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, welcome to A conquista de Uhter

17:48, 7th May 2024 (GMT+0)

05. Conhecendo o Inimigo.

Posted by NarradorFor group 0
Narrador
GM, 184 posts
Wed 12 May 2021
at 00:58
  • msg #1

05. Conhecendo o Inimigo

Narrador:
AGORA EU VOU TE TIRAR TUDO!

Um dos hobbits de patrulha chegou instantes depois do corpo de Polo cair no chão. Ele empunhava a lança, vacilante, com uma expressão incrédula. SOCORRO!, ele gritou. Branco sabia que podia se livrar do pequenino sem grandes problemas. Mas a situação era tão absurda, que ele não considerou reagir.

Além disso, o ladino estava em choque! Uma nova realidade se abriu antes os seus olhos.

Branco:
Podemos falar com os mortos!?

Sim! E Branco confirmou isso da maneira mais surreal possível.

*   *   *

De imediato, os outros guardas hobbits correram para lá, seguidos dos demais sentinelas. E, sem demora, quase toda a vila corria na direção da guarita sul.

Dimur abriu passagem entre os hobbits lanceiros. Pelos colhões de Gor, rapaz! O que você fez?!

Logo atrás chegavam Namai e outros. A senhora hobbit, mãe do jovem falecido, já estava aos prantos. Não! Diz que não é verdade... Alguns tentavam acalmá-la e impedir que ela entrasse na guarita. O QUE ESSE ANIMAL FEZ COM O MEU FILHO?! Os sentinelas a custo contiveram a mãe, que se debatia em desespero. ELE TEM QUE PAGAR PELO QUE FEZ!

Dukac e Lain também logo chegaram à porta da guarita.

Primeiro, vamos saber o quê ele fez, contestou Yulot, que entrava no recinto, observando a cena atentamente. Ele se ajoelhou diante do corpo, sem tocá-lo, estudou as circunstâncias e se levantou dizendo: Isolem essa área e reúnam o Conselho.

Ele contornou o corpo pelo outro lado, passando por Branco e ajuntou baixinho: Eu acredito na sua inocência, meu jovem. Então, por favor, coopere e não lhes dê motivos para mais suspeita!, disse já em direção à porta.

Estranhamente, essa foi a primeira vez que Branco recebeu um voto de confiança e foi tratado com humanidade.
Lain
player, 49 posts
Wed 12 May 2021
at 16:40
  • msg #2

05. Conhecendo o Inimigo

O grito de socorro alarmou Lain e ela saiu do seu posto em disparada, até ver a comoção que se formava ao redor da guarita.

De longe, já podia ver Namai descontrolada, gritando, chorando e tendo que ser amparada pelos demais. O rosto estava contorcido de raiva e de dor.

Namai:
ELE TEM QUE PAGAR PELO QUE FEZ!

Lain sentiu o coração aos pulos. Somente uma coisa podia deixar uma mãe naquele estado.

Abriu espaço entre os que se aglomeravam na entrada da guarita e tomou um susto ao ver Polo no chão com o corte na garganta. Seu olhar foi do pequeno hobbit até a adaga ao seu lado, que ela reconheceu ser de Branco. Em seguida, encarou o albino, incrédula, procurando uma resposta.

Namai, por favor, é melhor não ficar aqui... Lain falou. E se dirigindo aos que a tentavam conter, pediu em voz baixa: Levem ela pra casa.

Yulot:
Isolem essa área e reúnam o Conselho.

Yulot saiu da guarita, dispersando os curiosos. Lain deu espaço para o alcaide passar e viu ser Namai ser levada, ainda inconsolável. Olhou novamente para Polo, imóvel e sem vida, deitado na poça do próprio sangue.

O que aconteceu aqui? Perguntou para Branco, segurando a raiva dentro da garganta.
Dukac, O Sanguinario
player, 145 posts
Wed 12 May 2021
at 22:28
  • msg #3

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac dormia um sono pesado mas ao ouvir os gritos acordou já pegando sua adaga. Ahhnnn... o que?! Ele partiu correndo ao lado de Andros para o local, já atumultuado de hobbits. A sua surpresa era tanto quanto a de Branco. Puta merda garoto, sobreviveu ao sacrifício e a guerra. Como tu morre assim?!

O bárbaro ouviu a ordem de Yulot e se afastou. A surpresa do albino demonstrava que ele não havia cometido o crime. Dukac achou que o assassino ainda poderia estar por perto e de imediato resolveu sair a procura. Até pensou em iniciar uma busca com os hobbits, mas poderia ser perigoso. Vou pegar um dos cavalos e procurar ao redor da aldeia, Talverg e Dimur, vocês olham do outro lado!

19:23, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 2d6.  Discern Realities.
+1XP
A ideia era usar quando fosse procurar ao redor da aldeia, mas falhei.

Branco
player, 132 posts
Thu 13 May 2021
at 02:19
  • msg #4

05. Conhecendo o Inimigo

Eu...eu...eu... Branco gaguejava sem reação. O cansaço e sono realmente o deixaram com a guarda baixa, jamais esperaria que algo assim pudesse acontecer. Ele se levanta enquanto mais hobbits chegam e já começa a ficar alerta. Certamente o culpariam, sem chances de defesa, afinal de contas um albino sempre seria visto como mau agouro. O barulho da multidão logo aumenta, mas Branco escuta apenas um zunido agudo enquanto busca com um olhar sem foco por uma rota de fuga. E quando se preparava para correr Yulot se aproxima...
Yulot:
Eu acredito na sua inocência, meu jovem. Então, por favor, coopere e não lhes dê motivos para mais suspeita!

Ninguém nunca havia lhe dado um voto de confiança, nem em condições mais favoráveis. O sentimento preencher um vazio no peito do ladino, que reprimiu o impulso de fugir e permaneceu ali, imóvel.
Lain:
O que aconteceu aqui?

O tom inquisitivo da arqueira não agradou o albino, que logo cruzou os braços em um gesto impaciente. Também estou tentando entender o que houve. Esperemos o conselho para que eu possa explicar a todos.
Narrador
GM, 185 posts
Thu 13 May 2021
at 16:04
  • msg #5

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain:
O que aconteceu aqui?, perguntou, segurando a raiva dentro da garganta.
Branco:
Também estou tentando entender o que houve. Esperemos o conselho para que eu possa explicar a todos.

Em meio à polvorosa, Dukac partiu para a ação.

Dukac:
Vou pegar um dos cavalos e procurar ao redor da aldeia, Talveg e Dimur, vocês olham do outro lado!

Os dois pareceram não dar muito ouvidos ao bárbaro. Apenas fizeram um gesto para os sentinelas retornarem à ronda pela vila, enquanto eles mesmos manteriam a ordem por ali.

Dessa maneira, Dukac partiu a cavalo para policiar a mata que cerca Poaret. Os demais foram ordenados a retornar para os seus postos. O Pardo e o Cospe-Grosso fariam a segurança do Conselho, durante o julgamento do ocorrido.

*   *   *

Mal haviam cremado os últimos mártires da vila, quando já se pensava em dias de paz, Poaret foi sacudida por mais essa tragédia. Os olhares judiciosos da maioria pesavam sobre o albino.

O Conselho se reuniu no Templo, presidido por Yulot. Dimur e Talveg eram os únicos armados, guardando a porta do recinto. Além deles, estavam presentes Lain e o sentinela que deu o alerta, Nalim.

Nalim foi o primeiro a ser ouvido. Ele deu seu testemunho com muito nervosismo, mas foi fiel aos fatos. Ao mencionar a cena do corpo e da adaga de Branco, ensanguentada, os outros seis membros do júri soltaram muxoxos de condenação.

Então, Yulot deu a palavra ao acusado: Conte-nos, meu jovem, exatamente, o que se passou.

Branco não estava seguro de que a verdade seria convincente... seja lá o que verdadeiramente aconteceu!

*   *   *

Enquanto isso, Dukac embrenhou-se no bosque, montado a cavalo e segurando uma tocha que muito mal iluminava o caminho. Naquela escuridão, mesmo que houvesse rastros de fuga, seria quase impossível reconhecê-los. Por isso, o bárbaro tentou guiar-se pela audição, atento a qualquer anormalidade.

Ele já havia adentrado demasiado na mata e estava a ponto de desistir e retornar para a vila... até que ouviu um farfalhar agitado. O cavalo se assustou e Dukac já não conseguiu domá-lo. Quem quer que estivesse fugindo, ele precisava alcançar e combater!

Dukac, então, atou as rédeas a um galho e partiu atrás do fugitivo. Pouco depois, escutou outros ruídos na vegetação e correu naquela direção. A tocha deve estar entregando a posição! Dukac a apagou e apurou os ouvidos novamente.

Mais uns instantes se seguiram.

Logo, seu cavalo relinchou estridentemente e Dukac disparou ao seu encontro. De repente, o animal ficou mudo, mas o bárbaro saltava os arbustos na direção de onde o havia escutado. Foi quando divisou aquele par de olhos brilhantes...


Um lobo gigante, quase do tamanho do cavalo, estava em cima da sua carcaça! Seu rosnado era de gelar a espinha!

O que você faz?

Pessoal, geralmente eu preciso escrever mais que vocês, é claro. Por isso, faço essa formatação dos nomes, etc. Vocês não precisam! Se preferirem, basta manter uma pontuação e espaçamento bons, que fica tranquilo!
Dukac, O Sanguinario
player, 146 posts
Fri 14 May 2021
at 13:20
  • msg #6

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac se assusta com o tamanho da criatura e duvida que ela poderia estar envolvida no ataque. Um animal desse tamanho não teria aquela precisão. Pensou sobre o corte preciso na garganta do hobbit. Mas e se for um daqueles que se transformam? Refletiu, enquanto lembrava dos druidas. Achou melhor tentar alguma argumentação primeiro e ver se a fera era racional. Calma, calma. Não quer... Ei, meu cavalo! Ora, pro inferno! UUAARRHHGG! A diplomacia não durou dez segundos. Onde o bárbaro estava com a cabeça? Dialogar com um monstro trucidando seu cavalo?! Era motivo o suficiente para revidar. Dukac partiu para o ataque, mas a fera solta uma patada primeiro. O bárbaro desvia e usa a abertura para agarrar o pelo do animal. Ele aproveita a velocidade e faz um giro, montando nas costas do lobo. Isso é pelo meu cavalo! Os facões atravessam o pescoço do animal, CAAIINnnn!, que solta um curto grito de dor, antes da cabeça rolar pelo chão.

Dukac volta e pega a tocha que havia largado, por sorte ainda estava acessa. Ele da mais uma olhada em volta e não encontra mais nenhuma pista. Quem quer que tenha feito algo, já deveria estar longe aquela hora. Antes de voltar, ele decide arrancar a pele do lobo para se proteger do frio que iriam enfrentar.

10:40, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6+3. Hack and Slash.
10:41, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 1d10+1. Dano.

This message was last edited by the player at 15:31, Thu 20 May 2021.
Branco
player, 133 posts
Fri 14 May 2021
at 14:49
  • msg #7

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Era a primeira vez que Branco fazia parte de um julgamento formal. Os olhares pesados que o cercava aumentava cada vez mais sua vontade de fugir. Não estar algemado era um voto de confiança, um voto que ele poderia usar ao seu favor. Uma distração, eles avançam pra cima de mim e posso correr pela porta... ele pensa sobre como se livrar de Dimur e Talveg. Mas o que ela faria? Sem seu lobo ainda posso correr. Talvez atirar uma adaga pra impedir que use o arco... o albino planeja olhando discretamente para Lain, quando seus pensamentos são interrompidos.
Yulot:
Conte-nos, meu jovem, exatamente, o que se passou.

A fala direcionada o trouxe de volta a realidade, e percebeu que não tinha escutado nada que o sentinela havia dito. Respirou por um segundo, olhou em volta, Mentir? Não, eles já tem motivos demais para me odiar, e seguiu, Eu estava dormindo, mas inquieto. A algum tempo venho sentido isso... uma... presença, que tem ficado cada vez mais forte. Começo a acreditar que não é algo vivo. Um momento de silêncio após essa revelação mostrou um espanto genuíno nos presentes. Eu escutei um sussurro, mas apenas na minha cabeça. A mensagem se repetia cada vez mais alto, até de fato virar um som. Acordei com a voz do garoto, mas não parecia ser ele. Ele estava com minha adaga e os olhos completamente negros. O ladino olha perdido para o horizonte enquanto finaliza, Não tive tempo de reagir, ele acabou tirando a própria vida. E encerra sem depoimento retornando ao silêncio que havia mantido.
Lain
player, 50 posts
Fri 14 May 2021
at 15:55
  • msg #8

05. Conhecendo o Inimigo

Lain ouviu com pesar a descrição sobre a cena fúnebre que Nalim havia encontrado, mas ela pouco adicionava ao que já sabia. Era no depoimento de Branco que ela estava mais interessada.

Nos minutos que transcorreram entre a descoberta do corpo e a montagem daquele julgamento, ela aproveitou para pensar com clareza nas duas questões que considerava serem as mais importantes: o que havia acontecido na guarita? E qual era a participação de Branco naquilo?

A resposta da primeira ainda era um mistério, mas para a segunda, Lain, depois de refletir sobre o assunto, já tinha sua própria conclusão.

Dentro do Templo, o albino parecia desconfortável com aquela situação. Lançava olhares discretos para Dilmur, Talveg e para ela própria, tentando disfarçar a agitação. Ele não vai ser idiota de tentar fugir... não é?

Ouviu as palavras de Branco com atenção. O silêncio dos demais presentes era entrecortado apenas por breves reações invonluntárias de surpresa. Ela olhou para Yulot e para os membros do juri, tentando adivinhar o que se passava na cabeça deles. Se não acreditassem no homem, ele seria condenado. E, muito provavelmente, pagaria com a própria vida.

Branco:
Não tive tempo de reagir, ele acabou tirando a própria vida.

Lain ficou petrificada com o relato, mas ele só serviu para corroborar a dedução que ela havia alcançado por conta própria. Duvidou que a totalidade do juri fosse acreditar naquela história estapafúrdia, então antes que houvesse qualquer acusação, ela deu um passo para frente.

Me perdoe a interferência, senhores, mas Branco é inocente. Ele está falando a verdade. Sei que é difícil de aceitar, mas peço que acreditem nele.
Narrador
GM, 186 posts
Wed 19 May 2021
at 21:18
  • msg #9

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O interior do Templo assumiu uma atmosfera densa. À luz de velas, o ambiente parecia ainda mais solene. Yulot continha os murmúrios exaltados do júri, tentando garantir um julgamento neutro.

Não obstante, o depoimento do ladino incendiou seus ânimos.
Branco:
Eu estava dormindo, mas inquieto. A algum tempo venho sentido isso... uma... presença, que tem ficado cada vez mais forte. Começo a acreditar que não é algo vivo. Um momento de silêncio após essa revelação mostrou um espanto genuíno nos presentes. Eu escutei um sussurro, mas apenas na minha cabeça. A mensagem se repetia cada vez mais alto, até de fato virar um som. Acordei com a voz do garoto, mas não parecia ser ele. Ele estava com minha adaga e os olhos completamente negros. O ladino olha perdido para o horizonte enquanto finaliza, Não tive tempo de reagir, ele acabou tirando a própria vida. E encerra sem depoimento retornando ao silêncio que havia mantido.

Isso é um absurdo!, irrompeu Tanás, um hobbit de meia idade, mais aguerrido. Você insinua que um fantasma matou o pobre rapaz com a sua própria arma?!

Respeitem a palavra, senhores!, Yulot tentou moderar, mas em vão. A discussão ficou generalizada.

E que motivo ele teria para o assassinato? Ele voltou e lutou por nós!, argumentou outra membro do júri, mais nova.

E saquearia toda a vila, se não houvesse quem o freasse!, retrucou um terceiro.

Lain:
Me perdoe a interferência, senhores, mas Branco é inocente. Ele está falando a verdade. Sei que é difícil de aceitar, mas peço que acreditem nele.

E como vocês explicam esse disparate de que um demônio tomou o corpo do jovem e se matou, apenas para incriminar esse homem?, insistiu Tanás, com o dedo estirado na direção de Branco.

De repente, as portas do Templo se escancararam.

Demônio não. Um nijd!, interrompeu Oriag, que entrou no recinto quase se arrastando, com o auxílio de uma muleta.

Atrás dele vinham dois dos sentinelas hobbits carregando o corpo de Polo numa padiola.

Todos os presentes permaneceram em silêncio, enquanto Oriag coxeava lentamente até parar ao lado de Branco, diante do altar e do júri. Ele ainda tomou um pouco de ar, em razão do esforço, antes de continuar:

Um espírito trevoso. A vítima, quando possuída, permanece com os olhos negros, dessa forma..., disse apontando para o corpo, mesmo depois do óbito.

Isso aquietou o júri, embora Tanás ainda se mostrasse inconformado. Yulot tinha uma expressão de ligeiro alívio.

Sendo assim, se ninguém tiver mais provas contra o acusado..., ele sentenciou, olhando para cada um dos presentes, levante a mão quem o considerar inocente.

Cinco levantaram a mão, Yulot inclusive. Tanás e um outro mantiveram a mão baixa e o cenho franzido.

Dessa forma, em nome dos antigos deuses, que ninguém questione a inocência de Branco na morte do jovem Polo.

Que assim seja, tal como foi dito, responderam os membros do júri em uníssono.

E, quando o caso já estava dado por encerrado, Yulot emendou: E, na condição de alcaide de Poaret, determino que Branco deixe a vila e vá com os demais ao encontro do Mestre Mulligan, da Tribo de Huur, onde há de ser curado dos seus males. Partam antes do amanhecer.

Oriag fez uma ligeira reverência, com a mão no peito à maneira de Dervis, em agradecimento.

*   *   *

A elfa e o ladino deixaram o Templo na frente dos outros. E, na saída, viram Dukac — a pé e todo ensaguentado — descer a via nordeste arrastando uma gigantesca cabeça de lobo!
Dukac, O Sanguinario
player, 147 posts
Thu 20 May 2021
at 15:28
  • msg #10

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Poof! puf! Dukac chegava no trote. Pela movimentação ele concluiu que Branco havia sido inocentado. Vejo que se livrou dessa. Confortou o companheiro. Procurei por pistas ao redor da vila, esperava encontrar o assassino, mas só encontrei um lobo gigante. Até tentei ver se o monstro era racional, mas o maldito matou meu cavalo! Bem, ai isso aconteceu. O bárbaro ergue a cabeça da fera. Também aproveitei para providenciar um casaco. Dukac aponta com a cabeça para a pele que carregava no ombro. Só precisa de uns ajustes.

Depois da conversa com Branco e Lain, Dukac procurou pelo alfaiate da vila e pediu para costurar um casaco, juntando com a pele da cabeça, formando um gorro. O hobbit prometeu virar a madrugada para entregar tudo antes de partirem. O bárbaro agradeceu e se recolheu para descansar para a nova jornada.
Lain
player, 51 posts
Thu 20 May 2021
at 16:24
  • msg #11

05. Conhecendo o Inimigo

Yulot:
Dessa forma, em nome dos antigos deuses, que ninguém questione a inocência de Branco na morte do jovem Polo.

Lain puxou um sorriso pelo canto da boca ao ouvir o parecer final do julgamento. Tinha suas diferenças com Branco, mas não suportava injustiças. Se o ladino algum dia fosse ser condenado, que fosse por algo que realmente tivera cometido.

