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, welcome to A conquista de Uhter

21:17, 3rd May 2024 (GMT+0)

04. A Conflagração.

Posted by NarradorFor group 0
Dukac, O Sanguinario
player, 123 posts
Thu 25 Mar 2021
at 18:34
  • msg #10

Re: 04. A Conflagração

No terceiro dia de preparação, Dukac levantou cedo e foi até o ferreiro pegar as armas que havia encomendado. Ele pega uma das lanças e analisa o fio. Excelente trabalho! Espero que possa contar com mais umas reservas. O bárbaro recolhe as armas, incluindo os arcos e flechas, e as leva até a fazenda próxima ao armazém.

Depois, Dukac convoca a todos até centro da vila e anuncia. Povo de Poaret, por mais que eu quisesse defender todos vocês, não conseguiria derrotar um exército inteiro. Apenas vocês são capazes de se defender! Não permitam que destruam tudo que conquistaram! Mas não se preocupem, pois eu os ensinarei a lutarem! Disse, enquanto apontava para todos. As pessoas vibram em animação e Dukac convoca 14 dos mais jovens (homens e mulheres) para lutarem. Vocês, vejo que estão mais aptos a lutarem, os outros, continuem com as coletas e as construções.

Já na fazendo, Dukac separa os hobbits, por aptidão, em dois times. Sete arqueiros e sete lanceiros. Por mais que artilharia não fosse o forte do bárbaro, ele era capaz de ensinar o básico aquelas pessoas. Durante o treinamento, Dukac fazia rondas entre os dois times, fazendo demonstrações do uso das armas. Os lanceiros treinavam e bonecos de palhas, enquanto os arqueiros treinavam tiro ao alvo. Os hobbits observavam com atenção os ensinamentos e evoluíram surpreendentemente bem, talvez estivessem mais motivados naquele dia.


14:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6. Cha.
This message was last edited by the player at 18:34, Thu 25 Mar 2021.
Lain
player, 29 posts
Fri 26 Mar 2021
at 03:11
  • msg #11

Re: 04. A Conflagração

O dia anterior havia terminado com olhares cansados e desanimados depois da demolição de 8 casas da vila. A decisão havia sido dolorosa para Lain também, mas em situações como aquela, resistir e sobreviver era a única preocupação possível.


Os ânimos ao menos pareciam um pouco melhor de manhã, e dava para ouvir de longe o clamor dos hobbits no treino com Dukac. Ainda tinha muito o que ser feito, mas antes de decidir pela melhor estratégia, Lain decidiu aproveitar o dia para percorrer os arredores do vilarejo e fazer um reconhecimento detalhado do perímetro. Tendo uma melhor noção da área, ficaria mais fácil utilizar os elementos da geografia do terreno a seu favor.

Assim, deixando Cree ainda se recuperando, Lain saiu para estudar as estradas, morretes e florestas ao redor.

Lain rolled 6 using 2d6+1.  Reconhecimento de terreno (WIS).
+1XP

Branco
player, 112 posts
Fri 26 Mar 2021
at 17:12
  • msg #12

Re: 04. A Conflagração

Branco escuta com atenção sobre os boatos que percorriam a cidade. No seu caminho a biblioteca, descansado da noite de sono, o ladino agora consegue observar com clareza o clima de terror que se instaurava na cidade. Ele recebe seu pagamento e logo vê que, diferente das outras vezes, não há brechas para novos contratos. O clima tenso na cidade precedia a guerra que estava por vir, e se o ladino não se solidarizou para defender os humildes hobbits sem dúvidas não o faria para os porcos da capital. Que morram todos com suas riquezas!, pensou o ladino. Certamente ele não correria o risco de estar por perto quando a matança começasse, e então ele decidiu viajar para um canto mais remoto do continente e esperar a poeira baixar, Ela sempre abaixa depois que o novo poder se estabelece. Contrariado, Branco decide ir para as terras mais remotas que conhece, Warab. A viagem era longa e não era possível ir a pé, ele sai pela cidade procurando alguma caravana discreta para o lugar que prometerá a si mesmo nunca mais voltar.
Narrador
GM, 164 posts
Fri 26 Mar 2021
at 21:13
  • msg #13

Re: 04. A Conflagração

3º dia antes da batalha de Poaret

O treinamento de arqueiros e lanceiros foi um sucesso!

Dukac conseguiu preparar duas equipes que teriam muita competência em repelir infantaria e cavalaria. Mais do que isso, o bárbaro inspirou a confiança deles no treinamento. Namai e o Conselho observavam com aprovação os avanços desde uma tenda.

Enquanto isso, Lain sentia-se confusa. Pensamentos de toda sorte tumultuavam sua cabeça... as imagens de Cahnora... aqueles malditos olhos verdes... e um medo real de que esses pequeninos não sobrevivessem à batalha.

Assim, a elfa não concebeu nada muito além do óbvio. Poaret tem dois principais acessos: um a sudoeste, uma pequena garganta entre dois morrotes; outro a nordeste, retilíneo e pedregoso. Dos dois lados desse eixo, fazendas e uma mina de sal, por onde o acesso seria difícil e lento, mas não impossível.

Perdida em seus pensamentos, Lain foi surpreendida por Polo e Nena. A mocinha, que lhe mirava com certa admiração, falou (adivinhando seus pensamentos): Temos que ter torres de vigília e uma comunicação rápida, disse com um sorriso de alguém ansiosa em ajudar.

Seu irmão estava agachado analisando pedras (?!) de perto. Logo, ele disse, como quem completasse em voz alta uma conversa que já ocorria na sua mente: Está vendo estes líquens? Nessa época do ano, quando ficam avermelhados é sinal de que as noites serão muito nevoentas...

(Moral dos hobbits: -2)

*   *   *

Branco:
Que morram todos com suas riquezas!

Depois do segundo pernoite em Dervis, embora já revigorado fisicamente, a mente de Branco mostrava ainda algum cansaço. Já há várias noites que tem tido um sono inquieto, com a sensação de ser perseguido, ou coisa parecida...
(-1 moeda)

O ladino estava decidido a voltar para sua terra natal. Uma retirada estratégica. Ou, pelo menos, disso se convencera.

A cidade estava ainda mais vazia. Branco lembrou-se da primeira vez que pisou em Dervis: o povo estava apático... quando muito, via-se um ardor entre os defensores das tradições (os herpón) e os apoiadores dos Malvar.

Hoje, Dervis está deserta e tensa.

O ladino estava na parte leste da capital, em busca de viajantes que fossem para o norte. As ruas que poucos dias atrás estavam tomadas de feirantes agora pareciam abandonadas. Cruzava a ponte sobre o rio Dervis quando, de repente... o tempo parou!

blém-blém-blém-blém...!, bateram os sinos freneticamente ao longe.




procotó-procotó-procotó-procotó!, duas carroças vinham numa galopada veloz na direção de Branco. O ladino reconheceu o estandarte triangular que a primeira trazia: o Pardo!

Ao te avistar, Talveg freou os cavalos. Dimur estava sentado ao seu lado, quase irreconhecível, com elmo e um enorme escudo oval pendurado. Branco! O que você faz aqui sozinho?!, questionou o Pardo, surpreso. Por favor, leve-nos até Oriag! É urgente!

Na carroça da frente estavam Talveg, Dimur e Sawo (o punguista que Branco salvou anteriormente), com um falcão no ombro. A carroça de trás trazia Djeli e Arvat, o comerciante, que transportava uma pilha de livros e pergaminhos.

Branco hesitou por um segundo. Essa poderia ser uma oportunidade de lucrar...

