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, welcome to A conquista de Uhter

11:57, 7th May 2024 (GMT+0)

05. Conhecendo o Inimigo.

Posted by NarradorFor group 0
Narrador
GM, 184 posts
Wed 12 May 2021
at 00:58
  • msg #1

05. Conhecendo o Inimigo

Narrador:
AGORA EU VOU TE TIRAR TUDO!

Um dos hobbits de patrulha chegou instantes depois do corpo de Polo cair no chão. Ele empunhava a lança, vacilante, com uma expressão incrédula. SOCORRO!, ele gritou. Branco sabia que podia se livrar do pequenino sem grandes problemas. Mas a situação era tão absurda, que ele não considerou reagir.

Além disso, o ladino estava em choque! Uma nova realidade se abriu antes os seus olhos.

Branco:
Podemos falar com os mortos!?

Sim! E Branco confirmou isso da maneira mais surreal possível.

*   *   *

De imediato, os outros guardas hobbits correram para lá, seguidos dos demais sentinelas. E, sem demora, quase toda a vila corria na direção da guarita sul.

Dimur abriu passagem entre os hobbits lanceiros. Pelos colhões de Gor, rapaz! O que você fez?!

Logo atrás chegavam Namai e outros. A senhora hobbit, mãe do jovem falecido, já estava aos prantos. Não! Diz que não é verdade... Alguns tentavam acalmá-la e impedir que ela entrasse na guarita. O QUE ESSE ANIMAL FEZ COM O MEU FILHO?! Os sentinelas a custo contiveram a mãe, que se debatia em desespero. ELE TEM QUE PAGAR PELO QUE FEZ!

Dukac e Lain também logo chegaram à porta da guarita.

Primeiro, vamos saber o quê ele fez, contestou Yulot, que entrava no recinto, observando a cena atentamente. Ele se ajoelhou diante do corpo, sem tocá-lo, estudou as circunstâncias e se levantou dizendo: Isolem essa área e reúnam o Conselho.

Ele contornou o corpo pelo outro lado, passando por Branco e ajuntou baixinho: Eu acredito na sua inocência, meu jovem. Então, por favor, coopere e não lhes dê motivos para mais suspeita!, disse já em direção à porta.

Estranhamente, essa foi a primeira vez que Branco recebeu um voto de confiança e foi tratado com humanidade.
Lain
player, 49 posts
Wed 12 May 2021
at 16:40
  • msg #2

05. Conhecendo o Inimigo

O grito de socorro alarmou Lain e ela saiu do seu posto em disparada, até ver a comoção que se formava ao redor da guarita.

De longe, já podia ver Namai descontrolada, gritando, chorando e tendo que ser amparada pelos demais. O rosto estava contorcido de raiva e de dor.

Namai:
ELE TEM QUE PAGAR PELO QUE FEZ!

Lain sentiu o coração aos pulos. Somente uma coisa podia deixar uma mãe naquele estado.

Abriu espaço entre os que se aglomeravam na entrada da guarita e tomou um susto ao ver Polo no chão com o corte na garganta. Seu olhar foi do pequeno hobbit até a adaga ao seu lado, que ela reconheceu ser de Branco. Em seguida, encarou o albino, incrédula, procurando uma resposta.

Namai, por favor, é melhor não ficar aqui... Lain falou. E se dirigindo aos que a tentavam conter, pediu em voz baixa: Levem ela pra casa.

Yulot:
Isolem essa área e reúnam o Conselho.

Yulot saiu da guarita, dispersando os curiosos. Lain deu espaço para o alcaide passar e viu ser Namai ser levada, ainda inconsolável. Olhou novamente para Polo, imóvel e sem vida, deitado na poça do próprio sangue.

O que aconteceu aqui? Perguntou para Branco, segurando a raiva dentro da garganta.
Dukac, O Sanguinario
player, 145 posts
Wed 12 May 2021
at 22:28
  • msg #3

05. Conhecendo o Inimigo

Dukac dormia um sono pesado mas ao ouvir os gritos acordou já pegando sua adaga. Ahhnnn... o que?! Ele partiu correndo ao lado de Andros para o local, já atumultuado de hobbits. A sua surpresa era tanto quanto a de Branco. Puta merda garoto, sobreviveu ao sacrifício e a guerra. Como tu morre assim?!