Na saída do Templo, acenou para Yulot, agradecendo pela maneira que conduzira o julgamento.

Devemos começar a nos preparar para a viagem, falou para Branco. E precisamos encontrar Dukac.

Mal tinha terminado de falar e viu o bárbaro vindo pelo nordeste. Arregalou os olhos de surpresa. Que diabos?? Estava não apenas sujo de sangue, como também deixava uma trilha vermelha por onde passava, que pingava de uma cabeça de lobo que carregava, mas ao menos não parecia ferido. Ele explicou sobre o encontro com o lobo e sobre como pretendia usar a pele como vestimenta. Ótimo, vai lhe ser útil pra quando formos pra Huur, ela comentou. Uma pena que perdemos também um dos cavalos.

Ela contou brevemente sobre o julgamento, omitindo os detalhes do depoimento de Branco e deixando que ele mesmo os contasse, se preferisse.

Combinaram de se encontrar dentro de algumas horas, e Lain se pôs a arrumar seus pertences para viagem. Ainda tinha alguns dardos da besta que pegara dos málvaros, e os guardou para levar consigo. Aproveitou para pegar algumas pontas de flechas com o ferreiro e preparar algumas flechas antes de partirem. Por fim, fez também uma prece para se conectar com os deuses. As magias que vinha estudando seriam colocadas à prova mais cedo ou mais tarde.
This message was last edited by the player at 16:44, Thu 20 May 2021.
Branco
player, 134 posts
Fri 21 May 2021
at 02:44
  • msg #12

05. Conhecendo o Inimigo

Branco se senta após terminar seu depoimento e observa as discussões seguintes. O ataque fervoroso de Tanás não o intimida, e ele olha profundamente em direção ao hobbit. O ladino tenta se manter calmo e se surpreende com Lain o defendendo, que até então não demonstrava nenhuma empatia com ele. Em seguida Oriag entra na sala, exibindo a causa da morte do jovem Polo. O julgamento então logo terminou, já que as dúvidas haviam sido esclarecidas. Porém, para Branco, as perguntas estavam apenas começando. O que exatamente eram esses nijd? Como o conheciam? O que queriam com ele? Porque incriminá-lo? Todas essas perguntas seriam feitas a Oriag em um momento mais conveniente. Ainda encerrando o julgamento, Branco fica pensativo com sua "sentença", "meus...males?". Mas a absolvição e menos um problema a resolver o faz se mover e sair dali, que diz ao cruzar com Lain, "Obrigado por...errr....me defender...". Antes mesmo que pudessem conversar Dukac surge e conta o que aconteceu. O ladino escuta atento e preenche as lacunas que Lain deixava ao contar sobre o que aconteceu depois que o bárbaro partiu, focando em especial no espírito desconhecido. Logo os outros se preparam para a viagem, e Branco tenta descobrir mais sobre o espírito com Oriag.
This message was last edited by the player at 02:48, Fri 21 May 2021.
Narrador
GM, 188 posts
Sat 22 May 2021
at 22:29
  • msg #13

05. Conhecendo o Inimigo

Pouco tempo se passou antes que o primeiro galo cantasse. Para aventureiros como vocês, foi o suficiente para se recompor antes da viagem, muito embora o frio da madrugada fosse desencorajador.

Lain havia despertado mais cedo e cumpria com a sua devoção matinal no Templo. Ela escutou os homens aprontando as carroças lá fora, terminou então a sua prece e saiu para a praça central. O mesmo se deu com Branco, que tirou breves cochilos, recluso na guarita norte. Sem demora, ele se juntou ao grupo. Dukac, que dormiu sobre o feno do estábulo, foi o último a aparecer.

No meio da praça, duas carroças, cada qual puxada por um cavalo, recebiam as últimas inspeções antes da jornada. Os homens cuidaram para que parecessem simples mercadores sulistas, cobrindo-as de peles e tecidos coloridos (incluindo a manta de Dukac, estendida de modo a curtir no sol).

À frente ia Oriag, ainda muito debilitado, com o Pardo conduzindo. Logo atrás, Andrós tomava as rédeas da carroça que levava os manuscritos da Sábia, ocultos sob uma pilha de tecidos.

Companheiros, seguiremos a orientação do alcaide. Sigam a cavalo direto para Sharu. Fica a um dia daqui, cavalgando para o oeste. Quando estiverem prontos, sigam para sul e garantam que não sejam seguidos!, disse o jovem mago. Tsobo vai encontrá-los às margens de Latagam e trazê-los até nós.

Enquanto isso, o comboio seguirá lentamente para o sul. Chegaremos juntos à Tribo de Huur, cruzando o "Véu de Chumbo", completou o Pardo. Ele se referia à cadeia montanhosa que separa Latagam das frias estepes sulistas.

Que os Deuses nos ajudem!, acrescentou Oriag brandamente, com a mão no peito.


E, assim, vocês se despedem de Poaret...


*   *   *

Detalhem os preparativos para a viagem: que posição tomarão, como irão vestidos e equipados, e que função pretendem desempenhar no percurso -- desbravador, batedor, ou quartel-mestre ("Undertake A Perilous Journey", p. 3 do arquivo das fichas).
Branco
player, 136 posts
Sun 23 May 2021
at 02:01
  • msg #14

05. Conhecendo o Inimigo

A última noite de sono foi mais tranquila que as anteriores, e Branco conseguiu relaxar um pouco. Apenas um pouco. Bastava um leve despertar e sua mente recomeçava uma espiral de pensamentos destrutivos. O ladino se levanta no raiar do sol e sabendo que era o dia de partir já havia deixado seus pertences prontos. Ao descer da guarita um dos hobbits, provavelmente com uma posição permanente de guarda, o cumprimenta "Boa dia guerreiro, desejo-lhes uma boa viagem.". Era evidente respeito que o pequeno ser tinha pelo ladino, que a pesar de tudo, salvou a vila. Branco respondeu apenas com balançar de cabeça, e enquanto o guarda se afastava continuando sua patrulha o ladino permaneceu parado por alguns segundos sentindo uma estranha sensação quente no peito. Enquanto andava em direção ao centro da vila os olhares eram diferentes. Não sentia um julgamento pesado, ou até mesmo asco. Porém o ladino não conseguia distinguir o que era, apenas sabia que se sentia leve. Chegando próximo de Lain ele a saúda com a mão, que também parece estranhamente receptiva. Dukac chega pouco depois e Oriag detalha a próxima viagem. Na formação Lain toma o antigo papel do ladino, e sai a frente vigiando a estrada.

Na preparação para sair da vila Branco pensou em se passar como um Málvaro. Porém seria muito suspeito apenas um vagando sem companheiros. Preferiu manter o disfarce de mercador, caso fosse necessário usár algum álibe. Prendeu sua bolsa no cavalo e manteve com sí, escondidas pela capa, suas duas adaga nas costas. Também manteve em fácil acesso o broche Málvaro, que caso necessário viria a calhar.

Aproveitando o momento inicial da viagem Branco faz uma pergunta ao bárbaro que lhe intrigava, "Bem Dukac, não pude deixar de notar que você se satisfaz com muito pouco pelos seus serviços, isso quando os cobra. Já arriscamos nossas vidas em várias situações," diz o ladino ao se lembrar da batalha na mina de Poaret em que o bárbaro ficou gravemente ferido, "e ainda assim você não exigiu uma única moeda de ouro. Diga-me, o que lhe motiva a agir dessa forma?".

Conversaram por mais algum tempo, e vez ou outra Lain retornava indicando o que havia mais a frente. Coube ao ladino decidir por qual caminho deveriam seguir a cada birfurcação que surgia, buscando por uma trilha que oferecesse menos obstáculos.

Branco rolled 6 using 2d6+1.  Trailblazer.
+1 XP

This message was last edited by the player at 02:05, Mon 24 May 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 149 posts
Sun 23 May 2021
at 02:49
  • msg #15

05. Conhecendo o Inimigo

Novamente a missão exigia descrição e as armas de Dukac eram muito chamativas. Ele foi obrigado a se desfazer do seu machado, que a tempos já não utilizava. Antes de partir ele se dirigiu até o ferreiro da cidade. Deixo essa arma com vocês, talvez possa ser útil em uma defesa. O hobbit agradeceu meio sem jeito, pois a arma era quase do seu tamanho e nenhum hobbit iria conseguir manusear aquele monstro. Depois tratou de esconder bem os facões nas costas e as correntes bem acima dos braços. Se cobriu com a pele de lobo e jogou por cima e um capuz simples para disfarçar. O disfarce dificultava o uso das Lâminas da Destruição, deixando mais fácil usar a adaga que carregava na cintura, caso houvesse uma emergência sem que pudessem revelar quem eram.

Por fim, colocou sua bolsa com pertences em uma das laterais do cavalo e do outro lado, colocou uma bolsa com a Navalha vidente e o frasco com os Testemunhos oculares. Será uma viajem longa, tomarei conta das provisões. Comemos uma pela manhã e outra ao entardecer. Alertou aos companheiros.

A distância, Dukac parecia um segurança dos mercadores. O bárbaro apenas acenou aos companheiros na caravana e aos hobbits da cidade.

Branco:
Diga-me, o que lhe motiva a agir dessa forma?


Dukac demorou alguns segundos para responder. Ora, garoto. Ele tinha essa mania de se referir aos menores, pois para ele, pareciam crianças. Meu prazer está em travar boas batalhas. Evidentemente que as vezes preciso de algumas moedas, mas me contendo com o suficiente para sobreviver. O bárbaro vivia um dia após o outro, sem muitas preocupações de longo prazo. Dessa vez ele faz uma pausa alongada. Estou numa jornada, caçando um demônio. Ele me enganou e acabei cometendo um erro muito grande... Mas agora percebi que apenas matá-lo não trará paz ao meu espírito, por isso tenho ajudado essas pessoas. Dukac usa o momento para aconselhar o ladino. Aproveito para te alertar, garoto. Moedas não lhe trarão nada nessa vida, tolo é aquele que pensa que elas podem te proteger.

23:51, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6.  Quartel-mestre.
This message was last edited by the player at 18:51, Sun 23 May 2021.
Lain
player, 53 posts
Sun 23 May 2021
at 18:21
  • msg #16

05. Conhecendo o Inimigo

Lain saiu do templo e encontrou a praça já cheia com os preparativos para a viagem. Ouviu as instruções com atenção, e, entre si, acordaram que ela seguiria na frente para antecipar potenciais riscos da viagem. Apesar de não conhecer bem a região, Lain se adaptava com facilidade a ambientes naturais e tinha experiência em transitar em lugares desconhecidos evitando armadilhas. Podia também reconhecer pistas e marcas deixadas por animais e interpretar se representavam algum perigo. Além disso, tinha entre os três a melhor visão noturna de longo alcance. Cree seguiria ao seu lado, e o animal costumava ser bem sensível quando se tratava em detectar ameaças. Lain sabia reconhecer as mudanças em seu lobo, mesmo as mais minuciosas, caso ele pressentisse algo, e poderia rapidamente avaliar um terreno se precisassem fazer uma parada.

No alforje colocado em seu cavalo ela guardou alguns suprimentos e acessórios básicos para a viagem, junto com as roupas que recolheu de Omak e prendeu a aljava com as flechas que havia preparado durante a noite, assim como o arco. A lança curta, feita pela medida dos hobbits, era compacta o bastante para ser facilmente atada às suas costas. Quanto à besta, achou que seria pesada demais e preferiu deixar com Andrós, que seguia sozinho na carroça e poderia ocultar a arma com facilidade. Use se julgar necessário, falou.

A capa verde oliva que costumava usar foi guardada também em seu alforje, mas manteve o colete de couro, as calças e as botas, que lhe davam flexibidade. Por cima das vestes e da lança presa nas costas, no entanto, colocou uma bata de linho, de mangas compridas e longa o suficiente para quase chegar até o pé. Trançou os cabelos e jogou um manto por cima, para disfarçar suas feições élficas. Escondeu também o cordão que ganhou de Namai por baixo da bata.

Que Adasi nos guie, murmurou para si mesma ao iniciarem a jornada.

Não vou rolar o dado pois minha combinação de ranger + elf me dá 10+ na posição escolhida (batedor).
This message was last edited by the player at 18:47, Sun 23 May 2021.
Narrador
GM, 189 posts
Tue 25 May 2021
at 19:11
  • msg #17

05. Conhecendo o Inimigo

Poaret ficou para trás e logo sumiu, quando os cavalos penetraram a densa floresta de Latagam.

Muitos arbustos murcharam no auge do inverno. As árvores, peladas, pareciam retorcer-se com o frio intenso. Assim, Dukac viu-se sem opções de caça, ou coleta, tendo de fiar-se nas provisões que traziam.
Ao final do dia, cada um consome 1 ração (inclusive o lobo)

A Branco coube a tarefa de orientar-se em meio aos pântanos e morros que a floresta encerra. A jornada para o oeste não era assim tão simples -- mais valiam pequenos desvios do que arriscar quebrar a pata de um dos cavalos.

E enquanto o ladino e o bárbaro ponderavam sobre a vida, Lain e Cree faziam rondas amplas, para antecipar-se a qualquer perigo. Dessa forma, cadenciada e constante, a viagem transcorreu-se calmamente.

*   *   *

No entanto, o dia já havia chegado ao fim e vocês não pareciam nem próximos da borda da mata. Crescia em vocês a desconfiança de estarem perdidos naquela brenha fria e medonha.

A essa altura, vocês já cavalgavam em silêncio e preocupados. Lain demorava para retornar da sua ronda.

Momentos depois, Branco e Dukac viram o cavalo da elfa atado a um galho, à margem da trilha. Em estado de alerta, detiveram-se e estudaram o entorno. Havia galhos partidos nas árvores, pela passagem displicente de alguém. Saindo da trilha e entrando um pouco mais na mateira, reconheceram troncos cortados a golpes de machado. Apertaram um pouco mais o passo, pois a elfa poderia estar em apuros!

De repente, vocês estacaram, quietos. Lain estava com o arco armado, apoiada contra uma árvore, fazendo sinal de silêncio para vocês dois. Do outro lado ardia uma fogueira, em torno da qual três soldados orcs comiam o que parecia ser uma perna humana. E, possivelmente, eles não eram os únicos ali.

Vocês podem recuar furtivamente ou encará-los... O que vocês fazem?




Lain
player, 54 posts
Wed 26 May 2021
at 02:49
  • msg #18

05. Conhecendo o Inimigo

Lain apontou com a cabeça para o grupo de orcs mais a frente, ainda pedindo silêncio. Nenhum dos soldados pareceu notar a presença deles ali ainda, e ela lentamente se afastou, tomando cuidado de não chamar atenção. Ainda assim, manteve a flecha armada no arco e os olhos fixos no trio.

Vamos, ela falou em voz baixa, quase um sussurro, melhor sairmos daqui. Há outros orcs por perto e acho melhor ficarmos longe do caminho deles e evitar problemas.

Olhou para os lados, atenta para qualquer barulho. Está ficando tarde, não acho que vai ser seguro seguirmos viagem desse jeito.

Lain rolled 9 using 2d6+3.  Evitar orcs (DEX)
This message was last edited by the player at 16:06, Wed 26 May 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 150 posts
Wed 26 May 2021
at 16:44
  • msg #19

05. Conhecendo o Inimigo

O sangue de Dukac se esquenta, habituado a não recuar. Batalha! Mas as palavras de Lain lhe devolvem a razão. Concordo, iria sujar nossos disfarces. Não temos motivo para matá-los... agora. Disse o bárbaro, surpreendentemente mais racional do que emotivo, enquanto retornava silenciosamente para onde amarrara os cavalos.

13:35, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6+1.  Dex.
Branco
player, 137 posts
Thu 27 May 2021
at 01:11
  • msg #20

05. Conhecendo o Inimigo

Branco é o último a chegar e observa o grupo de orcs por trás dos colegas. Estão ficando cada vez mais confortáveis, isso não é bom..., alerta o ladino lembrando da crescente quantidade de criaturas que vagam proximas as estradas. Quando seus colegas se viram para respondé-lo Branco já não estava mais alí, causando uma sensação estranha em Lain e Ducak. Sua movimentação foi tão sutil que nem mesmo a arqueira havia percebido.

Branco rolled 14 using 2d6+3.  Dex.
Narrador
GM, 190 posts
Mon 31 May 2021
at 14:27
  • msg #21

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Em face do que poderia se tornar uma batalha sangrenta, a elfa recuou dizendo:

Lain:
Vamos, ela falou em voz baixa, quase um sussurro, melhor sairmos daqui. Há outros orcs por perto e acho melhor ficarmos longe do caminho deles e evitar problemas.

Ao que o bárbaro respondeu:

Dukac:
Concordo, iria sujar nossos disfarces. Não temos motivo para matá-los... agora.

E por cima do cangote de ambos, o súbito sussurro do ladino...

Branco :
Estão ficando cada vez mais confortáveis, isso não é bom...

... que já nem estava mais lá, quando se viraram para olhar.

Muito habilmente Branco remontou à cela do cavalo e pôs-se de volta à trilha. Dukac também foi cuidadoso em desviar seu corpanzil dos arbustos e subir no cavalo.

No entanto, a elfa pecou pelo excesso de apreensão.

Lain:
Olhou para os lados, atenta para qualquer barulho. Está ficando tarde, não acho que vai ser seguro seguirmos viagem desse jeito.

Para ela, andar nas matas é como caminhar dentro de casa. Mas, mesmo assim, sempre é possível um tropeço descuidado.

Conforme ela recuava, meio de lado, meio de costas, atenta a qualquer movimentação, quando já estava perto do seu cavalo ela pisou num galho e o estalo assustou o animal, que já estava inquieto. Ele soltou um relincho na hora, entregando a presença de vocês!

Gorghuow amengrhsa!, urrou um dos orcs no acampamento.

A partir daí, tudo virou uma correria frenética! Lain saltou às pressas sobre o cavalo e os três aventureiros, mais Cree, galoparam às carreiras pela trilha. O caminho serpenteava ao redor de um rochedo, de forma que o grupo de orcs pôde alcançá-los no outro lado da curva. Os cavalos, já cansados, empregavam as últimas energias nesse tiro em velocidade.

Todavia, os orcs apareceram armados com arcos de caça e restava uma última fração de segundo para vocês se decidirem: se ficam para enfrentá-los, ou se insistem na tentativa de fuga.

Em ambos os casos, vocês têm que rolar "defy danger". Os orcs vão disparar flechas.

O que vocês fazem?

Lain
player, 55 posts
Mon 31 May 2021
at 23:21
  • msg #22

05. Conhecendo o Inimigo

Droga! Eles vão nos alcançar desse jeito! Lain gritou, vendo a curva ao redor do rochedo. Os cavalos não iriam aguentar manter o ritmo por muito tempo, e se houvessem mesmo mais orcs por perto, certamente seriam atraídos por aquela movimentação.

Quando vislumbrou os orcs sacando seus arcos, Lain armou uma flecha no arco, já preparando uma segunda para usar em seguida. Ali ela estava em seu ambiente natural, e conseguia agir com muito mais habilidade do que entre as estruturas dos hobbits.

