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, welcome to A conquista de Uhter

18:42, 3rd May 2024 (GMT+0)

04. A Conflagração.

Posted by NarradorFor group 0
Narrador
GM, 161 posts
Sun 21 Mar 2021
at 20:42
  • msg #1

04. A Conflagração

Ao passo que os corpos de Lain e Dukac suplicavam por repouso, a vila de Poaret despertava. Esse era um amanhecer especial, um amanhecer do seu próprio povo! Esperançosos com a retomada das suas terras, os hobbits dedicavam-se a restituir a ordem no vilarejo.

As tecelãs reuniam o que sobrou dos seus panos e tinturas, ao longe se ouvia o ferreiro reanimando a sua forja, famílias (ou o que restou delas!) revisitavam seus lares... Contudo, toda aquela energia e ânimo estavam dispersos demais.

É óbvio que essa gente carece de liderança militar!

Antes de se permitir descansar, Lain foi atender às necessidades de Cree, que ainda parecia sentir muitas dores.

Vendo-a agachada sobre o animal, longe de olhares curiosos, Namai se aproximou e lhe abordou na língua élfica: Amanhã ele já estará melhor. Não se preocupe! Apesar do sorriso no rosto, a velha hobbit olhava para os lados estranhamente, meio sigilosa.

Por fim, ela retirou algo do bolso e enfiou rapidamente na mão de Lain. Menina, eu quero que fique com isso!, sussurrou. Era um colar, com um cristal esférico e cinzento como pingente. Que os deuses te protejam! Use com sabedoria!, acrescentou e saiu a passos apressados. Namai tinha um jeito bizarro de demonstrar a sua afeição.


Murmúrios distantes são ouvidos na presença desse colar...
Ao fixar sua atenção nele, diga o nome de um lugar e role 2d6+WIS: 10+, você vê claramente o lugar enquanto se concentrar; 7-9, você consegue ver o lugar, mas chama a atenção de algo ou alguém, que também verá você.

Lain e Dukac, descrevam o que pretendem fazer nesse primeiro dia e como. Rolem 2d6 e o modificador que se aplicar. Por exemplo: vou ler tudo que há sobre Poaret na Casa do Conselheiro (2d6 + INT).

Cada vez que vocês engajarem os hobbits nos preparativos (uma vez por dia, geralmente), rolam 2d6 + WIS, INT, ou CHA (a depender do que fizerem). 10+, êxito nos preparativos e +1 no moral dos aldeões; 7-9, êxito nos preparativos, apenas; 6-, falha nos preparativos e -1 no moral dos aldeões.

O somatório final do moral vai ser o modificador que os hobbit terão para as suas ações no dia da batalha.

Indiquem no mapa de Poaret as intervenções que vocês planejarem:


*   *   *


Branco tem diante de si um dia inteiro de caminhada até Dervis. Isto é, se tudo correr bem!

Sua barriga deu um enorme ronco, pouco depois de deixar Poaret. O ladino entendeu o recado: se não comesse parte das suas rações agora, nem terminaria a viagem.

Além disso, há algo inquietante no ar. Certamente, não é medo da jornada, muito menos remorso pela sua decisão... Deve ser o mesmo sentimento que as formigas têm quando pressentem um temporal.

Branco, descreva como pretende seguir viagem: pelas estradas principais, pelo mato, furtivamente ou não... Se buscará se informar com eventuais encontros no caminho (CHA), etc.

Da mesma forma, você anuncia o que pretende fazer nesse dia e rola 2d6.

Branco
player, 110 posts
Mon 22 Mar 2021
at 00:58
  • msg #2

04. A Conflagração

Branco sai da pequena cidade em direção a Dervis. Sabendo que o lugar seria atacado em breve, ele prefere seguir em um ritmo mais lento e camuflado pela floresta para evitar encontro com possíveis batedores. Além dos seus ferimentos, que ainda ardiam, agora ele também tinha fome. Os malditos não me deixaram descansar nem um dia!, pensa o ladino que quase se arrepende de ter salvo aquele povo. Ele se adentra ainda mais na floresta, buscando um refúgio mais isolado para relaxar por algum tempo. Ao encontrar um lugar ele se abaixa, camuflando entre as folhas e busca uma de suas rações que carregava. Ao terminar de se alimentar ele aproveita o momento para fazer alguns curativos e recuperar o folego.

Branco rolled 7 using 2d6+1 (WIS).  Dia 1.
-1 use Dungeon Ration
-1 use Bandage

This message was last edited by the player at 19:53, Mon 22 Mar 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 121 posts
Mon 22 Mar 2021
at 02:26
  • msg #3

04. A Conflagração

Dukac ainda precisava de mais tempo para se recuperar por completo, mas mesmo assim, transitava pelos arredores de Poaret, observando a preparação dos moradores.

Todos estavam se esforçando para ajudar com o que podiam, mas o guerreiro veterano sabia o que era mais necessário para uma batalha: soldados. Ele se aproxima do centro da praça e começa um discurso improvisado.

Pessoal! Pessoal!
As pessoas começam a chegar. Sei que todos estão dando o máximo de si para ajudar, mas precisaremos formar dois grupos: um para coletarem materiais e outro, de corajosos guerreiros, para enfrentar aqueles malditos! O discurso começou bem e alguns começaram a vibrar. Mas os costumes de uma simples vila de camponeses não se comparavam ao de uma tribo guerreira.

Sabemos que o inimigo é cruel e implacável! Mas nós não desistiremos sem lutar! A maior glória do meu povo é morrer em batalha e eu estou disposto a treiná-los para terem essa mesma glória! Havia paixão nas palavras de Dukac e olhares apreensivos dos hobbits. O silêncio pairou na praça, escutando-se apenas alguns cochichos. Muito bem quem está comigo?!


22:57, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 2d6. Cha.
+1XP

Lain
player, 27 posts
Mon 22 Mar 2021
at 03:43
  • msg #4

04. A Conflagração

Lain pegou o medalhão de Namai e olhou a peça com curiosidade. Havia algo de hipnótico naquele pingente de cristal. Levantou a cabeça para perguntar do que aquilo se tratava, mas a senhora já se distanciava com pressa, deixando a elfa a sós com Cree e a jóia.

Voltou seu olhar para o cordão, e, de tão vidrada no brilho incomum do cristal, achou ter ouvido vozes, quase sussurros, que pareciam vir de lugar algum. Sua mente a levou para sua cidade natal e, sem que percebesse, já estava falando em voz alta o nome da cidadela élfica que deixou para trás. Cahnora...

Um aperto no peito machucou seu peito.

Lain rolled 8 using 2d6+1.  Medalhão.

Ela prendeu a respiração com a visão que o cristal havia lhe mostrado. Atônita, pendurou o cordão no pescoço e o escondeu por baixo das roupas, se perguntando o que era aquilo que carregava e por que Namai a havia escolhido para carregar algo tão poderoso.

Mas Lain sabia que essas perguntas poderiam ficar para depois. Havia um trabalho a fazer, e o tempo era curto demais. Bem como os recursos daquela vila. Ela olhou ao redor, vendo as famílias tentando recriar a atmosfera de lar nas casas que antes ocupavam, a despeito dos focos de destruição aqui e ali. Havia entulho em alguns pontos e isso a deu uma ideia.

Foi na mesma hora em busca dos anciões que tomavam as decisões naquele vilarejo. Precisaria, no mínimo, de sua aprovação para dar seguimento a sua estratégia de fortalecer aquela vila ao máximo.

Com licença, precido de uma palavra, ela falou, se dirigindo a Yulot. Sei que as famílias estão ávidas para voltarem para suas casas, mas tudo vai ser em vão se não conseguirmos defender Poaret. A vila não possui muralhas ou qualquer artifício de defesa, está completamente à mercê de ataques. Vamos precisar de todo o material disponível para construir barricadas, fortificações e armadilhas. Podemos usar o entulho dos edifícios já parcialmente quebrados, mas não é suficiente. Algumas casas terão que vir abaixo completamente para nos garantir mais recursos. Não é minha intenção destruir a vila, mas infelizmente precisamos nos proteger como pudermos. Podemos usar as madeiras como lanças ou cercas, as pedras como barreiras e trincheiras, palha para encobrir fossos e armadilhas. Tenho a compreensão e o apoio dos senhores?

Lain rolled 7 using 2d6.  Conversa com liderança de Poaret (CHA).
This message was last edited by the player at 03:46, Mon 22 Mar 2021.
Narrador
GM, 162 posts
Mon 22 Mar 2021
at 23:30
  • msg #5

04. A Conflagração

Já longe das comunidades hobbits, nos limites de Latagam, Branco decidiu parar para comer e tratar das suas feridas. Abrigou-se sob arbustos e se repousou.

Mordiscava aquela bolacha seca aos poucos, à medida que envolvia seu tronco de ataduras. Entre uma fisgada e outra no abdômen, pensava nos próximos passos da viagem.

De repente, uma revoada de pássaros chamou a sua atenção. Um rebuliço crescente tomava os arredores. Por instinto, Branco reuniu suas coisas e, ao sair detrás dos arbustos, viu uma horda de goblins marchar para leste, beirando a mata!


Eram dezenas deles! Alguns viram o ladino e dispararam flechas na sua direção. Branco correu mata adentro, mas estes o perseguiram com seus grunhidos histéricos.
Branco rolled 7 using 2d6+1 (WIS)

Mas que demônios fazem tantos goblins viajando de dia?!

Numa manobra arriscada, Branco escalou um carvalho e deitou-se, na esperança de que não o vissem. A ferida no abdômen voltou a sangrar. Os goblins chegaram bem perto do carvalho, farejando. O ladino estava para arremessar uma das suas adagas, quando eles decidiram retornar à tropa. Foi por pouco!

(...)

Por conta desse incidente, Branco chegou em Dervis já tarde da noite. A cidade estava escura, deserta e o ladino só encontrou hospedagem num pé sujo do bairro portuário. O acerto de contas teria de ficar para o dia seguinte.
(-1 moeda)

*   *   *

Dukac:
(...) Mas nós não desistiremos sem lutar! A maior glória do meu povo é morrer em batalha e eu estou disposto a treiná-los para terem essa mesma glória! Muito bem quem está comigo?!

O bárbaro notou que a retórica da morte gloriosa não cativava os hobbits. Nem um pouco. A rapidez com que o grupo se juntou para escutá-lo foi a mesma com que se dispersaram, indignados.

Lain:
Cahnora... Um aperto machucou seu peito.

A mente de Lain foi levada até a sua cidade natal... ou melhor, às ruínas de Cahnora! Todo o esplendor da sua terra fora reduzido a cinzas. No lugar, agora ermo, não parecia ter restado nenhum resquício de vida.

Então, a visão de Lain foi subindo, subindo... E, do alto, pôde ver colunas de poeira se erguendo da mata que leva ao litoral. Tropas de Daesha! Seus exércitos iam na direção da costa, onde uma frota de naus de guerra os recebia.

De súbito, seu campo de visão foi puxado para um ponto, alguém de costas... conforme o rosto se virava na direção de Lain, dava a ver todas as veias negras (que dão nome à sua raça corrompida) no rosto e no pescoço. Mas o rosto não se virou por completo. Deteve-se de lado e voltou os olhos verdes, perversos, para você. A figura deu uma risada feminina, triunfante.

Lain sentiu um frio intenso na barriga e guardou o colar imediatamente.

*   *   *

À noite, os aldeões se reuniram na praça novamente. Sobre as cinzas da fogueira anterior, eles ergueram uma muito maior.

A cerimônia prestes a ser celebrada seria conduzida apenas pelas mulheres da vila. Todos os demais sentaram-se sobre tapetes num grande círculo em torno da fogueira.

Enquanto as mulheres pintavam seus corpos e afinavam seus tambores, Lain aproveitou para se sentar ao lado do conselho dos mais velhos e levar suas propostas.

Lain:
(...) Vamos precisar de todo o material disponível para construir barricadas, fortificações e armadilhas. Podemos usar o entulho dos edifícios já parcialmente quebrados, mas não é suficiente. Algumas casas terão que vir abaixo completamente para nos garantir mais recursos. Não é minha intenção destruir a vila, mas infelizmente precisamos nos proteger como pudermos. Podemos usar as madeiras como lanças ou cercas, as pedras como barreiras e trincheiras, palha para encobrir fossos e armadilhas. Tenho a compreensão e o apoio dos senhores?

Os membros do Conselho cochicharam entre si por um tempo. Daí, Yulot respondeu por eles, resignado: Faremos o que for preciso, jovem. Vocês têm o apoio do Conselho. E com um meneio encerrou a conversa, pois a cerimônia estava começando.

O canto polifônico das mulheres inundou a atmosfera! Naquela noite fria elas reproduziam um ritual antigo, herdado dos seus ancestrais nômades. E quando os tambores zoaram feito trovões, foi como se o próprio peito fosse explodir!


As mulheres circundavam a fogueira num bailar sensual, quase hipnótico. Seu canto crescia em intensidade e os ouvintes eram tomados de arrepios. Além da profunda reverência pelos ancestrais, havia também uma marcialidade nos cânticos. Era um chamado à batalha!

Dukac começava a sentir um maior apreço por essa gente que, afinal de contas, não era tão diferente assim da sua. Sentiu até uma saudade do seu próprio lar...

Uma após a outra, elas entravam em transe, entoando notas guturais que se mesclavam ao vento, como assobios. Quando isso ocorria, alguém passava dois dedos de tinta nas suas faces, riscando um símbolo sagrado.

Foi então que duas delas vieram até Dukac: uma descobrindo-o do seu manto de pele; a outra, puxando-o pela mão para a roda. O bárbaro lembrou da sua visão de morte e sentiu um calafrio.

Sem se dar conta, uma delas soprou-lhe um pó branco na cara e Dukac entrou na roda. Começou a dançar também, meio desajeitado a princípio... mas à medida que ele também entrava em transe, foi se entregando ao chamado guerreiro. Aqueles sentados ao redor começaram a bater palmas, no ritmo, soltando brados alegres.

Logo, quando o ritual atingiu seu clímax, Dukac soltou um urro do fundo da alma e a música cessou. Ele ficou lá, bufando, e as hobbits levaram até ele uma arma inusitada: facões descomunais, unidos por uma corrente.


O ferreiro hobbit havia gravado nas lâminas as mesmas runas que Dukac levava no corpo.

Assim o bárbaro foi consagrado nos ritos de Poaret, Lain conquistava a confiança do Conselho e seguiu noite afora o último festejo antes da batalha.

(Moral dos hobbits: -1)
This message was last edited by the GM at 23:34, Mon 22 Mar 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 122 posts
Tue 23 Mar 2021
at 02:34
  • msg #6

04. A Conflagração

O bárbaro havia sido pego de surpresa, tanto pela participação no ritual quanto pelo presente. Com uma reverencia ao ferreiro e aos anciões, ele recebeu as armas e fez uma promessa. Eu aceito esse presente, a qual chamarei de Lâminas da Destruição! E como retribuição, eu irei defender seu povo com a minha vida! AAAUUUUUUU!! Gritou enquanto erguia os facões para o alto.

No outro dia, Dukac já caminhava com mais facilidade. A conversa de Lain com os anciões tinha ido bem e os aldeões já começavam a coletar materiais para montar uma fortaleza. Contudo, era óbvio que não haveria tempo o suficiente para treiná-los para a batalha. Era preciso forjar armas simples, mas efetivas! Dukac vai até o ferreiro e o encontra na forja. Bom dia meu amigo! Vejo que a produção está a todo vapor. Ele se aproxima e fala um pouco mais baixo. Infelizmente não teremos muito tempo para treinar a tropa. Não podemos arriscar a vida dos aldeões, então precisamos de armas simples e de longo alcance, como lanças, arcos e flechas. Acredito que posso contar, mais uma vez, com a sua ajuda, certo? Ele repousa a mãozona no ombro do hobbit, que sentia a gratidão do bárbaro pelo presente.

23:28, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6-1.  wis.
Lain
player, 28 posts
Tue 23 Mar 2021
at 17:18
  • msg #7

04. A Conflagração

A cerimônia da noite anterior havia trazido esperança e confiança para os cidadãos de Poaret, e mesmo Lain sentiu-se um pouco em paz ao presenciar os ritos daquele povo. A visão que tivera com o medalhão, no entanto, custava a lhe sair da cabeça e ela se pegou admirando a peça mais uma vez. No entanto, resistiu a tentação de tentar ver Cahnora novamente. Não conseguia esquecer os olhos verdes e malditos que pareciam estar olhando diretamente para ela.

Na manhã seguinte, os trabalhos já tinham começado a todo vapor. Orientados pela liderança da vila, alguns hobbits já começavam a separar o entulho quando Lain se aproximou para ajuda-los. Foram horas desmantelando algumas construções e separando os resíduos baseado no que poderia ou não ser útil.

Acha que já temos o suficiente? um dos ajudantes perguntou.

Lain olhou para todo o material recolhido. Inevitavelmente, ela se recordava de como sua própria cidade havia tentado se preparar para a ameaça dos elfos negros e de tudo que havia aprendido ao observar os guerreiros de Cahnora. Pensou por um instante, tentando calcular tudo que precisariam para defender uma vila daquele porte.

Lain rolled 2 using 2d6-1. Avaliação de recursos (INT).
+1XP

This message was last edited by the player at 17:24, Tue 23 Mar 2021.
Branco
player, 111 posts
Wed 24 Mar 2021
at 13:29
  • msg #8

04. A Conflagração

O pequeno susto com os goblins deixaram Branco em estado de alerta até Dervis. Eles estavam marchando? Porém, não se preocupou em descobrir as motivações das criaturas e seguiu seu caminho. Já na grande cidade hospedou-se no único lugar que encontrou e dormiu, depois de muito tempo, como uma pedra. No dia seguinte, finalmente recuperado, saiu logo cedo da hospedagem. Poucos dias haviam passado desde que sairá da cidade com Oriag e Ducak, mas ele sentia que havia algo de diferente, apesar de não aparentar. Foi apenas nesse momento que o ladino pensou o quão estranho seria voltar sozinho. Antes de tentar contatar Inae, Branco achou prudente verificar se a balança do poder permanecia a mesma. Ele, mais uma vez, volta aos guetos para buscar informações.

Branco rolled 9 using 2d6.  Dia 2.
Não coloquei o bonus pois fiquei na dúvida se era WIS ou CHA.

Narrador
GM, 163 posts
Thu 25 Mar 2021
at 01:20
  • msg #9

Re: 04. A Conflagração

2º dia antes da batalha de Poaret
Lain:
Acha que já temos o suficiente? um dos ajudantes perguntou.

A elfa tinha uma tarefa ingrata em mãos: demolir lares para coletar recursos. Não apenas para isso, mas também para desalojar as famílias mais distantes do centro e mais desprotegidas.

Apesar da necessidade dessas medidas, os hobbits saíram de suas casas muito a contragosto, o que abalou o moral dos aldeões.

Lain, assinale no mapa quais casas você mandou demolir (mín. 3).

Contavam-se agora em Poaret 36 hobbits: 7 mais velhos, membros do Conselho; 5 crianças; além de 24 homens e mulheres. Esses últimos são tecelãs, carpinteiros, lavradores... nenhum soldado.

Dukac:
Bom dia meu amigo! Vejo que a produção está a todo vapor. Ele se aproxima e fala um pouco mais baixo. Infelizmente não teremos muito tempo para treinar a tropa. Não podemos arriscar a vida dos aldeões, então precisamos de armas simples e de longo alcance, como lanças, arcos e flechas. Acredito que posso contar, mais uma vez, com a sua ajuda, certo?

Parte desse contingente de homens e mulheres foi designada para a coleta de materiais (madeira, corda, metais, etc.); outros poucos ficaram sob o comando de Andrós na confecção das armas.

A valer, a experiência militar de Dukac dizia que seria simples e rápido cortar lanças de bambu. Mas essas não aguentam mais que uma estocada, pois a ponta se despedaça contra escudos e armaduras.

Portanto, o bárbaro deu a ordem de fabricar pontas de flecha e de lança com os metais que Lain coletou.

E embora tenham avançado com os preparativos, os hobbits começavam a dar sinais de descrença...

(Moral dos hobbits: -2)

*   *   *

Branco:
Ele, mais uma vez, volta aos guetos para buscar informações.
Branco rolled 11 using 2d6+2. Discern Realities about criminal activities

O ladino conseguiu informações úteis na própria "casa de tolerância" onde se hospedou. No fim do seu expediente, logo de manhã cedo, uma das funcionárias lhe contou os rumores que corriam as ruas de Dervis.

Diziam que o Conselho Regente havia convocado os Anciões das Tribos de Uhter, para lidar com a ameaça málvara, mas nenhum compareceu. A notícia logo se espalhou e, com ela, os boatos de uma guerra iminente. O dia do arrebatamento, ela repetiu em voz baixa a profecia málvara.

O restante Branco pôde constatar com os próprios olhos: muitas famílias deixando a capital em carroças abarrotadas, pessoas passando a passos rápidos nervosos, gente pregando tábuas em portas e janelas.

Inclusive o acesso à Biblioteca estava ainda mais fortemente guardado do que antes! Logo na entrada da ponte, dois guardas cruzaram as alabardas, impedindo a passagem de Branco. Mas uma voz autoritária deu ordem para que o deixassem seguir em frente.

O mesmo homem que deu a ordem foi encontrar com Branco ainda na ponte, entre dois destacamentos da Guarda. O ladino já o tinha visto antes: homem alto, negro, barbudo, com um turbante púrpura — Karajan, o chefe da Guarda.

