo com ele.


Segetori se encolhe todo, tentando se proteger dos golpes vindouros de Tritos.

Eu não menti! Eu não menti! O capitão e o resto da tripulação foram pra galé!