Dimur bradou: Rápido, homem! Inae está morta!
Dukac, O Sanguinario
player, 124 posts
Sat 27 Mar 2021
at 00:47
  • msg #14

Re: 04. A Conflagração

Mais um dia de preparação começava e Dukac se sentia um pouco mais confiante e contar com a ajuda dos hobbits o deixava mais calmo. O vilarejo começava a tomar proporções mais familiares para o bárbaro. Casas demolidas, área de treinamento, armas espalhadas. Aquele lugar logo viraria um campo de batalha e, no melhor dos cenários, apenas sangue inimigo seria espalhado.

Pela manhã, Dukac conversou com Lain, que discutiram sobre a importância de saber quem eram seus inimigos. O bárbaro já havia batalhado tanto contra os ceifadores de Kesh, quanto com os Málvaros. Mas era perguntar ao conselho se sabiam de mais alguma coisa. Ele se dirigiu a casa do conselheiro e solicitou uma audiência, a noite, com o conselho, que lhe foi concedida.

Quando ele chegou no campo de treinamento, todos os hobbtis já estavam à sua espera. Os soldados já haviam evoluído bem e não precisavam da supervisão constante do bárbaro, que volta e meia, apenas corrigia algum recruta. Olha a postura! Levanta essa lança, soldado! Tava mirando aonde?!Era pra mirar no alvo! Mas a sua truculência não desanimava, eles precisavam aguentar o estresse, pois o pior estava por vir.

Ao final do dia, depois de comer com os aprendizes, Dukac se reuniu com o conselho. Conselheiros, já travei batalhas anteriores com estes inimigos, e a última foi um pouco...estranha. Por favor, gostaria que compartilhassem qualquer conhecimento que tiverem sobre contra quem, ou o que, lutaremos! Os soldados precisam conhecer o inimigo. Ele encara Namai, acreditando que ela teria alguma informação.

21:30, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 5 using 2d6.  Cha.
+1XP

This message was last edited by the player at 00:50, Sat 27 Mar 2021.
Branco
player, 113 posts
Sat 27 Mar 2021
at 13:37
  • msg #15

Re: 04. A Conflagração

Dimur:
Rápido, homem! Inae está morta!

Não foi o teor da frase que assustou o ladino, mas sim como ela foi dita. Ele pulou para dentro da carroça sem raciocinar muito, achando que poderia ganhar algumas moedas como guia. Mas talvez seu corpo o tivesse movido inconscientemente para evitar o reencontro com seu passado trágico, enterrado em Warab. O que aconteceu? Ele pergunta aos integrantes do veículo enquanto os guia de volta para Poaret.
Lain
player, 30 posts
Sat 27 Mar 2021
at 18:34
  • msg #16

Re: 04. A Conflagração

A semana estava passando mais rápido do que Lain desejava. A sensação era de que ainda havia muito a ser feito, e que a vila ainda carecia de defesa. Ao menos o treino com os soldados em formação parecia estar indo bem, e mesmo em pouco tempo, era visível a melhoria.

Pela manhã, Lain e Dukac trocaram ideias sobre o que possivelmente poderiam ter que enfrentar e decidiram os próximos passos. O bárbaro tinha uma vasta experiência, havia enfrentado inimigos diversos, mas ainda assim acharam que seria bom angariar mais informações. Tudo que ela conheçia eram os elfos negros e o exército de Daesha, mas Lain duvidava que eles cruzariam as águas para expandir seu território por aquelas terras. Ao menos era o que ela esperava. Preferiu não contar a Dukac — nem a ninguém — sobre o medalhão e a visão que tivera, apesar dela não ter lhe saído da memória um minuto sequer.

Precisamos levantar as defesas, ela falou, preocupada com a fragilidade do vilarejo. Vou rcrutar um grupo para me ajudar, espero ter toda a vila cercada até o fim do dia.

Assim, com a ajuda dos 10 hobbits que não estavam no treinamento, Lain iniciou a montagem das paliçadas que protegeriam a aldeia.


Lain rolled 10 using 2d6-1.  Construção das paliçadas (INT).
This message was last edited by the player at 23:06, Sat 27 Mar 2021.
Narrador
GM, 165 posts
Sun 28 Mar 2021
at 19:50
  • msg #17

Re: 04. A Conflagração

4º dia antes da Batalha de Poaret
Lain:
Precisamos levantar as defesas, ela falou, preocupada com a fragilidade do vilarejo. Vou recrutar um grupo para me ajudar, espero ter toda a vila cercada até o fim do dia.

Foi uma tarefa muito árdua para a elfa e os seus recrutas. Mas, por fim, um amplo perímetro em torno da praça central foi cercado com paliçadas, firmes e afiadas, de modo que cavaleiros não poderiam invadir facilmente.

Com isso, a Casa do Conselheiro virou o dormitório de todos. E assim, a todo momento havia 3 sentinelas vigiando a frente da Casa e os dois acessos principais, um em cada ponto. A comunicação entre eles se dava por toques de uma corneta de chifre.

Os avanços se provavam sólidos, dia após dia. Ainda assim, faltava aos pequeninos um insuflo de esperança.
Moral dos hobbits: -2
Se quiserem gastar o dia com isso, vocês podem tentar um coaching (detesto esse termo!) com eles. 10+ (+2 moral); 7-9 (+1 moral); 6- (+0 moral, +0 XP).


*   *   *

Branco:
O que aconteceu?

O Cospe-Grosso emudeceu. Apenas via-se a musculatura do seu maxilar se retesando sob o elmo. Talveg tampouco arriscava falar, tinha os olhos fixos na estrada. A carroça trepidava e sacudia, singrando as ruas de paralelepípedo a toda velocidade.

Branco olhou para trás e viu os vitrais da Biblioteca explodirem, e as janelas cuspindo altas labaredas.

Mesmo à distância, o ladino reconheceu a figura trepada nas passarelas da torre, pela sua gargalhada histérica. gyahahahAHAHAHA!!! Era aquele homem maltrapilho e fanático que viram no primeiro dia em Dervis.

Notadamente, a Senhora de Jakin não morreu de causas naturais...

(...)

O comboio precisou seguir uma rota alternativa, contornando Latagam a leste. Muitas vezes tiveram de parar e esconder-se. Hordas de ogros, gnolls e orcs foram vistas cruzando as planícies rumo à capital. Os vilarejos pesqueiros no seu caminho foram todos destruídos!

Era até difícil crer nos próprios olhos! É como se Uhter estivesse em convulsão e as raças selvagens visassem o coração do continente.

Tanto Branco quanto os outros relataram um pernoite aflito e de pouco sono. Em razão de todas essas precauções, vocês só alcançaram Poaret na noite do dia seguinte...

*   *   *

Mais tarde, durante o jantar, o bárbaro dirigiu-se ao Conselho:

Dukac:
(...) Por favor, gostaria que compartilhassem qualquer conhecimento que tiverem sobre contra quem, ou o que, lutaremos! Os soldados precisam conhecer o inimigo. Ele encara Namai, acreditando que ela teria alguma informação.

Os nativos de Poaret olharam-se desconcertados.

Imaginávamos que você pudesse nos dizer, bárbaro, respondeu Namai, devolvendo a encarada.

Yulot ajuntou: Os Ceifadores de Kesh — você os conhece bem — são anões, brutos e impiedosos, que cavalgam os Xebi, grandes bodes montanheses. O hobbit passou a mão na barba por fazer, pensativo. Assim que os Malvar puseram em marcha seu projeto de poder, os Ceifadores se corromperam e tomaram as comunidades livres de Latagam.