O bárbaro ouviu a ordem de Yulot e se afastou. A surpresa do albino demonstrava que ele não havia cometido o crime. Dukac achou que o assassino ainda poderia estar por perto e de imediato resolveu sair a procura. Até pensou em iniciar uma busca com os hobbits, mas poderia ser perigoso. Vou pegar um dos cavalos e procurar ao redor da aldeia, Talverg e Dimur, vocês olham do outro lado!

19:23, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 2d6.  Discern Realities.
+1XP
A ideia era usar quando fosse procurar ao redor da aldeia, mas falhei.

Branco
player, 132 posts
Thu 13 May 2021
at 02:19
  • msg #4

05. Conhecendo o Inimigo

Eu...eu...eu... Branco gaguejava sem reação. O cansaço e sono realmente o deixaram com a guarda baixa, jamais esperaria que algo assim pudesse acontecer. Ele se levanta enquanto mais hobbits chegam e já começa a ficar alerta. Certamente o culpariam, sem chances de defesa, afinal de contas um albino sempre seria visto como mau agouro. O barulho da multidão logo aumenta, mas Branco escuta apenas um zunido agudo enquanto busca com um olhar sem foco por uma rota de fuga. E quando se preparava para correr Yulot se aproxima...
Yulot:
Eu acredito na sua inocência, meu jovem. Então, por favor, coopere e não lhes dê motivos para mais suspeita!

Ninguém nunca havia lhe dado um voto de confiança, nem em condições mais favoráveis. O sentimento preencher um vazio no peito do ladino, que reprimiu o impulso de fugir e permaneceu ali, imóvel.
Lain:
O que aconteceu aqui?

O tom inquisitivo da arqueira não agradou o albino, que logo cruzou os braços em um gesto impaciente. Também estou tentando entender o que houve. Esperemos o conselho para que eu possa explicar a todos.
Narrador
GM, 185 posts
Thu 13 May 2021
at 16:04
  • msg #5

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Lain:
O que aconteceu aqui?, perguntou, segurando a raiva dentro da garganta.
Branco:
Também estou tentando entender o que houve. Esperemos o conselho para que eu possa explicar a todos.

Em meio à polvorosa, Dukac partiu para a ação.

Dukac:
Vou pegar um dos cavalos e procurar ao redor da aldeia, Talveg e Dimur, vocês olham do outro lado!

Os dois pareceram não dar muito ouvidos ao bárbaro. Apenas fizeram um gesto para os sentinelas retornarem à ronda pela vila, enquanto eles mesmos manteriam a ordem por ali.

Dessa maneira, Dukac partiu a cavalo para policiar a mata que cerca Poaret. Os demais foram ordenados a retornar para os seus postos. O Pardo e o Cospe-Grosso fariam a segurança do Conselho, durante o julgamento do ocorrido.

*   *   *

Mal haviam cremado os últimos mártires da vila, quando já se pensava em dias de paz, Poaret foi sacudida por mais essa tragédia. Os olhares judiciosos da maioria pesavam sobre o albino.

O Conselho se reuniu no Templo, presidido por Yulot. Dimur e Talveg eram os únicos armados, guardando a porta do recinto. Além deles, estavam presentes Lain e o sentinela que deu o alerta, Nalim.

Nalim foi o primeiro a ser ouvido. Ele deu seu testemunho com muito nervosismo, mas foi fiel aos fatos. Ao mencionar a cena do corpo e da adaga de Branco, ensanguentada, os outros seis membros do júri soltaram muxoxos de condenação.

Então, Yulot deu a palavra ao acusado: Conte-nos, meu jovem, exatamente, o que se passou.

Branco não estava seguro de que a verdade seria convincente... seja lá o que verdadeiramente aconteceu!

*   *   *

Enquanto isso, Dukac embrenhou-se no bosque, montado a cavalo e segurando uma tocha que muito mal iluminava o caminho. Naquela escuridão, mesmo que houvesse rastros de fuga, seria quase impossível reconhecê-los. Por isso, o bárbaro tentou guiar-se pela audição, atento a qualquer anormalidade.

Ele já havia adentrado demasiado na mata e estava a ponto de desistir e retornar para a vila... até que ouviu um farfalhar agitado. O cavalo se assustou e Dukac já não conseguiu domá-lo. Quem quer que estivesse fugindo, ele precisava alcançar e combater!

