O taverneiro e sua filha, Meliah, agiram rápida e coordenadamente. Trocaram as selas e ferraduras dos cavalos, a fim de ocultar-lhes a origem. Dukac, Branco e Cree espremeram-se no esconderijo subterrâneo, ouvindo a movimentação.

Durante a noite os três escutaram a batida dos soldados no armazém. O taverneiro manteve o tom de voz calmo, mesmo diante da truculência com que eles reviravam sua propriedade em busca dos fugitivos. Por sorte, os soldados tinham pressa; e o taverneiro, certa reputação; de modo que não se tardaram muito ali, antes de seguirem para a propriedade vizinha.

Longos momentos de um silêncio claustrofóbico se seguiram até vocês ouvirem a voz de Meliah na baia, logo acima de vocês: Escutem. Sua amiga deve ser julgada em praça pública pela manhã. Eles suspeitam que vocês tentarão algo, logo a guarda deve ser redobrada.

De repente a menina emudeceu. O portão do armazém rangeu, se abrindo, e chegou a vocês o uivo intenso de vento vindo do exterior. O portão se fechou e o taverneiro disse baixinho: Está tudo bem.

Então, Meliah levantou o alçapão. Os olhos de vocês se ajustaram à claridade, ainda que pouca.

Vocês têm pouco tempo para decidir se fugirão de Sharu, ou se tentarão uma loucura ainda maior. Mas, por favor, vocês têm que nos deixar... Boa sorte!, encerrou, baixando os olhos, consternada.

cabroooooommmmmmmm..., estrondeava o trovão lá fora.

*   *   *

Lain tinha vagas lembranças do que se passou ao longo da noite. Lampejos de memória, apenas. A elfa despertou e apagou uma série de vezes, e recorda-se apenas de umas cenas turvas.

Ela lembra-se de ser carregada, amarrada num tronco... de uma voz humana comandando "Procurem-nos! Eles ainda estão na cidade!"... Mas as lembranças se embaralhavam com a imaginação: trolls, orcs, corpos empalados.

Somente agora Lain recobrava a consciência de fato. Ela estava sobre um palanque, presa a um poste de madeira, amarrada pelos punhos e pelos tornozelos com tanta força e por tanto tempo, que já lhe feria a carne e adormeciam-lhe as extremidades. E, além disso, o frio. Lain acordou com pingos grossos e gelados, que lhe salpicavam no rosto. O céu estava ainda bem escuro e um temporal estava prestes a cair.
Lain tem 10 pontos de vida

Soldados orcs iam de lá para cá, preparando a praça (a mesma onde ontem estava o mercado de escravos) para o seu julgamento.

Lain escutava um murmúrio insistente, que se confundia com o vento. Mas era o pingente, que Namai lhe havia confiado. Foi a única coisa que aqueles idiotas não lhe tinham tomado, além da roupa do corpo.

Dukac parecia estar se acalmando e isso diminuía a quantidade de problemas que Branco tinha que resolver. Agradeço pela ajuda, sua atitude não será esquecida. o ladino agradece a Meliah com uma reverência. Sua fala ecoa na mente do ladino por um tempo, ...uma loucura ainda maior.... Ele murmura enquanto verifica as alforjas do cavalos, certo...aqui...e aqui também...não preciso ser muito convincente...uma pequena distração..., e então se vira para o bárbaro, Agora vamos fazer do meu jeito. Farei os preparativos para nossa fuga, mantenha-se escondido até eu voltar.

Ele sai na noite rondando a cidade. As patrulhas eram bem intensas, mas o ladino estava acostumado a situação e consegue evitá-las com facilidade. No centro da cidade, agachado em uma viela, ele vê Lain pendurada em um poste. Certo, só preciso chegar perto para soltá-la.O resgate parecia resolvido, Branco se disfarçaria de Omak para causar distração o suficiente para soltar a arqueira. O próximo passo era fugir da cidade. Por sorte ela estava na praça central, e o acesso até a saída era livre... até o portão. Além de abrir o portão eles precisariam de um transporte de fuga. Não podemos usar os cavalos, seremos enxurrados de flechas.... O ladino se levanta e se direciona ao estábulo. Ainda evitando as patrulhas ele se depara com Ani encolhida em um canto. Ei!, Branco exclama ao vê-la, Não tenho tempo de explicar muito, mas se quiser viver venha comigo e siga minhas ordens! Sem opções a escrava o segue até o estábulo. O estribeiro já havia se recolhido e o ladino teve de usar a intimidação ao invadir sua pequena residência. Mas o que... disse o velho assustado. Não se preocupe senhor, não estou aqui para lhe fazer mal. Vim fazer uma oferta que você não poderá recusar! Após a barganha Branco troca 1 cavalo por uma carroça e a equipa com os outros dois, com a devida compensação financeira.