O hobbit pigarreou de nervosismo, antes de continuar: Agora Omak, "o Exortador" os lidera. Um feiticeiro cruel, não sabemos muito mais que isso. Talvez tenhamos de enfrentar uma ou duas centenas deles..., concluiu vagamente, salientando o pesar dos membros do Conselho.

Lain, que os ouvia em silêncio, notou que a previsão de Polo era correta: um denso nevoeiro se formava ao redor da praça central, que é a parte mais baixa da vila. Isso quer dizer que, nessas condições, quem se aproxima da praça só consegue enxergar bem quando já está muito perto...

Coincidentemente, nessa hora, soou um alerta: boooOOOOMMM!!!

A visibilidade do vigia não lhe permitiu antecipar o alerta e, por isso, vocês não tiveram tempo de reação. Das brumas da via nordeste emergiram duas carroças. E nelas, sob o estandarte do Pardo, as pessoas de confiança da Sábia.
Dukac, O Sanguinario
player, 125 posts
Sun 28 Mar 2021
at 23:47
  • msg #18

Re: 04. A Conflagração

As informações dos anciões realmente não eram novas. Os Ceifadores se corrompendo por poder tão pouco surpreendia Dukac. O que o preocupava era a moral da tropa, ele precisavam estar resolutos para enfrentar aqueles monstros. Além disso, o bárbaro tinha que ser franco e prepará-los para a atrocidade que se aproximava.
Narrador:
boooOOOOMMM!!!

O bárbaro corre para a praça e não contem o sorriso ao ver rostos familiares. Companheiros! Finalmente temos reforços! Acreditando que vieram proteger a vila.

*   *   *


No quinto dia de preparação, Dukac discutiu com os soldados os pontos fortes e fracos do inimigo. Eles se entreolharam, alguns ficaram temerosos, mas ele tentou acalmá-los. Não temam, eu estarei lá para liderá-los!

Depois do treino, Dukac achou que poderia reduzir o risco do combate direto instalando armadilhas do lado de fora da fortificação. Ele convoca meia dúzia de hobbits coletores e passa as instruções. Muito bem, primeiro cavaremos alguns buracos, depois iremos fincar uns bambus... Mas o bárbaro não estava acostumado a construir armadilhas, sua expertise era nas lutas. Então, os construtores começaram a perguntas detalhes que ele desconhecia. Senhor, qual a profundidade? Onde cavamos? perguntou um dos construtores. E qual o tamanho das estacas? Perguntou outro mais ao fundo. O bárbaro não conseguiu responder. É...uhmmm...vou deixar esses detalhe com vocês, mãos a obra pessoal! Bateu umas palminhas e saiu, retornando ao campo de treinamento.

Mais tarde, Dukac retornou para ver como estava o andamento das armadilhas. Mesmo com poucas instruções, os hobbits foram capazes de escolher bons locais. Mas eles apenas cavaram buracos de um metro e meio de profundidade, e ainda não colocaram as estacas. Obviamente que, se os inimigos fossem pequenos como eles, as armadilhas retardariam o ataque, o que não era o caso. O bárbaro se aproxima de um dos trabalhadores, pensa em questionar a eficácia das armadilhas. Mas ele hesita ao ver a face cansada do hobbit.


20:03, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 2d6-1. Int.
+1 XP

15:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 6 using 2d6-1. Int.

This message was last edited by the player at 18:37, Mon 29 Mar 2021.
Branco
player, 114 posts
Mon 29 Mar 2021
at 21:52
  • msg #19

Re: 04. A Conflagração

O silêncio de Dimur e Talveg só deixaram a situação mais sombria. Para completar, a visão da destruição da grande biblioteca fez Branco concluir que Dervis já havia caído por completo. No conturbado caminho de volta para Poaret o cenário de destruição e as hordas de criaturas  trouxeram uma realidade que Branco não havia enxergado, o novo poder que se erguia não era humano. Esses seres não seriam capazes de negociar nos seus termos habituais e, de fato, sua vida estava em perigo, seja lá onde ele estivesse. Ainda assim, não surgia no ladino o sentimento de lutar contra essa força, apenas um desejo de autopreservação.

Viajando noite a dentro Branco se questiona quando chegariam a cidade e pudesse dormir tranquilo. Foi logo surgir o pensamento e a carroça para abruptamente, causando um alto barulho. O ladino desce da carroça e logo vê o bárbaro recepcionando-os. Ele se mantem do lado de fora das fortificações e as observa. Ora ora, vejo que estão trabalhando duro aqui. Todos se acolhem dentro da, agora muito menor, Poaret. O jantar, que já ocorria, termina e Branco se recolhe em um canto isolado, pois não se sentia bem vindo por ali.

No dia seguinte todos parecem ter uma tarefa, e Branco anda pela cidade observando as preparações. Os hobbits parecem treinar com lanças e tiro com arco, porém o resultado não é muito promissor. Duvido que consigam acertar os pontos vitais das criaturas que estão por vir., pensa o albino de forma realista. Desejando colaborar de alguma forma, dentro do que suas habilidades permitiam, o ladino ronda a pequena cidade em uma boa distância, procurando por batedores que poderiam estar observando a movimentação.

Branco rolled 7 using 2d6.  Roll genérico.
This message was last edited by the player at 00:25, Tue 30 Mar 2021.
Lain
player, 31 posts
Mon 29 Mar 2021
at 22:21
  • msg #20

Re: 04. A Conflagração

O nevoeiro que contornava a praça era muito mais cerrado do que Lain esperava. A visibilidade já estava comprometida, e sem boas torres de vigilância, a vila ficaria ainda mais à mercê dos invasores.

Narrador:
boooOOOOMMM!!!


Cree, que estava deitado perto de Lain, levantou a cabeça com as orelhas em riste. Dukac foi o primeiro a correr em direção à praça, e Lain o seguiu, temendo que o ataque estivesse começando mais cedo do que o previsto.

Ducak:
Companheiros! Finalmente temos reforços!


Lain apertou os olhos, distinguindo, com surpresa, a figura de Branco descendo de uma das carroças. Mas ela certamente não compartilhava da alegria do bárbaro. Ele está de volta? Mas por que? E ela sentiu o maxilar contrair. Não gosto disso... se abandonou esse povo uma vez, pode fazê-lo de novo quando mais precisarmos.

Decidiu que ficaria de olho em Branco, atento aos seus movimentos. Mas, por ora, iria dormir. Tinha um dia longo pela frente e pretendia aproveita-lo ao máximo.


(...)

A manhã seguinte mal havia raiado, mas a elfa já estava de pé. O nevoeiro da noite anterior ainda resistia nas primeiras horas da manhã e, ainda que se dissipasse durante a tarde, certamente voltaria a encobrir toda a praça ao cair da noite.

Havia sobrado uma porção decente de pedras, madeiras e tapumes, e o material seria perfeito para a construção de alguns postos de observação nas entradas principais do vilarejo. Aproveitou as construções perto da cerca que haviam montado no dia anterior como base  e começou sozinha a preparação da estrutura; a medida que alguns hobbits surgiam na praça, um grupo de ajudantes se formava e dava mais rapidez ao projeto. Força, precisamos ter certeza que a estrutura está sólida o bastante! Usem todo o material que precisar.


Lain rolled 10 using 2d6.  Montagem dos postos de vigilância (CHA).
This message was last edited by the player at 23:16, Mon 29 Mar 2021.
Narrador
GM, 167 posts
Tue 30 Mar 2021
at 19:27
  • msg #21

Re: 04. A Conflagração

Antevéspera da Batalha de Poaret

Mais uma vez, Branco teve uma noite agitada, volta e meia acordando sobressaltado. Recostado numa árvore, atrás do templo, sabia que não corria riscos enquanto os sentinelas fizessem turnos de vigília. No entanto... não era isso. Não era medo que lhe atrapalhava o sono. Mas uma insistente impressão de acossamento... como sussurros raivosos no seu ouvido. Chegou a duvidar se não estava enlouquecendo.