Dukac, então, atou as rédeas a um galho e partiu atrás do fugitivo. Pouco depois, escutou outros ruídos na vegetação e correu naquela direção. A tocha deve estar entregando a posição! Dukac a apagou e apurou os ouvidos novamente.

Mais uns instantes se seguiram.

Logo, seu cavalo relinchou estridentemente e Dukac disparou ao seu encontro. De repente, o animal ficou mudo, mas o bárbaro saltava os arbustos na direção de onde o havia escutado. Foi quando divisou aquele par de olhos brilhantes...


Um lobo gigante, quase do tamanho do cavalo, estava em cima da sua carcaça! Seu rosnado era de gelar a espinha!

O que você faz?

Pessoal, geralmente eu preciso escrever mais que vocês, é claro. Por isso, faço essa formatação dos nomes, etc. Vocês não precisam! Se preferirem, basta manter uma pontuação e espaçamento bons, que fica tranquilo!
Dukac, O Sanguinario
player, 146 posts
Fri 14 May 2021
at 13:20
  • msg #6

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Dukac se assusta com o tamanho da criatura e duvida que ela poderia estar envolvida no ataque. Um animal desse tamanho não teria aquela precisão. Pensou sobre o corte preciso na garganta do hobbit. Mas e se for um daqueles que se transformam? Refletiu, enquanto lembrava dos druidas. Achou melhor tentar alguma argumentação primeiro e ver se a fera era racional. Calma, calma. Não quer... Ei, meu cavalo! Ora, pro inferno! UUAARRHHGG! A diplomacia não durou dez segundos. Onde o bárbaro estava com a cabeça? Dialogar com um monstro trucidando seu cavalo?! Era motivo o suficiente para revidar. Dukac partiu para o ataque, mas a fera solta uma patada primeiro. O bárbaro desvia e usa a abertura para agarrar o pelo do animal. Ele aproveita a velocidade e faz um giro, montando nas costas do lobo. Isso é pelo meu cavalo! Os facões atravessam o pescoço do animal, CAAIINnnn!, que solta um curto grito de dor, antes da cabeça rolar pelo chão.

Dukac volta e pega a tocha que havia largado, por sorte ainda estava acessa. Ele da mais uma olhada em volta e não encontra mais nenhuma pista. Quem quer que tenha feito algo, já deveria estar longe aquela hora. Antes de voltar, ele decide arrancar a pele do lobo para se proteger do frio que iriam enfrentar.

10:40, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6+3. Hack and Slash.
10:41, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 1d10+1. Dano.

This message was last edited by the player at 15:31, Thu 20 May 2021.
Branco
player, 133 posts
Fri 14 May 2021
at 14:49
  • msg #7

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Era a primeira vez que Branco fazia parte de um julgamento formal. Os olhares pesados que o cercava aumentava cada vez mais sua vontade de fugir. Não estar algemado era um voto de confiança, um voto que ele poderia usar ao seu favor. Uma distração, eles avançam pra cima de mim e posso correr pela porta... ele pensa sobre como se livrar de Dimur e Talveg. Mas o que ela faria? Sem seu lobo ainda posso correr. Talvez atirar uma adaga pra impedir que use o arco... o albino planeja olhando discretamente para Lain, quando seus pensamentos são interrompidos.
Yulot:
Conte-nos, meu jovem, exatamente, o que se passou.

A fala direcionada o trouxe de volta a realidade, e percebeu que não tinha escutado nada que o sentinela havia dito. Respirou por um segundo, olhou em volta, Mentir? Não, eles já tem motivos demais para me odiar, e seguiu, Eu estava dormindo, mas inquieto. A algum tempo venho sentido isso... uma... presença, que tem ficado cada vez mais forte. Começo a acreditar que não é algo vivo. Um momento de silêncio após essa revelação mostrou um espanto genuíno nos presentes. Eu escutei um sussurro, mas apenas na minha cabeça. A mensagem se repetia cada vez mais alto, até de fato virar um som. Acordei com a voz do garoto, mas não parecia ser ele. Ele estava com minha adaga e os olhos completamente negros. O ladino olha perdido para o horizonte enquanto finaliza, Não tive tempo de reagir, ele acabou tirando a própria vida. E encerra sem depoimento retornando ao silêncio que havia mantido.
Lain
player, 50 posts
Fri 14 May 2021
at 15:55
  • msg #8

05. Conhecendo o Inimigo

Lain ouviu com pesar a descrição sobre a cena fúnebre que Nalim havia encontrado, mas ela pouco adicionava ao que já sabia. Era no depoimento de Branco que ela estava mais interessada.

