Ogan se levanta e grunhe com a dor nos locais da sutura. Ele cumprimenta Segetori, segurando seu punho e diz: Obrigado!, com franqueza.

Enquanto Tritos e o pirata teciam suas considerações, Ogan prendia suas armas sobre o torso enfaixado. O kajutano acrescentou: Ainda não estamos certos de que aquele monstro morreu. Temos de montar guarda até o tempo estiar. Ele apanhou um dos lampiões da cabine e continuou: De que defesas o navio dispõe? Precisaremos de tochas, óleo e armas de longo alcance. E saiu para o convés.

Temos óleo, tochas e alguns arcos, responde Segetori.

Amon, observa a galé queimando na distância. Parece difícil que qualquer coisa tenha sobrevivido na conflagração.

De repente, com o canto do olho, o aquerônio percebe um movimento no baixio ao lado do Toleima. Algo comprido, sinuoso e escuro emerge da água e desaparece no recife.

Amon estava encostado quando avista algo suspeito. Ele se endireita e já se prepara para fugir. Quem tá ai?! Grita bem alto, com a intenção de alertar os companheiros.

Como um navio desses não tem nenhum canhão!? Tritos questiona indignado.

O que!? Não é possível que esse monstro ainda está vivo! Droga, não temos tempo! Me dê um arco e prepare as tochas se quiser viver! O guerreiro exclama fazendo um gesto de rapidez com as mãos.
This message was last edited by the player at 00:24, Thu 24 Mar 2022.

Não há nenhuma resposta.


Tenho que pegar no convés de carga, diz Segetori, que desce em seguida.

Amon escuta a movimentação do lado de dentro e assume que ouviram seu aviso. Ele se debruça na beira do navio e tenta acompanhar a direção que a coisa se movia. Não parecia uma pessoa.

Quando eles saem, ele aponta para o recife, exclamando. Ali! vi algo cumprido se mexendo. Não parecia ser uma pessoa, muito menos um peixe!

Ogan saiu ao deque do navio sacando a sua espada.

Amon, ajude Segetori a trazer garrafas de rum e frascos de óleo. Se possível, preparem flechas incendiárias, pediu-lhe, já antecipando um possível confronto.

Quando Tritos chegou, Ogan lhe falou com um ar denso: Iyawo*, ponha a escaler no mar e proteja-os. Isso termina aqui!, sugerindo implicitamente que se mataria junto com o faraó.

* Termo honorífico, kajutano, para "irmão-de-armas"

Bateu no peito o punho cerrado que segurava a espada e depois andou na direção que Amon lhe indicara.

E então, cachorro bernento? Sua esposa teve uma recepção calorosa, espero?, provocou em voz alta. Brandia a espada em círculos, aquecendo a munheca, o olhar atento e a postura combativa.

Tritos dá uma risada genuína com a disposição do guerreiro. Ora ora, essa não será nossa última batalha companheiro!
Do barco o celteriano tenta agitar Segetori, Rápido! Podemos ser atacado a qualquer momento!. Caso não houvesse tempo o guerreiro se juntaria a Ogan num combate corpo a corpo.

Só tenho dois braços! Segetori grita lá de baixo.


Do recife, uma cobra negra sobe para o convés e se transforma em Mephrekhet. Mas em vez da forma humana de antes, o príncipe-faraó revela sua natureza desmorta.


Cão! Farei-te engolir seus latidos antes de devorar sua alma!, a criatura brada e avança sobre o kajutano.


Podem rolar e descrever suas ações. Ajustamos a ordem de acordo com a iniciativa.

Iniciativa
Mephrekhet 6
This message was last edited by the GM at 01:22, Tue 29 Mar 2022.

Iniciativa: Ogan rolled 10 using 1d20+1

O kajutano esperava interceptar o faraó, de onde teria alguma vantagem tática antes que este abordasse. Mas, para seu terror, o monstro já estava ali no convés, com toda sua hediondez.