Pela manhã todos pareciam já estar engajados nas suas tarefas. Pela primeira vez, os hobbits lhe dirigiram olhares contentes, de agradecimento pelo retorno. Mais ainda, Oriag, na noite anterior. Branco, então, decide esquadrinhar o terreno.

Poaret está inserida numa amplíssima clareira, no meio da floresta. Tem um formato de bacia, para o centro da qual parece escoar a água subterrânea que abastece a vila e irriga as plantações. Nessa parte baixa é onde fica a praça central.

A via nordeste de acesso é visivelmente a mais usada, dadas as marcas de pisoteio. É mais cascalhosa e retilínea — o que, para invasores montados, é ideal num ataque em carga. Já a via sudoeste, esta é mais lamacenta e passa por uma garganta entre dois morros, perfeita para uma emboscada.

Contornando a borda da mata ao redor de Poaret, Branco não viu qualquer sinal de batedores. Mas, caso houvesse, não precisariam chegar perto para notar que a vila se fortificava — as marteladas e o vozerio ecoavam longe.

*   *   *

Enquanto isso, Dukac reforçava o treinamento militar, ao passo que desenhava as táticas de defesa.

As paliçadas serviriam para conter a cavalaria, mas os lanceiros e os arqueiros deveriam estar bem posicionados para repelir os invasores. Pensando nisso, o bárbaro também deu a alguns peões a tarefa de cavar fossos. Contudo, apesar dos esforços, as armadilhas ainda precisavam de melhoras... o que foi frustrante para todos.

*   *   *

Lain:
Força, precisamos ter certeza que a estrutura está sólida o bastante! Usem todo o material que precisar.

O empenho de Lain cativou os aldeões, e até os recém-chegados se juntaram na edificação das guaritas elevadas. Os postos de observação, posicionados próximo aos dois principais acessos, garantiam uma boa visibilidade sob neblina, além de um ótimo alcance para os arqueiros.

Talveg, Dimur e os demais não tinham contado nada ainda sobre a Sábia. Esperariam a noite, quando todos estivessem reunidos.

*   *   *

Oriag, que até então andava perdido entre os livros do Conselheiro, convocou a presença dos líderes na área de treinamento no fim do dia. Ele tinha uma descoberta a anunciar.

Tanta empolgação e jovialidade! Branco imaginou o tombo que ele tomaria se tivesse visto o que presenciou em Dervis.

O aprendiz da Sábia declarou ter desvendado o real interesse dos málvaros na mina de sal de Poaret. Em baixa concentração, o musgo pode ser usado como entorpecente. Porém, o produto extraído de altas concentrações da planta, associado à proporção certa de sal e carvão, produzia um potente explosivo!

Permitam-me demonstrar! Para trás, por favor!, ele exclamou, animado. Tirou da caixa um pote esférico de cerâmica, com uma ponta de brasa acendeu o pavio que pendia do pote e arremessou contra os bonecos de palha. POOOWWW!!!

Num lampejo, três bonecos voaram despedaçados! Os aldeões vibraram em comemoração. Já o Conselho se mostrou divido entre a esperança de salvação e o medo daquele poder destrutivo.

Infelizmente, só tinha o suficiente para produzir esse tanto, completou, indicando o interior da caixa de madeira.
Vocês têm +6 bombas (2d6 dano cada).
Moral dos hobbits: -1.


*   *   *

À noite, após o jantar, todos se juntaram em torno do açude da vila.

Talveg, o Pardo, tomou a palavra para dar as más notícias. A Guerra começou. Inae de Jakin foi assassinada e o Conselho Regente de Dervis se desfez. Os Anciãos de cada Tribo se encastelaram. A Era do Búfalo chegou ao fim.

Como o ladino previra, Oriag tombou de joelhos e as lágrimas lavaram-lhe o rosto. Muitos na hora compartilharam da sua dor.

Os instantes de choque foram cortados por uma súbita ventania. O ar sibilava em pulsos, a cada rajada de vento. De repente, abriu um clarão no céu nublado. Uma lua cheia despontou, refletida na água do açude. E, assombrosamente, todos começaram a ouvir uma voz que se confundia com o assobio do vento.

Cree deu um longo uivo, saudando a presença da Sábia. Seu rosto negro e brilhante surgiu, tremeluzindo sobre as águas, no reflexo da lua. Guardem a união, meus filhos!

Essas foram as últimas palavras da Sábia.
This message was last edited by the GM at 19:33, Tue 30 Mar 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 127 posts
Wed 31 Mar 2021
at 03:06
  • msg #22

Re: 04. A Conflagração

O barulho do artifício explodindo causou um flash de memória em Dukac. Uma cena de Kirah pegando fogo, com corpos espalhados pelo chão. O bárbaro levou a mão a cabeça, mas logo se recuperou. Faz sentido eles quererem essa coisa então... Refletiu. Serão muito úteis na batalha, mas temos que usar com cuidado, não podemos atingir um dos nossos.

A noite, Talveg explicou o ocorrido em Dervis. Apesar de começar a seguir o caminho da redenção, Dukac não tinha uma súbita empatia com qualquer um (mesmo conhecendo a Sábia) e não se comoveu, como Oriag. o bárbaro também não compreendia com clareza a gravidade do evento. Para ele, no momento, o mais importante era defender aquele vilarejo. A última mensagem dela causou um espanto no bárbaro, mas por já ter visto muitas coisas estranhas nas últimas semanas, se manteve calado. Talvez um último truque?

Nó último dia de treinamento, ele discutiu a formação com as tropas. Muito bem, precisamos de três arqueiros na torre sudoeste e quatro na torre nordeste. Vocês quatro, referindo-se aos lanceiros, fiquem na entrada sudoeste. E o resto, na entrada nordeste. Arqueiros, fiquem atentos, vou querer informações sobre a quantidade de inimigos em cada lado a todo momento, assim podemos mover as tropas para a batalha. Os soldados concordaram com a formação. Certo pessoal, peguem leve com o treinamento de hoje, precisam estar descansados para amanhã. Dispensados!

O bárbaro havia passado a madrugada pensando nas armadilhas. Droga, desse jeito nunca vai dar certo, precisamos das estacas! Depois de passar as instruções para os soldados, ele reuniu alguns dos construtores e resolveu tentar novamente. Certo pessoal, as armadilhas estão boas, mas podem melhorar! Elas precisam ter por volta de dois metros de profundidade e com estacas de bambus no fundo! As estacas podem ser de 1 metro. Ele continuou detalhando o projeto. Além disso, elas precisam estar cobertas. Façam uma telhado e joguem um capim por cima, isso vai lidar com os primeiros cavaleiros. Dessa vez os hobbits sentiram confiança e, prontamente, começaram as melhorias nas armadilhas.

23:50, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6-1.  Int.

Ao final do dia, durante a janta, mesmo com o progresso da semana, o povo ainda estava apreensivo. Era de se esperar de uma simples vila. Dukac sente que precisa aumentar a moral, principalmente dos que iriam estar no campo de batalha. O bárbaro pega a caneca de hidromel, e se levanta. Sei que muitos de vocês estão com medo, posso ver em seus rostos. Alguns desviam o olhar ou abaixam a cabeça. Mas mesmo com medo, vocês nunca desistiram! E é isso que mais importa na batalha, a coragem! Amanha será o dia em que vocês irão lutar pelas suas vidas como nunca lutam antes, e eu tenho certeza de que estão todos muito bem preparados! A vitória! Os hobbits vibram ao final do discurso e fazem um grande brinde.