Nos minutos que transcorreram entre a descoberta do corpo e a montagem daquele julgamento, ela aproveitou para pensar com clareza nas duas questões que considerava serem as mais importantes: o que havia acontecido na guarita? E qual era a participação de Branco naquilo?

A resposta da primeira ainda era um mistério, mas para a segunda, Lain, depois de refletir sobre o assunto, já tinha sua própria conclusão.

Dentro do Templo, o albino parecia desconfortável com aquela situação. Lançava olhares discretos para Dilmur, Talveg e para ela própria, tentando disfarçar a agitação. Ele não vai ser idiota de tentar fugir... não é?

Ouviu as palavras de Branco com atenção. O silêncio dos demais presentes era entrecortado apenas por breves reações invonluntárias de surpresa. Ela olhou para Yulot e para os membros do juri, tentando adivinhar o que se passava na cabeça deles. Se não acreditassem no homem, ele seria condenado. E, muito provavelmente, pagaria com a própria vida.

Branco:
Não tive tempo de reagir, ele acabou tirando a própria vida.

Lain ficou petrificada com o relato, mas ele só serviu para corroborar a dedução que ela havia alcançado por conta própria. Duvidou que a totalidade do juri fosse acreditar naquela história estapafúrdia, então antes que houvesse qualquer acusação, ela deu um passo para frente.

Me perdoe a interferência, senhores, mas Branco é inocente. Ele está falando a verdade. Sei que é difícil de aceitar, mas peço que acreditem nele.
Narrador
GM, 186 posts
Wed 19 May 2021
at 21:18
  • msg #9

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

O interior do Templo assumiu uma atmosfera densa. À luz de velas, o ambiente parecia ainda mais solene. Yulot continha os murmúrios exaltados do júri, tentando garantir um julgamento neutro.

Não obstante, o depoimento do ladino incendiou seus ânimos.
Branco:
Eu estava dormindo, mas inquieto. A algum tempo venho sentido isso... uma... presença, que tem ficado cada vez mais forte. Começo a acreditar que não é algo vivo. Um momento de silêncio após essa revelação mostrou um espanto genuíno nos presentes. Eu escutei um sussurro, mas apenas na minha cabeça. A mensagem se repetia cada vez mais alto, até de fato virar um som. Acordei com a voz do garoto, mas não parecia ser ele. Ele estava com minha adaga e os olhos completamente negros. O ladino olha perdido para o horizonte enquanto finaliza, Não tive tempo de reagir, ele acabou tirando a própria vida. E encerra sem depoimento retornando ao silêncio que havia mantido.

Isso é um absurdo!, irrompeu Tanás, um hobbit de meia idade, mais aguerrido. Você insinua que um fantasma matou o pobre rapaz com a sua própria arma?!

Respeitem a palavra, senhores!, Yulot tentou moderar, mas em vão. A discussão ficou generalizada.

E que motivo ele teria para o assassinato? Ele voltou e lutou por nós!, argumentou outra membro do júri, mais nova.

E saquearia toda a vila, se não houvesse quem o freasse!, retrucou um terceiro.

Lain:
Me perdoe a interferência, senhores, mas Branco é inocente. Ele está falando a verdade. Sei que é difícil de aceitar, mas peço que acreditem nele.

E como vocês explicam esse disparate de que um demônio tomou o corpo do jovem e se matou, apenas para incriminar esse homem?, insistiu Tanás, com o dedo estirado na direção de Branco.

De repente, as portas do Templo se escancararam.

Demônio não. Um nijd!, interrompeu Oriag, que entrou no recinto quase se arrastando, com o auxílio de uma muleta.

Atrás dele vinham dois dos sentinelas hobbits carregando o corpo de Polo numa padiola.

Todos os presentes permaneceram em silêncio, enquanto Oriag coxeava lentamente até parar ao lado de Branco, diante do altar e do júri. Ele ainda tomou um pouco de ar, em razão do esforço, antes de continuar:

Um espírito trevoso. A vítima, quando possuída, permanece com os olhos negros, dessa forma..., disse apontando para o corpo, mesmo depois do óbito.

Isso aquietou o júri, embora Tanás ainda se mostrasse inconformado. Yulot tinha uma expressão de ligeiro alívio.