Sem dar ao menos uma palavra, Karajan entregou-lhe uma sacola com as 100 moedas. Olhou ao redor com desconfiança e fez um gesto de cabeça para os soldados, indicando que você estava já de saída. Então, Karajan retornou para o destacamento que guardava o Portão da Biblioteca.
This message was last edited by the GM at 13:21, Thu 25 Mar 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 123 posts
Thu 25 Mar 2021
at 18:34
  • msg #10

Re: 04. A Conflagração

No terceiro dia de preparação, Dukac levantou cedo e foi até o ferreiro pegar as armas que havia encomendado. Ele pega uma das lanças e analisa o fio. Excelente trabalho! Espero que possa contar com mais umas reservas. O bárbaro recolhe as armas, incluindo os arcos e flechas, e as leva até a fazenda próxima ao armazém.

Depois, Dukac convoca a todos até centro da vila e anuncia. Povo de Poaret, por mais que eu quisesse defender todos vocês, não conseguiria derrotar um exército inteiro. Apenas vocês são capazes de se defender! Não permitam que destruam tudo que conquistaram! Mas não se preocupem, pois eu os ensinarei a lutarem! Disse, enquanto apontava para todos. As pessoas vibram em animação e Dukac convoca 14 dos mais jovens (homens e mulheres) para lutarem. Vocês, vejo que estão mais aptos a lutarem, os outros, continuem com as coletas e as construções.

Já na fazendo, Dukac separa os hobbits, por aptidão, em dois times. Sete arqueiros e sete lanceiros. Por mais que artilharia não fosse o forte do bárbaro, ele era capaz de ensinar o básico aquelas pessoas. Durante o treinamento, Dukac fazia rondas entre os dois times, fazendo demonstrações do uso das armas. Os lanceiros treinavam e bonecos de palhas, enquanto os arqueiros treinavam tiro ao alvo. Os hobbits observavam com atenção os ensinamentos e evoluíram surpreendentemente bem, talvez estivessem mais motivados naquele dia.


14:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6. Cha.
This message was last edited by the player at 18:34, Thu 25 Mar 2021.
Lain
player, 29 posts
Fri 26 Mar 2021
at 03:11
  • msg #11

Re: 04. A Conflagração

O dia anterior havia terminado com olhares cansados e desanimados depois da demolição de 8 casas da vila. A decisão havia sido dolorosa para Lain também, mas em situações como aquela, resistir e sobreviver era a única preocupação possível.


Os ânimos ao menos pareciam um pouco melhor de manhã, e dava para ouvir de longe o clamor dos hobbits no treino com Dukac. Ainda tinha muito o que ser feito, mas antes de decidir pela melhor estratégia, Lain decidiu aproveitar o dia para percorrer os arredores do vilarejo e fazer um reconhecimento detalhado do perímetro. Tendo uma melhor noção da área, ficaria mais fácil utilizar os elementos da geografia do terreno a seu favor.

Assim, deixando Cree ainda se recuperando, Lain saiu para estudar as estradas, morretes e florestas ao redor.

Lain rolled 6 using 2d6+1.  Reconhecimento de terreno (WIS).
+1XP

Branco
player, 112 posts
Fri 26 Mar 2021
at 17:12
  • msg #12

Re: 04. A Conflagração

Branco escuta com atenção sobre os boatos que percorriam a cidade. No seu caminho a biblioteca, descansado da noite de sono, o ladino agora consegue observar com clareza o clima de terror que se instaurava na cidade. Ele recebe seu pagamento e logo vê que, diferente das outras vezes, não há brechas para novos contratos. O clima tenso na cidade precedia a guerra que estava por vir, e se o ladino não se solidarizou para defender os humildes hobbits sem dúvidas não o faria para os porcos da capital. Que morram todos com suas riquezas!, pensou o ladino. Certamente ele não correria o risco de estar por perto quando a matança começasse, e então ele decidiu viajar para um canto mais remoto do continente e esperar a poeira baixar, Ela sempre abaixa depois que o novo poder se estabelece. Contrariado, Branco decide ir para as terras mais remotas que conhece, Warab. A viagem era longa e não era possível ir a pé, ele sai pela cidade procurando alguma caravana discreta para o lugar que prometerá a si mesmo nunca mais voltar.
Narrador
GM, 164 posts
Fri 26 Mar 2021
at 21:13
  • msg #13

Re: 04. A Conflagração

3º dia antes da batalha de Poaret

O treinamento de arqueiros e lanceiros foi um sucesso!

Dukac conseguiu preparar duas equipes que teriam muita competência em repelir infantaria e cavalaria. Mais do que isso, o bárbaro inspirou a confiança deles no treinamento. Namai e o Conselho observavam com aprovação os avanços desde uma tenda.

Enquanto isso, Lain sentia-se confusa. Pensamentos de toda sorte tumultuavam sua cabeça... as imagens de Cahnora... aqueles malditos olhos verdes... e um medo real de que esses pequeninos não sobrevivessem à batalha.

Assim, a elfa não concebeu nada muito além do óbvio. Poaret tem dois principais acessos: um a sudoeste, uma pequena garganta entre dois morrotes; outro a nordeste, retilíneo e pedregoso. Dos dois lados desse eixo, fazendas e uma mina de sal, por onde o acesso seria difícil e lento, mas não impossível.

Perdida em seus pensamentos, Lain foi surpreendida por Polo e Nena. A mocinha, que lhe mirava com certa admiração, falou (adivinhando seus pensamentos): Temos que ter torres de vigília e uma comunicação rápida, disse com um sorriso de alguém ansiosa em ajudar.

Seu irmão estava agachado analisando pedras (?!) de perto. Logo, ele disse, como quem completasse em voz alta uma conversa que já ocorria na sua mente: Está vendo estes líquens? Nessa época do ano, quando ficam avermelhados é sinal de que as noites serão muito nevoentas...

(Moral dos hobbits: -2)

*   *   *

Branco:
Que morram todos com suas riquezas!

Depois do segundo pernoite em Dervis, embora já revigorado fisicamente, a mente de Branco mostrava ainda algum cansaço. Já há várias noites que tem tido um sono inquieto, com a sensação de ser perseguido, ou coisa parecida...
(-1 moeda)

O ladino estava decidido a voltar para sua terra natal. Uma retirada estratégica. Ou, pelo menos, disso se convencera.

A cidade estava ainda mais vazia. Branco lembrou-se da primeira vez que pisou em Dervis: o povo estava apático... quando muito, via-se um ardor entre os defensores das tradições (os herpón) e os apoiadores dos Malvar.

Hoje, Dervis está deserta e tensa.

O ladino estava na parte leste da capital, em busca de viajantes que fossem para o norte. As ruas que poucos dias atrás estavam tomadas de feirantes agora pareciam abandonadas. Cruzava a ponte sobre o rio Dervis quando, de repente... o tempo parou!

blém-blém-blém-blém...!, bateram os sinos freneticamente ao longe.




procotó-procotó-procotó-procotó!, duas carroças vinham numa galopada veloz na direção de Branco. O ladino reconheceu o estandarte triangular que a primeira trazia: o Pardo!

Ao te avistar, Talveg freou os cavalos. Dimur estava sentado ao seu lado, quase irreconhecível, com elmo e um enorme escudo oval pendurado. Branco! O que você faz aqui sozinho?!, questionou o Pardo, surpreso. Por favor, leve-nos até Oriag! É urgente!

Na carroça da frente estavam Talveg, Dimur e Sawo (o punguista que Branco salvou anteriormente), com um falcão no ombro. A carroça de trás trazia Djeli e Arvat, o comerciante, que transportava uma pilha de livros e pergaminhos.

Branco hesitou por um segundo. Essa poderia ser uma oportunidade de lucrar...

Dimur bradou: Rápido, homem! Inae está morta!
Dukac, O Sanguinario
player, 124 posts
Sat 27 Mar 2021
at 00:47
  • msg #14

Re: 04. A Conflagração

Mais um dia de preparação começava e Dukac se sentia um pouco mais confiante e contar com a ajuda dos hobbits o deixava mais calmo. O vilarejo começava a tomar proporções mais familiares para o bárbaro. Casas demolidas, área de treinamento, armas espalhadas. Aquele lugar logo viraria um campo de batalha e, no melhor dos cenários, apenas sangue inimigo seria espalhado.

Pela manhã, Dukac conversou com Lain, que discutiram sobre a importância de saber quem eram seus inimigos. O bárbaro já havia batalhado tanto contra os ceifadores de Kesh, quanto com os Málvaros. Mas era perguntar ao conselho se sabiam de mais alguma coisa. Ele se dirigiu a casa do conselheiro e solicitou uma audiência, a noite, com o conselho, que lhe foi concedida.

Quando ele chegou no campo de treinamento, todos os hobbtis já estavam à sua espera. Os soldados já haviam evoluído bem e não precisavam da supervisão constante do bárbaro, que volta e meia, apenas corrigia algum recruta. Olha a postura! Levanta essa lança, soldado! Tava mirando aonde?!Era pra mirar no alvo! Mas a sua truculência não desanimava, eles precisavam aguentar o estresse, pois o pior estava por vir.

Ao final do dia, depois de comer com os aprendizes, Dukac se reuniu com o conselho. Conselheiros, já travei batalhas anteriores com estes inimigos, e a última foi um pouco...estranha. Por favor, gostaria que compartilhassem qualquer conhecimento que tiverem sobre contra quem, ou o que, lutaremos! Os soldados precisam conhecer o inimigo. Ele encara Namai, acreditando que ela teria alguma informação.

21:30, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 5 using 2d6.  Cha.
+1XP

This message was last edited by the player at 00:50, Sat 27 Mar 2021.
Branco
player, 113 posts
Sat 27 Mar 2021
at 13:37
  • msg #15

Re: 04. A Conflagração

Dimur:
Rápido, homem! Inae está morta!

Não foi o teor da frase que assustou o ladino, mas sim como ela foi dita. Ele pulou para dentro da carroça sem raciocinar muito, achando que poderia ganhar algumas moedas como guia. Mas talvez seu corpo o tivesse movido inconscientemente para evitar o reencontro com seu passado trágico, enterrado em Warab. O que aconteceu? Ele pergunta aos integrantes do veículo enquanto os guia de volta para Poaret.
Lain
player, 30 posts
Sat 27 Mar 2021
at 18:34
  • msg #16

Re: 04. A Conflagração

A semana estava passando mais rápido do que Lain desejava. A sensação era de que ainda havia muito a ser feito, e que a vila ainda carecia de defesa. Ao menos o treino com os soldados em formação parecia estar indo bem, e mesmo em pouco tempo, era visível a melhoria.

Pela manhã, Lain e Dukac trocaram ideias sobre o que possivelmente poderiam ter que enfrentar e decidiram os próximos passos. O bárbaro tinha uma vasta experiência, havia enfrentado inimigos diversos, mas ainda assim acharam que seria bom angariar mais informações. Tudo que ela conheçia eram os elfos negros e o exército de Daesha, mas Lain duvidava que eles cruzariam as águas para expandir seu território por aquelas terras. Ao menos era o que ela esperava. Preferiu não contar a Dukac — nem a ninguém — sobre o medalhão e a visão que tivera, apesar dela não ter lhe saído da memória um minuto sequer.

Precisamos levantar as defesas, ela falou, preocupada com a fragilidade do vilarejo. Vou rcrutar um grupo para me ajudar, espero ter toda a vila cercada até o fim do dia.

Assim, com a ajuda dos 10 hobbits que não estavam no treinamento, Lain iniciou a montagem das paliçadas que protegeriam a aldeia.


Lain rolled 10 using 2d6-1.  Construção das paliçadas (INT).
This message was last edited by the player at 23:06, Sat 27 Mar 2021.
Narrador
GM, 165 posts
Sun 28 Mar 2021
at 19:50
  • msg #17

Re: 04. A Conflagração

4º dia antes da Batalha de Poaret
Lain:
Precisamos levantar as defesas, ela falou, preocupada com a fragilidade do vilarejo. Vou recrutar um grupo para me ajudar, espero ter toda a vila cercada até o fim do dia.

Foi uma tarefa muito árdua para a elfa e os seus recrutas. Mas, por fim, um amplo perímetro em torno da praça central foi cercado com paliçadas, firmes e afiadas, de modo que cavaleiros não poderiam invadir facilmente.

Com isso, a Casa do Conselheiro virou o dormitório de todos. E assim, a todo momento havia 3 sentinelas vigiando a frente da Casa e os dois acessos principais, um em cada ponto. A comunicação entre eles se dava por toques de uma corneta de chifre.

Os avanços se provavam sólidos, dia após dia. Ainda assim, faltava aos pequeninos um insuflo de esperança.
Moral dos hobbits: -2
Se quiserem gastar o dia com isso, vocês podem tentar um coaching (detesto esse termo!) com eles. 10+ (+2 moral); 7-9 (+1 moral); 6- (+0 moral, +0 XP).


*   *   *

Branco:
O que aconteceu?

O Cospe-Grosso emudeceu. Apenas via-se a musculatura do seu maxilar se retesando sob o elmo. Talveg tampouco arriscava falar, tinha os olhos fixos na estrada. A carroça trepidava e sacudia, singrando as ruas de paralelepípedo a toda velocidade.

Branco olhou para trás e viu os vitrais da Biblioteca explodirem, e as janelas cuspindo altas labaredas.

Mesmo à distância, o ladino reconheceu a figura trepada nas passarelas da torre, pela sua gargalhada histérica. gyahahahAHAHAHA!!! Era aquele homem maltrapilho e fanático que viram no primeiro dia em Dervis.

Notadamente, a Senhora de Jakin não morreu de causas naturais...

(...)

O comboio precisou seguir uma rota alternativa, contornando Latagam a leste. Muitas vezes tiveram de parar e esconder-se. Hordas de ogros, gnolls e orcs foram vistas cruzando as planícies rumo à capital. Os vilarejos pesqueiros no seu caminho foram todos destruídos!

Era até difícil crer nos próprios olhos! É como se Uhter estivesse em convulsão e as raças selvagens visassem o coração do continente.

Tanto Branco quanto os outros relataram um pernoite aflito e de pouco sono. Em razão de todas essas precauções, vocês só alcançaram Poaret na noite do dia seguinte...

*   *   *

Mais tarde, durante o jantar, o bárbaro dirigiu-se ao Conselho:

Dukac:
(...) Por favor, gostaria que compartilhassem qualquer conhecimento que tiverem sobre contra quem, ou o que, lutaremos! Os soldados precisam conhecer o inimigo. Ele encara Namai, acreditando que ela teria alguma informação.

Os nativos de Poaret olharam-se desconcertados.

Imaginávamos que você pudesse nos dizer, bárbaro, respondeu Namai, devolvendo a encarada.

Yulot ajuntou: Os Ceifadores de Kesh — você os conhece bem — são anões, brutos e impiedosos, que cavalgam os Xebi, grandes bodes montanheses. O hobbit passou a mão na barba por fazer, pensativo. Assim que os Malvar puseram em marcha seu projeto de poder, os Ceifadores se corromperam e tomaram as comunidades livres de Latagam.

O hobbit pigarreou de nervosismo, antes de continuar: Agora Omak, "o Exortador" os lidera. Um feiticeiro cruel, não sabemos muito mais que isso. Talvez tenhamos de enfrentar uma ou duas centenas deles..., concluiu vagamente, salientando o pesar dos membros do Conselho.

Lain, que os ouvia em silêncio, notou que a previsão de Polo era correta: um denso nevoeiro se formava ao redor da praça central, que é a parte mais baixa da vila. Isso quer dizer que, nessas condições, quem se aproxima da praça só consegue enxergar bem quando já está muito perto...

Coincidentemente, nessa hora, soou um alerta: boooOOOOMMM!!!

A visibilidade do vigia não lhe permitiu antecipar o alerta e, por isso, vocês não tiveram tempo de reação. Das brumas da via nordeste emergiram duas carroças. E nelas, sob o estandarte do Pardo, as pessoas de confiança da Sábia.
Dukac, O Sanguinario
player, 125 posts
Sun 28 Mar 2021
at 23:47
  • msg #18

Re: 04. A Conflagração

As informações dos anciões realmente não eram novas. Os Ceifadores se corrompendo por poder tão pouco surpreendia Dukac. O que o preocupava era a moral da tropa, ele precisavam estar resolutos para enfrentar aqueles monstros. Além disso, o bárbaro tinha que ser franco e prepará-los para a atrocidade que se aproximava.
Narrador:
boooOOOOMMM!!!

O bárbaro corre para a praça e não contem o sorriso ao ver rostos familiares. Companheiros! Finalmente temos reforços! Acreditando que vieram proteger a vila.

*   *   *


No quinto dia de preparação, Dukac discutiu com os soldados os pontos fortes e fracos do inimigo. Eles se entreolharam, alguns ficaram temerosos, mas ele tentou acalmá-los. Não temam, eu estarei lá para liderá-los!

Depois do treino, Dukac achou que poderia reduzir o risco do combate direto instalando armadilhas do lado de fora da fortificação. Ele convoca meia dúzia de hobbits coletores e passa as instruções. Muito bem, primeiro cavaremos alguns buracos, depois iremos fincar uns bambus... Mas o bárbaro não estava acostumado a construir armadilhas, sua expertise era nas lutas. Então, os construtores começaram a perguntas detalhes que ele desconhecia. Senhor, qual a profundidade? Onde cavamos? perguntou um dos construtores. E qual o tamanho das estacas? Perguntou outro mais ao fundo. O bárbaro não conseguiu responder. É...uhmmm...vou deixar esses detalhe com vocês, mãos a obra pessoal! Bateu umas palminhas e saiu, retornando ao campo de treinamento.

Mais tarde, Dukac retornou para ver como estava o andamento das armadilhas. Mesmo com poucas instruções, os hobbits foram capazes de escolher bons locais. Mas eles apenas cavaram buracos de um metro e meio de profundidade, e ainda não colocaram as estacas. Obviamente que, se os inimigos fossem pequenos como eles, as armadilhas retardariam o ataque, o que não era o caso. O bárbaro se aproxima de um dos trabalhadores, pensa em questionar a eficácia das armadilhas. Mas ele hesita ao ver a face cansada do hobbit.


20:03, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 2d6-1. Int.
+1 XP

15:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 6 using 2d6-1. Int.

This message was last edited by the player at 18:37, Mon 29 Mar 2021.
Branco
player, 114 posts
Mon 29 Mar 2021
at 21:52
  • msg #19

Re: 04. A Conflagração

O silêncio de Dimur e Talveg só deixaram a situação mais sombria. Para completar, a visão da destruição da grande biblioteca fez Branco concluir que Dervis já havia caído por completo. No conturbado caminho de volta para Poaret o cenário de destruição e as hordas de criaturas  trouxeram uma realidade que Branco não havia enxergado, o novo poder que se erguia não era humano. Esses seres não seriam capazes de negociar nos seus termos habituais e, de fato, sua vida estava em perigo, seja lá onde ele estivesse. Ainda assim, não surgia no ladino o sentimento de lutar contra essa força, apenas um desejo de autopreservação.

Viajando noite a dentro Branco se questiona quando chegariam a cidade e pudesse dormir tranquilo. Foi logo surgir o pensamento e a carroça para abruptamente, causando um alto barulho. O ladino desce da carroça e logo vê o bárbaro recepcionando-os. Ele se mantem do lado de fora das fortificações e as observa. Ora ora, vejo que estão trabalhando duro aqui. Todos se acolhem dentro da, agora muito menor, Poaret. O jantar, que já ocorria, termina e Branco se recolhe em um canto isolado, pois não se sentia bem vindo por ali.

No dia seguinte todos parecem ter uma tarefa, e Branco anda pela cidade observando as preparações. Os hobbits parecem treinar com lanças e tiro com arco, porém o resultado não é muito promissor. Duvido que consigam acertar os pontos vitais das criaturas que estão por vir., pensa o albino de forma realista. Desejando colaborar de alguma forma, dentro do que suas habilidades permitiam, o ladino ronda a pequena cidade em uma boa distância, procurando por batedores que poderiam estar observando a movimentação.

Branco rolled 7 using 2d6.  Roll genérico.
This message was last edited by the player at 00:25, Tue 30 Mar 2021.
Lain
player, 31 posts
Mon 29 Mar 2021
at 22:21
  • msg #20

Re: 04. A Conflagração

O nevoeiro que contornava a praça era muito mais cerrado do que Lain esperava. A visibilidade já estava comprometida, e sem boas torres de vigilância, a vila ficaria ainda mais à mercê dos invasores.

Narrador:
boooOOOOMMM!!!


Cree, que estava deitado perto de Lain, levantou a cabeça com as orelhas em riste. Dukac foi o primeiro a correr em direção à praça, e Lain o seguiu, temendo que o ataque estivesse começando mais cedo do que o previsto.

Ducak:
Companheiros! Finalmente temos reforços!


Lain apertou os olhos, distinguindo, com surpresa, a figura de Branco descendo de uma das carroças. Mas ela certamente não compartilhava da alegria do bárbaro. Ele está de volta? Mas por que? E ela sentiu o maxilar contrair. Não gosto disso... se abandonou esse povo uma vez, pode fazê-lo de novo quando mais precisarmos.

Decidiu que ficaria de olho em Branco, atento aos seus movimentos. Mas, por ora, iria dormir. Tinha um dia longo pela frente e pretendia aproveita-lo ao máximo.


(...)

A manhã seguinte mal havia raiado, mas a elfa já estava de pé. O nevoeiro da noite anterior ainda resistia nas primeiras horas da manhã e, ainda que se dissipasse durante a tarde, certamente voltaria a encobrir toda a praça ao cair da noite.

Havia sobrado uma porção decente de pedras, madeiras e tapumes, e o material seria perfeito para a construção de alguns postos de observação nas entradas principais do vilarejo. Aproveitou as construções perto da cerca que haviam montado no dia anterior como base  e começou sozinha a preparação da estrutura; a medida que alguns hobbits surgiam na praça, um grupo de ajudantes se formava e dava mais rapidez ao projeto. Força, precisamos ter certeza que a estrutura está sólida o bastante! Usem todo o material que precisar.