23:59, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6.
Branco
player, 115 posts
Wed 31 Mar 2021
at 14:13
  • msg #23

Re: 04. A Conflagração

Mais uma difícil noite para Branco e ele começa a pensar que para cada uma boa noite de sono, três são ruins. Logo cedo os hobbits os olhavam de forma diferente, mas ele não fazia questão do afeto. Fariam o mesmo se soubessem que voltei por puro acaso?, guardou o pensamento. O ladino achou melhor deixar os hobbits livres em sua criatividade nos motivos nobres que o fizera voltar, quem sabe ele não pudesse se aproveitar disso depois?

Logo depois, vasculhando o terreno em volta ele percebe o quão desvantajoso para a batalha o lugar é. Será que vim morrer aqui? Porém a garganta a sudoeste poderia ser usada como emboscada, mas ele ainda não sabia como. A vila tinha poucos "soldados", e não poderiam arriscar perder alguns nesse plano. Ele precisaria de algo que apenas uma pessoa pudesse causar o máximo de dano, mas o que? Uma pedra talvez? Mas como uma pessoa a empurraria? E como trazer até aqui? O ladino pensa do alto da ravina enquanto observar o lugar. Dukac seria a opção mais óbvia, mas não seria inteligente deixar o bárbaro com algo tão trivial. Ele volta para a vila sem concluir o plano.

Mais tarde, Branco observa a apresentação de Oriag com o explosivo, e junto com o estouro veio um clique na mente do albino, É isso!, Podemos usar isto do alto da ravina, ele aponta. Um de nós ficará entocado lá em cima, quando os soldados chegarem perto o bastante lançamos a bomba. Acho que duas podem ser suficiente. Porém, a ideia não parece agradar os hobbits, primeiro por ter de manusear algo tão perigoso, e segundo em ter que ficar do lado de fora da fortificação. Branco percebe a hesitação do povo e conclui, Eu posso fazer isso... Assim que lança-las eu volto pra dentro. Um ar de alívio domina o lugar, e Branco recebe mais olhares de gratidão.

A noite todos estavam reunidos para receber as notícias de Dervis. Branco se apoiava em uma árvore um pouco distante. O céu nublado o deixava praticamente invisível. A notícia foi devastadora para muitos, mas o ladino não se comoveu. Logo em seguida a visão da Sábia surge nas águas, e Branco arregala os olhos em surpresa. Ele não se atenta muito ao que ela fala, mas se questiona "Podemos falar com os mortos!?".

No dia seguinte todos voltam as suas tarefas e o ladino decide ir preparar sua emboscada. Ele volta ao alto da colina e observa melhor o lugar. Preciso de algo para me camuflar, posso colocar moitas aqui. Por mais que o plano desse certo isso não seria suficiente para eliminar o exército inimigo, ele precisava de um plano de fuga. E o único lugar seguro era dentro do vilarejo, Bem, pelo menos o mais seguro. Ele olha, ali do alto, para a pequena vila e pensa em como entrar de volta sem dar espaço para os invasores. Ele vê a noroeste dali uma parte das paliçadas camufladas por algumas árvores. Talvez eu consiga deixar um pequeno espaço ali suficiente entrar. Ele chega mais perto para verificar, e infelizmente não havia espaço. Como ele havia proposto o plano decidiu que teria que improvisar sua entrada no decorrer da batalha.


Branco rolled 6 using 2d6.  Passagem Secreta - INT.
+1 XP

This message was last edited by the player at 16:36, Wed 31 Mar 2021.
Lain
player, 32 posts
Wed 31 Mar 2021
at 16:27
  • msg #24

Re: 04. A Conflagração

A construção das torres havia levado praticamente o dia inteiro, e o cansaço era visível no rosto de todos. Mas havia também a sensação de dever cumprido e uma certa ponta de esperança que começava a colorir os semblantes dos hobbits. Eles sorriam e cutucavam uns aos outros, orgulhosos do que haviam feito, e Lain não conseguiu segurar um sorriso também.

Não que seu coração estivesse calmo, pelo contrário. A ansiedade a consumia e ela temia se ver paralizada frente a mais uma guerra — que talvez, mais uma vez, não conseguiria vencer. Ao menos Cree já parecia melhor, retomando até seus hábitos caçadores: a carcaça de um pequeno coelho estava sendo devorada sem cerimônia pelo lobo em algum ponto mais afastado da praça.

Mais tarde, a demonstração de Oriag deixou todos surpresos e assustados ao mesmo tempo, com o poder destrutivo do explosivo. O barulho havia sido tão alto que muitos precisaram segurar os ouvidos para proteger os tímpanos. Então era isso que tanto importava naquela mina... sabia que uma vila simples como essa não havia sido atacada por mero acaso.

Não há como produzirmos mais? ela questionou Oriag. Ele se mostrou pouco confiante: não haveria tempo o suficiente para extrair a quantidade necessária e fazer a mistura a tempo. Lain assentiu, pensativa. Ouviu a ideia de Branco, mas balançou a cabeça. Perigoso demais se expor assim...

Passeou mais um pouco pela praça, revisando tudo que já havia sido feito e tentando achar os pontos fracos daquela defesa. Por via das dúvidas, manteve os cavalos todos agrupados em uma parte estratégica da vila; em caso de emergência, seriam usados para fuga.

Deixou os pensamentos para depois quando se dirigiu ao jantar, e achou que teria uma noite tranquila, mas as notícias compartilhadas após a refeição trouxeram lágrimas e medo aos presentes. A aparição da Sábia havia deixado todos ainda mais confusos, ao que parecia, e Lain torceu para que a moral dos aldeãos não estivesse abalada depois de tudo que haviam escutado.

Acordou na manhã seguinte com uma ideia. Procurando as carroças que haviam trazido os forasteiros, começou a tecer seu plano. Enquanto Dukac melhorava as armadilhas e fazia um último treino com a infantaria, Lain convocou seu grupo de ajudantes. Precisamos transformar essas carruagens em catapultas, duas ao menos. As rodas vão ajudar a move-las pela aldeia e com isso podemos arremesar os explosivos por cima das paliçadas e garantir mais uma forma de ataque sem nos expor!

Os hobbits olharam um pouco indecisos, mas Lain continuou decidida a faze-los se animar com a ideia. Sei que temos pouco tempo, mas viram como nossos esforços conjuntos deram certo com as torres? Sei que podemos fazer isso também!


Lain rolled 3 using 2d6-1.  Catapultas (INT)
+1XP

Lain rolled 6 using 2d6-1.  Catapultas (INT).

This message was last edited by the player at 16:56, Wed 31 Mar 2021.
Narrador
GM, 168 posts
Thu 1 Apr 2021
at 19:48
  • msg #25

Re: 04. A Conflagração

Véspera da Batalha de Poaret

O frio apertou novamente em Poaret. Sendo assim, Branco já não podia mais passar a noite ao relento.

A Casa do Conselheiro estava lotada. O Armazém passava a noite trancado. Então, só lhe sobrou o Templo, que os málvaros tinham feito de estábulo! — mais como um ato simbólico do que prático.

E para o desassossego do ladino, seu sono tem sido cada vez mais agitado, entrecortado por sustos. Algumas vezes chegou a acordar arfando, com a adaga na mão. Talvez por isso os cavalos também ficassem inquietos...

Ao longo do dia, enquanto Dukac dava instruções táticas e inspecionava as armadilhas, Lain perseguiu uma ideia ambiciosa... ambiciosa demais!