Sendo assim, se ninguém tiver mais provas contra o acusado..., ele sentenciou, olhando para cada um dos presentes, levante a mão quem o considerar inocente.

Cinco levantaram a mão, Yulot inclusive. Tanás e um outro mantiveram a mão baixa e o cenho franzido.

Dessa forma, em nome dos antigos deuses, que ninguém questione a inocência de Branco na morte do jovem Polo.

Que assim seja, tal como foi dito, responderam os membros do júri em uníssono.

E, quando o caso já estava dado por encerrado, Yulot emendou: E, na condição de alcaide de Poaret, determino que Branco deixe a vila e vá com os demais ao encontro do Mestre Mulligan, da Tribo de Huur, onde há de ser curado dos seus males. Partam antes do amanhecer.

Oriag fez uma ligeira reverência, com a mão no peito à maneira de Dervis, em agradecimento.

*   *   *

A elfa e o ladino deixaram o Templo na frente dos outros. E, na saída, viram Dukac — a pé e todo ensaguentado — descer a via nordeste arrastando uma gigantesca cabeça de lobo!
Dukac, O Sanguinario
player, 147 posts
Thu 20 May 2021
at 15:28
  • msg #10

Re: 05. Conhecendo o Inimigo

Poof! puf! Dukac chegava no trote. Pela movimentação ele concluiu que Branco havia sido inocentado. Vejo que se livrou dessa. Confortou o companheiro. Procurei por pistas ao redor da vila, esperava encontrar o assassino, mas só encontrei um lobo gigante. Até tentei ver se o monstro era racional, mas o maldito matou meu cavalo! Bem, ai isso aconteceu. O bárbaro ergue a cabeça da fera. Também aproveitei para providenciar um casaco. Dukac aponta com a cabeça para a pele que carregava no ombro. Só precisa de uns ajustes.

Depois da conversa com Branco e Lain, Dukac procurou pelo alfaiate da vila e pediu para costurar um casaco, juntando com a pele da cabeça, formando um gorro. O hobbit prometeu virar a madrugada para entregar tudo antes de partirem. O bárbaro agradeceu e se recolheu para descansar para a nova jornada.
Lain
player, 51 posts
Thu 20 May 2021
at 16:24
  • msg #11

05. Conhecendo o Inimigo

Yulot:
Dessa forma, em nome dos antigos deuses, que ninguém questione a inocência de Branco na morte do jovem Polo.

Lain puxou um sorriso pelo canto da boca ao ouvir o parecer final do julgamento. Tinha suas diferenças com Branco, mas não suportava injustiças. Se o ladino algum dia fosse ser condenado, que fosse por algo que realmente tivera cometido.

Na saída do Templo, acenou para Yulot, agradecendo pela maneira que conduzira o julgamento.

Devemos começar a nos preparar para a viagem, falou para Branco. E precisamos encontrar Dukac.

Mal tinha terminado de falar e viu o bárbaro vindo pelo nordeste. Arregalou os olhos de surpresa. Que diabos?? Estava não apenas sujo de sangue, como também deixava uma trilha vermelha por onde passava, que pingava de uma cabeça de lobo que carregava, mas ao menos não parecia ferido. Ele explicou sobre o encontro com o lobo e sobre como pretendia usar a pele como vestimenta. Ótimo, vai lhe ser útil pra quando formos pra Huur, ela comentou. Uma pena que perdemos também um dos cavalos.

Ela contou brevemente sobre o julgamento, omitindo os detalhes do depoimento de Branco e deixando que ele mesmo os contasse, se preferisse.

Combinaram de se encontrar dentro de algumas horas, e Lain se pôs a arrumar seus pertences para viagem. Ainda tinha alguns dardos da besta que pegara dos málvaros, e os guardou para levar consigo. Aproveitou para pegar algumas pontas de flechas com o ferreiro e preparar algumas flechas antes de partirem. Por fim, fez também uma prece para se conectar com os deuses. As magias que vinha estudando seriam colocadas à prova mais cedo ou mais tarde.
This message was last edited by the player at 16:44, Thu 20 May 2021.
Branco
player, 134 posts
Fri 21 May 2021
at 02:44
  • msg #12