Se aproveitando do terreno plano e o galope constante, ela usou o joelho para se apoiar com o pé no cavalo e disparou a primeira flecha, que acertou em cheio o peito do orc. A segunda foi armada em instantes, e saiu do arco com a mesma rapidez, perfurando o pescoço do segundo orc. As flechas inimigas vieram mesmo assim, mas com a mesma destreza que ela subiu no cavalo, Lain voltou a sentar, abaixando o corpo e comandando o cavalo para um desvio à direita, deixando os projéteis passarem por ela sem nenhum arranhão.

Lain rolled 11 using 2d6+3.  Defy danger (DEX)
Lain rolled 14 using 2d6+3.  Volley (Blot out the sun, -1 ammo)
Lain rolled 8 using 1d8.  Dano

This message was last edited by the player at 23:24, Mon 31 May 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 151 posts
Tue 1 Jun 2021
at 00:14
  • msg #23

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac realmente não queria lutar, mas Lain toma a dianteira no ataque e o bárbaro não vê outra saída a não ser fazer o mesmo. IÁ, IÁ. Ele bate as rédeas e o cavalo rapidamente acelera. O sanguinário deita se abaixa na lateral do cavalo, no lado oposto aos orcs, e desvia das flechadas. Quando chega próximo do grupo, ele saca a adaga da cintura e salta para cima do terceiro orc. Os dois saem rolando pelo chão, mas Dukac consegue enterrar a adaga no peito do inimigo.

21:01, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 2d6+1. Defy Danger (dex).
21:01, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 2d6+3. Hack and Slash.
21:02, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 1d10. Dano.

This message was last edited by the player at 13:42, Tue 01 June 2021.
Branco
player, 138 posts
Tue 1 Jun 2021
at 13:24
  • msg #24

05. Conhecendo o Inimigo

Para Branco a batalha com os orcs não estava sendo evitada pela dificuldade, mas pela falta de necessidade. Ele volta para seu cavalo, monta e parte em um trote tranquilo. Pouco depois Lain e Dukac o cruzam em um galope acelerado, mas o ladino mantem o ritmo e assovia despreocupado. Mais a frente a batalha começa e termina antes mesmo do ladino se aproximar. Apenas uma flecha perdida vem em sua direção, mas ele desvia a cabeça levemente, apenas o suficiente para sair da direção da seta. Até que cruza pelos seus colegas, ofegantes pela ação, ele continua em frente. Vamos, não temos tempo a perder. diz o ladino enquanto seu cavalo passa pisoteando um dos orcs agonizante no chão. fiiiiiii fiii fiiii.... continua o albino assoviando em direção ao horizonte.

Branco rolled 12 using 2d6+3.  Defy Danger - Dex.
Narrador
GM, 191 posts
Wed 2 Jun 2021
at 01:15
  • msg #25

05. Conhecendo o Inimigo

Num átimo, a quietude noturna da mata tornou-se um escarcéu!

Cavalgando ao encontro dos orcs caçadores, Lain e Dukac pendularam sobre as celas, desviando exitosamente das flechas inimigas.

A elfa se reequilibrou com duas flechas suas já presas entre os dedos e as disparou em rápida sequência, derrubando dois orcs. Em seguida, o bárbaro saltou da montaria em velocidade sobre o terceiro orc -- a adaga enterrada no peito da criatura, ambos rolaram vários metros.

Pouco depois, o ladino os alcançou demonstrando a maior indiferença, pisoteando os cadáveres...

Branco :
Vamos, não temos tempo a perder.
fiiiiiii fiii fiiii....

... porém, antes que os dois pudessem retomar o fôlego para se indignar com o seu desdém, Branco interrompeu o assobio e freou o cavalo. Algo se agitava na mata escura.

Havia outros dois orcs esgueirando-se da brenha, com espadas em riste, preparados para contra-atacar. Só que, mais ao fundo, um ruído estremecedor rompeu a mata e tomou todos de surpresa! Os orcs nem viram o que os atropelou: um troll!




O monstrengo colossal correu furioso na direção do barulho, varrendo os orcs do caminho com o agitar dos imensos braços -- e vocês serão os próximos alvos!


O que vocês fazem?


O bicho tá vindo em carga! Qualquer que seja a jogada, vocês terão que rolar um "defy danger".
Dukac, O Sanguinario
player, 152 posts
Wed 2 Jun 2021
at 02:04
  • msg #26

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac mal termina de levantar e depara-se com uma besta gigantesca correndo loucamente. O bárbaro abre um enorme sorriso, este era de fato um oponente digno de desmanchar o disfarce! Ele ergue os braços para o alto, jogando para trás a pele de lobo e a outra camada que estava por cima. Finalmente um desafio de verdade! Grita, chamando a atenção do troll, que vem em carreira na sua direção. Dukac não demonstra medo, muito pelo contrário, ele arma uma base com os pés e se prepara para segurá-lo. Pode vir, monstro! URRRRGGGHHhhhh... O troll colide com o bárbaro, que é empurrado para trás, abrindo duas valas no chão com os seus pés.

O monstrão desacelera e Dukac, ainda o abraçando, puxa um dos facões com o outro braço e enfia no seu olho.

22:48, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6+2. What are you wating for? (não acontece nada)
22:42, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+2. Defy Danger (Con). (não sei se com isso é suficiente de impedir que os outros precisem rolar)

22:48, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 7 using 2d6+3. Hack and Slash.
22:49, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 1d10+1. Dano.

Lain
player, 56 posts
Wed 2 Jun 2021
at 02:36
  • msg #27

05. Conhecendo o Inimigo

Lain puxou as rédeas do cavalo com força, o fazendo parar assim que viu os outros orcs. Estava pronta para puxar mais uma flecha quando viu o troll vindo na direção do grupo.

A elfa começou a virar o cavalo para dar meia volta e falar para que Branco e Dukac fizessem o mesmo, mas antes que tivesse a chance de abrir a boca, o bárbaro já ia em direção da criatura, agitando os braços e falando alto para chamar sua atenção.

Você ficou maluco?! ela gritou para ele, que nem a ouviu.

Aquele era um ataque suicida, visto como o troll avançava derrubando tudo em seu caminho. Mas agora não poderia deixar o companheiro e então ordenou que o cavalo voltasse a correr, agora na direção do troll. Colocou sua aljava nas costas e, quando chegou perto, Lain saltou da montaria em direção a uma árvore, escapando dos movimentos arbitrários do troll.

Do alto da árvore, armou o arco e disparou a flecha, mirando o rosto do monstro.

Lain rolled 14 using 2d6+3.  Defy danger (DEX)
Lain rolled 10 using 2d6+3.  Volley
Lain rolled 5 using 1d8.  Dano

This message was last edited by the player at 16:13, Wed 02 June 2021.
Branco
player, 139 posts
Wed 2 Jun 2021
at 16:00
  • msg #28

05. Conhecendo o Inimigo

Orcs eram uma coisa, mas um Troll dificilmente poderia ser ignorado. O ataque em carga do monstro assustou o cavalo de Branco, que conseguiu domá-lo e impedir que caísse, EEEEIIIIIIAAAAAAAA!!!!!. Já pensando em fugir ele vê que Dukac e Lain partem para o ataque, São loucos! HHIIIIAAAAAA!!!! e também galopa em velocidade sacando a adaga que estava escondida em suas costas. Aproveitando-se que Dukac segurava o Troll o ladino passou cortando-o na axila para pelo menos impedi-lo de atacar.

Branco rolled 8 using 2d6+3.  Defy Danger - Dex.
Branco rolled 7 using 2d6+1.  Hack and Slash.
Branco rolled 2 using 1d8.  Dano.

Narrador
GM, 192 posts
Mon 7 Jun 2021
at 22:45
  • msg #29

05. Conhecendo o Inimigo

Os bardos cantariam a coragem (ou a insanidade) dos três aventureiros que partiram de encontro com um troll! -- isso, se houvesse testemunhas de tal proeza.

Aquele titã monstruoso corria destrambelhado, com a cabeça projetada à frente, como quem "cata cavaco". Dukac atravessou a sua frente, a fim de freá-lo, mas o gigante suspendeu o bárbaro com a cabeça (que era quase do seu tamanho!), feito um touro. Agarrado aos pelos da fera, o bárbaro fincou o facão no seu olho e o troll se sacudiu com um bramido alto e cheio de saliva! Dukac foi arremessado a vários metros de altura antes de se chocar com o solo. Parece que algum osso seu se partiu com a queda...
Dukac sofreu 5 de dano e tem -1 para as próximas ações

Imediatamente, Lain e Branco cavalgaram para cima do furioso colosso. A elfa arriscou uma manobra evasiva... e deu certo! Tomou impulso da cela, escapando do agitar de braços que mais pareciam imensos troncos, e agarrou-se na copa de uma árvore. De lá acertou uma flechada no pescoço do monstro, na mesma hora que Branco passava a galope com a sua lâmina estendida.




Contudo, o troll agitava-se demais, agonizando com os múltiplos ataques, e acertou uma braçada pesada contra o ladino e sua montaria. Ambos foram jogados para longe. Branco capotou numerosas vezes e levou uns instantes para voltar em si. Estava desarmado e tinha múltiplas lesões. Seu cavalo -- não havia dúvida -- estava morto.
Branco sofreu 7 de dano e perdeu a adaga

Cambaleando com uma mão no buraco ensanguentado do olho, uma flecha presa ao pescoço e um corte no tendão da perna, o troll lutava por um ímpeto de sobrevivência, e seguia avançando na direção de Dukac, sacudindo o outro braço.


O que vocês fazem?

Dukac, O Sanguinario
player, 153 posts
Tue 8 Jun 2021
at 00:05
  • msg #30

05. Conhecendo o Inimigo

GAAAAHHH!! Dukac cospe um bocado de sangue ao colidir com uma pedra sobressalente. Os ataques dos companheiros retardam o troll, mas apenas a tempo do bárbaro se recompor. Tão logo ele se levanta e já avista o monstro seguindo em sua direção. Puth! Cuspiu mais um pouco de sangue. Obrigado pela massagem nas costas, estava precisando! O bárbaro aproveitou a baixa visibilidade do inimigo e passou deslizando por ele, usando os facões para rasgar suas pernas!

20:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+2. Hack and Slash.
20:53, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 2 using 1d10. Dano.

Lain
player, 57 posts
Tue 8 Jun 2021
at 01:25
  • msg #31

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain viu com horror os dois companheiros serem arremesados para longe e mais preocupada ficou quando viu que o troll, apesar de ferido, continuava vivo e seguindo na direção de Dukac. Ela foi até a ponta do galho mais distante da árvore, mas o troll já começava a se afastar e o bárbaro agora corria para mais um ataque corpo a corpo. Não é possível, ele vai morrer se continuar perto desse jeito!

Lain deu um impulso, saltou para o chão e correu para diminuir a distância. Armou o arco e atirou no joelho do troll, esperando que o ataque mudasse o foco de atenção da criatura.

Lain rolled 9 using 2d6+3.  Volley.
Lain rolled 2 using 1d8.  Dano.

This message was last edited by the player at 01:28, Tue 08 June 2021.
Branco
player, 140 posts
Tue 8 Jun 2021
at 01:38
  • msg #32

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Ghuurrhh..., geme o ladino enquanto o sangue escorre entre os dedos ao tentar impedir que saísse pela boca. Ele se levanta apoiando em um árvore e vê seu cavalo morto mais a frente. Eu sabia que não era uma boa ideia! o ladino pensa arrependido de ter atacado o monstro gigante. Ele se arrasta mais um pouco e vê Dukac, ainda de pé, partindo para cima do Troll. Nem ferrando... Branco lança uma adaga da melhor forma possível contra o Troll, pois se aproximar novamente estava totalmente fora de questão!

Branco rolled 10 using 2d6+3.  Volley.
Branco rolled 2 using 1d8.  Dano.
-1 Throwing Dagger

Narrador
GM, 193 posts
Tue 8 Jun 2021
at 19:12
  • msg #33

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Os rugidos de dor e fúria do troll ecoavam noite afora. Qualquer outro animal que estivesse naquelas cercanias teria se escondido e não ousaria se aproximar.

O monstro avançava contra o bárbaro, quando Lain saltou da árvore e disparou a flecha no seu joelho. A dor fez a fera interromper a corrida e virar-se, bufando, na direção da elfa. Nessa hora, Branco aproveitou para arremessar outra adaga, cravando-a no couro duro do troll, que fremia a cada ferimento sofrido.

Logo, ignorando os espasmos do seu corpo, Dukac correu na direção da elfa, vindo por trás do troll, e tacou-lhe mais um baita rasgo no tendão da perna, fazendo o gigante perder o apoio e tombar estrondosamente no chão... sobre Lain!
Lain sofreu 4 de dano

Nos seus últimos estertores de vida, a fera convulsionava e se debatia, tentando se arrastar para longe do perigo e um pisão acertou Dukac em cheio. Foi como receber um golpe de aríete do peito. O bárbaro foi jogado metros para trás novamente.
Dukac sofreu 6 de dano

Tal como ocorrera na mina de sal em Poaret, quando o bárbaro ficou preso sob o corpo de "Turuh", Lain agora se via em maus lençóis. A elfa estava presa transversalmente ao troll, sem poder mexer da cintura para baixo. E o troll, por sua vez, está prestes a esmagar Lain com a sua manzorra...


O que vocês fazem?

This message was last edited by the GM at 10:11, Wed 09 June 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 154 posts
Tue 8 Jun 2021
at 22:33
  • msg #34

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac rola uns metros para trás até colidir com o tronco de uma árvore. Urghh... isso já está começando a demorar. Resmunga baixinho, enquanto se levanta. Ele vê que o troll já está nas últimas, mas estava prestes a fazer um último estrago! O bárbaro toma impulso e corre para cima, lançando uma das correntes no galho de uma árvore. Quando atinge a altura máxima, gerado pelo movimento parabólico, Dukac desenrosca o facão preso, puxando-o de volta. O monstro já estava prestes a acertar a arqueira, quando uma sombra cai do céu, cortando seu braço. GGGGHHHHAAARRRR!!!

19:12, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 13 using 2d6+2. Hack and Slash.
19:15, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 1d10. Dano.

Lain
player, 58 posts
Wed 9 Jun 2021
at 01:34
  • msg #35

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O peso do troll sobre suas pernas era tão grande que Lain levou um tempo para conseguir reagir. Quando deu por si, a mão do gigante estava logo acima de seu rosto, a ponto de imprensa-la contra o chão. Por instinto, cobriu a cabeça com os braços tentando se proteger do impacto, mas em vez de sentir a pressão da criatura sobre o resto do corpo, ouviu um urro, seguido de respingos viscosos sobre a bata.

Voltou a olhar e encontrou o braço decepado do troll caído a seu lado. Respirou aliviada.

Mas as pernas continuavam presas sob o corpo maciço do monstro e, antes que o peso esmagasse seus ossos de vez, Lain apoiou as mãos no chão e fez força para se arrastar dali debaixo. Soltou um grunhido, pelo esforço e pela dor, e puxou o próprio corpo o máximo que conseguiu.

Lain rolled 9 using 2d6.  Sair debaixo do troll

Fiz uma rolagem genérica pra tentar me puxar de debaixo dele.

Branco
player, 141 posts
Wed 9 Jun 2021
at 12:58
  • msg #36

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Vendo de longe o Troll ser eliminado Branco já começa a se preocupar com o efeito em cascata de batalhas seguidas. Seus gritos poderiam assustar pequenas criaturas, mas poderia também atiçar a curiosidade de criaturas maiores, como goblins ou mais orcs. Ele se levanta e vai em direção a sua adaga caída, e ao pegá-la se esconde em uma moita e observa a redondeza em busca de mais um potencial inimigo.

Não sei se tem que rolar algo, se tiver faz pra mim.
Narrador
GM, 194 posts
Fri 11 Jun 2021
at 21:01
  • msg #37

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac:
GGGGHHHHAAARRRR!!!

Lain apenas viu de soslaio um vulto caindo do alto, se assomando por cima do troll. Um baque surdo. Ela abriu os olhos e viu o bárbaro ofegante, ainda rangendo os dentes como um animal. A manzorra do troll estava caída ao lado, decepada; e Lain, recoberta por um sangue escuro e pegajoso.

O corpo do troll deu ainda uns breves espasmos, enquanto o braço mutilado bombeava sangue fracamente.

Desde a moita onde Branco se escondeu foi possível assegurar-se de que não havia qualquer ameaça iminente.

Os cavalos que sobreviveram estavam guinchando e resfolegando à distância, repicando o chão com as patas em demonstração de insegurança. Embora a montaria de Branco tivesse morrido, ao menos os seus pertences estavam intactos no alforje.

E só agora, com o absoluto silêncio que se instaurou, vocês puderam perceber o ruído tímido de um córrego passando por trás do acampamento dos orcs. A noite já está avançada; a exaustão, pujante. Por ora, seguir viagem parece loucura -- até porque vocês não têm ideia de que direção tomar...

O que vocês fazem?

Se forem acampar, sigam as regras de "Make Camp" e "Take Watch"
Branco
player, 142 posts
Fri 11 Jun 2021
at 21:54
  • msg #38

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Puf... puf... Branco sai do seu esconderijo temporário ainda ofegante. Lain e Dukac começam a se recuperar do combate, Parece que a área está limpa... por enquanto.. O grupo concordou que seu disfarce já não era mais tão convincente. Decidiram acampar perto de um riacho que havia ali perto para se limparem e passarem a noite. O ladino então leva seu alforje, retirando de sua montaria morta sem muita compaixão. Ele volta mais uma vez ao campo de batalha para recuperar sua adaga e vê as criaturas mortas mais uma vez, Será que tem algo útil aqui? Antes de voltar ao acampamento para se recuperar ele verifica se há algo que possa aproveitar.


Branco rolled 9 using 2d6.  Saque.
Quero tentar levar um ou mais dentes de troll, pelo menos.
+1 Level (-10 XP)
-4 Dungeon Rations

Lain
player, 59 posts
Fri 11 Jun 2021
at 22:50
  • msg #39

05. Conhecendo o Inimigo

Lain se levantou e logo se afastou do corpo do troll. Parte da roupa e do rosto estavam grudentos com o sangue escuro e  o som do riacho chegou a ser reconfortante depois de tudo que tinha acontecido.

Do seu lado, Dukac ainda tinha os facões em punho, igualmente manchados com o sangue do troll. Mas havia sangue dele também, e um hematoma enorme na altura da costela que não parecia nada bom.

É melhor cuidarmos disso antes que piore...

E enquanto Branco buscava seus pertences e revirava os corpos das criaturas, Lain pediu pra Dukac se sentar e entoou uma das rezas que havia aprendido com os hobbits. Fechou os olhos se concentrando e encostou as mãos de leve no hematoma, sentindo a região esquentar com o toque.

Por alguma razão, sentiu o desagrado do deus Adasi com aquela invocação, mas ainda assim, ele havia concedido sua benção.

Lain rolled 8 using 2d6+1. Cast a Spell / Cure Light Wounds
Lain rolled 4 using 1d8. Heal
Vou perder o spell temporariamente pq tirei 8, mas pretendo fazer Commune no acampamento, então tá tudo certo.


Assim que terminou a prece e viu que Dukac parecia sentir menos dor na região, Lain se levantou de pronto. Acho que chega de surpresas por essa noite, falou. Melhor descansarmos agora, e seguimos viagem quando nascer o primeiro raio de sol. Saiu andando até os cavalos para acalma-los, sem esperar nenhuma resposta dos outros dois. Ainda estava ligeiramente irritada com Dukac por aquela luta desnecessária, que os havia custado uma montaria e os deixado naquele estado deplorável.