Lain rolled 10 using 2d6.  Montagem dos postos de vigilância (CHA).
This message was last edited by the player at 23:16, Mon 29 Mar 2021.
Narrador
GM, 167 posts
Tue 30 Mar 2021
at 19:27
  • msg #21

Re: 04. A Conflagração

Antevéspera da Batalha de Poaret

Mais uma vez, Branco teve uma noite agitada, volta e meia acordando sobressaltado. Recostado numa árvore, atrás do templo, sabia que não corria riscos enquanto os sentinelas fizessem turnos de vigília. No entanto... não era isso. Não era medo que lhe atrapalhava o sono. Mas uma insistente impressão de acossamento... como sussurros raivosos no seu ouvido. Chegou a duvidar se não estava enlouquecendo.

Pela manhã todos pareciam já estar engajados nas suas tarefas. Pela primeira vez, os hobbits lhe dirigiram olhares contentes, de agradecimento pelo retorno. Mais ainda, Oriag, na noite anterior. Branco, então, decide esquadrinhar o terreno.

Poaret está inserida numa amplíssima clareira, no meio da floresta. Tem um formato de bacia, para o centro da qual parece escoar a água subterrânea que abastece a vila e irriga as plantações. Nessa parte baixa é onde fica a praça central.

A via nordeste de acesso é visivelmente a mais usada, dadas as marcas de pisoteio. É mais cascalhosa e retilínea — o que, para invasores montados, é ideal num ataque em carga. Já a via sudoeste, esta é mais lamacenta e passa por uma garganta entre dois morros, perfeita para uma emboscada.

Contornando a borda da mata ao redor de Poaret, Branco não viu qualquer sinal de batedores. Mas, caso houvesse, não precisariam chegar perto para notar que a vila se fortificava — as marteladas e o vozerio ecoavam longe.

*   *   *

Enquanto isso, Dukac reforçava o treinamento militar, ao passo que desenhava as táticas de defesa.

As paliçadas serviriam para conter a cavalaria, mas os lanceiros e os arqueiros deveriam estar bem posicionados para repelir os invasores. Pensando nisso, o bárbaro também deu a alguns peões a tarefa de cavar fossos. Contudo, apesar dos esforços, as armadilhas ainda precisavam de melhoras... o que foi frustrante para todos.

*   *   *

Lain:
Força, precisamos ter certeza que a estrutura está sólida o bastante! Usem todo o material que precisar.

O empenho de Lain cativou os aldeões, e até os recém-chegados se juntaram na edificação das guaritas elevadas. Os postos de observação, posicionados próximo aos dois principais acessos, garantiam uma boa visibilidade sob neblina, além de um ótimo alcance para os arqueiros.

Talveg, Dimur e os demais não tinham contado nada ainda sobre a Sábia. Esperariam a noite, quando todos estivessem reunidos.

*   *   *

Oriag, que até então andava perdido entre os livros do Conselheiro, convocou a presença dos líderes na área de treinamento no fim do dia. Ele tinha uma descoberta a anunciar.

Tanta empolgação e jovialidade! Branco imaginou o tombo que ele tomaria se tivesse visto o que presenciou em Dervis.

O aprendiz da Sábia declarou ter desvendado o real interesse dos málvaros na mina de sal de Poaret. Em baixa concentração, o musgo pode ser usado como entorpecente. Porém, o produto extraído de altas concentrações da planta, associado à proporção certa de sal e carvão, produzia um potente explosivo!

Permitam-me demonstrar! Para trás, por favor!, ele exclamou, animado. Tirou da caixa um pote esférico de cerâmica, com uma ponta de brasa acendeu o pavio que pendia do pote e arremessou contra os bonecos de palha. POOOWWW!!!

Num lampejo, três bonecos voaram despedaçados! Os aldeões vibraram em comemoração. Já o Conselho se mostrou divido entre a esperança de salvação e o medo daquele poder destrutivo.

Infelizmente, só tinha o suficiente para produzir esse tanto, completou, indicando o interior da caixa de madeira.
Vocês têm +6 bombas (2d6 dano cada).
Moral dos hobbits: -1.


*   *   *

À noite, após o jantar, todos se juntaram em torno do açude da vila.

Talveg, o Pardo, tomou a palavra para dar as más notícias. A Guerra começou. Inae de Jakin foi assassinada e o Conselho Regente de Dervis se desfez. Os Anciãos de cada Tribo se encastelaram. A Era do Búfalo chegou ao fim.

Como o ladino previra, Oriag tombou de joelhos e as lágrimas lavaram-lhe o rosto. Muitos na hora compartilharam da sua dor.

Os instantes de choque foram cortados por uma súbita ventania. O ar sibilava em pulsos, a cada rajada de vento. De repente, abriu um clarão no céu nublado. Uma lua cheia despontou, refletida na água do açude. E, assombrosamente, todos começaram a ouvir uma voz que se confundia com o assobio do vento.

Cree deu um longo uivo, saudando a presença da Sábia. Seu rosto negro e brilhante surgiu, tremeluzindo sobre as águas, no reflexo da lua. Guardem a união, meus filhos!

Essas foram as últimas palavras da Sábia.
This message was last edited by the GM at 19:33, Tue 30 Mar 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 127 posts
Wed 31 Mar 2021
at 03:06
  • msg #22

Re: 04. A Conflagração

O barulho do artifício explodindo causou um flash de memória em Dukac. Uma cena de Kirah pegando fogo, com corpos espalhados pelo chão. O bárbaro levou a mão a cabeça, mas logo se recuperou. Faz sentido eles quererem essa coisa então... Refletiu. Serão muito úteis na batalha, mas temos que usar com cuidado, não podemos atingir um dos nossos.

A noite, Talveg explicou o ocorrido em Dervis. Apesar de começar a seguir o caminho da redenção, Dukac não tinha uma súbita empatia com qualquer um (mesmo conhecendo a Sábia) e não se comoveu, como Oriag. o bárbaro também não compreendia com clareza a gravidade do evento. Para ele, no momento, o mais importante era defender aquele vilarejo. A última mensagem dela causou um espanto no bárbaro, mas por já ter visto muitas coisas estranhas nas últimas semanas, se manteve calado. Talvez um último truque?

Nó último dia de treinamento, ele discutiu a formação com as tropas. Muito bem, precisamos de três arqueiros na torre sudoeste e quatro na torre nordeste. Vocês quatro, referindo-se aos lanceiros, fiquem na entrada sudoeste. E o resto, na entrada nordeste. Arqueiros, fiquem atentos, vou querer informações sobre a quantidade de inimigos em cada lado a todo momento, assim podemos mover as tropas para a batalha. Os soldados concordaram com a formação. Certo pessoal, peguem leve com o treinamento de hoje, precisam estar descansados para amanhã. Dispensados!

O bárbaro havia passado a madrugada pensando nas armadilhas. Droga, desse jeito nunca vai dar certo, precisamos das estacas! Depois de passar as instruções para os soldados, ele reuniu alguns dos construtores e resolveu tentar novamente. Certo pessoal, as armadilhas estão boas, mas podem melhorar! Elas precisam ter por volta de dois metros de profundidade e com estacas de bambus no fundo! As estacas podem ser de 1 metro. Ele continuou detalhando o projeto. Além disso, elas precisam estar cobertas. Façam uma telhado e joguem um capim por cima, isso vai lidar com os primeiros cavaleiros. Dessa vez os hobbits sentiram confiança e, prontamente, começaram as melhorias nas armadilhas.

23:50, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6-1.  Int.

Ao final do dia, durante a janta, mesmo com o progresso da semana, o povo ainda estava apreensivo. Era de se esperar de uma simples vila. Dukac sente que precisa aumentar a moral, principalmente dos que iriam estar no campo de batalha. O bárbaro pega a caneca de hidromel, e se levanta. Sei que muitos de vocês estão com medo, posso ver em seus rostos. Alguns desviam o olhar ou abaixam a cabeça. Mas mesmo com medo, vocês nunca desistiram! E é isso que mais importa na batalha, a coragem! Amanha será o dia em que vocês irão lutar pelas suas vidas como nunca lutam antes, e eu tenho certeza de que estão todos muito bem preparados! A vitória! Os hobbits vibram ao final do discurso e fazem um grande brinde.

23:59, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6.
Branco
player, 115 posts
Wed 31 Mar 2021
at 14:13
  • msg #23

Re: 04. A Conflagração

Mais uma difícil noite para Branco e ele começa a pensar que para cada uma boa noite de sono, três são ruins. Logo cedo os hobbits os olhavam de forma diferente, mas ele não fazia questão do afeto. Fariam o mesmo se soubessem que voltei por puro acaso?, guardou o pensamento. O ladino achou melhor deixar os hobbits livres em sua criatividade nos motivos nobres que o fizera voltar, quem sabe ele não pudesse se aproveitar disso depois?

Logo depois, vasculhando o terreno em volta ele percebe o quão desvantajoso para a batalha o lugar é. Será que vim morrer aqui? Porém a garganta a sudoeste poderia ser usada como emboscada, mas ele ainda não sabia como. A vila tinha poucos "soldados", e não poderiam arriscar perder alguns nesse plano. Ele precisaria de algo que apenas uma pessoa pudesse causar o máximo de dano, mas o que? Uma pedra talvez? Mas como uma pessoa a empurraria? E como trazer até aqui? O ladino pensa do alto da ravina enquanto observar o lugar. Dukac seria a opção mais óbvia, mas não seria inteligente deixar o bárbaro com algo tão trivial. Ele volta para a vila sem concluir o plano.

Mais tarde, Branco observa a apresentação de Oriag com o explosivo, e junto com o estouro veio um clique na mente do albino, É isso!, Podemos usar isto do alto da ravina, ele aponta. Um de nós ficará entocado lá em cima, quando os soldados chegarem perto o bastante lançamos a bomba. Acho que duas podem ser suficiente. Porém, a ideia não parece agradar os hobbits, primeiro por ter de manusear algo tão perigoso, e segundo em ter que ficar do lado de fora da fortificação. Branco percebe a hesitação do povo e conclui, Eu posso fazer isso... Assim que lança-las eu volto pra dentro. Um ar de alívio domina o lugar, e Branco recebe mais olhares de gratidão.

A noite todos estavam reunidos para receber as notícias de Dervis. Branco se apoiava em uma árvore um pouco distante. O céu nublado o deixava praticamente invisível. A notícia foi devastadora para muitos, mas o ladino não se comoveu. Logo em seguida a visão da Sábia surge nas águas, e Branco arregala os olhos em surpresa. Ele não se atenta muito ao que ela fala, mas se questiona "Podemos falar com os mortos!?".

No dia seguinte todos voltam as suas tarefas e o ladino decide ir preparar sua emboscada. Ele volta ao alto da colina e observa melhor o lugar. Preciso de algo para me camuflar, posso colocar moitas aqui. Por mais que o plano desse certo isso não seria suficiente para eliminar o exército inimigo, ele precisava de um plano de fuga. E o único lugar seguro era dentro do vilarejo, Bem, pelo menos o mais seguro. Ele olha, ali do alto, para a pequena vila e pensa em como entrar de volta sem dar espaço para os invasores. Ele vê a noroeste dali uma parte das paliçadas camufladas por algumas árvores. Talvez eu consiga deixar um pequeno espaço ali suficiente entrar. Ele chega mais perto para verificar, e infelizmente não havia espaço. Como ele havia proposto o plano decidiu que teria que improvisar sua entrada no decorrer da batalha.


Branco rolled 6 using 2d6.  Passagem Secreta - INT.
+1 XP

This message was last edited by the player at 16:36, Wed 31 Mar 2021.
Lain
player, 32 posts
Wed 31 Mar 2021
at 16:27
  • msg #24

Re: 04. A Conflagração

A construção das torres havia levado praticamente o dia inteiro, e o cansaço era visível no rosto de todos. Mas havia também a sensação de dever cumprido e uma certa ponta de esperança que começava a colorir os semblantes dos hobbits. Eles sorriam e cutucavam uns aos outros, orgulhosos do que haviam feito, e Lain não conseguiu segurar um sorriso também.

Não que seu coração estivesse calmo, pelo contrário. A ansiedade a consumia e ela temia se ver paralizada frente a mais uma guerra — que talvez, mais uma vez, não conseguiria vencer. Ao menos Cree já parecia melhor, retomando até seus hábitos caçadores: a carcaça de um pequeno coelho estava sendo devorada sem cerimônia pelo lobo em algum ponto mais afastado da praça.

Mais tarde, a demonstração de Oriag deixou todos surpresos e assustados ao mesmo tempo, com o poder destrutivo do explosivo. O barulho havia sido tão alto que muitos precisaram segurar os ouvidos para proteger os tímpanos. Então era isso que tanto importava naquela mina... sabia que uma vila simples como essa não havia sido atacada por mero acaso.

Não há como produzirmos mais? ela questionou Oriag. Ele se mostrou pouco confiante: não haveria tempo o suficiente para extrair a quantidade necessária e fazer a mistura a tempo. Lain assentiu, pensativa. Ouviu a ideia de Branco, mas balançou a cabeça. Perigoso demais se expor assim...

Passeou mais um pouco pela praça, revisando tudo que já havia sido feito e tentando achar os pontos fracos daquela defesa. Por via das dúvidas, manteve os cavalos todos agrupados em uma parte estratégica da vila; em caso de emergência, seriam usados para fuga.

Deixou os pensamentos para depois quando se dirigiu ao jantar, e achou que teria uma noite tranquila, mas as notícias compartilhadas após a refeição trouxeram lágrimas e medo aos presentes. A aparição da Sábia havia deixado todos ainda mais confusos, ao que parecia, e Lain torceu para que a moral dos aldeãos não estivesse abalada depois de tudo que haviam escutado.

Acordou na manhã seguinte com uma ideia. Procurando as carroças que haviam trazido os forasteiros, começou a tecer seu plano. Enquanto Dukac melhorava as armadilhas e fazia um último treino com a infantaria, Lain convocou seu grupo de ajudantes. Precisamos transformar essas carruagens em catapultas, duas ao menos. As rodas vão ajudar a move-las pela aldeia e com isso podemos arremesar os explosivos por cima das paliçadas e garantir mais uma forma de ataque sem nos expor!

Os hobbits olharam um pouco indecisos, mas Lain continuou decidida a faze-los se animar com a ideia. Sei que temos pouco tempo, mas viram como nossos esforços conjuntos deram certo com as torres? Sei que podemos fazer isso também!


Lain rolled 3 using 2d6-1.  Catapultas (INT)
+1XP

Lain rolled 6 using 2d6-1.  Catapultas (INT).

This message was last edited by the player at 16:56, Wed 31 Mar 2021.
Narrador
GM, 168 posts
Thu 1 Apr 2021
at 19:48
  • msg #25

Re: 04. A Conflagração

Véspera da Batalha de Poaret

O frio apertou novamente em Poaret. Sendo assim, Branco já não podia mais passar a noite ao relento.

A Casa do Conselheiro estava lotada. O Armazém passava a noite trancado. Então, só lhe sobrou o Templo, que os málvaros tinham feito de estábulo! — mais como um ato simbólico do que prático.

E para o desassossego do ladino, seu sono tem sido cada vez mais agitado, entrecortado por sustos. Algumas vezes chegou a acordar arfando, com a adaga na mão. Talvez por isso os cavalos também ficassem inquietos...

Ao longo do dia, enquanto Dukac dava instruções táticas e inspecionava as armadilhas, Lain perseguiu uma ideia ambiciosa... ambiciosa demais!

As contínuas tentativas de improvisar catapultas falharam amargamente. Não tinham a madeira adequada, as ferramentas... muito menos um construtor de guerra, experimentado! Embora os hobbits respeitem a hierarquia outorgada pelo Conselho, muitos reclamaram por gastar a véspera da batalha num esforço que obviamente daria errado!

*   *   *

Nesse mesmo dia, mais tarde:
Branco:
Preciso de algo para me camuflar, posso colocar moitas aqui.

O ladino preparava a sua tocaia e sondava alguma forma de retornar à vila por entre as paliçadas.

A curta tarde de inverno já escurecia quando, do alto do morro, Branco viu um cavaleiro ao longe, beirando a mata. Não tão longe assim, aliás. Ele já devia já estar lá, à espreita, há algum tempo. E seguramente viu que Poaret se fortificava.




Estava coberto pelo manto rubro dos Malvar. Ele (ou ela) não pareceu se importar de ter sido notado. Tranquilamente, puxou seu cavalo de volta para a mata e partiu.

*   *   *

E à noite, durante o jantar:

Dukac:
O bárbaro pega a caneca de hidromel, e se levanta. Sei que muitos de vocês estão com medo, posso ver em seus rostos. Alguns desviam o olhar ou abaixam a cabeça. Mas mesmo com medo, vocês nunca desistiram! E é isso que mais importa na batalha, a coragem! Amanha será o dia em que vocês irão lutar pelas suas vidas como nunca lutam antes, e eu tenho certeza de que estão todos muito bem preparados! A vitória! Os hobbits vibram ao final do discurso e fazem um grande brinde.

IÊÊÊÊÊÊêêêê!!!, comemoraram os aldeões.

Canecos de cerveja se chocaram, trocou-se abraços! Alguém tirou um pífano e um pandeiro, e os mais jovens dançaram alegremente em volta da fogueira. Essa seria provavelmente a última festa das suas vidas.

Moral dos hobbits = 0

A partir daqui, digam o que vocês farão nessa noite e no começo da manhã seguinte. Os preparativos terminaram (i.e., o moral dos hobbits não muda mais).

Branco
player, 116 posts
Fri 2 Apr 2021
at 00:55
  • msg #26

Re: 04. A Conflagração

Branco avisou a Dukac e Lain sobre o batedor que havia avistado, certamente a batalha seria no dia seguinte. A noite o ladino se recolheu no mesmo recanto que a noite anterior, o antigo Templo. Porém, achava que ficava mais cansado ao fracassar tentando dormir. Se convenceu de que essa foi a razão de passar a noite em claro, e não a perturbação que sentia nos últimos dias. Tentou se manter aquecido enquanto esperava os primeiros raios de sol, que ao surgir no horizonte sai e se prepara para tomar seu posto. Ele já havia deixado as duas bombas no local e além disso pega um arco e algumas flechas. Antes que o centro da vila se enchesse de hobbits ele passa pelas paliçadas e olha uma última vez para traz. Dukac estava lá, preparando os pequenos soldados. E por uma fração de segundos seus olhares se cruzam. Nenhuma palavra foi dita, apenas um aceno de cabeça cordial. Lain, que parecia se preparar para provavelmente ser uma sentinela em uma das torres, também lança um olhar, mas sem nenhuma cordialidade ou empatia com o ladino. Ele se vira e da uma pequena risada, lembrando de quantas vezes sentira olhares carregados de julgamento. Não era a primeira vez, e com certeza não seria a última. Pelo menos era o que ele desejava. Ele esvazia a mente enquanto sobe em direção a sua moita improvisada. Se abaixa e deixa o arco e flechas em fácil acesso, assim como as bombas, e aguça a visão no horizonte buscando qualquer tipo de movimentação.
Dukac, O Sanguinario
player, 128 posts
Fri 2 Apr 2021
at 03:21
  • msg #27

Re: 04. A Conflagração

Dukac aproveitou a festa para se embebedar e encher bem a barriga. Lembrou de uma das noites em Dervis, a última em que teve uma companhia feminina. E que companhia! Mas dessa vez o bárbaro dormiria sozinho. No clima acalorado, ele se deu conta que estava a uma semana convivendo com Lain e não sabia nada de sua história! Ele a viu sentada num canto, alimentado Cree, e sentou ao seu lado. O lobo não demonstrou se importar, o que autorizava a proximidade do bárbaro. Com um tom alegre, ele disse. Amanhã será uma dia entanto, não é?! E prosseguiu num tom mais ameno. Não sei se está acostumada com isso, mas é importante relaxar antes de uma batalha. Disse, enquanto batia na cabeça com um dos dedos. Já sei! Que tal me contar uma história de onde você veio? Muitos guerreiros relaxam contando coisas.

*   *   *

Passou verificando as armadilhas logo pela manhã do dia seguinte. Depois, o bárbaro aproveitou o último boneco de palha que havia sobrado do teste com a bomba para se familiarizar melhor com sua nova arma. Dukac se adaptou muito rápido e logo seus movimentos estavam fluidos, como se as Lâminas da Destruição fossem uma extensão do seu corpo. Apesar da responsabilidade que tinha naquela batalha, ele estava ansioso para testa-la.

Um pouco mais tarde ele se reuniu com o pelotão de defesa uma última vez e repassou a formação. Eles pareciam seguros de si, o discurso da noite anterior havia tirado qualquer traço de dúvida que os assolavam. Muito bem pessoal, em suas posições. Arqueiros, emitam o alerta assim que avistarem algo!

Com Branco na estrada sudoeste, Dukac se dirigiu a outra entrada da vila, para ficar de guarda. No caminho, ele encontrou com Lain. Talvez fosse melhor você ficar de guarda nesta torre, o outro lado já está bem seguro. Sugeriu, enquanto apontava para trás com o polegar.
Lain
player, 33 posts
Fri 2 Apr 2021
at 18:19
  • msg #28

Re: 04. A Conflagração

O dia havia sido frustrante para Lain e ela não estava em seu melhor humor. As catapultas não tinham dado certo, os hobbits reclamavam do cansaço desnecessário e ela teria que continuar aturando a presença de Branco na vila.

Tentou ignorar os problemas durante o jantar, apesar dos pensamentos inconvenientes continuarem florescendo na sua cabeça. Alguém havia dado a ela um caneco com alguma bebida alcóolica, mas ela tinha preferido deixar de lado durante o jantar. Se distraia com Cree aos seus pés, jogando para o lobo os ossos do assado que tinha acabado de comer, quando Dukac se aproximou.