05. Conhecendo o Inimigo

Branco se senta após terminar seu depoimento e observa as discussões seguintes. O ataque fervoroso de Tanás não o intimida, e ele olha profundamente em direção ao hobbit. O ladino tenta se manter calmo e se surpreende com Lain o defendendo, que até então não demonstrava nenhuma empatia com ele. Em seguida Oriag entra na sala, exibindo a causa da morte do jovem Polo. O julgamento então logo terminou, já que as dúvidas haviam sido esclarecidas. Porém, para Branco, as perguntas estavam apenas começando. O que exatamente eram esses nijd? Como o conheciam? O que queriam com ele? Porque incriminá-lo? Todas essas perguntas seriam feitas a Oriag em um momento mais conveniente. Ainda encerrando o julgamento, Branco fica pensativo com sua "sentença", "meus...males?". Mas a absolvição e menos um problema a resolver o faz se mover e sair dali, que diz ao cruzar com Lain, "Obrigado por...errr....me defender...". Antes mesmo que pudessem conversar Dukac surge e conta o que aconteceu. O ladino escuta atento e preenche as lacunas que Lain deixava ao contar sobre o que aconteceu depois que o bárbaro partiu, focando em especial no espírito desconhecido. Logo os outros se preparam para a viagem, e Branco tenta descobrir mais sobre o espírito com Oriag.
This message was last edited by the player at 02:48, Fri 21 May 2021.
Narrador
GM, 188 posts
Sat 22 May 2021
at 22:29
  • msg #13

05. Conhecendo o Inimigo

Pouco tempo se passou antes que o primeiro galo cantasse. Para aventureiros como vocês, foi o suficiente para se recompor antes da viagem, muito embora o frio da madrugada fosse desencorajador.

Lain havia despertado mais cedo e cumpria com a sua devoção matinal no Templo. Ela escutou os homens aprontando as carroças lá fora, terminou então a sua prece e saiu para a praça central. O mesmo se deu com Branco, que tirou breves cochilos, recluso na guarita norte. Sem demora, ele se juntou ao grupo. Dukac, que dormiu sobre o feno do estábulo, foi o último a aparecer.

No meio da praça, duas carroças, cada qual puxada por um cavalo, recebiam as últimas inspeções antes da jornada. Os homens cuidaram para que parecessem simples mercadores sulistas, cobrindo-as de peles e tecidos coloridos (incluindo a manta de Dukac, estendida de modo a curtir no sol).

À frente ia Oriag, ainda muito debilitado, com o Pardo conduzindo. Logo atrás, Andrós tomava as rédeas da carroça que levava os manuscritos da Sábia, ocultos sob uma pilha de tecidos.

Companheiros, seguiremos a orientação do alcaide. Sigam a cavalo direto para Sharu. Fica a um dia daqui, cavalgando para o oeste. Quando estiverem prontos, sigam para sul e garantam que não sejam seguidos!, disse o jovem mago. Tsobo vai encontrá-los às margens de Latagam e trazê-los até nós.

Enquanto isso, o comboio seguirá lentamente para o sul. Chegaremos juntos à Tribo de Huur, cruzando o "Véu de Chumbo", completou o Pardo. Ele se referia à cadeia montanhosa que separa Latagam das frias estepes sulistas.

Que os Deuses nos ajudem!, acrescentou Oriag brandamente, com a mão no peito.


E, assim, vocês se despedem de Poaret...


*   *   *

Detalhem os preparativos para a viagem: que posição tomarão, como irão vestidos e equipados, e que função pretendem desempenhar no percurso -- desbravador, batedor, ou quartel-mestre ("Undertake A Perilous Journey", p. 3 do arquivo das fichas).
Branco
player, 136 posts
Sun 23 May 2021
at 02:01
  • msg #14

05. Conhecendo o Inimigo

A última noite de sono foi mais tranquila que as anteriores, e Branco conseguiu relaxar um pouco. Apenas um pouco. Bastava um leve despertar e sua mente recomeçava uma espiral de pensamentos destrutivos. O ladino se levanta no raiar do sol e sabendo que era o dia de partir já havia deixado seus pertences prontos. Ao descer da guarita um dos hobbits, provavelmente com uma posição permanente de guarda, o cumprimenta "Boa dia guerreiro, desejo-lhes uma boa viagem.". Era evidente respeito que o pequeno ser tinha pelo ladino, que a pesar de tudo, salvou a vila. Branco respondeu apenas com balançar de cabeça, e enquanto o guarda se afastava continuando sua patrulha o ladino permaneceu parado por alguns segundos sentindo uma estranha sensação quente no peito. Enquanto andava em direção ao centro da vila os olhares eram diferentes. Não sentia um julgamento pesado, ou até mesmo asco. Porém o ladino não conseguia distinguir o que era, apenas sabia que se sentia leve. Chegando próximo de Lain ele a saúda com a mão, que também parece estranhamente receptiva. Dukac chega pouco depois e Oriag detalha a próxima viagem. Na formação Lain toma o antigo papel do ladino, e sai a frente vigiando a estrada.