Guiou os cavalos até o córrego e os amarrou em uma árvore próxima. Cree já estava ali, bebendo a água fresca que corria. Pelo menos ele está bem.

Lain se voluntariou para fazer a vigia durante a noite. Teria a companhia de Cree, e deixaria que Branco e Dukac se recuperassem, já que pareciam ser os mais machucados. Aproveitaria o momento a sós para também se reconectar com seu deus.

Lain rolled 8 using 2d6+1.  Take watch.

Commune: Cure Light Wounds e Magic Weapon

This message was last edited by the player at 23:00, Fri 11 June 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 155 posts
Sat 12 Jun 2021
at 00:56
  • msg #40

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac se recompões e enrola as correntes nos braços. Com um movimento seco, ele joga o excesso de sangue das lâminas no chão.
Lain:
É melhor cuidarmos disso antes que piore...

Ele acena positivamente com a cabeça e senta em uma pedra, permitindo que ela o curasse. Durante o processo, Dukac imaginou como aquela batalha daria uma ótima canção. Ele tentou improvisar alguns versos.

O monstro veio correndo, todo sedento... Urgghh, não, péssimo.
Sua lâmina ele brandiu, como um... como um...
O que rimaria com brandiu? Indagou em voz alta.

Seria bom se estivéssemos com um bar... Ele olha para Lain e se depara com uma cara séria, sem se importar com o que ele falava. Por que ela está assim? Quer mais glória do que essa?! Deve ser por que eu matei o troll. Hehehehe Pensou.

Depois, sem verificar se alguns dos companheiros o espiava, Dukac se despiu na beira do rio e entrou na água. A única maneira de remover aquele sangue era com um banho. Aproveitou para esfregar as roupas, também manchadas. Logo terminou e o acampamento já estava montado. A cura da caçadora havia sido bem útil, mas o bárbaro precisava de uma noite de sono para se recuperar melhor. Ele aproveitou a oferta da Lain e deitou-se perto da fogueira.
Narrador
GM, 195 posts
Mon 14 Jun 2021
at 23:33
  • msg #41

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Branco não encontrou nada que fosse de valia entre os corpos. Além dos seus pertences, o ladino coletou também os dois caninos do troll (grandes como punhais) -- mas não sem experimentar o terrível asco de extrai-los daquela bocarra fedorenta.

Aliás, isso mesmo chamou-lhe a atenção: o fato de os orcs não levarem nada consigo, vestirem armaduras e mostrarem um comportamento mais ou menos organizado. Deviam ser patrulha de alguma milícia local, pensou.

Uma neve bem fininha começou a bailar ao sabor do vento.

Todos se assearam como puderam à beira do córrego. Apenas Dukac atreveu-se a despir-se e se banhar naquelas águas gélidas. Ele foi o último a achegar-se ao fogo, já azul de frio (e sem admiti-lo, graças ao típico orgulho kirahniano!).

Uma vez alimentados e aquecidos, Branco e Dukac logo pegaram num sono pesado. Lain aproveitou a quietude para entregar-se às suas preces e contou com a companhia de Cree para montar guarda no acampamento.

*   *   *

Estava tudo muito escuro. O calor das brasas da fogueira mal atenuava o frio da madrugada.

E, embora fosse reconfortante, o absoluto silêncio da mata causava certa inquietação... algo não parecia estar certo.

Subitamente, Lain ouviu um pisotear já bem próximo dela! Não teria tempo de reação! E por que Cree não latiu?!

A elfa sentiu um leve chute no pé. Está na hora, disse o bárbaro acordando-a. Pelo visto, o cansaço a venceu antes do fim da vigília, mas felizmente não houve nenhuma intercorrência.

A neve ainda precipitava, a despeito dos tímidos raios de sol que douravam as árvores secas e retorcidas.

*   *   *

O grupo retomou a trilha e, apesar do solo lamacento e dos ventos cortantes, a viagem não demorou muito até que alcançassem o limite de Latagam. O problema é que estavam bem mais ao norte do que deveriam, o que resultou em mais meio dia de cavalgada até verem o portão norte de Sharu.
Se quiserem, um de vocês pode rolar a função de quartel-mestre. O resto não precisa.




Ao longe, via-se o famoso povoado, agora militarizado. Das fortificações pendiam os estandartes málvaros. E, ao longo da via de acesso, de ambos os lados, estavam expostos corpos empalados. Um cartão de visitas ainda mais chocante de perto -- não apenas pela repugnância...

Conforme vocês avançaram, Lain notou o espanto dos seus companheiros diante de dois corpos em particular. Branco e Dukac só os reconheceram pelas vestes: Jonin e Gyles.

Lá na frente, já em face do portão, um velho mercador e sua carroça de feno foi barrado pelos sentinelas: dois orcs, que revistaram a carroça, espetando a pilha de feno com suas armas, antes de permiti-lhe a entrada no povoado.

Curiosamente, os sentinelas usavam equipamentos bem parecidos com aqueles que vocês mataram na floresta.




O que vocês fazem?

Branco
player, 143 posts
Tue 15 Jun 2021
at 01:20
  • msg #42

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

A viagem não tinha sido longa, mas dormir na floresta após uma surra de Troll não era a forma mais adequada de se recompor. O albino já começava a se sentir cansado. Ao se aproximarem do povoado Branco congela com a visão das roupas dos seus antigos companheiros de grupo. Na verdade apenas a roupa de Gyles o choca, Sabia que aquele louco um dia ia acabar assim..., enquanto que ao ver as vestes de Jonin ele sente uma mistura de alegria com revolta, pois desejava ele mesmo tirar-lhe a vida, Não me parece que era tão inteligente agora, não é?.

Branco chega no mesmo cavalo que Lain e coloca a mão em seu ombro, sinalizando que parasse. Haviam aproveitado o caminho para elaborarem um pouco mais o plano. O ladino seria o mercador e os outros seus guarda-costas. Branco se aproxima a pé dos guardas, que acabam de deixar a carroça passar, e faz um aceno de mão como saudação.

Olá senhores. Sou um mercante em viagem e trago comigo meus guarda-costas, ele diz enquanto aponta para Lain e Dukac. Estamos em uma longa viagem para o norte e precisamos repor nossos suprimentos e um lugar quente para passar a noite. Gostaríamos de nos recompor nas estalagens do povoado, se nos permitir entrar.
Lain
player, 60 posts
Tue 15 Jun 2021
at 15:40
  • msg #43

05. Conhecendo o Inimigo

Lain não sabia se era o frio que começava a aumentar ou se tinha sido a noite mal-dormida, mas sua disposição durante o resto da viagem não era das melhores. E ter dividido a montaria com Branco havia sido desconfortável, para dizer o mínimo. Havia algo de inquietante naquele homem. O ladino era decididamente alguém que ela não conseguia entender. Dukac era fácil, suas intenções eram sempre claras, sua linha de raciocínio sempre simples. Branco não.

Branco havia abandonado Poaret quando eles mais precisavam, apenas para voltar alguns dias depois sem a menor explicação. Tentara se aproveitar do tesouro de Omak sem mostrar nenhuma consideração com a vila destruída, mas não fugiu ou ameaçou ninguém quando acusado — injustamente — de assassinato. E agora seguia em mais uma missão confiada pela própria Sábia antes de partir desse mundo! Até o ataque ao troll fora uma surpresa: ele poderia ter fugido ou se escondido, mas optou por arriscar a própria vida. Podia ter sido o corpo de Branco caído na relva, em vez do cavalo.

O troll! Lembrar do troll a fez soltar um grunhido. A irritação da noite anterior já tinha se dissolvido, mas ela ainda custava a crer que o bárbaro realmente tivesse achado que enfrentar um troll era uma boa ideia. Já teria sido péssima na luz do dia, mas no breu daquela noite de inverno ficava ainda mais insana! Ela não negava que havia desenvolvido uma certa afeição, quase um carinho, pelo brutamontes (a franqueza com que ele encarava as coisas era por vezes encantadora), mas às vezes achava que ele estava tão ocupado usando os músculos que acabava se esquecendo de usar o cérebro. Lain sempre fora tão cuidadosa ao transitar pelas florestas e bosques que aquela atitude irresponsável lhe soava como um disparate! Mais uma loucura dessas e não chegamos em Huur inteiros...

Quando enfim alcançaram Sharu, ela sentiu um frio percorrer a espinha, e isso nada tinha a ver com a temperatura. A visão da cidade não era nem um pouco amigável, muito pelo contrário. Era evidente que forasteiros não seriam muito bem acolhidos ali, no máximo tolerados. Inimigos, menos ainda. Sharu não parecia ser o tipo de cidade que guardava prisioneiros. Ao menos não vivos. Os corpos empalados eram uma mensagem mais do que clara. Pelos deuses, eles não estão de brincadeira! Uma palavra errada e a gente já era...

Branco e Dukac se demoraram em dois em particular, e isso só aumentou seu mau pressentimento sobre aquele lugar. Conhecidos? ela perguntou em voz baixa. Ela engoliu em seco, torcendo para o plano que tinham traçado durante a viagem desse certo. Quanto mais sabia sobre os málvaros, mais os detestava. E mais claro ficavam as semelhanças entre eles e os elfos negros. Um incômodo cresceu dentro dela.

Branco desceu do cavalo, se preparando para se apresentar, e Lain apertou mais o lenço sobre a cabeça, tentando encobrir o rosto. Não pretendia chamar mais atenção do que o necessário, apesar de que, estando do lado de um bárbaro do tamanho de Dukac, dificilmente a atenção de alguém caíria sobre ela. Também olhou para Cree e acenou discretamente a cabeça para tranquilizar o animal. Ela já tinha percebido as orelhas em riste do lobo e o começo de um rosnado baixo, quase imperceptível. Cree costumava ser obediente, mas acima de tudo, ainda era selvagem.

Branco:
Olá senhores. Sou um mercante em viagem e trago comigo meus guarda-costas, Estamos em uma longa viagem para o norte e precisamos repor nossos suprimentos e um lugar quente para passar a noite. Gostaríamos de nos recompor nas estalagens do povoado, se nos permitir entrar.


Lain ficou calada e manteve a pose austera, que ela achava que cabia ao papel de um guarda-costas, durante a fala de Branco. Evitou ao máximo o contato visual com os orcs da entrada. Felizmente Cree, a seu lado, no chão, também se controlou.
Dukac, O Sanguinario
player, 156 posts
Tue 15 Jun 2021
at 23:10
  • msg #44

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac não considerou a temperatura para decidir entrar no rio. Isso lhe custou algumas horas de sono, enquanto secava o corpo e as roupas ao lado da fogueira. O bárbaro contraiu os músculos para não expor o frio. De nada adiantou, pois era óbvio que ele estava com frio e havia sido uma decisão idiota. Mas ao menos o sangue estava completamente lavado.

19:56, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 2d6. Quarte-mestre

Dukac acordou pela manhã com Branco chutando terra na fogueira. Ele arrumou o cavalo e foi em busca de Lain, que estava escondida, dormindo encostada em uma árvore. Logo que terminaram os preparativos, partiram para Sharu. No caminho, Branco repassou o plano e os dois prontamente concordaram. Mas eles não esperavam encontrar os corpos de seus antigos companheiros expostos. De fato, muito tempo já havia se passado desde que se separaram, mas o bárbaro não esperava um fim tão humilhante para os companheiros. Seu sangue ferveu e o primeiro sentimento foi de vingança. Malditos, irão pagar! Apesar do sentimento, Dukac se manteve no personagem enquanto Branco persuadia os guardas. Ele estava pronto para voar na garganta de um deles, caso fossem descobertos.
Narrador
GM, 196 posts
Thu 17 Jun 2021
at 17:47
  • msg #45

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Branco:
Olá senhores. Sou um mercante em viagem e trago comigo meus guarda-costas, ele diz enquanto aponta para Lain e Dukac. Estamos em uma longa viagem para o norte e precisamos repor nossos suprimentos e um lugar quente para passar a noite. Gostaríamos de nos recompor nas estalagens do povoado, se nos permitir entrar.

Narrador, on behalf of Branco, rolled 6 using 2d6 ((1,5)).
Branco tem +1 XP.


Enquanto Branco apresentava-se aos guardas orcs, estes o encaravam com um misto de antipatia e desconfiança. Um deles deu uma cusparada barulhenta, durante a sua fala, sem tirar os olhos do pretenso "mercador".

Lain e Dukac mantiveram-se montados, tentando passar-se convincentemente por guarda-costas.

E o que exatamente você vende?, questionou um oficial recém saído dos portões.


Seu tom era de desprezo e seu olhar, malicioso.

O oficial em comando passou direto por Branco e foi conferir mais de perto seus supostos guarda-costas. Não vejo mercadorias; apenas armas..., disse olhando tudo atentamente, e uma elfa!, completou encarando Lain com um sorriso.

Cree encrespou-se e pôs-se a rosnar para o homem.

Com efeito, entre os corpos empalados, havia muitos humanos e hobbits; alguns poucos anões; e nenhum elfo.

Todavia, não ficou claro se isso se tratava de um verdadeiro controle de acesso ou de mera intimidação.

O sol já se punha e alguns corvos grasnavam.

O que vocês fazem?

Lain
player, 61 posts
Fri 18 Jun 2021
at 01:12
  • msg #46

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O sorriso do oficial só serviu para deixar Lain ainda mais alarmada. O olhar não parecia ser de mera curiosidade, mas sim de algo muito pior. Por isso, ela não se surpreendeu com os rosnados de Cree, o animal já havia se controlado até demais. Mas evitando piorar a situação, a elfa permaneceu impassível em cima do cavalo, conjurando todo o seu auto-controle e calculando suas palavras.

Peço perdão pelo comportamento do lobo, ele está apenas tentando me proteger. Mas não irá atacar sem meu comando, ela falou. Minha etnia não é relevante, senhor, fui apenas contratada para guiar o mercador até seu destino, ao norte daqui. E nossas armas são exclusivamente para nos defendermos de possíveis salteadores no caminho. Como deve saber, as estradas hoje não são tão seguras como antigamente. Lain ergueu os olhos até as muradas da cidade. Vejo que também estão muito bem protegidos, então sei que entende nossa cautela. E, se voltando novamente para o oficial, forçou o sorriso mais amável que conseguiu. Já está escurecendo, tenho certeza que um oficial de sua patente poderia autorizar nossa estadia essa noite. Não traremos problemas para a cidade, tem a minha palavra.
Branco
player, 144 posts
Fri 18 Jun 2021
at 01:43
  • msg #47

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

quote:
E o que exatamente você vende? Não vejo mercadorias; apenas armas...e uma elfa!

Branco já estava de certa forma preparado pra isso e queria resolver pelo menos uma coisa da forma mais fácil.

Ora meu caro, nem toda mercadoria precisa ser grande. Sou um mercador diferente, trabalho por encomenda... pedidos exóticos para ser mais preciso. Apenas um desses aqui, ele diz enquanto exibe o dente do troll, na mão de quem sabe onde vender vale uma fortuna. O ladino logo guarda o objeto, não dando chance a uma inspeção minuciosa. Mas se ainda tens dúvida podemos negociar, ele diz enquanto balança discretamente sua pesada bolsa de moedas de ouro, afinal de contas todos estamos tentando ganhar a vida aqui, não é mesmo?

Vou deixar o mestre rolar o CHA pra inserir suspense.
Dukac, O Sanguinario
player, 157 posts
Fri 18 Jun 2021
at 02:24
  • msg #48

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dessa vez Dukac se manteve calado e com a cabeça abaixada, deixando o capuz cobrir a maior parte do rosto. Seus companheiros pareciam estar contornando bem a situação, não era necessário intervir, por enquanto. O bárbaro aproveitou a conversa e olhou disfarçadamente ao seu redor, tentando entender quem mandava e o que estava para acontecer.

O que aconteceu aqui recentemente?
O que está para acontecer?
Quem realmente está no controle?


23:17, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6.  Discern Realities.
Narrador
GM, 197 posts
Fri 18 Jun 2021
at 10:19
  • msg #49

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain:
(...) Já está escurecendo, tenho certeza que um oficial de sua patente poderia autorizar nossa estadia essa noite. Não traremos problemas para a cidade, tem a minha palavra.

Enquanto a elfa tentava dobrar o sujeito, Dukac perscrutava o seu redor com atenção.

quote:
O que aconteceu aqui recentemente?

Visivelmente, as fortificações do povoado foram recém-instaladas. A madeira ainda era nova, mal tinha secado. Os málvaros ocuparam militarmente esse povoado, talvez pela localização estratégica. E, pelo trato que estão dando ao povo, certamente estão gerando insatisfações...

quote:
Quem realmente está no controle?

O traje militar desse homem sugerem que ele deva ser o chefe da guarda, ou algo do tipo; ou seja, a mão armada do verdadeiro mandatário político.

quote:
O que está para acontecer?

À medida que escurece, a temperatura está caindo rapidamente. Flocos de neve mais grossos começam a encharcar o ambiente. E o oficial está perdendo interesse em vocês na mesma proporção. Provavelmente está para ocorrer a troca da guarda e não custaria muito convencê-lo a deixá-los em paz.

E foi só Dukac concluir esse raciocínio, que Branco arrematou a discussão.

Branco :
Ora meu caro, nem toda mercadoria precisa ser grande. Sou um mercador diferente, trabalho por encomenda... pedidos exóticos para ser mais preciso. Apenas um desses aqui, ele diz enquanto exibe o dente do troll, na mão de quem sabe onde vender vale uma fortuna. O ladino logo guarda o objeto, não dando chance a uma inspeção minuciosa. Mas se ainda tens dúvida podemos negociar, ele diz enquanto balança discretamente sua pesada bolsa de moedas de ouro, afinal de contas todos estamos tentando ganhar a vida aqui, não é mesmo?

Narrador, on behalf of Branco, rolled 9 using 2d6.  Lábia.

O oficial olhou de soslaio para seus subordinados e aceitou o suborno, pondo fim à encenação. Aparentemente, ele estava convencido da sua história e fez um gesto para que os orcs dessem passagem a vocês pelos portões.

Branco gastou 20 moedas


A essa hora, poucas pessoas transitavam -- a passos rápidos, rostos tristes e assustados. A chegada de forasteiros atraiu olhares curiosos, mas discretos.

O que vocês fazem?

Por exemplo, se forem a uma taverna, podem dirigir-se já ao taverneiro
Branco
player, 145 posts
Fri 18 Jun 2021
at 11:28
  • msg #50

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Branco retira as moedas da sacola com tanta descrição que apenas os que prestam muita atenção percebem. Quem sabe quantas vezes o ladino já não tinha feito isso? Após liberada a passagem ele entra no povoado ainda a pé observando primeiro as construções. Ao avistar o que parecia ser a taverna ele logo se direciona para lá, e Lain e Dukac o seguem em um passo lento dos cavalos. Eles não perguntam o que o ladino iria fazer, era óbvio que precisavam de um lugar para dormir. Todos entram e o albino se direciona ao balcão, enquanto os outros logo sentam em uma mesa.  Boa noite, vou querer três bebidas quentes. Diz o ladino apoiando apenas um braço no balcão enquanto olha de cabeça baixa em volta. E também 3 acomodações para passar a noite. Enquanto o taverneiro prepara a bebida Branco tenta sondar qualquer informação, Parece que os tempos estão difíceis aqui, einh?
Lain
player, 62 posts
Fri 18 Jun 2021
at 15:32
  • msg #51

05. Conhecendo o Inimigo

Lain respirou aliviada ao perceber que a estratégia de Branco havia dado certo. Tudo que ela queria era comer alguma coisa e descansar.