Dukac:
Amanhã será uma dia entanto, não é?! Não sei se está acostumada com isso, mas é importante relaxar antes de uma batalha. Já sei! Que tal me contar uma história de onde você veio? Muitos guerreiros relaxam contando coisas.


Lain olhou surpresa para o bárbaro. Apesar de estarem convivendo há alguns dias, não haviam trocado muitas palavras que não fossem sobre os preparativos ou estratégias para a batalha que viriam a enfrentar. Mas, apesar do seu jeito bruto, ela não sentia nenhuma animosidade vinda dele. E agora, ao contrário do rosto sissudo que costumava exibir durante os treinamentos, parecia alegre. Talvez alegre demais.

Uma história? Ela falou, surpreendida pela conversa inesperada. Meu povo foi dizimado. É uma boa história para você? pensou, amarga, mas sem ter coragem de dizer em voz alta. Preferiu mudar o rumo dos pensamentos.

Vim de um lugar com uma natureza muito mais exuberante do que aqui, ela começou. As florestas são muito mais densas, os lagos muito mais limpos. Nossas cidades eram incrustadas nas montanhas e nos bosques, os elfos sempre souberam viver em harmonia com o meio-ambiente e entre si. Bom, os elfos da floresta, isso é. Nem todos são assim. E ela fez uma pausa. Dukac continuava a olhando com atenção. Os mais velhos diziam que nossos ancestrais dominavam a magia branca, que conjuravam poderes da natureza para criar barreiras de proteção, curar doentes e coisas assim. E que isso teria ajudado nossa raça a resistir por tantos anos.

O bárbaro fez menção de interrompê-la, mas Lain continuou, já prevendo a pergunta.

Não, não tenho nenhum desses poderes nem sei nenhuma dessas magias. Há muitos milhares de anos, alguns elfos decidiram que da mesma forma que podiam usar encantamentos para defesa e tratamentos, podiam também usar para ataques e destruição. Isso dividiu a opinião dos elfos: alguns achavam que não precisávamos de nada além do que já conseguíamos com a natureza, outros achavam que devíamos exterminar outros povos e expandir nosso território. Não deu certo e os dois grupos se separaram. Lain encolheu os ombros. Dizem que foi assim que surgiram os elfos negros. E os elfos da floresta que se mantiveram firmes no seu propósito de evitar danos a outras raças decidiram que seria mais seguro limitar o acesso às magias. Somente alguns poucos escolhidos participavam dos rituais e aprendizados, geralmente um a cada geração. Esse tipo de encantamento é algo muito sagrado para ser ensinado a qualquer um.

Infelizmente, Dukac respondeu, entornando na boca mais um gole da bebida. Uma magia de cura teria sido muito útil naquela caverna.

Não se preocupe, ela falou, pensando em como estava decidida a não colocar a vida do bárbaro em risco novamente. Não vai precisar disso de novo tão cedo.

E pegando seu caneco que ainda estava intocado, fez um brinde com Dukac, tomando enfim o primeiro gole da noite.

(...)

O dia seguinte raiou cedo e com o ar ainda frio nas primeiras horas da manhã. Todos haviam levantado junto com o sol, talvez preocupados, talvez ansiosos demais para continuar na cama. Era unânime o pensamento de que o primeiro ataque ocorreria naquele dia, a qualquer momento, e ninguém queria ser pego desprevenido.

Enquanto Dukac checava as armadilhas e se mantinha ativo testando suas lâminas, Lain fez uma nova ronda pela vila, se assegurando que todos estavam bem para a possível batalha que enfrentariam. Visitou as crianças e idosos que estavam protegidos em uma das casas e confirmou novamente a posição dos cavalos para uma possível retirada. Verificou as torres, se certificando que estavam firmes o suficiente, e ficou satisfeita com o que encontrou: tudo parecia pronto. Ao menos na medida do possível: tiveram apenas poucos dias para se preparar e fortificar um vilarejo com nenhuma experiência prévia de guerra. Lain torceu para que aquilo tudo fosse o suficiente.

Lembrou-se da conversa com Dukac na noite anterior, o que, somado com aquele clima iminente de batalha, lhe dava saudades de sua cidade natal. Assim que teve um tempo a sós, puxou o medalhão que guardava ao redor do pescoço e olhou fundo dentro da jóia. Invocou o nome de Cahnora novamente, aguardando aflita o que veria dessa vez.

A visão foi interrompida pela voz do bárbaro, sugerindo que Lain tomasse lugar na torre norte. Ela apenas assentiu, ainda com a imagem impregnada na cabeça.

Lain rolled 10 using 2d6+1.  Medalhão (WIS).
This message was last edited by the player at 22:17, Fri 02 Apr 2021.
Narrador
GM, 169 posts
Sun 4 Apr 2021
at 01:59
  • msg #29

Re: 04. A Conflagração

Dada a conversa de Lain e Dukac, há que se destacar algumas coisas vocês já sabem, e outras que ainda saberão...

Há pouco mais de dois milênios, teve fim a chamada "Era do Rato", quando a fome e a peste segregaram os povos de Uhter. Foi aí que a maior guerra na história do continente acabou: os Elfos se retiraram para a Ilha de Ayaram, onde se isolaram por séculos a seguir.

As histórias contadas de uma geração para a outra guardam alguma verdade, embora não sejam precisas. Certas sociedades élficas de Ayaram praticamente aboliram a prática da magia, ao passo que outras iniciam nos Arcanos os membros eleitos a guardiões.

Tal como na última Era, hoje Uhter vê ressurgir a ameaça dos Elfos Negros — assim chamados, porque o mal que lhes corrompe a alma faz enegrecer as veias do corpo. E a origem desse mal não é a prática da magia. É, sim, o desejo do poder a todo custo...

*   *   *

Antes do alvorecer, os defensores de Poaret já estavam de pé e assumindo seus postos.

Namai, Djeli e os membros do Conselho fizeram do Casarão uma enfermaria.

Arvat e Oriag ataram um cavalo à carroça, para levar feridos à enfermaria e munições aos arqueiros.

Talveg e Andrós tomaram outros dois cavalos, para cobrirem toda a extensão da área defendida, a fim de repelir o inimigo que furar o bloqueio das paliçadas.

Dimur estava irreconhecível! Armadurado com uma couraça endurecida, um elmo que cobria até o pescoço, encontrava-se ajoelhado em frente ao Templo. O grande escudo oval de lado e as mãos apoiadas sobre a pesada maça. Curiosamente, ele orava para os seus deuses num templo hobbit: um perfeito exemplo do sincretismo que Dervis um dia significou.

*   *   *

Lain temia ser esse o dia da sua morte e desejava ver a sua vila natal, se assim fosse, uma última vez.

Silenciou todas as vozes, externas e internas, e a sua mente foi levada a Cahnora.

Mais uma vez, a imagem das ruínas desabitadas deu-lhe um aperto no peito. É como estar sonhando: não se vê as minúcias do lugar, apenas uma percepção geral. Mas, subitamente, algo lhe chamou a atenção. Ou melhor, alguém. Elfos do norte, rastreando os vestígios da passagem das tropas de Daesha.




Tome! Isso é pra você!... Lain, você está me ouvindo?

*   *   *

Lain voltou em si no susto. Sawo a chamava e lhe entregou um bom arco recurvo que tinha de reserva.
Lain tem um arco e +6 flechas

Logo, ele foi até o meio da praça e de lá enviou o falcão para o alto. O animal sobrevoou a vila, desenhando cículos amplos no céu e, quando pousou na praça novamente, metamorfoseou-se no elfo Tsobo.

O druida fez uns sinais com as mãos e apontou para oeste. Sawo interpretou o recado: Cem homens montados vindo daquela direção.

Em polvorosa, cada um correu para ocupar a sua posição. Os hobbits estavam assustados e, não fosse o gigante Dukac dando-lhes as ordens, provavelmente teriam fugido.

Os momentos que se seguiram foram de extrema tensão. A névoa que encobria a lavoura começava a se dissipar, conforme o sol raiava.

Em seguida, a crista dos morros a noroeste foram dominadas por uma centena de soldados montados! Quase todos eles, anões montados em enormes bodes montanheses com as lanças para cima. A superioridade numérica é evidente e, perfilados assim, ficam ainda mais imponentes!

po-POOOOOMMMMMMM...!, anunciou o berrante do inimigo.

Imediatamente, as únicas três figuras a cavalo (supostamente, humanas) desceram o divisor d'águas entre a fazenda Helveran e a sua vizinha a leste. Interromperam-se a uma distância em que dificilmente seriam atingidos por flechas.

Os dois escudeiros traziam um estandarte com o sol Malvar preso às suas lanças e trajavam a mesma capa avermelhada. Já o cavaleiro do meio, mais adiantado, ostentava vestes douradas e pomposas. Sem dúvidas, tratava-se de Omak, o Exortador.




Povo de Poaret, clamou o feiticeiro, rendam-se e pouparemos as suas vidas! Queremos apenas os criminosos fratricidas que os lideram. Sua fala, grave e imperativa, retumbava de maneira sobrenatural.

Criminosos? Fratricidas?! Do que ele está falando?! Os hobbits começaram a rumorejar, abalados.
Narrador rolled 5 using 2d6. Moral dos hobbits.
This message was last edited by the GM at 11:15, Sun 04 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 129 posts
Mon 5 Apr 2021
at 01:19
  • msg #30

Re: 04. A Conflagração

Era nítido o terror dos hobbits, e com justificativa. Aquilo poderia ser um massacre! Dukac seguiu por dentro da fortificação, até obter uma visão mais ampla do exército inimigo. No caminho, ele tentou manter a tropa firme. Homens, não temam! O inimigo quer nos desmoralizar! Não acreditem nessas mentiras, eles iram escravizá-los para extrair musgo da mina! O bárbaro sacou uma das lanças reservas e lançou, por cima da paliçada, contra as tropas inimigas. Aqui está a nossa resposta! Se chegarem mais perto irei arrancar as suas cabeças!

22:00, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1,5 using d6,d8+3. Power over others
+1XP
Tentei mandar uma intimidação

This message was last edited by the player at 01:20, Mon 05 Apr 2021.
Branco
player, 117 posts
Mon 5 Apr 2021
at 17:52
  • msg #31

Re: 04. A Conflagração

Branco vê de longe o exército Malvar se aproximar por um caminho que ele não esperava. Claro, porque usariam a estrada!? Ele se mantem escondido na moita e observa a movimentação do inimigo. A breve fala do líder feiticeiro já parece ser suficiente para abalar a moral dos hobbits. Estão se borrando de medo! Qualquer coisa os farão querer desistir! Logo em seguida Dukac faz um lançamento vergonhoso, mas com claro objetivo de intimidação. Belo aquecimento, bárbaro! o ladino pensa em tom jocoso, sem ninguém ao seu lado que possa rir.
Narrador
GM, 170 posts
Mon 5 Apr 2021
at 20:24
  • msg #32

Re: 04. A Conflagração

Já diziam os antigos sábios de Kirah, aldeia natal de Dukac: "o bom guerreiro vence a batalha antes mesmo que as espadas deixem a bainha". De fato, o bárbaro sabia da importância desse prelúdio à batalha, travado a nível psicológico.

Dukac:
Aqui está a nossa resposta! Se chegarem mais perto irei arrancar as suas cabeças!

O arremesso da lança fazia parte desse jogo mental, é claro. A distância era muita, até para uma flecha. No entanto, o desfecho foi infeliz! A lança voou sobre uma distância considerável, mas bateu na copa da árvore e caiu, pifiamente.

Uma gargalhada estalou entre os anões, do alto dos morros. Esse é o temido assassino de Kirah?! Hahaha!, debochavam eles do bárbaro. Dukac sentiu o sangue ferver de ódio, ao ponto de nublar a sua razão!
Dukac tem -1 para a próxima jogada

Os hobbits mantiveram-se firmes nos seus postos, mas se entreolhavam nervosamente, inseguros. Não era só o medo do oponente. Também surgiu entre eles o receio de estar lutando ao lado das pessoas certas.

Mas foi nessa hora que os membros do Conselho saíram da enfermaria e aproximaram-se das paliçadas para medir o inimigo. Além disso, eles trouxeram seus tambores e seu canto de guerra:


"Nem o sussurro mais doce,
Nem o rugido mais bravio
Podem me tirar do meu caminho"

Repetiram essas palavras como um mantra, em crescente intensidade. Os aldeões aderiram ao canto em coro, novamente inspirados a lutar contra os algozes do seu povo. Poaret não se renderá!

Omak e seu séquito ouviram a resposta de Poaret em silêncio. Os Ceifadores também se calaram. Logo, o feiticeiro e seus escudeiros deram as costas e subiram o morro de volta. Na subida, Omak fez um ligeiro gesto para os anões, apontando para a direita e para a esquerda.

Logo, dois destacamentos de aproximadamente vinte lanceiros montados partiram a galope, contornando a vila, aparentemente em direção às vias de acesso principais. EM SUAS POSIÇÕES!!!, berrou Yulot, retornando com o Conselho à enfermaria.



A troada dos cascos fez tremer a terra!

Apontem no mapa onde vocês estarão, preparados de que maneira. Se Lain ou Dukac forem dar ordens aos hobbits, especifiquem para quais, indiquem com setas, e rolem 2d6 para eles.
Lain
player, 34 posts
Mon 5 Apr 2021
at 22:41
  • msg #33

Re: 04. A Conflagração

Do alto da torre Norte, Lain acompanhou apreensiva a tentativa de intimidação de Dukac e a consequente risada que surgiu entre a fileira de inimigos. Os hobbits que a acompanhavam trocaram olhares preocupados e, não fosse o cântico do Conselho para imbuir-lhes de coragem novamente, alguns já teriam largados ali mesmo seus arcos.

Mas agora a ameaça era real e avançava a galopes rápidos pela estrada. Se dividiam em dois grupos, vindos do norte e do sul, furiosos e beligerantes. Havia algumas armadilhas montadas na trilha, e com sorte, alguns seriam pegos, mas muitos conseguiriam escapar e, se não fossem interrompidos de outra maneira, chegariam em um instante até as paliçadas.

Atenção, arqueiros! Preparem suas flechas! Lain gritou para os três que a acompanhavam na saída norte. Ao meu sinal!

Ela esperou a distância estar adequada o suficiente e comandou o ataque, disparando junto com eles em direção aos lanceiros.

Lain rolled 8 using 2d6.  Arqueiros Norte.
Lain rolled 7 using 1d8.  Dano hobbits Norte.
Lain rolled 9 using 2d6+2.  Volley.
Lain rolled 6 using 1d8.  Dano Lain.

Flechas remanescentes: 5



This message was last edited by the player at 14:25, Tue 06 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 130 posts
Tue 6 Apr 2021
at 01:03
  • msg #34

Re: 04. A Conflagração

Os Málvaros e os ceifadores estavam confiantes, mas a arrogância poderiam lhe custar caro. As tropas se dividiram e contornaram a fortificação. Dukac resmunga, teria sido mais prudente alguém ter ficado na outra ponta, para liderar os soldados. Mas ele contava que Branco desse conta do recado sozinho. Além disso, aquele não era o momento para lamentos. A chuva de flechas caiu sobre alguns dos cavaleiros, mas outros conseguiram se aproximar. O galope dos bodes estremecia a terra, mas os hobbits estavam firmes em suas posições. O bárbaro olha para os lados e vê olhares destemidos, a coragem havia superado tudo! RÁ, que dia glorioso! Pensou alegremente. Preparem-se! Ele comandou.

O Primeiro soldado vem com tudo contra a paliçada. O bode, desenfreado, se choca contra as estacas e acaba ficado preso. Agora! Os hobbits aproveitam para usar os espaços e tentar perfurar o cavaleiro, mas acabam acertando o bode! Aliviado, acreditando estar seguro, o cavaleiro de Kesh se preparava para contra atacar, até que escuta sons de batidas de correntes. Antes que pudesse fazer alguma coisa, seu braço é arrancado por dois facões amarrados às correntes.

21:38, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6. Hobbits.
21:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1 using 1d8. Dano hobbits.
21:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 13 using 2d6+3. Hack and Slash.
21:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 5 using 1d10+1. Dano.
Ativei o Smash! no 13.

This message was last edited by the player at 01:05, Tue 06 Apr 2021.
Branco
player, 118 posts
Tue 6 Apr 2021
at 01:18
  • msg #35

Re: 04. A Conflagração

Branco assiste a debandada da cavalaria, Então começou... e se encolhe um pouco mais acreditando que isso o tornaria menos visível. Parte ataca a entrada norte, e rapidamente o sangue começa a jorrar. Logo se vê um braço voando e gritos agonizantes e o ladino acredita que a sorte pode estar voltando para o lado do bárbaro.
Do seu lado juntam-se outro grupo de soldados para atacar e o albino espera longos segundos pela chuva de flechas do lado da defesa, que não vem. O que estão fazendo!? Ele preferia esperar juntar mais soldados, mas se aqueles não caíssem logo poderiam abrir uma brecha na defesa. Ele acende uma das bombas e a arremessa esperando causar dano sem ser visto.

Branco rolled 9 using 2d6+3.  Volley - Arremessar bomba.
Branco rolled 6 using 2d6.  Bomba - Dano.




This message was last edited by the player at 01:23, Tue 06 Apr 2021.
Narrador
GM, 171 posts
Wed 7 Apr 2021
at 20:31
  • msg #36

Re: 04. A Conflagração

Os Ceifadores galoparam morro abaixo como uma avalanche!

Pelo acesso nordeste, eles vinham em 5 fileiras cerradas de 4 homens, cada. Uma formação tática bem conhecida, difícil de quebrar e com alto poder destrutivo — daí serem chamados de "Ceifadores".

Lain:
Atenção, arqueiros! Preparem suas flechas! Lain gritou para os três que a acompanhavam na saída norte. Ao meu sinal!

Os hobbits se abalaram com o chegar da terrível tropa. Assustados, de pronto eles dispararam flechas, sem qualquer eficiência. Só depois Lain conseguiu coordenar uma nova saraivada; essa, sim, derrubando uma fileira inteira!
Lain e hobbits: 4 flechas cada

A fileira que vinha atrás simplesmente saltou por cima dos caídos, mas os quatro capotaram para dentro da armadilha! Anões e bodes foram atravessados pelas estacas de bambu.

A terceira fileira chegou à paliçada e a cabeçada dos bodes sacudiu a estrutura! Alguns dos animais se feriram, ao chocar-se contra a barreira. Nesse instante, os lanceiros a mando de Dukac adiantaram-se e trocaram estocadas com os anões. Em meio à esgrima de lanças dos dois lados da paliçada, os hobbits sofreram cortes, mas eliminaram um inimigo.

Outro anão, que já escalava por cima da paliçada, deu de cara com o bárbaro. Um chicotear de correntes e... VLAM! Num piscar de olhos, seus dois braços foram decepados! Ele balançou-se de pé por um segundo, jorrando sangue pelas aberturas, e caiu todo torto, sobre a barreira.

Tudo acontecia muito rápido!

Mais dois anões conseguiram saltar por cima da paliçada. Porém, antes que pudessem erguer seus machados contra Dukac, Tsobo correu ao encontro deles, transformando-se num urso. A enorme fera ergueu-se de pé e desceu as garras nos dois, dilacerando-os!

Antes tamanha resistência, as duas últimas fileiras bateram em retirada.

*   *   *

A via sudoeste forçou os Ceifadores a se espremerem em pares, pela garganta entre os morros. Branco viu os quatro primeiros tombarem na armadilha, forçando os demais a frearem. Esse foi o momento perfeito! O ladino acendeu e lançou uma bomba entre eles.

tsss... POOOOW! E a explosão esfrangalhou os corpos de mais dois Ceifadores.

Na torre vizinha, sem um comandante, os hobbits começaram a atirar flechas a esmo, assim que viram os inimigos.

Mih teg ereht!, gritaram os anões apontando para cima. Eles avistaram aquele que lançou a bomba. Logo, os doze anões deram meia-volta e partiram atrás de Branco. O que você faz?

*   *   *

po-POOOM-po-POOOMMM!!!, soou o berrante no alto do morro a noroeste.

Omak enviou uma infantaria de vinte anões pela fazenda Helveran. Os Ceifadores marcharam morro abaixo, com cadência, disciplina e os seus escudos-torre. Contornaram o morrote e, quando quatro deles caíram noutra armadilha, detiveram-se.




PRA CIMA DELES!!!, gritou o Pardo, cavalgando com Andrós em direção à infantaria, ambos disparando flechas de supressão.

Deixem que venham!, respondeu Dimur, que avançava na mesma direção como um predador faminto.




Ceifadores têm -20 anões!
Branco
player, 119 posts
Thu 8 Apr 2021
at 00:39
  • msg #37

Re: 04. A Conflagração

Branco tenta se esconder após arremessar a primeira bomba, porém acaba ficando óbvio de onde ela veio e logo ele é visto. O ladino não entende a língua do inimigo, mas não teria outra ordem se não subir para pegá-lo. Ele arremessa a outra bomba, esperando mais algum estrago nas tropas dos ceifadores, e foge em direção ao vilarejo. O nevoeiro noturno havia deixado o morro gramado bem úmido. O ladino usa a maciez da grama e a inclinação da colina e desliza em alta velocidade até a base. Em seguida ele corre para as árvores que havia visto no dia anterior, próximas das paliçadas. Com um impulso ele voa em direção a um galho, usando-o em uma acrobacia cheia de destreza, pulando para o interior da vila fortificada. puf... puf... puf... O ladino respira ofegante enquanto olha para trás verificando a posição dos ceifadores.