Na preparação para sair da vila Branco pensou em se passar como um Málvaro. Porém seria muito suspeito apenas um vagando sem companheiros. Preferiu manter o disfarce de mercador, caso fosse necessário usár algum álibe. Prendeu sua bolsa no cavalo e manteve com sí, escondidas pela capa, suas duas adaga nas costas. Também manteve em fácil acesso o broche Málvaro, que caso necessário viria a calhar.

Aproveitando o momento inicial da viagem Branco faz uma pergunta ao bárbaro que lhe intrigava, "Bem Dukac, não pude deixar de notar que você se satisfaz com muito pouco pelos seus serviços, isso quando os cobra. Já arriscamos nossas vidas em várias situações," diz o ladino ao se lembrar da batalha na mina de Poaret em que o bárbaro ficou gravemente ferido, "e ainda assim você não exigiu uma única moeda de ouro. Diga-me, o que lhe motiva a agir dessa forma?".

Conversaram por mais algum tempo, e vez ou outra Lain retornava indicando o que havia mais a frente. Coube ao ladino decidir por qual caminho deveriam seguir a cada birfurcação que surgia, buscando por uma trilha que oferecesse menos obstáculos.

Branco rolled 6 using 2d6+1.  Trailblazer.
+1 XP

This message was last edited by the player at 02:05, Mon 24 May 2021.
Dukac, O Sanguinario
player, 149 posts
Sun 23 May 2021
at 02:49
  • msg #15

05. Conhecendo o Inimigo

Novamente a missão exigia descrição e as armas de Dukac eram muito chamativas. Ele foi obrigado a se desfazer do seu machado, que a tempos já não utilizava. Antes de partir ele se dirigiu até o ferreiro da cidade. Deixo essa arma com vocês, talvez possa ser útil em uma defesa. O hobbit agradeceu meio sem jeito, pois a arma era quase do seu tamanho e nenhum hobbit iria conseguir manusear aquele monstro. Depois tratou de esconder bem os facões nas costas e as correntes bem acima dos braços. Se cobriu com a pele de lobo e jogou por cima e um capuz simples para disfarçar. O disfarce dificultava o uso das Lâminas da Destruição, deixando mais fácil usar a adaga que carregava na cintura, caso houvesse uma emergência sem que pudessem revelar quem eram.

Por fim, colocou sua bolsa com pertences em uma das laterais do cavalo e do outro lado, colocou uma bolsa com a Navalha vidente e o frasco com os Testemunhos oculares. Será uma viajem longa, tomarei conta das provisões. Comemos uma pela manhã e outra ao entardecer. Alertou aos companheiros.

A distância, Dukac parecia um segurança dos mercadores. O bárbaro apenas acenou aos companheiros na caravana e aos hobbits da cidade.

Branco:
Diga-me, o que lhe motiva a agir dessa forma?


Dukac demorou alguns segundos para responder. Ora, garoto. Ele tinha essa mania de se referir aos menores, pois para ele, pareciam crianças. Meu prazer está em travar boas batalhas. Evidentemente que as vezes preciso de algumas moedas, mas me contendo com o suficiente para sobreviver. O bárbaro vivia um dia após o outro, sem muitas preocupações de longo prazo. Dessa vez ele faz uma pausa alongada. Estou numa jornada, caçando um demônio. Ele me enganou e acabei cometendo um erro muito grande... Mas agora percebi que apenas matá-lo não trará paz ao meu espírito, por isso tenho ajudado essas pessoas. Dukac usa o momento para aconselhar o ladino. Aproveito para te alertar, garoto. Moedas não lhe trarão nada nessa vida, tolo é aquele que pensa que elas podem te proteger.