Do lado de dentro dos portões, Sharu parecia ainda mais sombria e escura. Branco seguiu na frente, provavelmente tinha os olhos treinados pra encontrar com rapidez o lugar que procurava e, cansada como ela estava, Lain ficou grata de não ter que se preocupar com isso.

As ruas estavam quase vazias aquela hora, mas, a medida que se entranhavam pelo lugar, Lain não deixou de perceber que o ar lúgubre da cidade também se refletia nos rostos abatidos das pessoas. Se compadeceu na mesma hora.

Branco parecia ter enfim encontrado um lugar para os acomodar aquela noite, e entrou sem ver necessidade de se dirigir aos companheiros. Estavam os três visivelmente exaustos aquela altura, provavelmente todos pensando apenas em ter algum lugar aquecido para escapar do frio. Lain e Dukac então se apressaram em amarrar os cavalos do lado de fora do edifício, com Cree montando guarda ao lado dos animais, e o seguiram. O ar quente da taverna era reconfortante.

Logo procuraram uma mesa e, enquanto Branco se dirigia ao balcão, Lain se sentou ao lado oposto ao bárbaro. Primeiro se certificou de que não havia ninguém os espiando ou ouvindo sua conversa e, quando se deu por satisfeita, se inclinou para frente e falou em voz baixa, mas com urgência. Dukac, precisamos fazer alguma coisa! As pessoas dessa cidade estão miseráveis, não podemos fechar os olhos e deixar que esse povo continue sendo oprimido dessa maneira!
This message was last edited by the player at 15:34, Fri 18 June 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 158 posts
Sat 19 Jun 2021
at 20:47
  • msg #52

05. Conhecendo o Inimigo

Não era surpresa para o bárbaro um guarda aceitar suborno, sabia que poucos vivem apenas pela glória da batalha!

Ao chegar em uma cidade, era de seu costume entrar com o peito estufado, para intimidar os aldeões. Dessa vez ele teve que conter o hábito e deixar o orgulho de lado. Entrou na cidade bem encolhido, evitando chamar atenção. Mas não deixou de notar a desolação do povo. O temor dos aldeões era tanto que, ao cruzar olhares com um deles, o pobre coitado virou o rosto rapidamente e partiu desorientado. Dukac sentiu seu corpo esquentar, da mesma forma quando ouviu o clamor de Poaret. Ele olha discretamente para os postos de vigia e tenta calcular a quantidade de soldados pela cidade.

Dukac foi o último a entrar na taverna, perdeu um pouco mais de tempo retirando as bolsas dos cavalos. Mesmo com a cidade vigiada, os tesouros eram valiosos demais para serem deixados do lado de fora.
Lain:
Dukac, precisamos fazer alguma coisa! As pessoas dessa cidade estão miseráveis, não podemos fechar os olhos e deixar que esse povo continue sendo oprimido dessa maneira!

TOC! Ele bate de leve na mesa. Também estou revoltado! Mas seria muito arriscado, se um deles fugir vai estragar todo o plano!
Narrador
GM, 198 posts
Sun 20 Jun 2021
at 16:10
  • msg #53

05. Conhecendo o Inimigo

Lain e Dukac levaram os cavalos à estrebaria, enquanto Branco providenciava acomodações na estalagem local.

O bárbaro recolheu os alforjes e pôs-se a examinar as defesas do lugar, enquanto a elfa entregava os cavalos aos cuidados do estribeiro. Aparentemente, havia um par de arqueiros vigiando cada uma das quatro torres que cercavam o povoado; um par de soldados dentro e fora dos portões; e, eventualmente, um par de sentinelas patrulhando as ruas -- todos orcs.
Lain gastou 2 moedas

Aliás, a tática de vigilância era bem parecida com a de Poaret.

Lain cutucou Dukac, que ruminava ideias de rebelião, e indicou a taverna com a cabeça. Do alto da entrada pendia uma placa de madeira, com o entalhe já gasto: "Cova da onça".

As grossas paredes de pedra ocultavam a farra que ocorria lá dentro. Sob a débil iluminação de velas e o ar fumacento, um grupo de humanos bebia e badernava sem o menor decoro. Em menor número, alguns orcs participavam de maneira mais tímida e submissa; além de... meio-orcs?! Ou melhor, acompanhantes meio-orcs!



Málvaros.

Entre eles havia também mulheres humanas dos militares, mas a bebedeira era dos homens.

Branco :
Boa noite, vou querer três bebidas quentes. E também 3 acomodações para passar a noite.

Parece que os tempos estão difíceis aqui, einh?

Foi só o ladino soltar a indireta, que uma mocinha, servindo aos oficiais málvaros, levou um tapa no traseiro. O taberneiro, provavelmente seu pai, quebrou o caneco para conter a raiva. Apenas Branco o percebeu.

Filha, disse ele com a voz embargada de cólera, sirva esses senhores, por favor, indicando a mesa onde Lain e Dukac se sentaram, e terminou com um aceno de confirmação para Branco.
Branco gastou 3 moedas

O sujeito que deu o tapa e o outro ao seu lado olharam para vocês três com cara de poucos amigos.

Lain:
Dukac, precisamos fazer alguma coisa! As pessoas dessa cidade estão miseráveis, não podemos fechar os olhos e deixar que esse povo continue sendo oprimido dessa maneira!

Dukac:
Também estou revoltado! Mas seria muito arriscado, se um deles fugir vai estragar todo o plano!


O que vocês fazem?

Branco
player, 146 posts
Mon 21 Jun 2021
at 02:04
  • msg #54

05. Conhecendo o Inimigo

Branco se junta ao grupo na mesa, que cochicha bem baixo. Eles param por um instante e pelo olhar de ambos logo o ladino entende sobre o que se trata. Esqueçam isso, não há o que se fazer aqui. A situação é completamente diferente de Poaret... Ele bebe um pouco de sua bebida quente e continua. Somos apenas três, isso aqui é morte certa! Devemos nos concentrar em nossa missão! Outros dependem de nós. Ele da uma olhada discreta em volta, sabia que o simples fato de estar discutindo isso já era perigoso. O ladino então, depois de mais alguns goles, tenta conduzir a conversa para outro caminho, afim de distrair a mente dos próprios colegas. Então, ele diz a Lain, o que exatamente você faz no continente? O que te faz querer ajudar todo infortunado que cruzamos?(Já sabemos a resposta da primeira pergunta, mas Branco não. Pra não perder tempo repetindo tudo pode colocar só que contou o que aconteceu, ou se quiser minta para ele.)
Lain
player, 63 posts
Mon 21 Jun 2021
at 15:55
  • msg #55

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac:
Também estou revoltado! Mas seria muito arriscado, se um deles fugir vai estragar todo o plano!

Planos mudam, ela retrucou, ainda tentando manter a voz baixa.

Parou de falar quando uma jovem veio lhe trazer as bebidas. Mantinha os olhos baixos, submissos e aterrorizados, como muitos outros ali naquela cidade. Pelo canto do olho, Lain viu os oficiais málvaros os encarando, e, quando a mocinha deixou sua caneca na mesa, a elfa segurou de leve seu punho. Você está bem?

Mas vendo que os oficiais olhavam cada vez mais intensamente para o grupo, soltou a jovem. Idiotas, pensou com desprezo. Traga algo pra gente comer também. Um ensopado pra mim, por favor, do que tiver. E um pouco de pão.

E a elfa lançou outro olhar inconformado para Dukac.

Branco:
Esqueçam isso, não há o que se fazer aqui. A situação é completamente diferente de Poaret...

Lain revirou os olhos. E quem é você pra falar de Poaret, não é mesmo? Que eu me lembre, você decidiu deixar a cidade mesmo sabendo que ela estava em vias de ser atacada. Até hoje não entendi o que te fez voltar. Remorso, talvez?

Ela falou com um pouco de raiva, mas logo se arrependeu do tom. Decidiu pegar a caneca para se ocupar com a bebida e se acalmar. De fato arrumar uma confusão naquela taverna não serviria de nada, provavelmente só traria mais problemas — ainda mais com tantos homens embriagados e armados.

Branco:
Então, o que exatamente você faz no continente? O que te faz querer ajudar todo infortunado que cruzamos?

A pergunta a pegou de surpresa, mas ela entendia a curiosidade. Naqueles tempos, elfos eram realmente raros de se encontrar em boa parte do continente. E, aparentemente, as notícias do que havia acontecido com Cahnora e demais cidades élficas de Ayaram não haviam se espalhado tanto ainda.

Levou a caneca à boca para pensar se era prudente então revelar seu passado para eles, Branco principalmente — vai saber o que ele faria com essa informação? Mas ao devolver a caneca para a mesa, já tinha decidido. Afinal, Lain ainda queria estabelecer uma relação de confiança com Branco, e não poderia fazer isso com mentiras.

Então contou tudo: dos elfos negros, das guerras, das mortes, de como conseguiu escapar e embarcar para o continente. Omitiu alguns detalhes: não mencionou Daesha nem que Omak era um elfo negro ele próprio. Apesar da barulheira dentro do estabelecimento, não queria correr o risco de alguém ouvir e reconhecer aqueles nomes.

As cidades foram todas praticamente devastadas ou tomadas. Os que ficaram no caminho deles, morreram; os outros, aprisionados, provavelmente escravizados. Soa familiar, não acha? E ainda me pergunta por que quero ajudar essa gente?

Lain suspirou, recostando na cadeira. Olhava agora para lugar nenhum. Até hoje me sinto um pouco culpada por ter conseguido fugir enquanto tantos outros não tiveram a mesma sorte… Às vezes penso que devia ter ficado e feito mais pelo meu povo. Mas já que não posso mudar isso, o mínimo que posso fazer agora é ajudar quem precisa. Tentar salvar algumas vidas, pra compensar as tantas que foram perdidas.
This message had punctuation tweaked by the player at 15:56, Mon 21 June 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 159 posts
Mon 21 Jun 2021
at 17:55
  • msg #56

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac vê mais abusos na taverna e só aumenta sua vontade de dizimar o inimigo. Sem prisioneiros! Ele passou a reconsiderar as mudanças no plano.

Dukac
também fez seu pedido, depois de Lain terminar o seu com a garçonete. Pode me trazer uma carne assada, a maior que tiverem.

Quando ela se afastou, ele continuou seu raciocínio. Contei quatorze guardas lá fora. O problema são os arqueiros, estão espalhados pelas torres e podem soar o alarme. Seria mais fácil se estivessem todos juntos, não teriam para onde correrem. Ele fez uma pausa e olhou para os lados. Como bêbados em uma taverna!

Os dois olharam para o bárbaro com os olhos arregalados, parecia que ele estava insinuando que a matança começasse ali mesmo, mas logo se explicou melhor. Mas tem muitos moradores aqui, poderiam acabar morrendo na batalha. Lain, principalmente, soltou um suspiro de alívio ao ouvir palavras prudentes do bárbaro.

Melhor agirmos na madrugada, assim o povo não irá correr perigo. Além disso, os guardas estarão desatentos, mais fácil para um ataque surpresa.
Lain
player, 64 posts
Mon 21 Jun 2021
at 20:30
  • msg #57

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain abriu um sorriso ao ver que o bárbaro concordava com ela: aquela situação era inaceitável!

Dukac:
Melhor agirmos na madrugada, assim o povo não irá correr perigo. Além disso, os guardas estarão desatentos, mais fácil para um ataque surpresa.

Ela balançou a cabeça, concordando. Sim, também acho... mas não temos como fazer nada essa madrugada. Estamos cansados, sem bons equipamentos... eu precisaria de mais flechas também. Ficou pensativa por um tempo, tentando achar uma solução. Sair dali sem nem ao menos tentar ajudar os moradores de Sharu já estava fora de cogitação para a elfa. E se ficarmos um dia a mais na cidade? Podemos observar melhor as rotinas dos soldados, comprar alguma coisa, nos armar melhor... se alguém desconfiar, inventamos alguma coisa. Algum problema com os cavalos, não sei, um contratempo qualquer.

Lain olhou para Dukac esperançosa. Sabia que ainda precisaria convencer Branco, mas se contasse com a ajuda do bárbaro, já seria muito mais fácil.
Narrador
GM, 199 posts
Tue 22 Jun 2021
at 17:24
  • msg #58

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

A menina levou os canecos de cerveja até vocês.

Dukac:
Pode me trazer uma carne assada, a maior que tiverem.
Lain:
Traga algo pra gente comer também. Um ensopado pra mim, por favor, do que tiver. E um pouco de pão.
Lain:
Você está bem?

A atendente ficou ruborizada e os olhos marejaram. Ela fungou rápido, passando a mão no rosto, fazendo que "sim" com a cabeça e saiu imediatamente, levando os seus pedidos à cozinha.

E, enquanto vocês aguardavam o pedido, a esbórnia dos málvaros continuava -- barulhenta e afrontosa. Lain acabava de falar de seu passado e das suas motivações, quando a atendente retornou e pôs a mesa.

Pelo visto a cultura local, inclusive a culinária, tem fortes influências dos povos nômades de Huur. As bebidas são mais quentes e encorpadas, facilmente embriagantes; as comidas, à base de muita carne e leite. A menina entregou a cada um um prato com um pão chato e borrachudo e uma farta porção de cuscuz apimentado. Depois, ela levou ao meio da mesa um caldeirão de carne ensopada com creme de leite azedo.

*   *   *

O jantar transcorreu -- dentro do possível -- calmamente. Vocês debatiam, à meia voz, as possibilidades de insurreição e, aos poucos, a vozeria dos outros diminuía. Os homens foram se dispersando, tropeçando de bêbados e arrastando suas acompanhantes, uns para as alcovas, outros para fora da taverna.

Ao lado do balcão, havia umas escadas que levam a um andar subterrâneo.

Terminado o jantar, o taberneiro veio à mesa até vocês: Espero que estejam satisfeitos! Sinto dizer que a casa hoje está cheia. Terei de instalá-los no mesmo cômodo, se não se incomodarem.
Vocês deram mais 3 moedas ao taberneiro

(Pressuponho que vocês aceitem se alojar assim mesmo)


Pedirei à minha filha que os acomodem. Obrigado!

A menina havia indicado a última porta do corredor, à esquerda.

No meio da escada, descendo, e ao longo do corredor, no andar de baixo, vocês passaram por dois orcs de vigia. Eles os encararam de forma intimidadora, mas nada disseram. O corredor estava iluminado por braseiros, pendurados nas paredes.

Aparentemente, a festa passou do andar de cima para as alcovas. De ambos os lados do corredor ecoava a libidinagem dos homens com as suas acompanhantes.

As paredes eram feitas de grandes blocos de pedra e, por causa da pouca ventilação, o ar era denso e cheirava a mofo. O quarto de vocês era modesto, mas aceitável. Em pouco tempo, a filha do taberneiro trouxe-lhes três mantas grossas e acendeu um braseiro no interior do cômodo. Ela se despediu com uma tímida mesura...

... Contudo, antes de ir embora, os seus olhos, nervosos e inquietos, encontraram-se com os de Lain. Ela abriu a boca, mas a princípio as palavras não saíram. A pobrezinha estava realmente assustada.

Estão vigiando vocês. Tomem cuidado!, disse baixinho e fechou a porta com pressa.
Lain
player, 65 posts
Tue 22 Jun 2021
at 22:46
  • msg #59

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O andar subterrâneo era extremamente abafado, a despeito do frio da noite, e a algazarra no corredor, extremamente barulhenta. E não parecia que iria acabar tão cedo.

Agora os três estavam confinados no quarto no final do corredor, com orcs guardando a escada e pessoas por toda parte. Talvez passar por elas e sair para observar a cidade a noite nem seria problema, já que elas pareciam ocupadas demais para prestar atenção em qualquer outra pessoa, mas os guardas no único acesso para a rua certamente iriam suspeitar de uma saída na madrugada. As circunstâncias jogaram um balde de água fria nos planos de Lain e ela se sentou na cama, desanimada.

Devíamos ao menos fazer alguma coisa pela menina, ela falou. Só Deus sabe o que ela tem que aturar servindo aqueles homens!

Não seria muito, mas já que traziam todas as moedas de Omak, Lain decidiu que deixaria uma porcentagem de sua parte com ela. Ao menos assim aquele dinheiro sujo pode servir alguém que precisa de verdade...

Se virou para Dukac e Branco, tentando convencê-los a contribuir com alguma coisa que pudesse ajudar a jovem. A aflição em seu rosto era evidente, e partia o coração de Lain não poder fazer algo de mais concreto pela moça.

-100 moedas
This message was last edited by the player at 00:19, Wed 23 June 2021.
Branco
player, 147 posts
Tue 22 Jun 2021
at 22:56
  • msg #60

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Branco desceu as escadas observando o local e a situação só confirmava cada vez mais o que ele já tinha certeza, era impossível tentar qualquer coisa naquela vila. Já dentro do quarto Lain insiste em ajudar a menina que lhes mostrava o lugar. Normalmente o ladino apenas viraria e a deixaria seguir seu destino. Mas uma pequena faísca o fez levantar e em ir em direção a garota. Ele lhe deu uma dose de óleo de Tagit e disse baixo em seu ouvido, Faça-o ingerir e ele terá um sono leve, isso pode te dar alguma chance. Sem dizer mais nada ele se vira para a cama e se prepara repousar.

-1x Oil of Tagit
Dukac, O Sanguinario
player, 160 posts
Wed 23 Jun 2021
at 00:04
  • msg #61

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Os corredores eram especialmente apertados para Dukac. Ele se encolhe um pouco para poder chegar ao quarto. Tudo ali era espremido, e o bárbaro pensa que não é uma boa ideia batalhar ali, seria facilmente morto! Parece que a única opção é aproveitar a noite de sono e descansar por completo. Ele vai para o canto mais longe da porta e despeja as bolsas.

Antes da menina sair, Lain suplica aos outros para ajuda-la, vai até a bolsa, cata umas moedas de ouro e entrega na mão da garçonete. Em seguida, Branco entrega um frasco e sussurra alguma coisa em seu ouvido. A menina olha para Dukac, parecia esperar alguma coisa do bárbaro. Ele olha para Lain e vê um rosto também esperançoso. Sem jeito, ele retira sua adaga e entrega a moça. Bem, só tenho isso aqui que pode te ajudar, use com cuidado. Ela olha para o cabo da adaga, estava sujo de sangue e provavelmente não sairia nem lavando.

Melhor aproveitarmos para dormir, não há nada que possamos fazer por hoje. Disse, depois de ficarem sozinhos.

-1 Dagger
This message was last edited by the player at 23:55, Wed 23 June 2021.
Narrador
GM, 200 posts
Wed 23 Jun 2021
at 20:53
  • msg #62

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

De imediato, Lain travou a porta com o pé e trouxe a menina pelo punho de volta para dentro. Apanhou com Dukac um embrulho de pano, onde estavam 100 moedas mais a adaga do bárbaro e lhe entregou.