INIMIGO A BORDO!!!, gritou para alertar os seus.

Então, Ogan arremessou o lampião que tinha nas mãos contra o monstro! Arremesso: Ogan rolled 15 using 1d20+7. E imediatamente correu na direção oposta ao castelo, de maneira que Tritos pudesse flanqueá-lo pelas costas.

Mesmo que fosse evidente que seria o faraó Tritos ainda se surpreendeu. Maldito! Veio apanhar mais!?

Iniciativa 19 1d20+3
Ataque 20 1d20+16

Amon fica congela por alguns segundos ao ver Mephrekhet surgir no convés. Não pode ser... não pode ser... Mas a voz de Ogan lhe desperta.

Logo partiu em velocidade para o convés de carga, em busca de algum líquido inflamável.
No convés, ele encontra com Seguetori e o alertaEle está aqui! Precisamos derrotá-lo com fogo! Exclamou, sem dar mais detalhes.

00:05, Today: Amon rolled 6 using 1d20.  Iniciativa.
This message was last edited by the player at 13:16, Wed 30 Mar 2022.

Mephrekhet é mais ágil do que Ogan esperava e se esquiva com facilidade do lampião, que se espatifa contra o convés, espalhando óleo ardente.


A machadinha abençoada de Tritos pega o príncipe-faraó de raspão e não o impede de avançar sobre Ogan.

Tu te arrependerás de macular o nome de minha amada com tua língua imunda, cão! Mephrekhet diz e desfere um soco que acerta o kajutano com uma força descomunal. O "craque" ouvido por todos, mesmo com a chuva, marca a fratura do braço de Ogan.


Segetori, que carregava um pequeno barril de óleo e tochas, arregala os olhos e entrega tudo para Amon. Corre lá, então!

Ogan tomou outro crítico. Rola um CON-9, por favor.

Dano
Mephrekhet -27
Ogan -17
Tritos -10

Amon já nem questionava mais a coragem do pobre velho, pois até parte dele também pensava em fugir. Mas no fundo o sacerdote sabia que aquilo deveria terminar ali! Ele pega o barril, prende as tochas no cinto e dá o que poderia ser seu último aviso a Seguetori. Se esconda e, talvez, você ainda consiga sair vivo.

De volta ao convés superior, o aquerônio vê o fogo se espalhando pelo chão. Pelo menos já temos o fogo. Ele tenta se aproximar sorrateiramente, por trás do príncipe-faraó, e despeja o máximo que consegue de óleo no inimigo.

Achar que poderia conter o soco do monstro foi um erro que Ogan lamentou imediatamente. O trincar dos ossos do braço levou o kajutano a um estado de choque. Ogan rolled -3 using 1d20-7.

E quando a visão periférica escureceu, tomado de náusea e assombro, Ogan decidiu outra vez cuspir na cara do destino! (+2 FP) Às favas com os deuses! Eles terão a esse kajutano, mas não antes de ver essa aberração queimar.

O impacto fez Ogan deslizar uns passos atrás. Ainda curvado com a dor, ele disse entre os dentes: Patético. Reergueu-se com um sorriso ensandecido, abrindo a guarda e exclamando: Pro inferno você e o churrasquinho da tua esposa!

Ato contínuo, lançou uma banda brutal, catando ambas as pernas do faraó, a fim de que este caísse sobre as chamas, e dando uma chance de Amon tacar-lhe óleo. Ogan rolled 35 using 1d20+18.

A exaustão da travessia dos corais ainda pesava para o celteriano, fazendo-o errar seu ataque. Para sua sorte, e azar de seu companheiro, o faraó mantém o foco no kajurano. Sem opções do que fazer e se aproveitando da situação ele ataca novamente.

Ataque - 18 - 1d20+17
This message was last edited by the player at 02:13, Fri 01 Apr 2022.

A manobra de Ogan pega Mephrekhet em cheio, lançando o príncipe-faraó ao chão.


Com o inimigo no chão, Tritos não tem dificuldade em cravar suas machadinhas no corpo desmorto.