As contínuas tentativas de improvisar catapultas falharam amargamente. Não tinham a madeira adequada, as ferramentas... muito menos um construtor de guerra, experimentado! Embora os hobbits respeitem a hierarquia outorgada pelo Conselho, muitos reclamaram por gastar a véspera da batalha num esforço que obviamente daria errado!

*   *   *

Nesse mesmo dia, mais tarde:
Branco:
Preciso de algo para me camuflar, posso colocar moitas aqui.

O ladino preparava a sua tocaia e sondava alguma forma de retornar à vila por entre as paliçadas.

A curta tarde de inverno já escurecia quando, do alto do morro, Branco viu um cavaleiro ao longe, beirando a mata. Não tão longe assim, aliás. Ele já devia já estar lá, à espreita, há algum tempo. E seguramente viu que Poaret se fortificava.




Estava coberto pelo manto rubro dos Malvar. Ele (ou ela) não pareceu se importar de ter sido notado. Tranquilamente, puxou seu cavalo de volta para a mata e partiu.

*   *   *

E à noite, durante o jantar:

Dukac:
O bárbaro pega a caneca de hidromel, e se levanta. Sei que muitos de vocês estão com medo, posso ver em seus rostos. Alguns desviam o olhar ou abaixam a cabeça. Mas mesmo com medo, vocês nunca desistiram! E é isso que mais importa na batalha, a coragem! Amanha será o dia em que vocês irão lutar pelas suas vidas como nunca lutam antes, e eu tenho certeza de que estão todos muito bem preparados! A vitória! Os hobbits vibram ao final do discurso e fazem um grande brinde.

IÊÊÊÊÊÊêêêê!!!, comemoraram os aldeões.

Canecos de cerveja se chocaram, trocou-se abraços! Alguém tirou um pífano e um pandeiro, e os mais jovens dançaram alegremente em volta da fogueira. Essa seria provavelmente a última festa das suas vidas.

Moral dos hobbits = 0

A partir daqui, digam o que vocês farão nessa noite e no começo da manhã seguinte. Os preparativos terminaram (i.e., o moral dos hobbits não muda mais).

Branco
player, 116 posts
Fri 2 Apr 2021
at 00:55
  • msg #26

Re: 04. A Conflagração

Branco avisou a Dukac e Lain sobre o batedor que havia avistado, certamente a batalha seria no dia seguinte. A noite o ladino se recolheu no mesmo recanto que a noite anterior, o antigo Templo. Porém, achava que ficava mais cansado ao fracassar tentando dormir. Se convenceu de que essa foi a razão de passar a noite em claro, e não a perturbação que sentia nos últimos dias. Tentou se manter aquecido enquanto esperava os primeiros raios de sol, que ao surgir no horizonte sai e se prepara para tomar seu posto. Ele já havia deixado as duas bombas no local e além disso pega um arco e algumas flechas. Antes que o centro da vila se enchesse de hobbits ele passa pelas paliçadas e olha uma última vez para traz. Dukac estava lá, preparando os pequenos soldados. E por uma fração de segundos seus olhares se cruzam. Nenhuma palavra foi dita, apenas um aceno de cabeça cordial. Lain, que parecia se preparar para provavelmente ser uma sentinela em uma das torres, também lança um olhar, mas sem nenhuma cordialidade ou empatia com o ladino. Ele se vira e da uma pequena risada, lembrando de quantas vezes sentira olhares carregados de julgamento. Não era a primeira vez, e com certeza não seria a última. Pelo menos era o que ele desejava. Ele esvazia a mente enquanto sobe em direção a sua moita improvisada. Se abaixa e deixa o arco e flechas em fácil acesso, assim como as bombas, e aguça a visão no horizonte buscando qualquer tipo de movimentação.
Dukac, O Sanguinario
player, 128 posts
Fri 2 Apr 2021
at 03:21
  • msg #27

Re: 04. A Conflagração

Dukac aproveitou a festa para se embebedar e encher bem a barriga. Lembrou de uma das noites em Dervis, a última em que teve uma companhia feminina. E que companhia! Mas dessa vez o bárbaro dormiria sozinho. No clima acalorado, ele se deu conta que estava a uma semana convivendo com Lain e não sabia nada de sua história! Ele a viu sentada num canto, alimentado Cree, e sentou ao seu lado. O lobo não demonstrou se importar, o que autorizava a proximidade do bárbaro. Com um tom alegre, ele disse. Amanhã será uma dia entanto, não é?! E prosseguiu num tom mais ameno. Não sei se está acostumada com isso, mas é importante relaxar antes de uma batalha. Disse, enquanto batia na cabeça com um dos dedos. Já sei! Que tal me contar uma história de onde você veio? Muitos guerreiros relaxam contando coisas.

*   *   *

Passou verificando as armadilhas logo pela manhã do dia seguinte. Depois, o bárbaro aproveitou o último boneco de palha que havia sobrado do teste com a bomba para se familiarizar melhor com sua nova arma. Dukac se adaptou muito rápido e logo seus movimentos estavam fluidos, como se as Lâminas da Destruição fossem uma extensão do seu corpo. Apesar da responsabilidade que tinha naquela batalha, ele estava ansioso para testa-la.

Um pouco mais tarde ele se reuniu com o pelotão de defesa uma última vez e repassou a formação. Eles pareciam seguros de si, o discurso da noite anterior havia tirado qualquer traço de dúvida que os assolavam. Muito bem pessoal, em suas posições. Arqueiros, emitam o alerta assim que avistarem algo!

Com Branco na estrada sudoeste, Dukac se dirigiu a outra entrada da vila, para ficar de guarda. No caminho, ele encontrou com Lain. Talvez fosse melhor você ficar de guarda nesta torre, o outro lado já está bem seguro. Sugeriu, enquanto apontava para trás com o polegar.
Lain
player, 33 posts
Fri 2 Apr 2021
at 18:19
  • msg #28

Re: 04. A Conflagração

O dia havia sido frustrante para Lain e ela não estava em seu melhor humor. As catapultas não tinham dado certo, os hobbits reclamavam do cansaço desnecessário e ela teria que continuar aturando a presença de Branco na vila.

Tentou ignorar os problemas durante o jantar, apesar dos pensamentos inconvenientes continuarem florescendo na sua cabeça. Alguém havia dado a ela um caneco com alguma bebida alcóolica, mas ela tinha preferido deixar de lado durante o jantar. Se distraia com Cree aos seus pés, jogando para o lobo os ossos do assado que tinha acabado de comer, quando Dukac se aproximou.

Dukac:
Amanhã será uma dia entanto, não é?! Não sei se está acostumada com isso, mas é importante relaxar antes de uma batalha. Já sei! Que tal me contar uma história de onde você veio? Muitos guerreiros relaxam contando coisas.


Lain olhou surpresa para o bárbaro. Apesar de estarem convivendo há alguns dias, não haviam trocado muitas palavras que não fossem sobre os preparativos ou estratégias para a batalha que viriam a enfrentar. Mas, apesar do seu jeito bruto, ela não sentia nenhuma animosidade vinda dele. E agora, ao contrário do rosto sissudo que costumava exibir durante os treinamentos, parecia alegre. Talvez alegre demais.

Uma história? Ela falou, surpreendida pela conversa inesperada. Meu povo foi dizimado. É uma boa história para você? pensou, amarga, mas sem ter coragem de dizer em voz alta. Preferiu mudar o rumo dos pensamentos.

Vim de um lugar com uma natureza muito mais exuberante do que aqui, ela começou. As florestas são muito mais densas, os lagos muito mais limpos. Nossas cidades eram incrustadas nas montanhas e nos bosques, os elfos sempre souberam viver em harmonia com o meio-ambiente e entre si. Bom, os elfos da floresta, isso é. Nem todos são assim. E ela fez uma pausa. Dukac continuava a olhando com atenção. Os mais velhos diziam que nossos ancestrais dominavam a magia branca, que conjuravam poderes da natureza para criar barreiras de proteção, curar doentes e coisas assim. E que isso teria ajudado nossa raça a resistir por tantos anos.