Dukac:
Bem, só tenho isso aqui que pode te ajudar, use com cuidado.

Logo em seguida, Branco ofereceu-lhe um pequeno frasco de âmbar, que a moça aceitou, muito acanhada.

Branco:
Faça-o ingerir e ele terá um sono leve, isso pode te dar alguma chance.


Obrigada! E-eu... eu preciso ir..., ela disse, hesitante. Prestes a sair, ela ajuntou, em tom de cumplicidade: Aliás, meu nome é Meliah, com um esboço de sorriso e partiu.

*   *   *

Na manhã seguinte, já não havia sinal dos málvaros, nem da sua da algazarra, a não ser pelo fedor azedo de bebida derramada. Talvez por isso, o taberneiro havia queimado casca de alho nos braseiros.

No andar de cima, pai e filha já estavam de pé arrumando o ambiente. Meliah deu uma discreta olhada de esguelha para vocês com um sorriso de canto de boca. O estabelecimento não oferecia café da manhã, de modo que vocês deixaram para tomá-lo na feira do povoado.

A feira parecia exclusivamente voltada para os viajantes, e nela estava baseada a economia de Sharu. Percorrendo as ruas movimentadas sob a neve matinal, algo os surpreendeu... uma das práticas mais abjetas, extinta desde a última Era: o comércio de escravos. Vendedores humanos davam ordens a seus lacaios orcs para enjaular ou exibir seus "itens" aos interessados.


Os guardas málvaros estavam sempre por perto, vigiando o mercado de escravos.

Pouco depois de passarem pela deplorável cena, vocês encontraram uma barraquinha, onde um jovem vendia chá ao leite e uns pãezinhos cozidos no vapor, recheados de carne de porco. O cheiro era muito apetitoso, embora os gritos dos cativos abalem qualquer apetite.


Quando vocês pararam para considerar a refeição, Branco confirmou uma suspeita que trazia consigo em silêncio. Vocês estão sendo seguidos. Um homem encapuzado, a umas duas barracas de distância, parou assim que vocês pararam e fingiu interesse em alguma mercadoria.

O que vocês fazem?

Se quiserem comprar equipamentos, por exemplo, descrevam a cena e sigam a lista de preços do livro (p. 326 em diante)
Branco
player, 148 posts
Thu 24 Jun 2021
at 00:27
  • msg #63

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Branco desperta revigorado. As acomodações poderiam não ser excelentes, mas era uma das melhoras que tivera nos últimos tempos. O ladino sai do quarto com os outros, e no caminho acena a cabeça para Meliah, que parece estar bem.

Do lado de fora o grupo caminha até a feira, Branco avista a barraquinha com os pãezinhos e sua barriga logo ronca. Ele ordena um para comer ali e uma ração de viagem que vendia logo ao lado. Enquanto come tranquilamente os gritos dos escravos arrastados o distrai por um segundo, mas ele logo volta ao seu pequeno lanche matinal. Quando acaba o último pedaço Branco diz aos outros, Poderiam me comprar um cavalo? Preciso comprar outra coisa. Nos encontramos na taverna? e sai, deixando uma pequena sacola com moedas suficiente para a compra, sem dar a chance dos outros responderem, ficando claro que ele iria sozinho. Porém, havia uma outra razão que o ladino não havia revelado, estavam sendo seguidos. Ele julgou que era melhor investigar sozinho e manter os outros agindo da forma mais natural possível. O perseguidor não seria capaz de seguir o grupo dividido em dois, com toda sua experiência Branco logo se camuflou na multidão aos olhos de quem os seguia. E em pouco tempo ele passou de perseguido a perseguidor. Vamos ver o que você quer...

-1 moedas (Pãozinho)
-3 moedas
+1 Dungeon Rations
-75 moedas (Cavalo)

This message was last edited by the player at 13:16, Thu 24 June 2021.
Lain
player, 66 posts
Thu 24 Jun 2021
at 13:52
  • msg #64

05. Conhecendo o Inimigo

A noite não tinha sido das melhores, mas Lain não estava em condições de reclamar. Ao menos não haviam sido incomodados — salvo pelos ruídos animados dos quartos vizinhos, que nem mesmo as paredes grossas de pedra conseguiam abafar. Bom, pelo menos alguém está se divertindo essa noite...

De manhã, o lugar já estava quieto e vazio. Quando viu Meliah arrumando as mesas do estabelecimento, Lain prontamente foi até ela, com a desculpa de que queria agredecer pela hospitalidade. Sinto muito por aqueles cretinos, a elfa falou, em referência ao comportamento dos oficiais na noite passada. Tem sido sempre assim? Quem é o responsável pelo que está acontecendo na cidade?

(...)

A feira parecia movimentada mesmo logo cedo, com mercadores por todos os lados com os mais variados objetos. Quando se deparou com o comércio de escravos ocorrendo a céu aberto, Lain estancou. Sentiu a mandíbula travar e virou os olhos para evitar a cena, mesmo sabendo ser possível ignora-la. Tinha quase perdido a fome, mas o cheiro dos pães cozidos na hora atiçou seu paladar e ela acabou pedindo um, com um pouco de chá para se esquentar naquela manhã fria.

Branco:
Poderiam me comprar um cavalo? Preciso comprar outra coisa. Nos encontramos na taverna?

Lain olhou para Branco com ar interrogativo e, em seguida para Dukac. E essa agora... o que acha que ele vai fazer? Ela perguntou, com um pouco de desconfiança, mas, sobretudo, com preocupação. Preferia que não se separassem naquela cidade, afinal, podiam ainda estar sendo vigiados.

Aliás, ela continuou, aproveitando que estamos a sós: você confia em Branco? Digo, confia de verdade? Acha que existe a chance de ele um dia nos trair?

Continuaram pela feira, e Lain achou prudente comprar alguns mantimentos extras para a viagem. Comprou um pacote de rações e, por via das dúvidas, algumas bandagens para primeiro socorros, já que teriam que pegar a estrada novamente e talvez nem sempre pudessem contar com suas orações de cura.

Mais a frente, um mercador de armas carregava toda sorte de arcos, além de conjuntos de flechas. Lain testou vários e acabou se decidindo por um Arco de Caçador: era leve e fácil de manusear, com uma corda forte, mas maleável. A madeira era bem entalhada, chegava a lembrar vagamente o arco de seu pai. Comprou também mais um fardo de flechas, e tentou vender o arco curto que havia trazido de Poaret, já que ele não seria mais necessário.

Passou também por inúmeros estandes com roupas e acessórios de inverno, feitos com material que parecia bem reforçado para aguentar as baixas temperaturas da região. Pensando no frio que não estava acostumada a encontrar, ela se decidiu por um par de luvas de couro e uma capa de lã cor de vinho, forrada com pele de raposa para proteção extra.

Aproveitou para mencionar em toda barraca que parava sobre sua pretensa viagem para o norte junto de seu colega guarda-costas e o mercador a quem servia. Talvez tenha exagerado nas vezes que repetiu a história; a Lain faltava um pouco do jogo de cintura que Branco, habituado a se virar pelas cidades, provavelmente tinha de sobra.

Não sei quanto custam a capa e a luva, me sobraram 226 moedas depois das demais compras.

Pão e chá - 1 coin

+ Ração - 3 coins (5 usos)
+ Bandagens - 5 coins (3 usos)
+ Hunter's Bow - 100 coins
+ Fardo de Flechas - 1 coin (3 ammo)
+ Capa de lã
+ Luva de couro

- Arco curto +7 coins


(...)

Os gritos dos escravos continuavam ecoando e pareciam seguir Lain não importava onde ela fosse. Essa cidade fica cada vez pior, ela murmurou para Dukac, exasperada.

Então, num impulso, Lain foi até a área onde onde as jaulas se encontravam. Haviam málvaros patrulhando o mercado e ela parou a uma curta distância das grades, tentando fingir uma curiosidade desinteressada. O que queria mesmo era contar quantos escravos haviam, e, principalmente, quantos soldados.

Ei, amigo, chamou um dos mercadores, de onde são esses escravos?

Lain rolled 6 using 2d6.  Pergunta.
+1XP

This message was last edited by the player at 14:16, Thu 24 June 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 161 posts
Thu 24 Jun 2021
at 15:13
  • msg #65

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac também teve uma boa noite de sono, apesar dos barulhos que vinham pelas brechas da porta de madeira. Antes de pegar no sono, ficou pensando em quanto tempo fazia que não "se dava bem".

Acordou na manhã seguinte com a barriga roncando de fome. Subindo as escadas, Dukac ficou decepcionado pela falta de uma mesa farta, mas compreendeu a ausência de comida dada a situação da cidade. Ele também não ofereceria comida aqueles porcos! Se despediu do taverneiro e sua filha com um simples aceno.

Já na feira, Dukac também se rendeu a aos pãezinhos e pediu dois ao vendedor.

Pãozinho x2 -2 moedas

Branco:
Poderiam me comprar um cavalo? Preciso comprar outra coisa. Nos encontramos na taverna?

Tudo bem...nhoc! Nos vemos mais tarde...nhoc! O bárbaro aceitou com muita naturalidade a súbita saída de Branco. Tão pouco ele saiu e Lain se aproximou de Dukac.
Lain:
E essa agora... o que acha que ele vai fazer? Aliás, aproveitando que estamos a sós: você confia em Branco? Digo, confia de verdade? Acha que existe a chance de ele um dia nos trair?

Ah, ele deve ir comprar alguma coisa, não se preocupe. A segunda pergunta pegou o bárbaro de surpresa. Nhoc!...Uhm, o garoto? Já estamos juntos a algum tempo, esse é o jeito dele mesmo. Nhoc!...Mas ele sempre acaba voltando e fazendo a coisa certa. Apesar da resposta despreocupada, Dukac estava preocupado com o ladino, parece que a ganância estava começando a interferir nas decisões do companheiro.

Andando pela feira, logo atrás de Lain, o bárbaro também decidiu comprar mais rações. As noites estavam frias e não se sabia ao certo quanto tempo permaneceriam na estrada. Mais a frente, enquanto ela comprava um arco novo, Dukac viu que o mercador também vendia adagas. Ele aproveitou para comprar uma nova e a guardou discretamente na cintura, escondida pelo casaco de pele de lobo.

+2 Dungeon Rations -6 moedas
+1 Dagger -2 moedas


No estande de roupas, Dukac comprou um par de luvas e um casaco de pele extra, para caso encarassem uma nevasca. Enquanto Lain terminava de comprar as roupas, o bárbaro se afastou e foi em direção ao estábulo, onde um mercador vendia vacas, porcos, ovelhas e cavalos. O vendedor era um senhor bem idoso e provavelmente trazia os animais da sua fazenda para comercializar na vila. Bom dia, senhor, gostaria do seu cavalo mais rápido! E lhe entregou a bolsa de moedas. Dukac combinou com o mercador de pegar o cavalo ao fim do dia.

+1 Casaco de pele (preço)
+1 Luva de couro (preço)
+1 Cavalo -75 moedas


De volta ao centro do vilarejo, DukacLain conversando com um dos mercadores de escravos. Ele não conseguiu ouvir o que ela disse, mas o homem parecia não ter gostado. Isso não vai acabar bem! O bárbaro acelerou o passo e chegou próximo dos dois. Olá meu nobre companheiro, desculpe interromper a conversa de vocês, mas eu gostaria de comprar um escravo.
This message was last edited by the player at 15:34, Thu 24 June 2021.
Narrador
GM, 201 posts
Mon 28 Jun 2021
at 16:34
  • msg #66

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain:
(...) Com a desculpa de que queria agredecer pela hospitalidade. Sinto muito por aqueles cretinos, a elfa falou, em referência ao comportamento dos oficiais na noite passada. Tem sido sempre assim? Quem é o responsável pelo que está acontecendo na cidade?

Meliah arregalou os olhos em sinal de alerta e, muda, balançou a cabeça como quem dizia: "aqui não, por favor!", e saiu a varrer outro canto do salão. Seu pai não percebeu.

*   *   *

A feira de Sharu mais parecia uma "feira do rolo", onde o escambo protagonizava as relações comerciais. É claro que o dinheiro ali ainda tinha a sua valia, mas quase ninguém o possuía em quantidade suficiente.

Lain e Dukac encontraram um antiquário, onde se vendia toda sorte de equipamentos de combate, peças de armadura e de armas de cerco, até mesmo raridades. O arco que Lain comprou ali, embora ela não soubesse precisar a sua origem, pelo entalhamento certamente era élfico; as flechas, difícil dizer -- são rudimentares e poderiam, quem sabe, vir dos orcs. Já a adaga que Dukac comprou, dadas as dimensões e o encurvamento da lâmina, provavelmente vinha de Bogol.

Numa outra tenda bem movimentada, uma tecelã vendia suas tapeçarias e uma enorme pilha de roupas usadas, de origem duvidosa -- algumas tinham visíveis perfurações e marcas de corte. Lá os dois também encontraram, a um preço razoável, peças apropriadas para o inverno de Huur.
Roupas de frio: 55 moedas

E, ao mesmo tempo que Dukac negociava com o cavalariço ao lado o seu melhor alazão...

Lain:
Ei, amigo, chamou um dos mercadores, de onde são esses escravos?

Não muito distante, a elfa experimenta uma infeliz abordagem com o traficante de escravos. Ele é tomado de sobressalto, com uma expressão mista de indignação e desconfiança, passando o dedo nos bigodes longos e finos. Atrás dele havia duas jaulas, onde estavam encarceradas uma dúzia de pessoas ao todo.

Seus dois serviçais orcs se aproximaram, um de cada lado, com as mãos na bainha das suas espadas.

Fortuitamente, Dukac percebeu a encrenca e correu até ela, chamando a atenção de alguns indivíduos por perto:

Dukac:
Isso não vai acabar bem!

O bárbaro acelerou o passo e chegou próximo dos dois. Olá meu nobre companheiro, desculpe interromper a conversa de vocês, mas eu gostaria de comprar um escravo.

O traficante, então, dobrou um pouco o tronco em reverência. Dukac se envaideceu, sentindo-se importante e temido!... até escutar atrás de si:

E para que os dois pombinhos querem um escravo? Os dois se viraram e deram de cara com o oficial em comando, novamente. Quer dizer, me chamou a atenção que vocês tenham um cavalo da extinta guarda de Dervis... e vocês não fazem o tipo "salteador". Então, me respondam: quem são vocês e o que querem aqui?, enfatizou as últimas perguntas com ar mais hostil.

*   *   *

Branco não teve o menor problema em despistar o seu perseguidor. Assim, imergindo na massa de transeuntes, o ladino contornou por trás do sujeito encapuzado e o espionou a algumas barracas de distância, pelas suas costas.

Branco:
Vamos ver o que você quer...

O homem virava de um lado para o outro, procurando por alguém, meio perdido. Mas, nessa hora, um certo alvoroço na direção do mercado de escravos chamou a sua atenção.

Depois de uns instantes, o sujeito sacou um pedaço de papel, de modo meio teatral, como se soubesse que estava sendo vigiado. Ele o dobrou e o prendeu por trás da armação da barraca ao seu lado. Em seguida, sem mais delongas, ele partiu para longe do alcance da vista.

Com cuidado e naturalidade para que não o notassem, Branco passou pelo lugar e apanhou o tal papel. Nele estavam uns rabiscos feitos a carvão, sugerindo os contornos de um cavalo e de um sol entre montanhas.

O recado era claro: encontre-me nos estábulos ao pôr do sol.
Dukac, O Sanguinario
player, 162 posts
Mon 28 Jun 2021
at 21:02
  • msg #67

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O bárbaro olhou para trás, surpreso com a inquisição. Com a chegada do comandante a situação se complicava ainda mais. Para Dukac parecia que não teria outra solução se não a matança. Ele pensou seriamente em arrancar, literalmente, aquele sorriso do rosto do oficial. Antes de agir, ele olhou para Lain e percebeu que ela fazia pequenos gestos de negação.

Dukac relevou e resolveu dar uma última chance para a encenação. Ah! Me desculpe nobre comandante, somos meros guarda-costas, não sabemos nada sobre a origem dos animais. Nosso contratante que nos forneceu os cavalos. Ele nota que o comandante parecia não comprar a mentira, então resolveu gastar seu último trunfo. Err... quanto aos escravos, o mercador me deu moedas para comprar uma mulher jovem, veja. Dukac puxa sua bolsa de moedas e entrega para o Málvaro. Ele se aproxima e fala mais baixo. Acho que ele tem problemas em conquistar mulheres, sabe? Só consegue pagando mesmo. Por favor, não conte a ele que lhe disse isso!

17:45, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+1. Parley.
-361 moedas

This message was last edited by the player at 21:03, Mon 28 June 2021.
Lain
player, 67 posts
Mon 28 Jun 2021
at 22:15
  • msg #68

05. Conhecendo o Inimigo

Lain quase infartou quando viu em Dukac a expressão típica que fazia quando estava prestes a sacar sua arma. Acenou discretamente, já prevendo o massacre na praça. Céus, não, aqui não, por todos os deuses...

Felizmente, Dukac suavizou o rosto e optou pelo diálogo. Lain suspirou aliviada.

Dukac:
Ah! Me desculpe nobre comandante, somos meros guarda-costas, não sabemos nada sobre a origem dos animais. Nosso contratante que nos forneceu os cavalos.

Estamos apenas de passagem, ela se apressou em complementar. Partiremos em breve. Aproveitamos a manhã para fazermos algumas compras, apenas alguns suprimentos e coisa que o valha. Para a viagem, vê? Falou, mostrando as rações e bandagens.

Dukac:
Err... quanto aos escravos, o mercador me deu moedas para comprar uma mulher jovem, veja.

Enquanto Dukac tentava desenrolar com o oficial, Lain olhou rapidamente ao redor, tentando avaliar o cenário e ver se ainda haviam orcs ou outras ameaças por perto. A feira ainda parecia lotada, e a elfa temia que as coisas terminassem em tragédia caso a situação não esfriasse logo. Precisavam sair dali o quanto antes!

Belo comércio que tem aqui, não? Lain falou, tentando trazer a atenção de volta do oficial. Tenho ainda algum tempo livre, por que não me mostra o que mais Sharu tem de melhor? E ela piscou um dos olhos. Afinal, notei seu interesse em minha pessoa desde que chegamos na cidade... falou em voz baixa enquanto sorria com malícia para o málvaro.

Lain rolled 10 using 2d6. Persuasão
Branco
player, 149 posts
Tue 29 Jun 2021
at 13:16
  • msg #69

05. Conhecendo o Inimigo

Branco analisou o papel de forma discreta e rápida, e em seguida dobrou e guardou consigo. Um encontro é? Enquanto guardava olhava em volta para ver se alguém o observava. Porém, parecia que a atenção estava em outro lugar, e uma movimentação atípica começava mais a frente. O ladino seguiu a multidão e logo viu no horizonte o gigante Dukac. E agora, o que é isso? Ele pensa enquanto se aproxima ainda por trás da multidão. Ao chegar mais perto ele vê os escravos e seus mercadores, Lain, Dukac e o oficial. De novo esse cara!? Se Dukac ainda não começou a matança então ele não deve fazer nada. O ladino via que seus colegas conversavam e gesticulavam com o oficial, mas não conseguia ouvir o que diziam. Pensou que seria muito pior caso fosse capturado, ou algo parecido, junto com o resto do grupo. Decidiu então, por enquanto, acompanhar de longe o desenrolar da situação.
Narrador
GM, 202 posts
Tue 29 Jun 2021
at 15:55
  • msg #70

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac:
Ah! Me desculpe nobre comandante, somos meros guarda-costas, não sabemos nada sobre a origem dos animais. Nosso contratante que nos forneceu os cavalos.
Lain:
Estamos apenas de passagem, ela se apressou em complementar. Partiremos em breve. Aproveitamos a manhã para fazermos algumas compras, apenas alguns suprimentos e coisa que o valha. Para a viagem, vê? Falou, mostrando as rações e bandagens.