Amon despeja o conteúdo do barril sobre Mephrekhet, echarcando-o de oleo. A poça entra em contato com o fogo que já ardia no convés, incendiando-se.

Um urro sobrenatural emerge da forma em chamas, que se debate violentamente por vários instantes, antes de ficar inerte.

Tritos, ofegante, observa o faraó queimar em uma inútil tentativa de extinguir o fogo. Em uma distância segura ele se mantém atento para atacar novamente, caso necessário. Queima cão! Por fim Mephrekhet não se mexe mais, e o desejo do guerreiro era de sentar e se recuperar. Porém, o fogo o preocupava. Aquele barco era o último recanto seguro naquele vasto mar, e ele não teria forças para nadar a ermo. O que vamos fazer!? Exclamou aos outros ao ver o fogo.

Precisamos ter certeza de que agora ele morreu pra valer! Disse, enquanto pegava pedaços de lona, madeira e tecidos que estivessem a disposição e jogava em cima do corpo em chamas. Se ele voltar, ter um barco para sair daqui será a última das nossas preocupações. Amon estava disposto a queimar o barco inteiro, se fosse preciso.

Ver a criatura urrar até o fim trouxe uma satisfação triunfante para Ogan. Mas teria sido esse mesmo o seu fim?

O kajutano compartilhava da apreensão e vigilância de Amon. Usando o braço bom, Ogan descia espadadas no corpo inerte, partindo-lhe o pescoço, os membros e o torso, enquanto dizia: Segetori, traga uns baldes para lavar esse lixo do convés, por favor.

Terminado o esquartejamento, ele levantou os olhos sob a testa suada e completou: Amon, se você conhece rezas pra expurgar essa presença maldita, agora é a hora.

Quando Segetori voltou, o guerreiro se aproximou e lhe disse: Parece que você é o novo capitão do Toleima, companheiro. Se nos aceitar na tripulação, como podemos ajudar a restaurar o navio?

A chuva havia estiado e as nuvens se dispersavem, permitindo aos aventureiros contemplar um céu que já clareava.

Segetori, ao ver os restos carbonizados do que os outros diziam ser um monstro, suspira aliviado. Contudo, ele olha com pesar para o fogo que se alastra.

Sinto que o Toleima chegou ao fim dos seus dias. Não haveria como repará-lo, se é que vai sobrar algo dele. Melhor pegar o escaler e tentar chegar ao continente.

Vejam, ele diz e aponta para oeste. No horizonte, é possível discernir uma linha escura. Zumerônia.
This message was last edited by the GM at 21:09, Sat 02 Apr 2022.

As tentativas de garantir que o faraó realmente estava morto dessa vez espantam o celteriano, principalmente a de Ogan, que o esquarteja com certa naturalidade. Porém, ele ignora o sentimento e, sem perder tempo, desce a embarcação miúda. Em seguida sobe a bordo e, segurando dois remos, apressa os outros, Vamos! Não temos tempo a perder!

Amon se ajoelha perto do corpo e começa a rezar baixinho, em Aquerônio. Não era possível entender o que ele estava falando. Ele escuta o chamado de Tritos e se levanta, faz uns últimos gestos de ritual e sobe no escaler. Agora sim, acho que esse pesadelo acabou.

Enquanto Tritos preparava a escaler e Amon rezava, Ogan correu até o castelo e retirou das cabines os três baús. Deu-os a Tritos, para que os guardasse na embarcação. Segetori, reúna o que tiver de água potável, urgiu o guerreiro. E, na mesma pressa, voltou para pegar os mapas e o diário do capitão Lorca.

Enfim, embarcou na escaler, agradecendo a Borag Bal em silêncio por não lhe ter devorado dessa vez.

O Sol enquanto os quatro homens deixam o atol, remando em direção ao oeste. Olhando de volta, veem o Toleima e a galá ardendo em chamas – piras funerárias para os piratas e o monstro que os assombrava...