Branco rolled 9 using 2d6+3.  Volley - Arremessar bomba.
Branco rolled 5 using 2d6.  Bomba - Dano.
Branco rolled 10 using 2d6+3.  Defy Danger - Dex.

Dukac, O Sanguinario
player, 131 posts
Thu 8 Apr 2021
at 01:35
  • msg #38

Re: 04. A Conflagração

Dukac puxa de volta as Lâminas da Destruição, que já estavam completamente sujas de sangue. A sombra que se aproximou pelas suas costas o fez agachar e então, o imenso urso dilacerou dois dos anões, por sorte ele era um novo aliado. A defesa da primeira onda parecia ir bem, até que o som do berrante o alertou. Malditos! Estão vindo por todos os lados! A aparição de Talveg, Dimur e Adrós confortam o bárbaro, mas o número de inimigos era grande demais para apenas os três darem conta. Vocês, continuem defendo. Vocês, venham comigo. Chamando os dois lanceiros que estavam mais atrás.

POOOOW! Mais um som de explosão vinha da do outro lado. Enquanto corria para a defesa a noroeste, Dukac viu a fumaça na entrada sudoeste. Heh, o miserável conseguiu. Os hobbits não eram tão rápidos como ele, que além de ser muito maior, tinha um porte atlético. Mantenham as defesas quando chegarem!

Para aqueles soldados, o estranho barulho era novo, mas logo marcaria em suas memórias o terror de ouvir o som das correntes batendo. Isso se sobrevivessem! Os ceifadores olham para cima e avistam um gigante voando por cima da paliçada. Mas o que é...ghosss. O soldado teve a garganta cortada pelo facão, antes de terminar. O som das correntes continuava enquanto Dukac às brandia com maestria, impedindo que qualquer um com sanidade se aproximasse.

22:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 2d6.  Hobbits.

22:20, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6+3. Hack and Slash.
22:20, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 1d10+1. Dano.
22:21, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6+3. Hack and Slash.
22:21, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 1d10+1. Dano.

This message was last edited by the player at 13:22, Thu 08 Apr 2021.
Lain
player, 35 posts
Thu 8 Apr 2021
at 03:07
  • msg #39

Re: 04. A Conflagração

Lain relaxou a posição do braço quando viu que os anões sobreviventes recuavam. Os arqueiros que a acompanhavam pareciam aliviados pela pausa momentânea, e apesar do nervosismo não tê-los abandonados completamente, pareciam um pouco mais confiantes depois do ataque bem-sucedido. Ela olhou para baixo e viu as estacas fincadas na terra sujas de sangue, vários corpos na armadilha e ao redor dela. Ao menos não identificou nenhuma baixa entre os hobbits, apesar de muitos terem se ferido na batalha que travavam.

Agora os Ceifadores vinham pela esquerda da vila, e Lain se precipitou para a outra ponta da torre para ver a posição dos inimigos. Maldição!

Ao mesmo tempo, duas explosões em um espaço de poucos minutos se fizeram ouvir na parte mais ao sul do vilarejo. Havia gritos por toda parte, mas a entrada sul ainda parecia resistir, e ela voltou sua atenção para Dukac, que agora liderava uma investida contra os anões que atravessavam o morro pela fazenda do oeste.

Fiquem a postos! Ela ordenou aos arqueiros. A guerra ainda não está vencida! Mantenham a posição e vocês dois, vigiem a estrada norte. Você, Lain ordenou ao terceiro arqueiro, se posicione para o leste.

E enquanto isso, ela se posicionou para o oeste, atenta ao banho de sangue que se desenrolava.
Narrador
GM, 172 posts
Mon 12 Apr 2021
at 20:55
  • msg #40

Re: 04. A Conflagração

Preocupado com a perseguição, Branco lança uma última bomba e bate em retirada. Ao atingir a estrada, o artefato explode, jogando uma golfada de lama para o ar. Mas o impacto da explosão não alcançou os Ceifadores, que já estavam contornando o morro.

Em seguida, o ladino executa uma fuga acrobática, saltando sobre as paliçadas, surpreendendo os anões! Estes passaram direto, então, beirando a barreira numa galopada estremecedora.

*   *   *

No acesso nordeste os anões decidiram por uma manobra ardilosa: recuaram para além do alcance da torre; e depois voltaram a pleno galope, arremessando suas lanças contra Tsobo e o lanceiro ao seu lado. O grande urso sofreu alguns cortes, mas o hobbit caiu perfurado por uma das lanças.

A manada desviou o curso da corrida, em direção à fazenda Helveran. Mais uma vez, a fileira da vanguarda tombou noutra armadilha! E os demais seguiram galopando, ao encontro dos anões que vinham de sudoeste. Eles todos se encontraram à meia altura do morro, claramente preparando um ataque em carga.

A infantaria, que se digladiava com Dukac na barreira norte, avançava em formação tartaruga — fechando-se de todos os lados com os escudos. Sua missão era clara: romper a barreira de paliçadas!


Valendo-se do alcance das correntes, o bárbaro vibrava o ar com seus facões, tirando faísca dos escudos inimigos! Um verdadeiro torvelinho de aço e sangue! Entre as várias lambadas de facão, três anões da primeira fileira caíram mortos e mais um, gravemente ferido. Ainda assim, a infantaria avançava, puxando seus colegas para trás e recobrindo-os com os escudos.

Passo a passo, uma dúzia deles alcançou as paliçadas. Então, a fileira da frente cravou suas lanças no chão, fazendo delas alavancas para mover a barreira. Owt, eno, tihsup! Um, dois, força!

*   *   *

Enquanto isso, Arvat recolhia o hobbit caído para a enfermaria. E Oriag circundava o Casarão com um enorme saco no colo, despejando sal no chão. NÃO OS DEIXEM ENTRAR!, ele clamou com um tom de desespero na voz.

Talveg seguia disparando flechas de supressão, ao mesmo tempo que Andrós partiu para convocar os lanceiros do sul da vila.

Dimur também estava ao lado de Dukac e seus lanceiros, esgrimindo sua maça contra lanças e escudos. Não obstante, a infantaria conseguiu rolar uma grande paliçada... grande o bastante para os Ceifadores montados invadirem.


O que vocês fazem?


Dukac, O Sanguinario
player, 132 posts
Wed 14 Apr 2021
at 00:29
  • msg #41

Re: 04. A Conflagração

Aqueles não eram simples bárbaros, eram de fato, soldados treinados. Os hobbits precisariam de anos de treinamento para penetrar aquela formação. Recuem! Ordenou aos dois lanceiros. Mesmo Dukac não conseguiria cuidar daquilo sozinho. Conforme a imensa tartaruga metálica avançava, o bárbaro recuava, aproveitando que podia manter uma distância segura das lanças dos Ceifadores.

Faíscas voavam para todos os lados, dentro da formação, o barulho de metal era ensurdecedor. Parte dos soldados na dianteira da formação começavam a titubear e o medo de morrer os dominou. Eles levantam um pouco os escudos, para espiar a movimentação do Sanguinário. Tolos! A única coisa que viram foi a certeza da morte! Dukac acerta-lhes, rasgando seus rostos com precisão cirúrgica.

21:15, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 13 using 2d6+3. Hack and Slash.
21:15, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 1d10+1. Dano.

Lain
player, 36 posts
Wed 14 Apr 2021
at 02:23
  • msg #42

Re: 04. A Conflagração

Os hobbits no alto da torre se agitaram com a ação que se desenrolava a nordeste dali e não conseguiram conter alguns gritos de pavor quando parte da paliçada veio abaixo. Eles olharam para Lain, como se procurando uma orientação. Fiquem em posição, ela repetiu.

Ao longe, um grupo de anões se reunia, certamente esperando que as defesas da vila fossem destruídas para descer o morro em um ataque impetuoso. Mas estavam ainda distantes demais, e a maior ameaça agora era a infantaria que avançava para dentro da vila de maneira quase que totalmente blindada pelos próprios escudos!

Não atirem agora, esperem uma abertura! Lain ordenou. Mas contrariando a própria diretriz, Lain pegou uma de suas flechas e armou no arco, se apoiando na estrutura da torre o melhor que conseguiu. Dukac e os lanceiros recuavam, mas na fração de um segundo, o bárbaro pareceu ter encontrado uma brecha, pois desceu o facão de modo a desestabilizar a parte dianteira da formação. Aproveitando a oportunidade, Lain disparou sua flecha.

Sabia que eram baixas suas chances de êxito, mas esperava ao menos criar uma distração para permitir que os hobbits e Dukac retrocedessem em segurança antes de sofrerem um contragolpe da infantaria.

Lain rolled 6 using 2d6+2.  Volley
+1XP
=/

Flechas remanescentes: 3

This message was last edited by the player at 04:06, Wed 14 Apr 2021.
Branco
player, 120 posts
Wed 14 Apr 2021
at 14:50
  • msg #43

Re: 04. A Conflagração

Branco acabava de entrar na fortificação e ainda pegava folego, quando a entrada noroeste foi invadida. Que merda! Ele pensa com as mãos nos joelhos e respiração ofegante. Antes mesmo que pudesse pensar em um plano de ação um dos hobbits surge trazendo uma bombas. Apesar da expressão de terror no pequenino a vontade de proteger sua vila o fez tomar a iniciativa e sair do abrigo. JÁ PREPARA AS OUTRAS! o ladino ordena enquanto pega a bomba que lhe foi oferecida. O hobbit se afasta e Branco tenta chegar mais perto da formação dos ceifadores. Ele arremessa a bomba ao fundo da formação, tentando evitar que a explosão atingisse seus aliados. A explosão atinge em cheio, causando mais dano do que a arremessada do alto do morro. O sangue do inimigo jorra junto com alguns membros, seguidos por gritos agoniantes, fazendo o olho do ladino brilhar de euforia, que não esperava tamanha destruição. Puta que o ...

Branco rolled 13 using 2d6+3.  Volley - Arremessar bomba.
Branco rolled 11 using 2d6.  Bomba - Dano.

Narrador
GM, 173 posts
Thu 15 Apr 2021
at 19:27
  • msg #44

Re: 04. A Conflagração

O pandemônio seria inevitável! Os Ceifadores abriram uma brecha na defesa de Poaret e não poderiam mais ser contidos!

Tão logo Dukac percebeu isso, gritou:
Dukac:
Recuem! Ordenou aos dois lanceiros.

Os lanceiros mantiveram-se unidos, em formação, e recuaram até as portas do Casarão.

O bárbaro retrocedia no ritmo de avanço do inimigo. O som dos facões chicoteando contra os escudos parecia o de mil homens cruzando espadas! E, na menor brecha da formação, Dukac acertou-lhes um talho preciso, cortando duas cabeças!

Mas os anões não paravam de avançar! As fileiras se rearranjavam e os corpos abatidos eram engolidos pela tartaruga.

Uma flecha cruzou o céu, zunindo, e cravou aos pés de Dukac. Assustado, ele olhou para trás e redesenhou o arco da trajetória até a torre. Lain estava dependurada no guarda-corpo da guarita, com as mãos ainda na posição de disparo. Esses arcos curtos, embora potentes, não têm a mesma precisão dos longos arcos élficos!

Infelizmente, esse breve segundo de distração custou caro ao Sanguinário. A infantaria acelerava o passo, conforme invadia o perímetro, e um dos Ceifadores deu-lhe uma baita pancada com o escudo no nariz! A cabeça de Dukac chegou a bater atrás e voltar, e o sangue desceu em bicas!
Dukac sofreu 5 de dano

*   *   *

Defendam o Casarão a todo custo!!!, berrava Yulot para os combatentes hobbits, chamando-os a formar um bloqueio, no interior do círculo de sal que Oriag havia traçado em volta da casa.

Andrós voltou a galope para o fronte, trazendo consigo os lanceiros e os arqueiros da torre sul.

Estes arqueiros, no caminho, entregaram a Branco uma bomba. Com cuidado, acenderam o pavio e seguiram correndo atrás do ladino, carregando a caixa com o restante dos explosivos.

Os Ceifadores já estavam dentro da vila! E antes que eles pudessem se dispersar, Branco tacou a bomba no meio da formação!

POOOW!!! E o estouro esbagaçou dois anões e seus escudos! Outros próximos ficaram feridos.

Desse modo, a formação tartaruga se desfez e os oito restantes da infantaria entraram num franco corpo-a-corpo com Dimur, Tsobo e os lanceiros.

*   *   *

O sol ia já a pino. E, agora que as fileiras inimigas estão mais espalhadas, Lain nota algo de interessante, da sua guarita. No alto do morro, Omak e o seu séquito não se afastam muito de uma carruagem, como se transportassem algo de valioso ali...

*   *   *

No mesmo instante em que o Exortador ordenou o ataque em carga à "cavalaria", Oriag apareceu no telhado do Casarão, fazendo uma espécie de invocação.

O, serrenot sed ueid, ecrof zennod!




Sua voz estava metálica, os cabelos eriçados e os olhos completamente brancos!

O tempo virou subitamente, o céu escureceu e ventos úmidos trouxeram um forte nevoeiro.

Os guerreiros montados desceram o morro, desembestados! Porém, no momento em que alcançaram a barreira e invadiram a vila, já não se via mais dois palmos à frente do próprio nariz.

Lain, Branco e Dukac ouviram em suas mentes: Rápido! Vocês têm que matar o Exortador! Tomem cuidado!

*   *   *

Quando forem se deslocar pela vila, rola "defy danger" com DEX ou WIS (o que preferirem): 10+, chega até o destino sem esbarrar com ninguém e pode fazer uma ação; 7-9, chega até o destino, pode fazer uma ação, mas chama a atenção do inimigo; 6-, esbarra com o inimigo, toma um ataque e tem a chance de revidar.

Lembrando: num só turno vocês não chegam até Omak. Isso é, se ele ainda estiver no mesmo lugar que estava antes do nevoeiro...

Ceifadores têm, ao todo, 32 baixas

This message was last edited by the GM at 19:35, Thu 15 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 133 posts
Fri 16 Apr 2021
at 01:11
  • msg #45

Re: 04. A Conflagração

Dukac viu o dia virar noite em segundos. No pouco tempo que ainda enxergava algo, ele avistou o mago em cima do telhado. Hah, belo truque!
Narrador:
Rápido! Vocês têm que matar o Exortador! Tomem cuidado!

Dukac fica surpreso ao ouvir a voz telepática de Oriag. Não é que esse cara tem umas cartas na manga?! Ele entendeu que, no meio daquela bagunça, eles tinham vantagem por conhecer o campo de batalha. O bárbaro partiu em direção a fazenda Helveran, mas logo que começou a correr, esbarrou com um dos Ceifadores. O soldado desfere um ataque rápido e Dukac não consegue saltar para trás rápido o suficiente. Mas ele se recompõe rápido, muito rápido. Tão rápido que inimigo não tem tempo de levantar o escudo. Dukac enfia os dois facões na barriga do anão e o iça para o alto, enquanto gritava. RRRRROOOOOOOOOAAAAAAAHHHHHH! O sangue e tripas jorravam na cara do bárbaro!

21:55, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 2d6+1.Defy Danger (dex).
+1XP
21:56, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6+3. Hack and Slash.
21:56, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 6 using 1d10+1. Dano.

Lain
player, 37 posts
Fri 16 Apr 2021
at 02:10
  • msg #46

Re: 04. A Conflagração

Lain praguejou quando viu o nevoeiro se formando. Mesmo do alto do seu posto, a visibilidade era dificultada e ela precisou comprimir os olhos para continuar discernindo os contornos da carruagem no alto do morro, que agora sumia lentamente atrás da neblina. Tomem cuidado! Fiquem aqui em cima e mantenham a vigilância. Assim que conseguirem uma visão clara do alvo, usem suas flechas, ela falou para os arqueiros do alto da torre ao mesmo tempo em que ajeitava o arco nas costas.

E você? Perguntaram, um pouco aflitos. Mas a resposta era óbvia e Lain explicou, já a caminho do chão, que não poderia ficar ali. Já tinha errado um tiro, quase ferido Dukac e o distraindo em plena batalha. Não iria arriscar errar outro. Além do mais, a urgência da mensagem de Oriag tinha sido clara o suficiente.

Apesar da cerração que tomava conta da vila, Lain conseguiu desviar das espadas e lanças que cruzavam o campo de batalha. Precisou se abaixar e se esquivar para o lado quando uma das lâminas por pouco não raspou suas costas, e escapou de uma flecha que passou a centímetros do rosto. Ainda assim, todos pareciam ocupados demais para notar sua presença furtiva entre a névoa e ela conseguiu chegar incólume até o trecho destruído da paliçada.

Um grupo de anões se digladiava com os hobbits não muito longe dali, com os aldeões levando a pior. Sem pensar duas vezes, Lain sacou seu arco e armou a flecha, mas a neblina era espessa demais ao redor deles e não apenas ela errou o alvo como ainda atraiu o olhar agressivo do anão.

Lain rolled 8 using 2d6+2.  Defy danger (DEX)
Lain rolled 5 using 2d6+2.  Volley
+1XP

This message was last edited by the player at 03:32, Fri 16 Apr 2021.
Branco
player, 121 posts
Fri 16 Apr 2021
at 18:37
  • msg #47

Re: 04. A Conflagração

Mais uma vez a bomba tinha causado um dano enorme, e Branco começava a se sentir confiante, havia a chance real de ganharem a batalha! Mal os ceifadores tentavam se reposicionar e a magia de Oriag tras a noite e um nevoeiro, as condições ideias para o ladino. Os ceifadores olham em direção ao albino, e enquanto a névoa o cobre ele se acoberta com seu capuz e solta uma rizada sinistra, que estremece os guerreiros, HEHEHEHEHEHEHEHEhehehehhehhehehehehehehe......... Um breve silencio toma o local, e o ladino se move sem causar nenhum barulho no campo de batalha em direção a Omak. Sua visão, acostumada com condições de baixa visibilidade, lhe dá a chance de tomar a iniciativa nos pequenos combates, que se feita certa não daria chance de resposta ao inimigo. Ele vê, sem ser visto, logo a sua frente um anão que percebe a flechada falha de Lain. Antes que o inimigo pudesse fazer algo o ladino surge da névoa tampando-lhe a boca e atravessando o pescosso com sua adaga. Se escuta apenas o barulho seco do anão caindo sem vida com sua armadura pesada.

Branco rolled 10 using 2d6+3.  Defy Danger - Dex.
Branco rolled 10 using 2d6+3.  Backstab.
Branco rolled 3 using 1d8.  Dano.
Branco rolled 5 using 1d6.  Dano - Backstab.

OBS: +10 no backstab me dá dois bonus, escolhi +1d6 e 1 vantagem para mim ou um aliado

Narrador
GM, 174 posts
Sun 18 Apr 2021
at 00:53
  • msg #48

Re: 04. A Conflagração

Assim que o ambiente foi encoberto pela densa névoa branca, os atacantes montados pararam a corrida, já entrando pela brecha na barreira.

pom-POuoOOOMMM!, ouviu-se ecoar o berrante inimigo do alto do morro. Logo em seguida, veio o tilintar de vários anões saltando de suas montarias. Aquela devia ter sido a ordem para que desmontassem — é claro! Seria muito mais fácil abater "cavaleiros" isolados.

A princípio, quando se perdeu a visibilidade, instalou-se um silêncio. Apenas uns ruídos de soldados movendo-se devagar, posicionando-se no campo de batalha.

Entretanto, mais uma vez Dukac avançou intempestivamente contra seus adversários, na direção da brecha entre as paliçadas. Como era de se esperar, trombou com um anão no caminho, que desferiu uma machadada no seu peito, abrindo um imenso rasgo!
Dukac sofreu 8 de dano!

Dukac:
RRRRROOOOOOOOOAAAAAAAHHHHHH!

Movido por um ódio bestial, o gigante sanguinário ergueu o inimigo com a força dos braços, os facões se enterrando cada vez mais no corpo que se estrebuchava com o seu peso. E apartou os braços, terminando de partir ao meio a sua vítima.
Fatality!

De pronto, seus ouvidos foram tomados pelo som de várias escaramuças espalhadas em meio à névoa.




Por outro lado, Lain logrou avançar com rapidez e destreza, desviando das investidas dos anões, até alcançar Dukac. Dali, ela disparou contra anões que atacavam os lanceiros da vila. Mas a flecha cravou no escudo de um deles, que se virou para arremessar de volta o seu machado.

Antes que o fizesse, Branco surgiu das brumas atrás dele, com uma mão para lhe calar e a outra o degolando. Trabalho rápido e limpo. E o ladino sumiu novamente no nevoeiro.

Pelos gritos, urros e gemidos, flechas sibilando e armas se chocando, estava claro que os Ceifadores estavam inundando a vila. Vez ou outra via-se um clarão violeta piscar na névoa. Mas, mesmo com os esforços do mago, o Casarão não resistirá muito tempo...

Omak precisa cair já!


Dukac, lembra que você tem 1 de armadura
Dukac, O Sanguinario
player, 134 posts
Sun 18 Apr 2021
at 03:22
  • msg #49

Re: 04. A Conflagração

Dukac sacode os facões e solta os restos mortais do anão no chão. Humf, são apenas pedaços de carne mesmo. Suas feridas começam a latejar com mais força, e o bárbaro cambaleia. Ele sabia que era melhor acabar logo com aquilo, abater o líder certamente afetaria a moral do resto das tropas. Mas nem a dor era capaz de pará-lo, muito menos desorientá-lo, ele queria a cabeça de Omak! O bárbaro se reergue e retoma a corrida, em direção ao Exortador, berrando aos céus. Estou sentido o cheiro do seu medo! E é igual ao de merda! Ele não se importava que isso pudesse atrair a atenção dos ceifadores, eles apenas facilitariam seu trabalho, caso se aproximassem.