O comandante Kaan demonstrava crescente impaciência com a torrente de desculpas dadas pelos dois.

A confusão passou a atrair cada vez mais a atenção dos passantes. Outro par de orcs, soldados a mando de Kaan, viram a agitação e chegaram a trote para dar apoio ao seu senhor.

Dukac:
Err... quanto aos escravos, o mercador me deu moedas para comprar uma mulher jovem, veja.

O bárbaro disse e jogou o saco de moedas para o traficante. Este examinou o conteúdo, com ar desconfiado e fez sinal com a cabeça para os seus serviçais, indicando uma das jaulas.

Dukac:
Acho que ele tem problemas em conquistar mulheres, sabe? Só consegue pagando mesmo. Por favor, não conte a ele que lhe disse isso!

O clima acalorado de suspeita seguiu firme. Os serviçais do traficante trouxeram a menina que há pouco vocês viram esperneando ao ser enjaulada. Agora pegue a sua mercadoria e caia fora!, ele disse rispidamente, entregando a garota, cujas pulsos estavam já feridos pelo nó da corda.


Lain:
Belo comércio que tem aqui, não? Lain falou, tentando trazer a atenção de volta do oficial. Tenho ainda algum tempo livre, por que não me mostra o que mais Sharu tem de melhor? E ela piscou um dos olhos. Afinal, notei seu interesse em minha pessoa desde que chegamos na cidade... falou em voz baixa enquanto sorria com malícia para o málvaro.

O artifício da elfa até que funcionou... mas não da maneira prevista.

Kaan balançou a mão no ar, casualmente, dispensando seus soldados. E os curiosos se dispersaram rapidamente com medo de reprimendas.

O comandante guardou sua maça, pôs o escudo nas costas e devolveu-lhe o sorriso debochado de sempre: Não me entenda mal, morcega.* Ele pegou a corda que amarrava a cativa e lhe entregou. Farei vista grossa à presença de vocês na minha cidade por hoje... Mas é a este galalau que pretendo mostrar o melhor de Sharu!, ele disse referindo-se a Dukac.

* "Morcega" -- expressão racista, extinta desde a última Era, com que os humanos se referiam aos elfos: como animais inferiores, sanguessugas e indignos de confiança. Ao que parece, a dominação málvara tem feito ressurgir velhos males.

E já antecipando a hesitação de vocês, ele concluiu: Ou será que teremos problemas?
Dukac, O Sanguinario
player, 163 posts
Wed 30 Jun 2021
at 00:04
  • msg #71

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac é surpreendido pela recusa do comandante e com a sórdida oferta. Não era a primeira vez que recebera uma proposta dessa dimensão, tão pouco ficara ofendido. O bárbaro se sentia poderoso quando desejado sexualmente, até mesmo por homens. Mas Dukac nunca aceitaria uma posição de submissão, em ocasião alguma!

Esse plano está indo longe demais! Pensou, mas aceitou o seu destino, pela a segurança dos outros. Ora, não teremos problema algum. Tenho certeza que ainda há lugares para conhecer nessa cidade. Dukac passa sua mãozona no ombro de Kaan, enquanto fala. Ele olha para Lain e conclui. Leve a escrava até o mestre e deixe os cavalos prontos para amanhã. O bárbaro torceu para ela imaginar que deveriam ficar atentos, pois tudo poderia ir pelos ares a qualquer momento.
Lain
player, 68 posts
Wed 30 Jun 2021
at 01:46
  • msg #72

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Narrador:
Não me entenda mal, morcega. Farei vista grossa à presença de vocês na minha cidade por hoje... Mas é a este galalau que pretendo mostrar o melhor de Sharu!

Lain fechou a cara, ofendida com o termo usado pelo oficial. Pelo visto as histórias antigas sobre a soberba dos humanos não eram tão exageradas assim…

Para sua surpresa, no entanto, Dukac decidiu dar corda para o homem. Aparentemente havia entendido sua estratégia de leva-lo para algum lugar longe da vista dos outros e resolver logo aquela situação, mas por um segundo achou que o bárbaro ficaria ultrajado com a proposta indecorosa do málvaro e que responderia de maneira bem menos educada.

Como preferir, meu comandante, Lain falou, forçando outro sorriso e fazendo uma pequena reverência.

Dukac:
Leve a escrava até o mestre e deixe os cavalos prontos para amanhã.

A elfa assentiu, e olhou para a jovem acorrentada. Parecia um animal acuado, suja, assustada, os cabelos desgrenhados. Trocou olhares rápidos com Dukac uma última vez, acenou com discrição para confirmar que havia entendido e prontamente se afastou antes que o oficial mudasse de ideia ou voltasse com as perguntas.

Fique tranquila, menina, não vamos te fazer mal, falou para a jovem enquanto a conduzia para longe dos dois.
Branco
player, 150 posts
Wed 30 Jun 2021
at 13:27
  • msg #73

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Foi a primeira vez que o ladino viu a expressão de surpresa no rosto do bárbaro, e ele se perguntou o que poderiam estar falando. Lain conseguiu se afastar e quando estava longe o bastante da vista dos guardas Branco a interceptou, O que estava acontecendo?, ele a pergunta. Ao que ela conta a situação o albino não consegue segurar a gargalhada, HAHAHAHAHAHAHA!!!. Ele já havia presenciado mais vezes do que gostaria o apetite sexual do bárbaro, mas dessa vez foi pego de surpresa. Ainda assim ele não achava prudente deixá-lo totalmente a sós com o oficial, afinal de contas o apetite por matança do bárbaro era maior do que o ato de amor. Mantenha-se perto o bastante deles e intervenha se necessário, eu estou seguindo uma pista sobre quem nos observa. O ladino sussurra para que ninguém os escute, até mesmo a escrava. Bem, e essa ai? Acho que teremos que cuidar dela por um tempo. Ele diz em um tom indiferente, mas que lá no fundo, se interpretado com muita boa vontade, poderia haver uma certa empatia.

Com os papeis de cada um definidos Branco volta a circular pelo comércio. Ele passa pela barraca de roupas que Lain havia comentado e decide se preparar para o frio assim como o fizeram. Ele comprou uma capa grossa e um par de luvas. Em seguida ele passa por um beco e vê uma figura suja e maltrapilha e logo reconhece o tipo, comum aos olhos de quem conhece. O que temos hoje? Branco diz como se fossem velhos amigos. Oh! Temos de tudo chefe! Só do melhor! Pode escolher! o homem diz enquanto revela um conjunto de frascos com líquidos de diversas cores. Era um vendedor de venenos. O ladino os examina e leva uma dose de Bloodweed e Goldenroot. Ótima escolha chefe! Volte sempre!. Branco recolhe os venenos e os guarda com cuidado e retorna a região mais movimentada do comércio. Ele dá algumas voltas na cidade observando bem o local, principalmente nas redondezas do estábulo, se preparando para alguma situação extrema, caso venha acontecer.

OBS: Não contei detalhes de como era minha pista, disse apenas o que está escrito.

-12x coin -> +1x Bloodweed
-20x coin -> +1x Goldenroot
-55x coin -> +1x Roupas de frio

This message was last edited by the player at 14:36, Wed 30 June 2021.
Narrador
GM, 203 posts
Fri 2 Jul 2021
at 23:45
  • msg #74

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

As breves horas de dia já estavam por encerrar. À medida que o crepúsculo aumentava, também o fazia o frio. Nesse entardecer, o ar estava mais seco, não nevava, mas um vento forte uivava pelas ruas de Sharu.

Dukac:
Ora, não teremos problema algum. Tenho certeza que ainda há lugares para conhecer nessa cidade. Dukac passa sua mãozona no ombro de Kaan

O comandante deixou escapar um riso satisfeito, deu meia volta e liderou o caminho em direção ao comissariado. Dukac deu as instruções à elfa e o seguiu.

Lain:
Fique tranquila, menina, não vamos te fazer mal, falou para a jovem enquanto a conduzia para longe dos dois.

A menina deu um tremelique, e não foi de frio. A pobrezinha parecia um animal assustado, com medo da próxima surra.

As duas se afastaram do mercado de escravos e, nos limites da feira, encontraram com o misterioso albino. Depois de ele escarnecer da situação do bárbaro, acrescentou à meia voz:

Branco:
Mantenha-se perto o bastante deles e intervenha se necessário, eu estou seguindo uma pista sobre quem nos observa. O ladino sussurra para que ninguém os escute, até mesmo a escrava.

Seria uma tarefa difícil espionar Dukac e cuidar da menina ao mesmo tempo. Mas, antes que Lain pudesse argumentar...

Branco:
Bem, e essa ai? Acho que teremos que cuidar dela por um tempo. Ele diz em um tom indiferente, mas que lá no fundo, se interpretado com muita boa vontade, poderia haver uma certa empatia.

... Branco lhe solta mais um comentário ácido e a deixa novamente.

*   *   *

Lain caminhou com a garota, que se fazia chamar apenas por "Ani", até a extremidade sul da vila, onde havia portões diametralmente opostos (e igualmente protegidos) àqueles por onde os três entraram.

Ali perto estava uma grande casa pública, transformada em comissariado, fazendo frente com um casarão -- outrora luxuoso --, onde deveria se instalar os verdadeiros mandatários do povoado.

Lain não pôde ver bem seu interior de longe. Mesmo assim, sem dúvida o lugar estava infestado de soldados orcs bem equipados.

Dukac estava entrando na boca do lobo.

*   *   *

Kaan conduziu Dukac para dentro do comissariado e nem precisou dar ordens. Seus subordinados, cerca de 12 orcs, agiram conforme um protocolo: foram todos ocupar esse salão de entrada, deixando vazio o cômodo aos fundos.

Em verdade, a porta dos fundos dava para uma escada; e, a escada, para uma adega subterrânea.


O lugar estava em cacos e, para um desgosto ainda maior, fora adaptado para uma câmara de tortura -- com correntes, instrumentos ensanguentados e aquela pestilência entranhada.

O comandante, tirando seu pesado escudo das costas, disse: Pode se despir.

*   *   *

Uma vez abastecido dos seus ilícitos, Branco aproveita para explorar os arredores do estábulo.

A construção ficava num canto um pouco mais ermo da vila, mas não livre de movimentação. E, exceto pela passagem de um ou outro viajante, nada de mais saltou à vista do ladino.

Já começava a escurecer e Branco suspeitava haver se enganado quanto ao bilhete.

Contudo, de onde ele observava, um detalhe lhe chamou a atenção: o estribeiro dormia pesadamente na sua cadeira há muito tempo, sem se mexer. Quer dizer, ele não estava morto, o seu ventre inflava e esvaziava. Com cuidado, Branco se aproximou e a ficha caiu -- o ladino sabia muito bem reconhecer os efeitos do "óleo de Tagit".

Foi então que Branco escutou som de passos no interior da cavalariça, perto das cocheiras. Sem cerimônia, o ladino foi olhar e viu o encapuzado de costas.

Que bom que você veio! Precisamos conversar, disse o sujeito se virando e baixando o capuz. Branco só havia visto aquele rosto uma vez na vida, mas foi o suficiente para reconhecê-lo.


Dukac, O Sanguinario
player, 164 posts
Sat 3 Jul 2021
at 17:09
  • msg #75

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac segue Kaan cautelosamente até o subterrâneo do comissariado. Doze orcs. São muitos, até para mim. Ponderou o bárbaro, sabendo que o que pretendia fazer era altamente arriscado. A vontade de matar aquele málvaro aumenta quando Dukac vê os itens de tortura.

Kaan começa a remover a armadura e ordena que o bárbaro faça o mesmo. Dukac começa tirando o primeiro manto que cobria a pele de lobo. Depois de tirar as peles o comandante se aproxima de seu ouvido e dá uma segunda ordem. Eu mandei tirar tudo. Aparentemente ele não se importou com as armas do bárbaro, já que seu trabalho era de segurança. Depois de ficar totalmente nu, Kaan circundou Dukac, passando a mão pelo seu corpo. Vamos, agora tire a minha roupa. Nesse momento, Dukac vai para trás do málvaro e começa a despi-lo, até deixa-lo sem nenhuma roupa.

Era o momento perfeito para atacar! Dukac puxa uma das correntes e enrola no pescoço do comandante.

12:57, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 2d6+3.  Hack and Slash.
14:27, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 1d10.  Dano.
Rolei 1d10 mesmo pois acho que a corrente conta como arma

This message was last edited by the player at 17:28, Sat 03 July 2021.
Branco
player, 151 posts
Sat 3 Jul 2021
at 21:07
  • msg #76

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

A noite se aproximava e Branco não viu nenhuma movimentação suspeita. Quando se aproximou do estribeiro reconheceu o efeito do veneno. Huuummm...., resmungou, de certa forma admirado pelo seu perseguidor usar os caminhos do subterfugio de forma tão discreta. Mas então...quando ele entrou? Enquanto pensava ouviu o barulho de passos, e entrou para verificar. Eis que a figura se revela, sendo o mesmo que o havia ajudado a fugir da seita Málvara. Parecia que havia sido há uma eternidade, e o ladino se lembrou que Gyles e Jonin ainda eram vivos.
quote:
Que bom que você veio! Precisamos conversar.

Não sei se temos tanto tempo assim, Disse o ladino já imaginando os problemas que Dukac poderia arrumar, mas que tal começar dizendo quem é você?
Lain
player, 69 posts
Sat 3 Jul 2021
at 23:24
  • msg #77

05. Conhecendo o Inimigo

Lain ficou por algum tempo observando a casa ao longe, prestando atenção em qualquer movimento dentro e fora. Não conseguiu distinguir muita coisa a não ser que o prédio não estava vazio: havia luzes acessas nas janelas dianteiras, e, de uma das chaminés, saía fumaça.

Esperou alguns poucos minutos, mas nada acontecia: ninguém saiu do edifício, nem ouviu nenhum barulho anormal — o que não necessariamente era um bom sinal.

A jovem ao seu lado continuava aterrorizada, e escondia o rosto com medo sempre que Lain olhava para ela. A elfa a encarou com pena, desolada por saber que causava tanto pânico na pobrezinha. Procurou ao redor rapidamente por qualquer viela e a puxou para lá. Era uma passagem escura e apertada, com cheiro de urina, alguns barris quebrados e ratos revirando o que pareciam restos apodrecidos de alguma comida. Péssima escolha, mas teria que servir.

Ani, preciso que fique aqui escondida e não saia em hipótese nenhuma, está bem? Lain olhou para os lados, se certificando de que realmente não havia ninguém por perto. Meu amigo entrou naquela casa, e eu preciso ir ajudar ele. Volto pra te buscar, mas você precisa ficar quieta me esperando. Se te pegarem, vão te levar de novo para o mercador de escravos ou fazer coisa pior! A menina arregalou os olhos. Se fizer o que eu estou pedindo, eu prometo que vai ficar tudo bem, mas você tem que confiar em mim.

Não sabia se a conversa teria efeito, apenas esperava que sim. Não queria deixar ela sozinha, mas seria muito mais arriscado leva-la junto. Pelo menos, com o frio da noite, pouquíssimas pessoas ainda estavam nas ruas, e Lain torceu para que nenhuma ronda passasse por aquele beco.

Voltou a sondar a casa, a circundando com cautela. O telhado era inclinado demais, dificilmente Lain conseguiria escalar. As chaminés certamente seriam apertadas, uma perda de tempo sequer cogitar usa-las. Nas laterais e na parte traseira, no entanto, haviam algumas janelas simples e bem espaçadas. Estavam fechadas por conta do ar gelado da rua, mas talvez não estivessem trancadas.

As do canto mais distante da parte de trás do imóvel estavam às escuras e silenciosas. Não havia muito tempo de pensar em outro plano, então Lain se esgueirou até lá e forçou o vidro, procurando uma abertura.

Lain rolled 8 using 2d6+1.  Observação (WIS)
Narrador
GM, 204 posts
Tue 6 Jul 2021
at 17:40
  • msg #78

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

A porta da adega ficou apenas encostada; a taramela de madeira, aberta.

Kaan parecia confortável e molestar viajantes ali parecia um hábito. O comandante apoioava as mãos numa mesa e fremia, conforme Dukac o despia. A sensação de perigo o excitava... e ele não fazia ideia do perigo.

Dukac foi rápido no bote! Laçou o pescoço de Kaan com uma das correntes e puxou para trás com força. O homem soltou um som baixo e rasgado de engasgo, debatendo-se em pleno desespero. O bárbaro o suspendeu do chão puxando as correntes. Suas veias saltavam com vigor; o comandante espumava pela boca, o branco dos olhos ficando ensanguentado. Kaan estrebuchava as pernas e derrubou uma série de objetos de cima da mesa.

Do outro lado da porta ouviu-se as vozes animalescas: Chefe?! Tudo bem?

De repente... CRA-prrrrrshhh!!! Uma janelinha alta caiu no chão e se quebrou em vários estilhaços, neve e lama. Lain surgiu rolando pela brecha e pousando no chão da adega.

Estão nos atacando! Soem o alarme!, gritou um dos orcs do salão de entrada.

*   *   *
Branco:
Não sei se temos tanto tempo assim, Disse o ladino já imaginando os problemas que Dukac poderia arrumar, mas que tal começar dizendo quem é você?

De fato, não temos, ele respondeu com certa sisudez. Me chamam de "Sussurro". Sou um aliado.

E continuou: Estive à busca de vocês desde aquele evento em Wokulo. Mas foi somente quando as notícias da Batalha de Poaret chegaram a Dervis, que eu tive mais sorte em encontrá-los de novo.

Para Branco o sotaque do sujeito era, sem dúvida, de Bogol.

Sussurro prosseguiu: Venho alertá-los do seguinte: não atraiam a atenção de Dervis para esse povoado! Seria o seu fim. Ele soava genuinamente preocupado. Você mesmo viu as hostes de Daesha!

E, como que reconhecendo a expressão de Branco por trás da máscara, ele adiantou: Eu também estava lá..., disse com profundo pesar. Olha, é melhor que eu não saiba qual é a missão de vocês. Mas, a Sábia veio a mim em sonho e me confiou o dever de garantir que vocês tenham êxito.

Por favor, por Uhter, não a desapontem.


O estribeiro remexeu-se na cadeira com um gemido. O efeito do sonífero não duraria muito mais tempo.
Dukac, O Sanguinario
player, 165 posts
Wed 7 Jul 2021
at 02:54
  • msg #79

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O enforcamento não saiu como planejado e o comandante acabou se debatendo demais. Maldição, morre logo! Dukac sussurrava, na esperança de que Kaan apenas desistisse e entregasse a sua vida. Os barulhos de canecas caindo atraiu a atenção dos guardas e o bárbaro começou a pensar que poderia não ter sido uma boa ideia. Ele arrastou o corpo para trás de uma pilastra, saindo da visão da porta, e continuou apertando as correntes. A essa altura a cabeça do málvaro estava começando a ficar roxa, o sangue já havia parado de circular. Sem perceber que o homem já estava morto, Dukac continuou apertando as correntes. Toc toc Um dos soldados batia na porta e o bárbaro não se conteve, puxou a corrente com todas as suas forças. Ouve-se um estalo, seguido de um barulho seco no chão. A cabeça de Kaan rolava em direção ao centro da sala!