23:51, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6.  Quartel-mestre.
This message was last edited by the player at 18:51, Sun 23 May 2021.
Lain
player, 53 posts
Sun 23 May 2021
at 18:21
  • msg #16

05. Conhecendo o Inimigo

Lain saiu do templo e encontrou a praça já cheia com os preparativos para a viagem. Ouviu as instruções com atenção, e, entre si, acordaram que ela seguiria na frente para antecipar potenciais riscos da viagem. Apesar de não conhecer bem a região, Lain se adaptava com facilidade a ambientes naturais e tinha experiência em transitar em lugares desconhecidos evitando armadilhas. Podia também reconhecer pistas e marcas deixadas por animais e interpretar se representavam algum perigo. Além disso, tinha entre os três a melhor visão noturna de longo alcance. Cree seguiria ao seu lado, e o animal costumava ser bem sensível quando se tratava em detectar ameaças. Lain sabia reconhecer as mudanças em seu lobo, mesmo as mais minuciosas, caso ele pressentisse algo, e poderia rapidamente avaliar um terreno se precisassem fazer uma parada.

No alforje colocado em seu cavalo ela guardou alguns suprimentos e acessórios básicos para a viagem, junto com as roupas que recolheu de Omak e prendeu a aljava com as flechas que havia preparado durante a noite, assim como o arco. A lança curta, feita pela medida dos hobbits, era compacta o bastante para ser facilmente atada às suas costas. Quanto à besta, achou que seria pesada demais e preferiu deixar com Andrós, que seguia sozinho na carroça e poderia ocultar a arma com facilidade. Use se julgar necessário, falou.

A capa verde oliva que costumava usar foi guardada também em seu alforje, mas manteve o colete de couro, as calças e as botas, que lhe davam flexibidade. Por cima das vestes e da lança presa nas costas, no entanto, colocou uma bata de linho, de mangas compridas e longa o suficiente para quase chegar até o pé. Trançou os cabelos e jogou um manto por cima, para disfarçar suas feições élficas. Escondeu também o cordão que ganhou de Namai por baixo da bata.

Que Adasi nos guie, murmurou para si mesma ao iniciarem a jornada.

Não vou rolar o dado pois minha combinação de ranger + elf me dá 10+ na posição escolhida (batedor).
This message was last edited by the player at 18:47, Sun 23 May 2021.
Narrador
GM, 189 posts
Tue 25 May 2021
at 19:11
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05. Conhecendo o Inimigo

Poaret ficou para trás e logo sumiu, quando os cavalos penetraram a densa floresta de Latagam.

Muitos arbustos murcharam no auge do inverno. As árvores, peladas, pareciam retorcer-se com o frio intenso. Assim, Dukac viu-se sem opções de caça, ou coleta, tendo de fiar-se nas provisões que traziam.
Ao final do dia, cada um consome 1 ração (inclusive o lobo)

A Branco coube a tarefa de orientar-se em meio aos pântanos e morros que a floresta encerra. A jornada para o oeste não era assim tão simples -- mais valiam pequenos desvios do que arriscar quebrar a pata de um dos cavalos.

E enquanto o ladino e o bárbaro ponderavam sobre a vida, Lain e Cree faziam rondas amplas, para antecipar-se a qualquer perigo. Dessa forma, cadenciada e constante, a viagem transcorreu-se calmamente.

*   *   *

No entanto, o dia já havia chegado ao fim e vocês não pareciam nem próximos da borda da mata. Crescia em vocês a desconfiança de estarem perdidos naquela brenha fria e medonha.

A essa altura, vocês já cavalgavam em silêncio e preocupados. Lain demorava para retornar da sua ronda.

Momentos depois, Branco e Dukac viram o cavalo da elfa atado a um galho, à margem da trilha. Em estado de alerta, detiveram-se e estudaram o entorno. Havia galhos partidos nas árvores, pela passagem displicente de alguém. Saindo da trilha e entrando um pouco mais na mateira, reconheceram troncos cortados a golpes de machado. Apertaram um pouco mais o passo, pois a elfa poderia estar em apuros!

De repente, vocês estacaram, quietos. Lain estava com o arco armado, apoiada contra uma árvore, fazendo sinal de silêncio para vocês dois. Do outro lado ardia uma fogueira, em torno da qual três soldados orcs comiam o que parecia ser uma perna humana. E, possivelmente, eles não eram os únicos ali.

Vocês podem recuar furtivamente ou encará-los... O que vocês fazem?




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