00:08, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6. Wis.
00:09, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+1. Defy Danger (dex).
00:10, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6+2. Hack and Slash.
00:10, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 1d10+1. Dano.
Fiz um ataque genérico pois não sei quem vou acertar

Lain
player, 38 posts
Sun 18 Apr 2021
at 15:51
  • msg #50

Re: 04. A Conflagração

Lain assistiu com surpresa o anão que a ameaçava com o machado subitamente cair no chão, o sangue saindo pela garganta agora aberta. Mais surpresa ainda ficou quando viu que tinha sido Branco o responsável pelo ataque. O ladino trocou um olhar rápido com ela e sumiu em instantes, escondido pela névoa. Ele... me salvou? Apesar de estarem novamente lutando do mesmo lado, a elfa considerava que ele seria egoísta demais para tais atitudes. Estaria errada sobre ele no fim das contas?

Os urros de Dukac chamaram sua atenção, e ela se virou para onde eles vinham. Ao mesmo tempo, ouviu um rosnado não muito longe dali, e logo em seguida viu a silhueta de Cree surgindo correndo pelo nevoeiro em sua direção. Lain sorriu satisfeita ao ver que o companheiro estava bem. Vamos! ela o chamou para acompanhá-la, enquanto procurava se orientar no campo encoberto, a procura de Omak.

A visibilidade continuava baixa, e Lain tentou usar a voz de Dukac como guia para ir em seu auxílio. Conseguiu distinguir alguns vultos ao longe e sentiu que Cree já se preparava para um ataque, com seus caninos à mostra e o pelo eriçado. Pegou uma flecha e a armou, esticando a corda do arco com enorme concentração, pois não poderia se dar ao luxo de errar mais uma vez e arriscar acertar um de seus aliados. Assim que sentiu a oportunidade certa, atirou, vendo Cree sumir na frente com um rosnado forte e raivoso.

Lain rolled 6 using 2d6+1.  Orientação no mapa (WIS)
Lain rolled 14 using 2d6+2.  Locomoção (DEX)
Lain rolled 10 using 2d6+2.  Volley
Lain rolled 5 using 1d8+3.  Dano + Command (lobo)
+1XP

Flechas restantes: 1

OBS: Tb não sei quem eu vou acertar pq fiquei confusa com esse 6 e o 14 kkkk gostaria de ter chegado logo no Omak, mas acho que acabei me perdendo no caminho, então o que vier é lucro

This message was last edited by the player at 01:21, Mon 19 Apr 2021.
Branco
player, 122 posts
Mon 19 Apr 2021
at 01:53
  • msg #51

Re: 04. A Conflagração

Ainda nas sombras Branco escuta o rugido de batalha de Dukac. Ele aproveita que isso deve chamar a atenção dos guardas e vai na mesma direção, porém pelos flancos. Enquanto se distância da sua última vítima ele vê Lain seguir outro caminho, Pra onde ela tá indo? Ele continua seguindo para a direção de Omak, e pouco depois vê um vulto maior a sua frente, provavelmente não era um anão. O Exortador devia ser um guerreiro formidável para ter conquistado seu título, o trabalho deveria ser finalizado o mais rápido possível para evitar um confronto prolongado. O ladino pulou com uma facada certeira, garantindo um impulso para causar mais dano com o impacto.

Branco rolled 08 using 2d6+1.  Orientação no mapa (WIS).
Branco rolled 10 using 2d6+3.  Locomoção (DEX).
Branco rolled 09 using 2d6+3.  Backstab.
Branco rolled 04 using 1d8.  Backstab - Dano.
Branco rolled 04 using 1d6.  Backstab - Dano extra.

Narrador
GM, 175 posts
Tue 20 Apr 2021
at 23:39
  • msg #52

Re: 04. A Conflagração

Os três aventureiros alcançaram o alto do morro, acima das fazendas, cada um à sua maneira.

Se não fosse o nevoeiro, isso teria sido morte certa! Os anões tinham deixado a formação e desciam o morro espalhados, correndo sem coordenação.

O bárbaro disparou morro acima na grosseria, chapinhando lama! Valeu-se dos seus reflexos para defender os golpes de encontro com os Ceifadores, mas dois deles acabaram voltando e o perseguindo. Dukac tinha avistado três silhuetas paradas lá em cima, e não os perderia de vista!

Dukac:
Estou sentido o cheiro do seu medo! E é igual ao de merda!

Já a elfa, ela utilizou-se de suas habilidades acrobáticas para se esquivar dos inimigos. Um primeiro anão tentou derrubá-la, levantando o escudo. Mas ela rolou por cima dele e seguiu a corrida. Um segundo tentou dar-lhe com o machado, de encontro, mas ela deslizou por baixo do golpe e continuou correndo.

Cree tinha arrancado bruma adentro e, quando Lain se deu conta, viu cada tinham ido para lados opostos de uma enorme ravina (canto superior esquerdo do mapa).

Branco :
Pra onde ela tá indo?

O ladino atravessou o campo de batalha furtivamente. Orientou-se pelo alarde de Dukac.

Assim, o bárbaro foi o primeiro a chegar no alto do morro. A imagem das suas presas ficou mais nítida. Lá em cima restaram apenas Omak e seus dois seguidores encapuzados, todos a pé, protegendo uma carruagem.

Matem-nos, disse Omak sem qualquer cerimônia.

Seus dois seguidores caminharam para ambos os flancos do bárbaro. Dukac já tinha visto aquela insígnia de uma rosa que eles levavam nas vestes: a Seita da Dama Vermelha!




No embalo, Dukac lançou seu facão contra o imolador à sua direita. A lâmina deu um corte profundo no seu rosto, fazendo o sangue descer. Eles responderam com um sorriso ferino, conjurando bolas de fogo nas mãos.

Dessa vez, ávido por abater o líder málvaro, Dukac não se viu cercar pelos dois anões que chegaram às suas costas. Um ataque conjunto deles todos seria certamente o seu fim!

Foi então que Cree surgiu da neblina, saltando sobre um dos anões. O impulso do lobo fez o corpo do anão bascular e... tsssss-TCHOF! Uma flecha o acertou e cheio no peito! Era Lain, que o alvejou desde o outro lado da ravina.

Logo em seguida, Branco despontou da névoa, agachado, por trás do outro imolador. Deu um bote com a adaga, mirando abaixo da costela flutuante. Mas, no último instante, o inimigo o percebeu! Não foi rápido o suficiente, levou um baita rasgo acima da cintura. E na sua convulsão de dor, acertou uma cotovelada no rosto do ladino, que cambaleou para trás.
Branco sofreu 2 de dano

Omak recuou uns passos e conjurou: Adan od oçimus!

E o feiticeiro desapareceu.
This message was last edited by the GM at 23:44, Tue 20 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 135 posts
Wed 21 Apr 2021
at 13:38
  • msg #53

Re: 04. A Conflagração

O sorriso do feiticeiro foi provocativo. Ha! Vejo que são durões. Dukac se preparava para um segundo ataque, quando é surpreendido pelas costas. Mas antes que pudesse fazer alguma coisa, Cree salta por cima de um deles. Ele olha para o outro lado do morro e vê Lain abaixando o arco.

O outro anão ficou paralisado poucos por segundos, tempo o suficiente para Dukac agir primeiro. Ele rapidamente gira o corpo e os facões vão logo atrás, com as correntes esticadas, rasgando o corpo do anão. Enquanto atacava, o bárbaro escuta o feitiço de Omak e, quando completa o giro, já não havia mais ninguém. Covarde, volte aqui! Ele estava tão focado no Exortador que não pensou no porque estarem defendendo aquela carroça.

10:28, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+3. Hack and Slash.
10:28, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 1d10+1. Dano.

Lain
player, 39 posts
Thu 22 Apr 2021
at 01:07
  • msg #54

Re: 04. A Conflagração

A neblina continuava densa, mas da sua posição ela podia distinguir algumas das silhuetas que se encontravam do outro outro lado: Cree, estraçalhando o anão que ela havia acertado; Branco, se movendo rápido entre as brumas; e Dukac, que se destacava pelo tamanho. Só não conseguia enxergar mais o Exortador, que parecia ter simplesmente evaporado do alto da colina. Maldito! Para onde terá ido?

Na mesma hora, no entanto, Lain percebeu o brilho chamuscante das bolas de fogo dos companheiros de Omak e, antes de mais nada, armou mais uma flecha e disparou contra um dos imoladores que ameaçava a dupla.

Lain rolled 12 using 2d6+1.  Volley (já com -1 da neblina).
Lain rolled 3 using 1d8.  Dano.

OFF:Não adicionei o dano do lobo pq estamos distantes e não sei se ele atacaria o mesmo inimigo que eu nessa situação onde tem vários alvos.
E pelas minhas contas, essa foi minha última flecha, confere?


This message was last edited by the player at 01:38, Thu 22 Apr 2021.
Branco
player, 123 posts
Thu 22 Apr 2021
at 12:32
  • msg #55

Re: 04. A Conflagração

Branco sabia que não podia dar tempo para o imolador conjurar seus feitoços, e logo pula em outro ataque ignorando o resto da batalha.


Branco rolled 7 using 2d6+1.  Hack and Slash.
Branco rolled 4 using 1d8.  Dano.


OFF: Foi mal galera, to sem tempo pra jogar direito, rolei só pra não atrasar muito.

Narrador
GM, 176 posts
Fri 23 Apr 2021
at 18:54
  • msg #56

Re: 04. A Conflagração

Dukac estava cercado... mas não sozinho!

O bárbaro rodou em torno do próprio eixo, com os facões esticados. A potência do golpe foi tamanha, que quebrou o escudo do Ceifador e deu um corte profundo no seu braço. O suficiente para inutilizá-lo.

Ao se virar na direção de Omak:
Dukac:
Covarde, volte aqui!

Na sua obsessão pelo Exortador, Dukac não percebeu que o anão ainda estava de pé. O Ceifador aproveitou o descuido e desceu o machado nas costas do bárbaro! Se continuar vivo, Dukac guardará mais uma grande cicatriz.

O conjuro de fogo nas mãos dos imoladores aumentava rapidamente.

Branco entendeu o risco e partiu numa nova investida, enterrando a adaga novamente no seu oponente. Este foi liquidado e sua magia se dissipou instantaneamente.

No mesmo instante, a flecha de Lain corta mais uma vez o ar e crava na coxa do outro imolador.

grrr...! Este último também recua em direção à carruagem, mancando e procurando a origem da flecha. Ele levanta a mão, erguendo uma esfera flamejante... Odnel onroc mu met!

Quando Branco trombou com o inimigo com tanto impulso, ambos cambetearam para a frente de Dukac. Logo, a enorme bola de fogo foi lançada sobre eles com uma forte explosão!
Branco sofreu 6 de dano; Dukac, 5 de dano.

Um vento forte voltou a varrer Poaret e a neblina já estava se dissipando.
Não precisa mais rolar WIS para se localizar. Mas, para percorrer maiores distâncias no campo de batalha, tem que rolar DEX.

Após a explosão, Lain percebeu que uma parte dos Ceifadores voltou a subir o morro, indo ao socorro do mestre deles... e, obviamente, na sua direção!
Dukac, O Sanguinario
player, 136 posts
Sat 24 Apr 2021
at 15:09
  • msg #57

Re: 04. A Conflagração

ARRRRGGGHHHH! Dukac cambaleia pra frente, o corte realmente desestabilizou o bárbaro. Ma-ma-maldito! Logo em seguida, Branco aparecendo rolando com o imolador e Dukac só tem alguns segundo para proteger o rosto das chamas.

O clarão momentâneo cega a todos em volta, inclusive o anão guerreiro! Em meio as chamas que se dissipavam, surge o sanguinário, completamente enfurecido. Como?! Ainda está viv... Gghhhaaa! O anão se engasgou com o próprio sangue, enquanto Dukac terminava de enterrar os dois facões no seu peito. O bárbaro ainda estava com o anão agarrado quando escuta o barulho de metal das armaduras e escudos subindo a colina. Ele corre em direção ao grupo, arrastando o corpo preso as armas. Dukac então usa seu o momentum para lançar o anão morto contra as tropas, como uma catapulta! UUURRGGHH!


11:38, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 14 using 2d6+3. Hack and Slash.
11:38, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 1d10+1. Dano.
11:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6+1. Volley.
11:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 1d10+1. Dano.

Branco
player, 124 posts
Sat 24 Apr 2021
at 15:26
  • msg #58

Re: 04. A Conflagração

Branco não esperava se desequilibrar com o ataque, e antes que pudesse se levantar a bola de fogo o atinge, GGGGHHHAAAAARRRR!!!. Ele grita assim que é atingido, mas aproveita que está no chão e faz um rolamento para apagar as chamas. O ladino já se levanta equipando o arco e sacando uma flecha. Com um cálculo visual rápido ele ergue a arma já na direção do alvo e dispara. O imolador só pode reagir com um rápido suspiro de surpresa até perceber a flecha na sua direção, que perfura seu cranio, matando-o instantaneamente.

O ataque estravagante de Dukac chama a atenção de Branco, que vê as tropas avançarem pela colina. Já com o arco em mãos o albino se aproveita da posição estratégica e lança mais uma flecha certeira em direção aos inimigos. A seta cruza o campo em paralelo ao solo, e mais uma vez enterra no cranio do soldado pela viseira do elmo. Seu corpo inerte cai ao chão, causando um impacto visual nos outros soldados na sua visível desvantagem.

Branco rolled 12 using 2d6+3.  Volley.
Branco rolled 4 using 1d8.  Dano.
Branco rolled 12 using 2d6+3.  Volley.
Branco rolled 7 using 1d8.  Dano.
-2 flechas

This message was last edited by the player at 15:33, Sat 24 Apr 2021.
Lain
player, 40 posts
Sat 24 Apr 2021
at 23:18
  • msg #59

Re: 04. A Conflagração

Um forte clarão surgiu do outro lado do morro, seguido por um estrondo. A bola de fogo havia explodido e por um instante Lain não viu nada a não ser a luz intensa das chamas. Pensou inevitavelmente em Dukac, Branco e Cree e temeu pelo pior. Mas o fogo logo se dissipou, junto com a neblina que agora começava a se dispersar pelo vento e deixava mais clara as imediações de Lain.

Sua atenção logo se voltou para a base do morro, onde agora uma tropa de Ceifadores despontava, todos correndo em sua direção brandindo suas armas. Chegou a pensar que era seu fim, mas na mesma hora, o grupo de anões se embolou, alguns caindo no chão, e Lain viu que do outro lado, Dukac — este agora visivelmente coberto de sangue — e Branco ainda seguiam na batalha, assim como Cree, que agora corria morro abaixo para alcançar os Ceifadores. Com a aljava já vazia, ela guardou o arco nas costas e se armou com a lança curta que carregava. Munida de determinação, Lain começou a contornar o morro para tentar ganhar distância, mas os anões vinham de todos os lados e logo a alcançariam. Ela saltou por cima de um, usando a lança para acerta-lo nas costas, mas um breve descuido e ela perdeu o equilíbrio, indo ao chão.

Lain rolled 6 using 2d6.  Hack n Slash
+1XP

Narrador
GM, 177 posts
Sun 25 Apr 2021
at 19:04
  • msg #60

Re: 04. A Conflagração

O nevoeiro se extinguiu e o sol da tarde brilhou debilmente, acima das nuvens cinzentas.

O bárbaro, já seriamente ferido, reuniu forças para erguer o anão roliço nos facões e arremessá-lo morro abaixo.

Dukac:
UUURRGGHH!

O corpo rolou feito um barril de vinho e, no caminho, chocou-se violentamente com outros três que subiam.

E também Branco, com o corpo chamuscado, venceu as dores da queimadura e reagiu com rapidez. O primeiro disparo lançou a cabeça do imolador para trás, como um petardo!

O ladino, então, fez um rolamento e pôs-se de frente para os anões que avançavam morro acima. O segundo disparo, que acertou em cheio o rosto do inimigo, fez com que ele tombasse tal qual uma árvore. O corpo desceu capotando, atrapalhando outros a subir o barreiro da fazenda.

*   *   *

Lá embaixo, em volta do Casarão, uma cena angustiante: um enorme cerco de Ceifadores tentavam invadir o perímetro de sal! Cada vez que um tentava entrar, tomava uma forte descarga elétrica.

Mas Oriag que, acocorado no telhado, ainda sustentava a barreira mágica, estava abatido e já quase sem forças. Com exceção das crianças, todos os demais guardavam o perímetro daquele mar de anões furiosos. Parece que, se Oriag não resistir, todos eles morrerão!

*   *   *

Lain corria a toda velocidade, contornando a ravina, ao encontro de Dukac e Branco. Ela saltou sobre o anão que atravessou seu caminho e desferiu um golpe com a lança, mas ele o aparou com o escudo.

A elfa se desequilibrou, "catando cavaco", mas seguiu correndo.

Mais adiante, chegando perto dos seus companheiros, estava Cree em posição de ataque, rosnando para a sua dona...!? Será que ele não a reconhece?!

De repente, os reflexos de Lain fazem congelar cada músculo seu. Uma lâmina surgiu diante da sua garganta! E, logo, Omak apareceu segurando-a e tomando a elfa de refém, pelas costas.

*   *   *

Primeiro, Branco, e depois, Dukac perceberam que o imolador não tinha morrido. A flecha do ladino resvalou pelo seu rosto, abrindo uma vala, mas não o matou!

O imolador estava de joelhos ainda, se levantando. Da sua mão brotou um grande chicote de fogo, que ele armou para atacá-los!
Para atacá-lo antes, terão de entrar no raio de alcance dele e rolar "defy danger" (com o atributo pertinente à jogada, seja DEX ou CON). Exceto, é claro, um ataque à distância, como uma flechada.


(Tipo assim, só que a arma toda de fogo, numa mão humana)



O que vocês fazem?

Lain
player, 41 posts
Mon 26 Apr 2021
at 00:40
  • msg #61

Re: 04. A Conflagração

Lain percebeu que havia algo de errado no instante que viu Cree vociferar para ela. Sentiu a lâmina se aproximando da garganta e não precisaria olhar para trás para saber de quem era aquela presença em suas costas. Na mesma hora, se esquivou alguns centímetros para o lado e agachou com rapidez, o suficiente para escapar das garras de Omak. Rolou para frente, se afastando ligeiramente do Exortador, e projetou sua lança em direção ao tórax de Omak ao mesmo tempo em que Cree saltou por cima da elfa ao som de um rosnado.

Lain rolled 10 using 2d6+2.  Defy danger (DEX)
Lain rolled 9 using 2d6.  Hack n Slash.
Lain rolled 4 using 1d8+3.  Dano + Command (lobo)

Branco
player, 125 posts
Mon 26 Apr 2021
at 01:12
  • msg #62

Re: 04. A Conflagração

A pesar de eliminarem diversos soldados, o cerco se fechava cada vez mais. Do alto do morro Branco via a situação da vila ficar cada vez pior, enquanto mais ceifadores subiam em ataque. Lain se aproxima para ajudar na batalha, mas acaba sendo capturada e deixando o grupo em uma situação mais complicada ainda. Para piorar o outro imolador se levanta e arma um chicote de fogo. Congelado por uma fração de segundos o ladino não sabe o que fazer. Porém, Lain não era um oponente comum, e consegue não só se livrar das garras de Omak, como ainda executa um ataque, abrindo uma janela de oportunidade. Branco se volta para o bárbaro e diz, Acaba com ele!, enquanto se prepara para atacar mais um vez o imolador. Este sacode seu chicote com destreza, e ri descontroladamente acreditando que tinha criado uma região segura contra qualquer ataque. O ladino, sabendo que não precisava se aproximar para finalizá-lo, apenas ergue seu arco e dispara outra flecha.

Branco rolled 12 using 2d6+3.  Volley.
Branco rolled 1 using 1d8.  Dano.
-1 flecha

Dukac, O Sanguinario
player, 137 posts
Mon 26 Apr 2021
at 15:30
  • msg #63

Re: 04. A Conflagração

O bárbaro escuta um barulho e desvia o olhar das tropas. Ele vê Lain fazendo um rolamento e fica surpreso ao rever Omak, acreditando que ele havia fugido. Admiro sua coragem de voltar para a morte certa!
Branco:
Acaba com ele!

Dukac ignora o imolador e parte com tudo pra cima de Omak. Mas dessa vez segurando os facões com as mãos, não podia arriscar acertar a companheira que estava muito próxima.

12:20, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 5 using 2d6+3. Hack and Slash.
+1XP

Narrador
GM, 178 posts
Tue 27 Apr 2021
at 19:16
  • msg #64

Re: 04. A Conflagração

Lain precisava abrir espaço para se soltar. Com muita destreza, deu uma cabeçada para trás e pendulou sob a mão armada de Omak. Deu um rolamento e virou-se, estocando a lança no ventre do feiticeiro. Ghhyaaaa!!!

Logo, Cree partiu correndo, tomou impulso nas costas da elfa e saltou com a bocarra aberta na direção de Omak. Mas o feiticeiro esquivou-se lateralmente, desferindo um golpe da sua adaga. O lobo voou direto, levando um corte no tronco e soltando um alto ganido de dor. CAINNN!

Cree aterrissou meio tonto, trocando as patas e caiu apagado.

Em seguida, Branco se virou para Dukac e disse:

Branco :
Acaba com ele!

Ergueu seu arco e disparou outra flechada contra o imolador. Enquanto este se levantava, a flecha o acertou no braço. Mas, em meio a uma risada frenética, um misto de raiva e delírio fanático, ele correu na direção do ladino com o braço erguido, vertendo sangue onde a flecha cravou, pronto para chicoteá-lo!
Branco tem que rolar "defy danger" (DEX ou CON)

Dukac:
Admiro sua coragem de voltar para a morte certa!