O bárbaro fez menção de interrompê-la, mas Lain continuou, já prevendo a pergunta.

Não, não tenho nenhum desses poderes nem sei nenhuma dessas magias. Há muitos milhares de anos, alguns elfos decidiram que da mesma forma que podiam usar encantamentos para defesa e tratamentos, podiam também usar para ataques e destruição. Isso dividiu a opinião dos elfos: alguns achavam que não precisávamos de nada além do que já conseguíamos com a natureza, outros achavam que devíamos exterminar outros povos e expandir nosso território. Não deu certo e os dois grupos se separaram. Lain encolheu os ombros. Dizem que foi assim que surgiram os elfos negros. E os elfos da floresta que se mantiveram firmes no seu propósito de evitar danos a outras raças decidiram que seria mais seguro limitar o acesso às magias. Somente alguns poucos escolhidos participavam dos rituais e aprendizados, geralmente um a cada geração. Esse tipo de encantamento é algo muito sagrado para ser ensinado a qualquer um.

Infelizmente, Dukac respondeu, entornando na boca mais um gole da bebida. Uma magia de cura teria sido muito útil naquela caverna.

Não se preocupe, ela falou, pensando em como estava decidida a não colocar a vida do bárbaro em risco novamente. Não vai precisar disso de novo tão cedo.

E pegando seu caneco que ainda estava intocado, fez um brinde com Dukac, tomando enfim o primeiro gole da noite.

(...)

O dia seguinte raiou cedo e com o ar ainda frio nas primeiras horas da manhã. Todos haviam levantado junto com o sol, talvez preocupados, talvez ansiosos demais para continuar na cama. Era unânime o pensamento de que o primeiro ataque ocorreria naquele dia, a qualquer momento, e ninguém queria ser pego desprevenido.

Enquanto Dukac checava as armadilhas e se mantinha ativo testando suas lâminas, Lain fez uma nova ronda pela vila, se assegurando que todos estavam bem para a possível batalha que enfrentariam. Visitou as crianças e idosos que estavam protegidos em uma das casas e confirmou novamente a posição dos cavalos para uma possível retirada. Verificou as torres, se certificando que estavam firmes o suficiente, e ficou satisfeita com o que encontrou: tudo parecia pronto. Ao menos na medida do possível: tiveram apenas poucos dias para se preparar e fortificar um vilarejo com nenhuma experiência prévia de guerra. Lain torceu para que aquilo tudo fosse o suficiente.

Lembrou-se da conversa com Dukac na noite anterior, o que, somado com aquele clima iminente de batalha, lhe dava saudades de sua cidade natal. Assim que teve um tempo a sós, puxou o medalhão que guardava ao redor do pescoço e olhou fundo dentro da jóia. Invocou o nome de Cahnora novamente, aguardando aflita o que veria dessa vez.

A visão foi interrompida pela voz do bárbaro, sugerindo que Lain tomasse lugar na torre norte. Ela apenas assentiu, ainda com a imagem impregnada na cabeça.

Lain rolled 10 using 2d6+1.  Medalhão (WIS).
This message was last edited by the player at 22:17, Fri 02 Apr 2021.
Narrador
GM, 169 posts
Sun 4 Apr 2021
at 01:59
  • msg #29

Re: 04. A Conflagração

Dada a conversa de Lain e Dukac, há que se destacar algumas coisas vocês já sabem, e outras que ainda saberão...

Há pouco mais de dois milênios, teve fim a chamada "Era do Rato", quando a fome e a peste segregaram os povos de Uhter. Foi aí que a maior guerra na história do continente acabou: os Elfos se retiraram para a Ilha de Ayaram, onde se isolaram por séculos a seguir.

As histórias contadas de uma geração para a outra guardam alguma verdade, embora não sejam precisas. Certas sociedades élficas de Ayaram praticamente aboliram a prática da magia, ao passo que outras iniciam nos Arcanos os membros eleitos a guardiões.

Tal como na última Era, hoje Uhter vê ressurgir a ameaça dos Elfos Negros — assim chamados, porque o mal que lhes corrompe a alma faz enegrecer as veias do corpo. E a origem desse mal não é a prática da magia. É, sim, o desejo do poder a todo custo...

*   *   *

Antes do alvorecer, os defensores de Poaret já estavam de pé e assumindo seus postos.

Namai, Djeli e os membros do Conselho fizeram do Casarão uma enfermaria.

Arvat e Oriag ataram um cavalo à carroça, para levar feridos à enfermaria e munições aos arqueiros.

Talveg e Andrós tomaram outros dois cavalos, para cobrirem toda a extensão da área defendida, a fim de repelir o inimigo que furar o bloqueio das paliçadas.

Dimur estava irreconhecível! Armadurado com uma couraça endurecida, um elmo que cobria até o pescoço, encontrava-se ajoelhado em frente ao Templo. O grande escudo oval de lado e as mãos apoiadas sobre a pesada maça. Curiosamente, ele orava para os seus deuses num templo hobbit: um perfeito exemplo do sincretismo que Dervis um dia significou.

*   *   *

Lain temia ser esse o dia da sua morte e desejava ver a sua vila natal, se assim fosse, uma última vez.

Silenciou todas as vozes, externas e internas, e a sua mente foi levada a Cahnora.

Mais uma vez, a imagem das ruínas desabitadas deu-lhe um aperto no peito. É como estar sonhando: não se vê as minúcias do lugar, apenas uma percepção geral. Mas, subitamente, algo lhe chamou a atenção. Ou melhor, alguém. Elfos do norte, rastreando os vestígios da passagem das tropas de Daesha.




Tome! Isso é pra você!... Lain, você está me ouvindo?

*   *   *

Lain voltou em si no susto. Sawo a chamava e lhe entregou um bom arco recurvo que tinha de reserva.
Lain tem um arco e +6 flechas

Logo, ele foi até o meio da praça e de lá enviou o falcão para o alto. O animal sobrevoou a vila, desenhando cículos amplos no céu e, quando pousou na praça novamente, metamorfoseou-se no elfo Tsobo.

O druida fez uns sinais com as mãos e apontou para oeste. Sawo interpretou o recado: Cem homens montados vindo daquela direção.

Em polvorosa, cada um correu para ocupar a sua posição. Os hobbits estavam assustados e, não fosse o gigante Dukac dando-lhes as ordens, provavelmente teriam fugido.

Os momentos que se seguiram foram de extrema tensão. A névoa que encobria a lavoura começava a se dissipar, conforme o sol raiava.

Em seguida, a crista dos morros a noroeste foram dominadas por uma centena de soldados montados! Quase todos eles, anões montados em enormes bodes montanheses com as lanças para cima. A superioridade numérica é evidente e, perfilados assim, ficam ainda mais imponentes!

po-POOOOOMMMMMMM...!, anunciou o berrante do inimigo.

Imediatamente, as únicas três figuras a cavalo (supostamente, humanas) desceram o divisor d'águas entre a fazenda Helveran e a sua vizinha a leste. Interromperam-se a uma distância em que dificilmente seriam atingidos por flechas.

Os dois escudeiros traziam um estandarte com o sol Malvar preso às suas lanças e trajavam a mesma capa avermelhada. Já o cavaleiro do meio, mais adiantado, ostentava vestes douradas e pomposas. Sem dúvidas, tratava-se de Omak, o Exortador.