Ao perceber que o comandante já estava morto, Dukac solta as correntes e rapidamente veste suas roupas. De repente, o vidro da janela cai e Lain aparece.
Narrador:
Estão nos atacando! Soem o alarme!

Ha! Na hora certa! Disse o bárbaro, um pouco mais aliviado. Com as lâminas da destruição em punho, ele saiu chutando a porta da adega, pronto para eliminar os orcs.

23:32, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6+3. Hack and Slash.
23:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 1d10+1.  Dano.
10:01, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 1d8.  Chute porta.

This message was last edited by the player at 14:39, Wed 07 July 2021.
Branco
player, 152 posts
Wed 7 Jul 2021
at 14:38
  • msg #80

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Sussurro:
Venho alertá-los do seguinte: não atraiam a atenção de Dervis para esse povoado! Seria o seu fim.

Eu realmente esperava que você me dissesse algo que eu não sei., Branco pensou enquanto Sussurro se explicava. Porém, achou que seria grosseiro demais dizer isso para alguém que estava tentando ajudar, até mesmo para ele. No fim ele se sentiu um pouco mais aliviado em saber que tinha outro aliado. Bem, não era a mim que você deveria alertar... aqueles dois gostam de fazer merda. O ladino desabafa de certa forma revoltado. Ele fica em silêncio por alguns segundos, Mas farei o possível, e tenta entender o que tem lhe motivado em executar essa missão. O estribeiro começou a se mexer, chamando a atenção de Branco. Quando se volta para Sussurro ele já não estava mais lá. Mas o que.... O ladino se volta para o estribeiro enquanto pensa, Mais um servo leal da Sábia, até onde sua influência devia ir?. Ei! Acorde! Vim buscar meu cavalo, acredito que já esteja pago.
Lain
player, 70 posts
Wed 7 Jul 2021
at 16:15
  • msg #81

05. Conhecendo o Inimigo

Lain não assimilou de imediato o que estava acontecendo quando entrou pela janela. Em meio a instrumentos de tortura, em um espaço que, a julgar pelo ar úmido e parado, era subterrâneo, Dukac se atracava com o oficial em um canto, a roupa dos dois largada no chão. Antes de ter tempo de compreender a situação, viu o sangue esguinchando pelo pescoço do comandante, a cabeça sendo arrancada e jogada no chão com um som pesado. Misericórdia!! Pelo visto está se tornando um hábito, pensou, já se questionando se aquela força seria mesmo humana.

Narrador:
Estão nos atacando! Soem o alarme!

O grito vindo do andar de cima atraiu de volta a atenção de Lain. Isso não é nada bom! Olhou para o bárbaro, mas ele já se vestia e se preparava para subir as escadas com sua típica impetuosidade. Ali perto, as roupas e armas do málvaro capturaram o olhar da elfa e, sem pestanejar, ela pegou o escudo. Era bem mais pesado do que os arcos que costumava manusear, mas não sabia quantos orcs os aguardavam do lado de fora da adega e seria bom garantir alguma proteção. Como não conseguiria atirar mantendo uma das mãos ocupadas, recolheu também a maça, por via das dúvidas.

Subiu as escadas correndo atrás de Dukac, com o escudo na frente, e quando o bárbaro chutou a porta, Lain desceu a arma um tanto desajeitada no primeiro orc que entrou em seu caminho.

Lain rolled 7 using 2d6. Hack n Slash.
Lain rolled 4 using 1d8.  Dano.

This message was last edited by the player at 16:20, Wed 07 July 2021.
Narrador
GM, 205 posts
Sat 10 Jul 2021
at 21:21
  • msg #82

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

A noite tornara-se enevoada em Sharu. Os pedestres arrochavam os capuzes e saiam a um lado da rua para dar passagem a Branco, sua montaria, os cavalos que vinha trazendo atrás e o lobo Cree.

A conversa com Sussurro havia sido mais um alerta... não apenas dos riscos que corria o povoado de Sharu no caso de um levante; mas, também, de que a Resistência à tirania málvara estava se organizando...

bom-bom-bom-bom-bom... Não longe dali os sentinelas orcs faziam soar os tambores.

Um pouco mais adiante o ladino viu um corre-corre: os locais correndo para dentro de suas casas; e soldados, rumo ao comissariado. Esse edifício ficava de frente para um largo, em face do qual, do outro lado, havia um palacete rústico de onde saiam correndo homens armados -- os mesmos que festejavam na taverna na noite anterior.

Redobrem a segurança! Eu quero arqueiros aqui e ali..., ouvia-se palavras de ordem em meio ao alvoroço.

Enquanto os soldados, humanos e orcs, inundavam a entrada frontal do comissariado, Cree partiu de galope para os fundos do edifício. Pressentindo o pior e a fim de sair da vista dos soldados, Branco cavalgou atrás do lobo até encontrá-lo cavucando a neve que encobria a janelinha de um porão.

Sons de batalha ecoavam lá de dentro.

*   *   *

Dukac:
Ha! Na hora certa!

Quando o primeiro orc ameaçou abrir a porta, Dukac enfiou-lhe um pontapé tão forte, que a porta estourou contra a sua cara e abriu de volta -- revelando mais um bando de soldados amontoados tentando descer as escadas a uma só vez!

Lain passou a mão no escudo e na maça e avançou escada acima. Ela conseguiu empurrar os primeiros da fila para trás, inclusive estocando um deles com a maça.

As armas de Kaan, embora se lhe figurassem estranhas, davam uma sensação de poder... de invencibilidade... e, com ela, uma vontade atroz de destroçar os crânios dos seus adversários. E foi por conta dessa gana violenta que Lain se descuidou e um contra-ataque orc a arremessou aos pés da escada.

Ela voou da escada e bateu de costas no chão, perdendo o ar. Dukac pensou ouvir ossos estalando com a queda.
Narrador, on behalf of Lain, rolled 6 using 1d8

Apenas um par de lamparinas a óleo iluminavam o recinto.

O comandante está morto!... Avancem!... Matem-nos!, gritavam pelos corredores da escada.

Até quando os dois poderiam resistir naquele porão?
Dukac, O Sanguinario
player, 166 posts
Sat 10 Jul 2021
at 22:21
  • msg #83

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac vê a pequena arqueira ser arremessada. Estavam totalmente encurralados, sem opção de recuar. Por sorte, os orcs não tinham como cerca-los e, um a um, avançavam contra o bárbaro. Ver o comandante morto deixou os soldados ainda mais furiosos. Dukac precisava acabar com o moral deles, intimidá-los. Venham! vou acabar com todos vocês! Gritava, enquanto brandia os facões, tentando trucidar o orc mais próximo.

19:08, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1,4 using d6,d8+3. Hack and Slash (Power over others).
+1 XP 

Lain
player, 71 posts
Sun 11 Jul 2021
at 18:25
  • msg #84

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain sentiu uma pancada violenta na coluna, como se todos os ossos estivessem esmigalhados. Teria sorte se eles ainda estivessem intactos depois da queda. Tentou se erguer, ignorando a dor, e viu que os soldados vinham mais enfurecidos do que nunca em direção à escada, enquanto Dukac insistia em ir para cima deles mesmo com a evidente desvantagem numérica.

Com um olhar rápido, viu que o acesso à janela ainda estava livre. Já no alto da escada, a passagem era bloqueada pela turba de orcs que chegavam, e sair pela frente da casa começava a se tornar uma ideia impossível.

Lain então puxou de novo o escudo para frente do corpo e correu até Dukac, tentando ao máximo bloquear os ataques. Temos que sair daqui! Pela janela dos fundos, rápido! É nossa única chance! E ela empurrou os orcs para trás usando o escudo. Vai na frente, eu seguro eles aqui um pouco!

Lain rolled 8 using 2d6+1.  Defend.
Se possível, escolho reduzir ao meio o dano a Dukac

This message was last edited by the player at 18:28, Sun 11 July 2021.
Branco
player, 153 posts
Mon 12 Jul 2021
at 15:40
  • msg #85

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Eu sabia que isso ia acontecer! Branco se dizia, pois sabia que os dois não se segurariam para arrumar confusão na cidade. Cree começa a cavar no chão e o ladino decide confiar no instinto do animal. Ele ajuda puxando a neve próxima a parede do prédio, revelando uma pequena janela. Ele abre e coloca parte do corpo para dentro para olhar o que acontecia lá dentro. Ele vê um corpo nu e uma cabeça, Mas que merda... Mais a frente Dukac e Lain parecem enfrentar alguém, mas o ladino sabia que era em vão, pois a quantidade de guardas do lado de fora era demais para qualquer um, até mesmo o bárbaro. Pssssssss!! Rápido, temos que sair daqui URGENTE!!!
Narrador
GM, 206 posts
Wed 14 Jul 2021
at 17:51
  • msg #86

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac:
Dukac precisava acabar com o moral deles, intimidá-los.

Venham! vou acabar com todos vocês! Gritava, enquanto brandia os facões, tentando trucidar o orc mais próximo.

O bárbaro imaginou que poderia conter a avalanche de orcs que descia a escada com espadas e porretes na mão. Sua tentativa de ataque foi frustrada pelo primeiro da fila, que se agachou, agarrou a sua cintura e tomou impulso para atirar a ambos escada abaixo!
Narrador, on behalf of Dukac, O Sanguinario, rolled 5 using 1d8

Logo, outros orcs se amontoaram em volta, tentando acertá-lo sem atingir aquele que o agarrava.

Sem demora, Lain levantou-se e deu uma trombada com o escudo naqueles que cercavam o bárbaro.

Lain:
Temos que sair daqui! Pela janela dos fundos, rápido! É nossa única chance! E ela empurrou os orcs para trás usando o escudo

Mas Dukac ainda precisava se desvencilhar do inimigo que se agarrava às suas pernas para o impedir de se pôr em pé. Era questão de um instante decisivo até que os orcs passassem por Lain e trucidassem os dois ali mesmo!

Branco:
Pssssssss!! Rápido, temos que sair daqui URGENTE!!!

O rosto do ladino brotou da janelinha dos fundos, estendendo-lhes a mão.

Lain:
Vai na frente, eu seguro eles aqui um pouco!


Dukac está parcialmente imobilizado no chão por um orc

Lain precisa rolar "defy danger" (CON) no início da próxima jogada

Dukac, O Sanguinario
player, 167 posts
Thu 15 Jul 2021
at 00:38
  • msg #87

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac não esperava que logo o primeiro orc fosse se esquivar, quanto menos contra-atacar. A punição pela sua arrogância foi imediata, poucos segundos depois de tentar segurar uma horda sozinho, o bárbaro já estava no chão. O impacto fez com que ele perdesse o fôlego, mas por sorte, Lain estava lá para conter parte dos inimigos. Enquanto ela segurava os ataques com o escudo, o mesmo orc ainda abraçava as pernas do bárbaro, impedindo-o de se levantar. Ele consegue desvencilhar uma das pernas e dá um chutão no soldado, empurrando-o de volta para multidão de guerreiros.

Não era de seu feitio fugir, ainda mais quando ainda havia aliados na batalha. Mas dessa vez, Dukac teve que engolir seu orgulho e correu em direção a janelinha. Com um salto ele alcança a beirada e logo se esguia para o lado de fora do casarão. Venha! Chamou a arqueira, enquanto deixava a mão esticada para o lado de dentro.

21:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6+3. Defy Danger (str).
Lain
player, 72 posts
Thu 15 Jul 2021
at 02:45
  • msg #88

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Os orcs eram muitos e, furiosos como estavam, não mediam esforços para alcançar os responsáveis pela morte do seu comandante. Lain colocou todo seu peso sob o escudo, tentando ganhar tempo enquanto Dukac se desvencilhava do soldado que o agarrava pelas pernas. Ela temia que não fosse aguentar muito tempo, ainda mais com a dor que latejava na lombar pela queda recente, mas a voz de Branco os chamando na janela deu um sopro de esperança. Não estavam sozinhos!

Então atrás da elfa veio um baque forte, seguido de um ganido animalesco de dor. Ela só teve tempo de ver no chão um orc com o rosto estourado pelo chute do bárbaro antes de ouvir seu chamado vindo dos fundos do porão.

Dukac:
Venha!

Lain vislumbrou com sua visão periférica a mão estendida de Dukac. Bem a tempo! pensou, com um misto de desespero e alívio, soltando o escudo com um último empurrão para correr em direção à janela.

Lain rolled 3 using 2d6+1.  Defy danger (CON).
+1

Branco
player, 154 posts
Fri 16 Jul 2021
at 14:52
  • msg #89

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac subiu a pequena janela, ignorando completamente a ajuda de Branco, que ficou por poucos segundos com o braço esticado. Assim que saiu ele girou seu corpo e também esticou o braço em ajuda a Lain, no processo esbarrou no ladino, que perdeu o equilíbrio e teve que se afastar. Branco não se sentiu ofendido, pois o bárbaro parecia moralmente abalado e talvez nem tenha notado o ladino ali. Precisamos de uma distração... o ladino sussurrou enquanto olhava em volta. Ele abriu sua bolsa e vasculhou por algo que pudesse ser útil e encontrou um tufo de palha que havia guardado no que parecia à uma eternidade atrás. Ele a pega imaginando que um incêndio atrairia a atenção suficiente para fugirem. Ele sobe em uma caixa encostada no muro do prédio e olha por uma das janelas para seu interior. Ótimo, não tem ninguém. Com as costas de sua adaga ele quebra o vidro e faz uma faísca para que a palha se incendei. Quando estava prestes a jogar o pequeno fogo dentro do prédio sua mente o trava, imaginando o quanto ele poderia se espalhar e prejudicar o povo da cidade, que já sofria muito. Tal pensamento jamais viria em sua mente em outro momento, mas por alguma razão ele acabou raciocinando sobre isso. Os gritos de ajuda de Dukac o trouxeram de volta a realidade, e ele seguiu com o plano. Isso tem que funcionar!

-1 Tufo de palha
This message was last edited by the player at 14:53, Fri 16 July 2021.
Narrador
GM, 207 posts
Sun 18 Jul 2021
at 19:12
  • msg #90

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Sob pancadaria, Dukac conseguiu se livrar do agarrão na marra, à base de pisões. Correu e saltou pela janela aos fundos da adega. Virou-se, esticando a manzorra na esperança de que Lain a alcançasse.

Dukac:
Venha! Chamou a arqueira, enquanto deixava a mão esticada para o lado de dentro.

A elfa a duríssimas penas continha o avanço da horda, abrigando-se atrás do escudo e brandindo a maça ferozmente.

Lain:
Bem a tempo! pensou, com um misto de desespero e alívio, soltando o escudo com um último empurrão para correr em direção à janela.

Suas artérias saltavam, bombeando sangue para a cabeça, as pupilas dilatadas... os instantes sucederam-se passo a passo. A elfa deu um encontrão para afastar os orcs, largou as armas e arrancou na direção de Dukac. Sua mão não estava tão distante... Vocês ainda vão sair dessa e rir dos sufocos ao redor de uma fogueira.

De repente, algo agarrou o seu tornozelo em plena corrida e Lain viu a mão do bárbaro se afastando. Seu corpo caiu de bruços no chão e foi coberto por uma chuva de pancadas. Instintivamente, Lain encolheu-se, protegendo a cabeça e as costelas com os braços, e disparando chutes a esmo. De canto de olho, a elfa viu a expressão de desespero do bárbaro... logo antes de uma paulada ribombar na sua têmpora e perder os sentidos.

*   *   *

Do lado de fora, Branco não viu o que se passou. Sua mente pragmática buscava uma possível manobra de distração.

Branco:
Precisamos de uma distração... o ladino sussurrou enquanto olhava em volta.

Subiu num caixote próximo, rompeu a janela com o pomo do seu punhal e bateu as pedras de fogo até acender o facho de palha.

Branco:
Isso tem que funcionar!

O ladino ateou fogo à tapeçaria pendurada na parede ao lado e espalhou o facho incandescente pelo cômodo. Porém, a noite estava fria e úmida. Dificilmente o incêndio se espalharia a tempo.

Eles estão fugindo pelos fundos! Peguem-nos!, berrou uma voz humana de dentro da adega.

Foi aí que Branco viu o semblante atônito de Dukac, Cree uivando angustiado, e percebeu que a elfa não viria...

*   *   *

Psss! Aqui! Branco e Dukac tomaram um susto com Meliah, que fazia gestos bruscos com a mão, chamando-os para uma viela escura do outro lado da rua. Se vocês querem salvar a sua amiga, têm que sobreviver a essa noite!

Não havia tempo ou escolha. Já se ouvia os soldados contornando o edifício.

Meliah os conduziu às carreiras por becos, que serpenteavam por trás dos casebres, o mais rápido possível com os três cavalos e o lobo no encalço. Não muito longe dali, um pequeno armazém os aguardava com a porta semiaberta.

Entrem rápido! Meu pai vai trocar os seus cavalos. Foi assim que descobriram de onde vieram e quem são vocês. No interior, um lampião à meia luz revelava as feições assustadas do taberneiro. Sua filha balançou a cabeça, respondendo à pergunta não dita de "se alguém os viu".

Meliah apanhou um ancinho, apartou um monte de feno numa das baias, sob o qual escondia-se um alçapão. Ela o abriu e acrescentou: Fiquem aqui por enquanto!

Branco e Dukac entraram no esconderijo que tinha a dimensão de duas banheiras, no máximo. Meliah recobriu o alçapão com o feno, tapando as últimas frestas por onde entrava a luz.

blém, blém, blém... Fogo! Fogo!, ouvia-se distante.
Dukac, O Sanguinario
player, 168 posts
Mon 19 Jul 2021
at 01:40
  • msg #91

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Tudo aconteceu muito depressa e Dukac apenas seguiu o caminho liderado pela filha do taverneiro. O bárbaro estava terrivelmente frustrado por ter deixado Lain para trás e o sentimento acabava sendo canalizado em um círculo vicioso de raiva. A ira era tanta que suas mãos se fechavam involuntariamente, chegando a se cortar com as próprias unhas. Escondido no alçapão, Dukac murmura, serrando os dentes. Eles vão pagar...todos eles... Enquanto tenta conter a fúria.
Branco
player, 155 posts
Mon 19 Jul 2021
at 02:02
  • msg #92

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Branco tinha certeza que sua ideia iria funcionar, até que não funcionou. Enquanto fugia, no que parecia ser sua última chance, só conseguia pensar em como foi um erro parar naquele lugar. A cidade estava claramente dominada, e a única forma de passarem despercebidos era abaixando a cabeça e seguindo em frente. Mas a elfa era pura demais para as mazelas do mundo, e o bárbaro orgulhoso demais para abaixar a cabeça. É claro que ia dar tudo errado..., pensava arrependido. Mas o ladino não ia aceitar tão fácil a situação, e dentro do esconderijo já tentava pensar em outra alternativa. Mas a maior preocupação no momento era o bárbaro, que parecia estar no limite do controle. Acalme-se, vamos escapar disso...
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