Ao rever a sua presa, o bárbaro arrancou na sua direção como um animal selvagem! Lançou o peso do corpo no golpe de facão, mas Omak o defletiu com maestria, movimentando-se como numa dança.

Tanto o bárbaro, quanto o ladino, só haviam visto antes aquele estilo de combate uma vez: o misterioso guerreiro, infiltrado na Seita málvara, na Ilha de Wokulo.

Dukac passou direto como um touro. E Omak, como um toureador, deu-lhe um corte no quadril. Pequeno... o bárbaro já teve piores se barbeando! Mas, de repente, sua visão começou a embaçar e as pernas fraquejarem...
Dukac sofreru 1 de dano
Dukac tem que rolar CON: 10+, vence o efeito do veneno; 7-9, fica acordado, mas vai ter que rolar de novo no outro turno; 6-, desmaia (sem XP)

This message was last edited by the GM at 19:17, Tue 27 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 138 posts
Wed 28 Apr 2021
at 01:06
  • msg #65

Re: 04. A Conflagração

Dukac passa batido por Omak e aos poucos diminui a velocidade até parar. O corte foi tão insignificante que ele nem sentiu, mas logo em seguida fica zonzo. Urghh, essas feridas. Ou talvez essa adaga... O bárbaro cogita a hipótese da adaga estar envenenada. Golpe baixo!

Apesar de ter errado o ataque, Dukac mantém a compostura. Humpf, é isso? Patético! Disse enquanto se virava. Bom, você teve a sua chance, mas agora isso acaba! Dukac solta as laminas, que caem no chão. As correntes, presas em seus braços, ficam esticadas. Omak fica parado na defensiva, aguardando o ataque, sem saber o que estava para acontecer. Não era necessário se aproximar, Lain já estava em uma distância segura e o bárbaro poderia atacar de longe com tranquilidade. Ele faz alguns movimentos rápidos e precisos com os braços, lançando os facões, que passam direto do Exotador. O líder mal tem tempo de compreender o ataque e Dukac puxa as correntes com velocidade, que voltam decapitando Omak. O sangue jorra para todos os lados, respingando na arqueira e no lobo caído. O Sanguinário caminha até a cabeça e a chuta ladeira abaixo, esperando amedrontar alguns soldados. Prepare-se, devem estar chegando. Alertou Lain.

21:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6+1. Con.
21:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 15 using 2d6+3. Hack and Slash. (Smash!)
21:23, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 2 using 1d10+1. Dano.

Branco
player, 126 posts
Wed 28 Apr 2021
at 16:00
  • msg #66

Re: 04. A Conflagração

A flecha resvala no imolador, que agora avança contra Branco. Aaarrrghh, que perda de tempo! o ladino pragueja em baixo tom. Ele deixa o arco de lado e avança em posição de corrida com seu corpo curvado e uma arma que realmente sabia maneijar, sua adaga. O chicote cantava com um som agudo, mas a destreza do ladino é tanta que cortou o ar em um salto mortal, aterrizando em frente ao imolador, que para bruscamente sem reação. Ele olha para baixo, ainda com o braço erguido sacudindo seu chicote, e cruza com o olhar de Branco. A visão é assustadora, os olhos do assassino estavam bem arregalados e com as pupilas dilatadas, como um predador em sua caçada. Porém, alí não era um ato predatório, pois por mais que o albino usasse uma máscara o imolador podia ver o prazeroso sorrizo se formar por baixo dela. Naquele eterno segundo para o imolador ele percebeu que iria morrer. Branco então salta novamente para frente, enterrando sua adaga na cabeça do imolador através da mandíbula. Ambos caem para trás, mas o habilidoso ladino já sai em um rolamento, retomando a visão da batalha contra Omak. Nesse momento Branco ve as lâminas da destruição fazendo seu trabalho, enquanto a cabeça do Exortador rola pelo chão, e ele não consegue conter o riso. HAHAHAHAHAHAHA!!!!!

Branco rolled 12 using 2d6+3.  Defy Danger - Dex.
Branco rolled 7 using 2d6+1.  Hack and Slash.
Branco rolled 7 using 1d8.  Dano.

Lain
player, 42 posts
Wed 28 Apr 2021
at 16:29
  • msg #67

Re: 04. A Conflagração

Cree!! Lain sentiu o coração sair pela boca ao ver seu fiel companheiro ser arremessado para o lado e, sem pensar, correu até ele. Uma mancha negra no abdômen revelava o corte, e ao redor, o toque pegajoso do sangue sujava o pelo do animal. Desgraçado! gritou, ainda ajoelhada ao lado do lobo.

Se virou para Omak, se deparando com Dukac erguendo seus facões. Havia um corte recém-aberto no quadril do bárbaro, de onde um filete de sangue fresco escorria. Ele parou por um segundo a mais do que o normal, e Lain logo percebeu que havia algo errado. Mas ainda assim, a fúria assassina nos olhos do bárbaro voltou a brilhar e ele correu enlouquecido para um ataque que fez Lain prender a respiração diante da cena. O golpe foi rápido e violento. O sangue espirrou para todos os lados, obrigando Lain desviar o rosto por um instante, e ela teve quase certeza que ouviu o som das vértebras de Omak se rompendo pelas correntes de Dukac. Um baque seco se seguiu, e ela viu, com alívio, o corpo do Exortador tombar sem vida no chão.

Dukac:
Prepare-se, devem estar chegando.


Ela concordou, pegando a lança do chão e afagando mais uma vez o focinho de Cree, ainda desacordado, antes de se levantar. Você está bem? perguntou para o bárbaro, se aproximando com genuína preocupação e espiando o corte recente, que, apesar de superficial, arrancou uma expressão desconfortável de Dukac.

Do outro lado, o último imolador parecia dar seu último suspiro de vida pelas mão de Branco. Logo atrás, vislumbrou a carruagem de madeira, agora desprotegida. A carruagem! Algo me diz que há alguma coisa ali. É melhor chegarmos até ela antes que os ceifadores nos alcancem.

Lain então correu até lá, passando pelos corpos espalhados pelo caminho, e por Branco, que casualmente limpava a adaga nas vestes como se não fosse nada. Parte do tecido que cobria o rosto havia caído e ela podia ver que ele sorria com verdadeira satisfação depois de ver a cabeça decepada de Omak descer morro abaixo. Se voltou novamente para a carroça, se aproximando e tentando ver o que ela carregava que os imoladores tanto pareciam querer proteger.

Lain rolled 4 using 2d6+1.  Discern realities.
+1XP

This message was last edited by the player at 16:30, Wed 28 Apr 2021.
Narrador
GM, 179 posts
Thu 29 Apr 2021
at 18:26
  • msg #68

Re: 04. A Conflagração

Dukac:
Humpf, é isso? Patético! Bom, você teve a sua chance, mas agora isso acaba!

O bárbaro arriou as arreou as correntes. Por um momento, Omak acreditou numa chance de trégua. Sim! Acabemos com isso! Eu posso torná-los muito ricos!, tentou argumentar com a mão estendida.

Lain:
Desgraçado! gritou, ainda ajoelhada ao lado do lobo.

Mas Dukac não lhe deu ouvidos e lançou os facões por cima dos ombros do feiticeiro. Assustado, ele pôs-se na defensiva: Espere! Vocês serão poder...

Um som de carne cortada. Um segundo de suspense. Sangue vertendo pelo pescoço e, então, a cabeça mascarada rola para fora do corpo. Logo, o corpo cai como o boneco de um ventríloquo.

Enquanto isso...

Branco arrancou ao encontro do imolador. Esquivou-se das chamas que chicoteavam com um salto acrobático...




... e, ao pousar face a face com o inimigo, cravou a lâmina de baixo para cima no seu crânio.

*   *   *

Dukac chutou a cabeça do misterioso feiticeiro lá para baixo. Na mesma hora, um relâmpago rasgou o céu acima dele — dando um efeito imponente à visão do bárbaro no alto do morro.

Branco:
HAHAHAHAHAHAHA!!!!!

De súbito, todos os Ceifadores interromperam o ataque.

Oriag olhou para o morro com um sorriso de alívio... antes de desmaiar e cair do telhado.

Lain:
A carruagem! Algo me diz que há alguma coisa ali. É melhor chegarmos até ela antes que os ceifadores nos alcancem.



A elfa foi afoita. Correu até a carruagem e, ao pôr a mão no ferrolho da porta... pam! um estampido surdo e Lain voou para trás! Foi como se tivesse levado uma descarga energética, ou algo assim.
Lain tomou 4 de dano


Dukac tem que facer outro teste daquele de CON

Lain também rola CON: 10+, levanta de imediato; 7-9, levanta, mas grogue (-1 para tudo) e repete o teste; 6-, desmaia por um turno e repete o teste

Dukac, O Sanguinario
player, 139 posts
Fri 30 Apr 2021
at 00:10
  • msg #69

Re: 04. A Conflagração

O barulho das tropas some por um momento e Dukac desconfia se a cabeça teria realmente surtido efeito. Ele não se atenta a Lain, que foi em direção a carroça. Sua preocupação era acabar com todos os inimigos primeiro.

Ele resolve dobrar a aposta, se abaixa e decepa um dos braços do corpo de Omak. Quando se levanta, sente uma tontura, talvez fosse o resto de veneno no seu corpo, mas o bárbaro logo se recompõe. Os anões ainda estavam se entreolhando, sem acreditar no que acabaram de ver. SLAP! Um dos soldados toma um tapa na cara e uma marca de sangue mancha seu elmo. Assustados, eles levantam os escudos e procuram quem tinha feito aquilo, quando olham pra baixo e veem um braço todo ensanguentado! AAAAHHHHHHHH! Grita um dos anões ao fundo, finalmente percebendo que o Exaltador estava morto!

TTTTTTTRRAAAAUUUUUUU. Mais um trovão rasga o céu. Vejam como ficou seu líder, em pedaços! Disse Dukac aos soldados, no alto do morro. Mas para mostrar que sou piedoso, estou dando a chance de fugirem agora.

20:07, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6+1. Con.
20:08, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1,6 (7) using d6,d8. CHA (Power over the Others)

Lain
player, 43 posts
Fri 30 Apr 2021
at 01:17
  • msg #70

Re: 04. A Conflagração

Lain não teve tempo de entender o que aconteceu com ela. Depois do estouro, todos os seus músculos ficaram rígidos e dormentes ao mesmo tempo. O impacto havia sido tão grande que ela acabou sendo arremesada alguns metros para trás, batendo a cabeça com força no chão. Só teve tempo de sentir dor — na mão, na cabeça, nas costas — antes do mundo inteiro escurecer. E de repente, não sentiu mais nada.

Lain rolled 6 using 2d6+1.  CON
Branco
player, 127 posts
Sat 1 May 2021
at 14:23
  • msg #71

Re: 04. A Conflagração

Branco se viu divido no, agora menos povoado, campo de batalha. Dukac parecia insistir na intimidação do resto do exército. Escolha sábia, ainda que estivessem sem seu mestre poderiam causar um estrago grande. O ladino preferiu então não atacá-los, pois a raiva poderia substituir o medo. A outra opção era a carruagem. Lain se adiantou, e ficou claro que havia alguma proteção naquilo. Tentar desarmar o dispositivo poderia sair pela culatra,  caso falhasse estaria no chão como a arqueira, e os soldados poderiam avançar contra eles indefesos. Ele optou por tentar acordar a elfa. Ei! Acorde! Você está bem?

Branco rolled 11 using 2d6.  Ajudar Lain.
Rolei genérico

Narrador
GM, 180 posts
Sun 2 May 2021
at 00:29
  • msg #72

Re: 04. A Conflagração

Quando Dukac mutila o braço de Omak, entre um golpe de facão e outro, ele nota que a pele do feiticeiro é toda coberta de veias negras, saltadas. E, ao jogar o membro nos Ceifadores, o abalo moral nas tropas foi imediato:

Dukac:
Vejam como ficou seu líder, em pedaços! Mas para mostrar que sou piedoso, estou dando a chance de fugirem agora.

Os anões se entreolharam com expressões confusas. Enfim, o comandante deu a ordem de retirada, que foi repassada para os demais, mais longe, aos brados. Cada um deles sacou uma corneta de chifre e soaram um chamado estridente: peeuééénnn... peeuééénnn... Logo, a manada de Xebi — os bodes montanheses de Kesh — desceu os morros na direção dos Ceifadores.

*   *   *

Branco :
Ei! Acorde! Você está bem?

2d6 + laço = 12. Lain tem +1 no teste.

Lain tirou 9 no teste de resistência.


Branco ajoelhou-se ao lado de Lain e pôs a cabeça dela no seu colo. Tirou o seu cantil de couro e molhou o rosto dela, tentando reanimá-la. A elfa por fim acordou de um solavanco, puxando o ar como quem estivesse em apneia.

Ao abrir os olhos, Lain deu de cara com o albino mascarado, sujo de lama e sangue. Tentou se levantar sozinha, mas estava zonza e faltava-lhe força nos músculos.

*   *   *

Era difícil estimar quantos Ceifadores restavam. Talvez a metade da tropa. Demasiados para mais um confronto.

Eles montaram nos Xebi e se reuniram em formação, fora da barreira de paliçadas. O comandante olhou para Dukac no alto do morro e berrou, com forte sotaque: Assassino de Kirah! Nós ainda cobraremos o seu tributo!, escarneceu, em referência às antigas coletas de impostos.

Iá! E a formação saiu a galope, embora, rumo à estrada nordeste.

Lá embaixo, em torno do Casarão, Dimur e os outros estavam vivos. Porém, no círculo mais externo, bordejando a barreira de sal, os quatorze valentes defensores hobbits jaziam mortos.
Dukac, O Sanguinario
player, 140 posts
Sun 2 May 2021
at 12:54
  • msg #73

Re: 04. A Conflagração

Narrador:
Assassino de Kirah! Nós ainda cobraremos o seu tributo!

Dukac fecha os punhos com tanta força que suas unhas o cortam, por um momento se arrependeu em deixa-los fugirem. Um dia...irão pagar por tudo... Murmurou. Ele foi até Lain e Branco, que contaram o que aconteceu. O bárbaro até pensou em destruir a carroça para quebrar o feitiço, mas como não havia urgência, descartou a ideia. Humm, talvez Oriag possa resolver isso. Consegue andar? Perguntou a Lain.

Chegando na aldeia, Dukac vê o inevitável, corpos de anões e hobbits espalhados pela cidade. Um gosto amargo lhe vêm a boca, aquilo não soava como uma vitória. Enquanto os familiares choravam suas perdas, o bárbaro tenta algumas palavras de conforto. Esses nobres guerreiros deram suas vidas para que proteger seu povo, nunca esqueçam deles.
This message was last edited by the player at 13:02, Sun 02 May 2021.
Branco
player, 128 posts
Sun 2 May 2021
at 13:12
  • msg #74

Re: 04. A Conflagração

Lain desperta de forma abrupta e levanta do colo do ladino, aparentemente fraca, mas bem. Branco não diz nada e enquanto se levanta Dukac chega até eles. Lain parece não conseguir andar sozinha, mas a bondade do ladino se expira, e ele apenas a deixa lá. O albino concorda que seria melhor deixar Oriag inspecionar a carroça e, antes de voltar ao vilarejo, examina os corpos de seus inimigos buscando por algo de valor. Primeiro os dos imoladores mais próximos, depois de Omak, e por fim dos Ceifadores aos arredores da pequena vila.
Lain
player, 44 posts
Sun 2 May 2021
at 16:07
  • msg #75

Re: 04. A Conflagração

Branco:
Ei! Acorde! Você está bem?

Os sentidos de Lain voltaram todos ao mesmo tempo, e ela puxou o ar com tanta força que a pressão chegou a machucar os pulmões. Piscou os olhos algumas vezes e assim que tudo entrou em foco novamente, viu o rosto de Branco ocupando todo seu campo de visão, a encarando sem nenhum sentimento ou emoção. Tentou levantar, mas estava tão zonza que quase caiu de novo no colo do ladino, então decidiu permanecer sentada enquanto recuperava as forças.

Dukac:
Consegue andar?

Com a chegada de Dukac, Branco se levantou e se afastou dos dois em silêncio, interessado em coletar o que podia dos corpos ao redor. Eu estou bem, só preciso de um tempo, respondeu ao bárbaro, que apenas assentiu. Os dois olharam calados para a vila abaixo deles. A guerra tinha chegado ao fim, mas havia deixado sua marca: a destruição estava por toda parte e os mortos se acumulavam. Muitos, ela conseguiu ver dali de cima, dos hobbits que defenderam a vila. Um cenário dolorosamente familiar para Lain.

Dukac desceu em direção à vila, e Lain, já sentindo que o corpo voltava a lhe obedecer, finalmente se levantou. Foi até Cree, que continuava caído não muito longe dali. O sangue havia secado e endurecido o pelo ao redor, mas o lobo ainda respirava, ainda que de maneira debilitada. Vamos cuidar de você, sussurrou docilmente para o animal.

Ali perto, Branco seguia revirando os corpos em busca de qualquer coisa de valor e Lain decidiu fazer o mesmo, na expectativa de encontrar algo que pudesse ajudar com a carroça ou remediar os ferimentos causados por Omak — havia certamente algo de mais letal naquela adaga do que apenas o fio da lâmina.

Ela foi ao corpo mutilado do do Exortador, sentindo repulsa ao se aproximar. Precisamos cremar esses corpos, ela falou, começando a vasculhar a armadura de Omak. Parou na mesma hora quando viu parte da pele exposta, com as veias negras enormes ainda visíveis, e soltou uma exclamação involuntária de surpresa.
This message was last edited by the player at 16:29, Sun 02 May 2021.
Narrador
GM, 181 posts
Tue 4 May 2021
at 18:08
  • msg #76

Re: 04. A Conflagração

Vista de perto, a guerra não tem nada de gloriosa. Os restos mortais e a destruição em nada se assemelham ao romantismo das cantigas dos bardos... mas Poaret não guerreou por glória.

Esses valorosos hobbits levantaram-se e combateram a tirania. Tal será o legado da Batalha de Poaret.

*   *   *

Aos poucos, as crianças e os mais velhos deixaram o Casarão e se horrorizaram com o cenário.

O Pardo e o Cospe-Grosso estavam transportando Oriag às pressas para a enfermaria improvisada, onde Djeli os esperava preparando os feitiços de cura.

Dukac desceu o morro trazendo a carroça e os cavalos pela rédea.

Dukac:
Esses nobres guerreiros deram suas vidas para que proteger seu povo, nunca esqueçam deles.

Mais uma vez, o bárbaro se impressionou com a cultura guerreira daqueles pequeninos. Eles choravam os seus mortos, sim, mas com orgulho. Não se via comemorações de vitória, mas expressões de "dever cumprido".

Solenemente, eles reuniram os 14 combatentes para as honrarias funerárias.

*   *   *

Uma vez tendo a elfa voltado a si, Branco decidiu escabichar os cadáveres, atrás de preciosidades e utilidades. Os imoladores não tinham nada de interessante consigo além das vestes monásticas e algumas moedas. No mais, tinham os broches de identificação da sua Seita, que prendiam a capa vermelha.
Branco tem +20 moedas. Se quiser pegar outras coisas, só descrever.

Enquanto isso...

Lain:
Vamos cuidar de você, sussurrou docilmente para o animal.

Cree abanou fracamente a cauda e soltou uma expiração de conforto com a presença da dona. Ele estava bem, mas precisaria de ajuda ainda até se livrar das toxinas no seu sangue.

Então, Branco prosseguiu para o corpo de Omak, seguido da elfa. Para ela não restava dúvida: Omak era um elfo negro. Para o ladino, ele era apenas um bruxo de meia-tigela. Por baixo daquelas roupas sacerdotais espalhafatosas, não havia mais que poções e sigilos de baixa magia.
Branco pode escolher qualquer veneno da lista e terá um frasco dele. O primeiro uso será perigoso.

No entanto, Branco notou algo mais de proveitoso. Sobre as luvas de veludo, o bruxo usava um anel de sinete, com o brasão da alta cúpula málvara. Fora isso, sua espada curta e suas roupas pareciam bem caras.
Descrevam o que vocês vão recolher.

*   *   *

A elfa desceu o morro, carregando Cree no colo. Foi até o Casarão, onde Djeli atendia os feridos.

Lain:
Precisamos cremar esses corpos
, ela pensou alto.

E como se tivessem adivinhado seus pensamentos, os hobbits lá fora já montavam uma pira para os seus ex-combatentes, e abriam uma fossa comum para os anões, longe dali.

Branco continuou a vasculhar os caídos no campo de batalha. Perto dele, Sawo e Arvat empilhavam os corpos na carroça e levavam até a fossa ao sul da vila. Uma águia sobrevoava Poaret em círculos. Talvez seja Tsobo, o druida.

Os hobbits amontoavam as armas, botas, roupas e armaduras dos Ceifadores. Mais tarde, levariam ao ferreiro, aos carpinteiros e às tecelãs. Os espólios do inimigo servirão a um fim mais nobre, num futuro próximo.

Branco coletou anéis, medalhas e moedas (ao todo, o equivalente a 120 moedas).

*   *   *

Dukac circulou pela vila, ponderando os resultados da batalha, quando escutou o berro zangado de Namai:

Namai:
Deixem isso, crianças! Por Ibmaz! Vocês vão me deixar doida!

O bárbaro quase teve uma síncope ao ver as crianças se balançando na porta aberta da carruagem! Mais pasmo ficou quando se aproximou e viu o seu interior: no meio um baú, luxuosamente adornado (com 1200 moedas!); ao redor, papiros, grimórios e frascos com conteúdos sinistros; tudo bem preso às estruturas da cabine e, aparentemente, de grande valor.
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Dukac, O Sanguinario
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Wed 5 May 2021
at 01:20
  • msg #77

Re: 04. A Conflagração

Andando pela vila, Dukac verificava se algum anão ainda estava vivo. Ele parou no cocho dos cavalos e viu seu reflexo completamente ensanguentado na água. Se preocupou em lavar ao menos o rosto. Depois, ao ouvir o sermão de Namai, o bárbaro viu as crianças brincando na carruagem, que logo saíram correndo quando notaram sua presença. Uhmm, não deve ter mais nenhum feitiço.