Povo de Poaret, clamou o feiticeiro, rendam-se e pouparemos as suas vidas! Queremos apenas os criminosos fratricidas que os lideram. Sua fala, grave e imperativa, retumbava de maneira sobrenatural.

Criminosos? Fratricidas?! Do que ele está falando?! Os hobbits começaram a rumorejar, abalados.
Narrador rolled 5 using 2d6. Moral dos hobbits.
This message was last edited by the GM at 11:15, Sun 04 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 129 posts
Mon 5 Apr 2021
at 01:19
  • msg #30

Re: 04. A Conflagração

Era nítido o terror dos hobbits, e com justificativa. Aquilo poderia ser um massacre! Dukac seguiu por dentro da fortificação, até obter uma visão mais ampla do exército inimigo. No caminho, ele tentou manter a tropa firme. Homens, não temam! O inimigo quer nos desmoralizar! Não acreditem nessas mentiras, eles iram escravizá-los para extrair musgo da mina! O bárbaro sacou uma das lanças reservas e lançou, por cima da paliçada, contra as tropas inimigas. Aqui está a nossa resposta! Se chegarem mais perto irei arrancar as suas cabeças!

22:00, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1,5 using d6,d8+3. Power over others
+1XP
Tentei mandar uma intimidação

This message was last edited by the player at 01:20, Mon 05 Apr 2021.
Branco
player, 117 posts
Mon 5 Apr 2021
at 17:52
  • msg #31

Re: 04. A Conflagração

Branco vê de longe o exército Malvar se aproximar por um caminho que ele não esperava. Claro, porque usariam a estrada!? Ele se mantem escondido na moita e observa a movimentação do inimigo. A breve fala do líder feiticeiro já parece ser suficiente para abalar a moral dos hobbits. Estão se borrando de medo! Qualquer coisa os farão querer desistir! Logo em seguida Dukac faz um lançamento vergonhoso, mas com claro objetivo de intimidação. Belo aquecimento, bárbaro! o ladino pensa em tom jocoso, sem ninguém ao seu lado que possa rir.
Narrador
GM, 170 posts
Mon 5 Apr 2021
at 20:24
  • msg #32

Re: 04. A Conflagração

Já diziam os antigos sábios de Kirah, aldeia natal de Dukac: "o bom guerreiro vence a batalha antes mesmo que as espadas deixem a bainha". De fato, o bárbaro sabia da importância desse prelúdio à batalha, travado a nível psicológico.

Dukac:
Aqui está a nossa resposta! Se chegarem mais perto irei arrancar as suas cabeças!

O arremesso da lança fazia parte desse jogo mental, é claro. A distância era muita, até para uma flecha. No entanto, o desfecho foi infeliz! A lança voou sobre uma distância considerável, mas bateu na copa da árvore e caiu, pifiamente.

Uma gargalhada estalou entre os anões, do alto dos morros. Esse é o temido assassino de Kirah?! Hahaha!, debochavam eles do bárbaro. Dukac sentiu o sangue ferver de ódio, ao ponto de nublar a sua razão!
Dukac tem -1 para a próxima jogada

Os hobbits mantiveram-se firmes nos seus postos, mas se entreolhavam nervosamente, inseguros. Não era só o medo do oponente. Também surgiu entre eles o receio de estar lutando ao lado das pessoas certas.

Mas foi nessa hora que os membros do Conselho saíram da enfermaria e aproximaram-se das paliçadas para medir o inimigo. Além disso, eles trouxeram seus tambores e seu canto de guerra:


"Nem o sussurro mais doce,
Nem o rugido mais bravio
Podem me tirar do meu caminho"

Repetiram essas palavras como um mantra, em crescente intensidade. Os aldeões aderiram ao canto em coro, novamente inspirados a lutar contra os algozes do seu povo. Poaret não se renderá!

Omak e seu séquito ouviram a resposta de Poaret em silêncio. Os Ceifadores também se calaram. Logo, o feiticeiro e seus escudeiros deram as costas e subiram o morro de volta. Na subida, Omak fez um ligeiro gesto para os anões, apontando para a direita e para a esquerda.

Logo, dois destacamentos de aproximadamente vinte lanceiros montados partiram a galope, contornando a vila, aparentemente em direção às vias de acesso principais. EM SUAS POSIÇÕES!!!, berrou Yulot, retornando com o Conselho à enfermaria.



A troada dos cascos fez tremer a terra!

Apontem no mapa onde vocês estarão, preparados de que maneira. Se Lain ou Dukac forem dar ordens aos hobbits, especifiquem para quais, indiquem com setas, e rolem 2d6 para eles.
Lain
player, 34 posts
Mon 5 Apr 2021
at 22:41
  • msg #33

Re: 04. A Conflagração

Do alto da torre Norte, Lain acompanhou apreensiva a tentativa de intimidação de Dukac e a consequente risada que surgiu entre a fileira de inimigos. Os hobbits que a acompanhavam trocaram olhares preocupados e, não fosse o cântico do Conselho para imbuir-lhes de coragem novamente, alguns já teriam largados ali mesmo seus arcos.

Mas agora a ameaça era real e avançava a galopes rápidos pela estrada. Se dividiam em dois grupos, vindos do norte e do sul, furiosos e beligerantes. Havia algumas armadilhas montadas na trilha, e com sorte, alguns seriam pegos, mas muitos conseguiriam escapar e, se não fossem interrompidos de outra maneira, chegariam em um instante até as paliçadas.

Atenção, arqueiros! Preparem suas flechas! Lain gritou para os três que a acompanhavam na saída norte. Ao meu sinal!

Ela esperou a distância estar adequada o suficiente e comandou o ataque, disparando junto com eles em direção aos lanceiros.

Lain rolled 8 using 2d6.  Arqueiros Norte.
Lain rolled 7 using 1d8.  Dano hobbits Norte.
Lain rolled 9 using 2d6+2.  Volley.
Lain rolled 6 using 1d8.  Dano Lain.

Flechas remanescentes: 5



This message was last edited by the player at 14:25, Tue 06 Apr 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 130 posts
Tue 6 Apr 2021
at 01:03
  • msg #34

Re: 04. A Conflagração

Os Málvaros e os ceifadores estavam confiantes, mas a arrogância poderiam lhe custar caro. As tropas se dividiram e contornaram a fortificação. Dukac resmunga, teria sido mais prudente alguém ter ficado na outra ponta, para liderar os soldados. Mas ele contava que Branco desse conta do recado sozinho. Além disso, aquele não era o momento para lamentos. A chuva de flechas caiu sobre alguns dos cavaleiros, mas outros conseguiram se aproximar. O galope dos bodes estremecia a terra, mas os hobbits estavam firmes em suas posições. O bárbaro olha para os lados e vê olhares destemidos, a coragem havia superado tudo! RÁ, que dia glorioso! Pensou alegremente. Preparem-se! Ele comandou.

O Primeiro soldado vem com tudo contra a paliçada. O bode, desenfreado, se choca contra as estacas e acaba ficado preso. Agora! Os hobbits aproveitam para usar os espaços e tentar perfurar o cavaleiro, mas acabam acertando o bode! Aliviado, acreditando estar seguro, o cavaleiro de Kesh se preparava para contra atacar, até que escuta sons de batidas de correntes. Antes que pudesse fazer alguma coisa, seu braço é arrancado por dois facões amarrados às correntes.

21:38, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6. Hobbits.
21:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1 using 1d8. Dano hobbits.
21:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 13 using 2d6+3. Hack and Slash.
21:39, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 5 using 1d10+1. Dano.
Ativei o Smash! no 13.

This message was last edited by the player at 01:05, Tue 06 Apr 2021.
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