Dukac não tinha nenhum almejo financeiro e, além disso, carregar todo aquele tesouro na viajem seria um estorvo. Ele chamou Namai para verificar o conteúdo do baú. Veja, isso pode ajudar na reconstrução da vila. Só preciso de algumas moedas para pagar os custos da minha viagem. A pequena ficou congelada com tamanha quantidade de moedas. O bárbaro já começava a se afastar quando se lembrou dos grimórios. Ah! Também tem esses papeis, o mago deve saber o que significam, talvez possam nos ajudar. Se referindo a Oriag. Certo de que a vila estava assegurada, Dukac seguiu para a enfermaria.
This message was last edited by the player at 01:28, Wed 05 May 2021.
Branco
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Wed 5 May 2021
at 13:40
  • msg #78

Re: 04. A Conflagração

O som das armas haviam cessado, e a visão de morte dominava o lugar. Mas isso não afetou Branco, já que a morte era sua amiga íntima. Chegava a hora da parte interessante, recolher suas recompensas! Começando pelos imoladores, o ladino olha descompromissado para os corpos, como se estivesse escolhendo frutas em uma feira livre, sem qualquer respeito pelo defunto. Ele guarda as moedas em sua bolsa e o broche de identificação.

Em seguida, Omak era revirado como animal qualquer pelas mãos frias do albino. Seu primeiro achado era um pequeno frasco com um líquido esverdeado. Branco sabia que era veneno, provavelmente Lágrima de Serpente, e guarda com cautela com suas coisas. Ainda revistando o corpo o ladino vê o anel na mão do Exortador e logo pensa, Se uma moeda nos levou a uma seita, aonde esse anel pode me levar?, enquanto instintivamente guarda consigo o valioso item. Por fim, ele pega a espada do feiticeiro, que poderia ser vendida facilmente, e se levanta para continuar seus saques.

Dukac e Lain se dirigem para a vila para verificar os aldeões, mas Branco ainda não estava satisfeito! Ele investigaria cada corpo no chão. Alguns anões possuíam dinheiro, outros pequenos itens de valor, e pacientemente o ladino coletou tudo que pode. Com sua capa e capuz ele andava pelo cinzento campo de batalha, parando por um minuto em cada corpo, como se fosse a morte coletando a alma dos caídos.

Com seu saque completo Branco se dirige ao centro da vila, onde o resto do grupo se encontra. Ele logo avista a carroça aberta e uma quantidade absurda de moedas! Em um olhar rápido ele tenta identificar outros itens de valor considerável, ou de utilidade em batalha. ORA ORA ORA! Vejo que temos o suficiente para pagar meus honorários agora! Ele diz sem se direcionar a alguém em específico. Porém, infelizmente o desconto de pagamento adiantado já não pode mais ser considerado... ele diz com um pequeno sorriso no rosto olhando fixamente aos líderes da vila.

Branco rolled 10 using 2d6+1.  Examinar a carroça.
This message was last edited by the player at 15:32, Wed 05 May 2021.
Lain
player, 45 posts
Wed 5 May 2021
at 15:52
  • msg #79

Re: 04. A Conflagração

Um elfo negro? No continente? Ayaram ficou pequena demais para a ambição de vocês? Lain pensou, exasperada. Não sabia, no entanto, se haveriam outros por ali em comunhão com os málvaros ou se era apenas um desgarrado de sua raça em busca de glória e poder individual.

Foi acordada dos pensamentos pelos movimentos bruscos de Branco a seu lado, revirando o corpo de Omak como se fosse um boneco de pano. Recolhia tudo que encontrava, analisando brevemente cada item antes de os guardar. Lain lançou um olhar de reprovação, mas foi prontamente ignorada, de modo que se levantou, o deixando sozinho. Apenas a capa e as vestes douradas do mago pareciam ter sido deixadas de lado pelo ladino, então Lain as recolheu, bem como as luvas, antes de se afastar. Estavam respingadas de sangue, mas talvez fossem vir a ser úteis.

Desceu com Cree para a vila, agora vendo de perto os resultados desastrosos daquela guerra. Eram ainda piores do que ela havia visto de cima. Levaria tempo para Poaret se reerguer.

Os feridos também eram numerosos, mas agora finda a batalha, podiam ser tratados com dedicação. O Casarão estava cheio, as macas improvisadas já todas praticamente tomadas. Acha que pode fazer alguma coisa por ele? perguntou para Djeli, ainda com o lobo nos braços.

Do lado de fora, os hobbits já empilhavam o corpo dos guerreiros de forma cerimoniosa. Yulot acompanhava tudo com pesar e resignação, garantindo que todas as honras fossem prestadas àqueles que haviam dado a vida para defender o pequeno vilarejo. Eu sinto muito, Lain se limitou a dizer.

Pelo canto do olho, viu Branco indo de corpo em corpo, ainda recolhendo o que pudesse encontrar. Ficou-o observando até que ele se aproximou da carroça, já aberta. Um enorme baú ornamentado atraiu o olhar de cobiça do ladino e Lain não acreditou que ele seria capaz de saquear até mesmo aquele tesouro. Sem perder tempo, foi até lá, se colocou ao lado de Branco e segurou o braço que ele esticava para dentro da carroça. Não acha que já pegou espólios demais? Falou, visivelmente irritada.
Narrador
GM, 182 posts
Thu 6 May 2021
at 21:42
  • msg #80

Re: 04. A Conflagração

Dukac:
Veja, isso pode ajudar na reconstrução da vila. Só preciso de algumas moedas para pagar os custos da minha viagem.

Ah! Também tem esses papeis, o mago deve saber o que significam, talvez possam nos ajudar.

Namai ficou claramente desconcertada. Ela jamais viu tanto dinheiro! Quando ela finalmente abriu a boca para responder...

... Branco apareceu atrás dela, como uma hiena.

Branco:
ORA ORA ORA! Vejo que temos o suficiente para pagar meus honorários agora!

*   *   *

Foi uma tarefa nauseabunda remover as roupas do cadáver (decapitado!) de Omak. Lain embrulhou toda a roupa com pressa e levou Cree para a enfermaria.

*   *   *

Branco:
Porém, infelizmente o desconto de pagamento adiantado já não pode mais ser considerado...

Segurando uma trouxa cheia de espólios, o ladino encarava Yulot, que agora se aproximava da carruagem com Lain.

Ela o segurou pelo braço e o questionou:

Lain:
Não acha que já pegou espólios demais? Falou, visivelmente irritada.

Mas Branco não lhe deu muita atenção. Havia algo tão ou mais valioso que aquele baú ali no meio... Ele só não sabe dizer o quê exatamente! Há uns utensílios de baixa magia, mais bem guardados que os demais, e ele só precisa descobrir para que servem.

Sirvam-se como bem desejarem, retrucou Yulot com o semblante cansado. De toda forma, como disse o bárbaro, essas moedas terão mais valia para vocês na viagem.

Que viagem?, perguntou Namai, intrigada.

Falaremos disso à noite, ele respondeu com o olhar vazio na direção da enfermaria.

*   *   *

Naquela mesma tarde, o Templo que os málvaros profanaram fazendo de estábulo foi reformado. À direita de quem entra, foram pendurados sete arcos e flechas; e à esquerda, sete lanças. O Templo foi consagrado à memória de bravura dos 14 combatentes da Batalha de Poaret.

Uhter lembrará sempre que esses hobbits não podem ser dobrados.

E à noite, depois das honrarias, todos comiam, bebiam e conversavam ao redor da fogueira, dando vazão à torrente de emoções que os engoliu nos últimos dias.

Em torno de uma bandeja de carne assada, conversavam reservadamente vocês três, Dimur, Talveg, Yulot e Namai.

Era reconfortante ver Poaret florir novamente acima daquela lama... como a lótus branca! Ninguém queria quebrar o confortável silêncio de contemplar a vila voltando a sorrir. Mas o Cospe-Grosso tomou a iniciativa:

A Senhora... é... antes de... antes disso tudo..., ele hesitava, embargando as palavras roucas, escondendo a emoção com pigarros e os olhos inquietos.

Ela nos confiou uma última missão antes de ser assassinada, disse o Pardo duramente. E depois de um segundo dramático, continuou: Pouco antes da insurreição málvara, ela nos encarregou das obras mais valiosas da Biblioteca... e de levar Oriag até o Mestre Mulligan, na Tribo de Huur.

Sim... Vocês terão de ficar lá e protegê-lo durante todo o inverno, até que ele termine o seu treinamento, complementou Dimur.

Vocês? Você não vem Dimur?!, objetou Talveg.

Não... Eu ficarei, ajudarei a vila a se reerguer. E, com a permissão do Conselho, quero abrir aqui uma taverna.

Yulot sorriu e assentiu com a cabeça.

Depois de mais uns goles, o Conselheiro disse a vocês três:

Já não há mais comércio em Uhter! Mas, eu tenho uma ideia que pode ajudá-los... A oeste daqui, na estrada principal, fora de Latagam, há um povoado alinhado aos Malvar.

Peguem o dinheiro e comprem bons equipamentos. Informem-se, chamem a atenção, não demais, e façam todos acreditarem que vocês vão para o norte. Depois, viajem escondidos por Latagam para o sul.

As tropas de Daesha estarão atrás de vocês... Contudo, nem as raças selvagens se aventuram até Huur no inverno!


Namai, que até então só ouvia, interveio:

E cuidado com o Ancião da Tribo! Não confiem os tesouros da Biblioteca a mais ninguém, além do Mestre Mulligan!, suas palavras tinham algo de experiência própria. No mais, acho que sei para que servem essas coisas..., acrescentou misteriosamente.



"Navalha vidente"
Derrame um pouco de sangue com ela sobre uma pergunta escrita, o sangue responderá. Depois disso, a navalha enferruja e deve ser afiada com o osso de um sábio recém-falecido.



"Testemunhos oculares"
Este vaso contém olhos em conserva! Ao comer um desses olhos (sem vomitá-lo!), você verá algo que seu antigo possuidor testemunhou.

Lain
player, 46 posts
Fri 7 May 2021
at 02:37
  • msg #81

Re: 04. A Conflagração

Depois de um dia dedicado a homenagens e tributos aos guerreiros que deram a vida por Poaret, a noite tinha o ar leve que só as noites de paz costumam ter. A típica sensação de vencer uma batalha aflorou em todos a necessidade de celebrar a vida da melhor maneira que eles sabiam, e Lain se sentiu relaxar pela primeira vez naquela semana. Era boa a sensação de ter contribuído de alguma forma para aquele momento.

Dimur e Talveg cortaram o silêncio com as orientações que haviam recebido, atraindo a atenção de todos ao redor. A oportunidade de fazer uma viagem era interessante, já que ela nutria uma certa curiosidade sobre os lugares ainda não explorados. As obras que deveriam transportar também pareciam preciosas, e ela inevitavelmente lançou um olhar de esguelha para Branco, único ali que ela tinha dificuldade em acreditar completamente em suas intenções. Seria bom acompanhar de perto tais obras, por via das dúvidas.

Yulot:
Já não há mais comércio em Uhter! Mas, eu tenho uma ideia que pode ajudá-los... A oeste daqui, na estrada principal, fora de Latagam, há um povoado alinhado aos Malvar.

Peguem o dinheiro e comprem bons equipamentos. Informem-se, chamem a atenção, não demais, e façam todos acreditarem que vocês vão para o norte. Depois, viajem escondidos por Latagam para o sul.

As tropas de Daesha estarão atrás de vocês... Contudo, nem as raças selvagens se aventuram até Huur no inverno!


Lain escutou as orientações com atenção, mas sentiu a garganta fechar ao ouvir o nome de Daesha. Desviou o olhar para que ninguém percebesse sua alteração, sua mandíbula contraída, seu punho que havia se fechado involuntariamente. A sensação de culpa por ter sobrevivido aos ataques das tropas da elfa enquanto todos seus amigos e familiares haviam morrido ou sido feito prisioneiros era algo que a atormentava, e a tomava de assalto sempre que ouvia aquele nome. É claro que a presença de Omak na liderança dos Ceifadores significaria algo! A ganância deles não tem limites...

Namai seguiu explicando sobre os objetos mágicos encontrados e Lain se lembrou do medalhão dado a ela pela própria hobbit uns dias atrás. Desde aquele dia, o carregava sempre consigo, junto ao peito, e apesar de não ter mostrado a jóia a ninguém até então, achou que seria apropriado compartilhar com eles naquele momento. Acho que isso também vai poder nos ajudar, ela falou, procurando o olhar cúmplice de Namai. Esse cristal tem o poder de mostrar qualquer lugar que quisermos, vai ser útil para vermos o que nos aguarda durante a viagem.
This message was last edited by the player at 02:57, Fri 07 May 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 142 posts
Fri 7 May 2021
at 02:42
  • msg #82

Re: 04. A Conflagração

Dukac passou o resto do dia na enfermaria tratando seus ferimentos. Cada cicatriz contava uma história, e agora mais uma foi adicionada a vasta lista, o início da sua redenção e libertação de Poaret! Volta e meia algum aldeão aparecia para lhe agradecer e até as crianças encenavam cenas da batalha sem compreender a dimensão do ocorrido.

Vejam meu exército e rendam-se! Um dos pequenos imitava o Exortador. Nunca iremos nós render! Gritou o outro, enquanto tentava imitar Dukac.

A noite, apesar dos ferimentos, o bárbaro comia de forma animalesca durante a janta. A energia gasta precisava ser reposta. Uhumm...Uhumm... Concordava de boca cheia com o que os companheiros conversavam. Certamente eram revelações importantes, mas ele não compreendia em como aquilo o levaria até Zathyr. O bárbaro se viu em uma situação em que não havia como recuar. Ou ele seguia adiante e tinha uma remota possibilidade de encontrar o demônio, ou se despedia e reduzia suas chances a zero.

Quando Yulot falou em chamar a atenção, Dukac comentou. Ora, eu sei como chamar a atenção BUURRRPpppp... Finalizou com um arroto involuntário. Todos ficaram olhando. Isso, isso. Mas não muito. Completou Yulot gesticulando com as mãos. O bárbaro apenas acenou com a cabeça, enquanto balançava uma coxa de frango. Próximo do fim da conversa, Dukac faz mais um comentário com a boca cheia. Ummm... inverno é? Nhoc! Precisaremos de casacos... Nhoc! Eles apenas se entreolharam, pois o comentário alegava o óbvio. O bárbaro estava terminando a bebida quando Namai soltou o último alerta. TOC! Ahhhh! Não se preocupem, tomaremos conta de tudo. Ah! E do garoto também! De tudo e do garoto! Finalizou em tom bastante otimista, se referindo a Oriag.

Dukac ainda estava curioso sobre o conteúdo dos pergaminhos de Omak. Namai já estava para se levantar da mesa, quando o bárbaro a interrompeu. Não acha melhor descobrirmos o que tinha naqueles pergaminhos da carroça? Ia falar com o garoto, mas ele parece que vai ficar apagado por mais um tempo.
This message was last edited by the player at 21:40, Fri 07 May 2021.
Branco
player, 130 posts
Fri 7 May 2021
at 20:17
  • msg #83

Re: 04. A Conflagração

Yulot:
Sirvam-se como bem desejarem
Ao se preparar para se "servir" Branco hesitou enquanto as palavras de Lain ressonavam em sua mente. Por hora ele não pegou nada da carroça e saiu em silêncio.

Mais tarde, Branco se alimentava discretamente no canto, mas perto o bastante para ouvir o que todos diziam.
Dimur:
Sim... Vocês terão de ficar lá e protegê-lo durante todo o inverno, até que ele termine o seu treinamento
Enquanto o Cospe-Grosso dava as diretrizes do novo serviço o ladino coçava o queixo por cima da máscara com o indicador e polegar e pensava, Novo trabalho... O dinheiro da carroça já é meu, vão ter que me pagar por isso.... Porém, as palavras de Lain voltaram a mente, e ele abandonou a ideia de cobrar. O ladino sabia, mais do que os outros, no que um homem ganancioso demais poderia se tornar, afinal de contas ele já tinha executado muitos deles. O trabalho parecia simples, e apesar de terem vencido a batalha em Poaret nada impedia que fossem atacados novamente. A remota localidade também serviria de refugio temporário. E o que seria esse treinamento?, perguntou para Dimur.

A noite continuou tranquila enquanto o plano era traçado. E quando as pessoas começaram a se retirar Branco já começou a preparação. O ladino foi em direção ao amontoado de roupas, retiradas dos inimigos derrotados. Pegou uma volumosa capa de um dos imoladores sem pedir permissão a ninguém. O disfarce Malvar, além de proteger contra o frio, poderia vir a calhar junto com o broche e anel. Também passou pelo casarão do ferreiro, que a essa hora não havia ninguém, e deixou o peso extra, agora desnecessário. Quando se virou para sair uma criança hobbit o espiava, escondido parcialmente atrás de uma parede. Ele o olhava fixamente, e Branco retribuiu o olhar, imóvel, por alguns segundos. BUH!, o albino quebra o silêncio, fazendo a criança correr de medo, hehe.... Enquanto ria se divertindo o próprio ladino gelou ao ver Omak em sua frente! Recuou levando a mão a adaga, mas logo percebeu que era apenas a sua máscara, causando uma ilusão com a penumbra da lua. Hummm... Ele observou a máscara de perto e imaginou que poderia ter o disfarçe completo, e a colocou em sua mochila.

Ao sair do casarão procurou um canto tranquilo e tentou descançar até a manhã.

+1 Capa Imolador Malvar
+1 Máscara Omak
-1 Short sword
-1 Ragged Bow
-1 Aljava

Narrador
GM, 183 posts
Fri 7 May 2021
at 23:11
  • msg #84

Re: 04. A Conflagração

Branco :
E o que seria esse treinamento?, perguntou para Dimur.

A pergunta de Branco foi repentina. Dimur buscou as palavras e disse: Treinamento de... de mago, ué! Não sei, ele estava sendo preparado para, um dia, substituir a Sábia.

É mais do que isso, Branco, interrompeu Namai. Oriag não é um humano comum... Ele é um elemental!

A surpresa foi geral. Até Dimur e Talveg se espantaram com a conclusão da senhora hobbit. Por fim, Yulot deu uma risada e concluiu o raciocínio: E o último sábio de Uhter à altura de lhe dar a iniciação é o Mestre Mulligan.

Esse nome... Branco e Dukac já o escutaram antes... Foi onde Jonin estudou!

*   *   *

Quando o jantar se aproximava do fim e as conversas voltaram-se para amenidades, o ladino foi se preparar. Próximo à tenda de forja, Branco se deparou com a cabeça de Omak.

Branco :
Hummm...

Experimentou puxar a máscara, mas não saía. Apenas com esforço e auxílio da adaga, a máscara se descolou de um rosto desfigurado! Foi como se a houvessem colado, incandescente, ao bruxo.

Mesmo para um estômago forte, a visão daquela cabeça desfigurada, de orelhas longas e pontiagudas, com veias negras e saltadas, isto é um desafio.

O ladino levou um tempo lavando os restos mortais da máscara.

*   *   *

Dukac:
Não acha melhor descobrirmos o que tinha naqueles pergaminhos da carroça? Ia falar com o garoto, mas ele parece que vai ficar apagado por mais um tempo.

Dukac, Lain e Namai deixaram a confraternização de lado e foram examinar os manuscritos que Omak transportava.

O bárbaro segurava uma tocha, enquanto as duas analisavam livros e pergaminhos. Lain reconheceu a escrita em élfico antigo. Mas, do pouco que sabia ler, parecia não fazer sentido algum!

Namai viu sua expressão de dúvida e explicou: Ao pé da letra, realmente, não fazem sentido. É porque estão codificados. São conjuros, invocações, encantamentos...

E antes que vocês questionassem, ela disse vagamente: Já estive nessa trilha sombria antes... E saí a tempo de me redimir.

Todo erro pode ser reparado.


Esta última frase fez disparar o coração do bárbaro.

*   *   *

Agora Poaret é uma vila fortificada, como haveria de ser todas, após a queda de Dervis.

Desse modo, os sobreviventes mais aptos (vocês três, inclusive) revezavam-se nos postos de sentinela, guardando o perímetro da vila. Os outros dormiam nas casas, onde há as guaritas elevadas.

Quando a madrugada ia já avançada, Branco dormia no posto de vigia ao sul, enquanto o jovem Polo vigiava da guarita. Ao norte, Lain era a sentinela da vez; Dukac e Andrós dormiam. Outros três hobbits patrulhavam o perímetro.

As últimas noites de sono de Branco foram tão perturbadoras, que ele já ficava angustiado em dormir. Não fosse a imensa fadiga... que terminou por vencê-lo. E, logo que o sono o tomou, vieram aquelas sensações de perseguição e sufocamento.

Você tirou tudo de mim!...

Vai roubar seus amigos agora, seu mostro?!...


AGORA EU VOU TE TIRAR TUDO!


https://i.ibb.co/hdGbG8y/Polo-...lo-pai-de-Branco.png" data-lightbox="images-msg-84">https://i.ibb.co/hdGbG8y/Polo-...lo-pai-de-Branco.png" alt=''>


Branco acordou de um pulo! Polo estava diante dele com a adaga do ladino na mão.

A voz ainda é a do garoto, mas o jeito de falar... E aqueles olhos completamente negros!

Antes que Branco tivesse tempo de reagir, o hobbit cortou o próprio pescoço e caiu morto no chão.
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