Então, junto com Ani, eles voltam na viela que Dukac se escondia. Os três se acomodam dentro da carroça, junto com Cree, e Branco passa o plano. Eu irei me disfarçar de Omak. Não preciso ser muito convincente, só preciso de pouco tempo para me aproximar de Lain e libertá-la. Quando isso acontecer Dukac virá em disparada com a carroça cruzando a praça em nossa direção, subimos e nos direcionando ao portão. Ele se vira para Ani e entrega um jarro, contendo uma bebida quente com Óleo de Tagit, e alguns copos, e continua, Preciso que você dê isso aos guardas. Diga que é uma bebida quente para um dia frio ou algo do tipo, mas você tem que convencê-los! Eles pegarão no sono logo e você precisa abrir o portão caso esteja fechado. Quando passarmos por lá pegaremos você. Ele espera mais uns minutos para sanar as dúvidas e logo sai mais um vez. Preciso arrumar outras coisas, fiquem aqui até chegar a hora de executar o plano e estejam prontos.

O ladino retorna a cidade e faz mais ofertas irrecusáveis a outros comerciantes. Assim, ele retorna a carroça com mais suprimentos para a fuga. Os preparativos haviam levado a noite toda, em breve os primeiros raios de sol surgiriam no horizonte. Branco pega as vestes de Omak e se posicina na cidade para iniciar o plano no momento mais oportuno.


-01x Óleo de Tagit
-01x Cavalo -> +75x coin
-150x coin -> +01x Wagon
-30x coin -> +02x Ragged Bow
-02x coin -> +2x Bundle of Arrow
+Pedras pequenas (catei por ai mesmo)
This message was last edited by the player at 19:06, Thu 22 July 2021.

Lain sentiu a pele quase queimar pelo vento frio que soprava por cima das gotas que anunciavam a tempestade. Os braços doíam de cansaço acima da cabeça e foi ao tentar desce-los que notou que estava presa. Os punhos ardiam como o inferno. Ela engoliu em seco.

Pela praça, orcs passavam em patrulha, vigiando o perímetro ou preparando alguma coisa no palanque que ela se encontrava, e a elfa não demorou a entender que se tratava de sua execução. Em breve estaria empalada nas cercanias da cidade, junto dos vários outros corpos que avistaram ao chegar. Sharu não parece gostar de manter seus prisioneiros vivos, ela havia avaliado na ocasião, e a lembrança só serviu para deixar seu estômago ainda mais embrulhado. Ao menos Branco e Dukac devem ter conseguido escapar... pensou em forma de consolo, já que era a única sendo exposta na praça.

O colar, presente de Namai, também lhe dava algum conforto. A jóia parecia querer falar com ela, mas mesmo Lain tentando apurar os ouvidos, não conseguia entender. E quando um dos soldados passou perto demais, a elfa imediatamente fechou os olhos e manteve a cabeça baixa para que ele não lhe desse atenção.

Não adianta, preciso me soltar. Esperou o guarda se afastar e, quando julgou não estar sendo observada, experimentou mexer os calcanhares para sentir a quão apertadas eram as amarras. As cordas eram incômodas e ásperas, a machucavam no menor movimento. Mas foi assim que sentiu alguns pregos na base do poste com as pontas saindo pela madeira, um pouco acima dos pés. Na expectativa de conseguir romper a corda, começou a fricciona-la sobre os pregos, mesmo que isso lhe custasse alguns arranhões a mais.

Quando sentiu que a corda cederia, tentou espiar os punhos no alto. Esses lhe dariam mais trabalho, e ela ainda não fazia ideia de como conseguiria sair daquele palanque e se esquivar os orcs — a fuga não havia dado muito certo da última vez — mas Lain pensaria nisso quando fosse a hora.

Lain rolled 9 using 2d6.  Cortar corda.

A noite foi atípica para Dukac, que não pregou os olhos em nenhum momento. O barulho dos soldados só o enfurecia, queria decepa-los ali mesmo. Mas se até um lobo era capaz de manter a calma num momento daquele, o bárbaro também deveria. Pouco tempo se passou e Meliah abriu a porta do esconderijo, pedindo para os aventureiros se retirarem. Assim como Branco, Dukac também agradeceu ao pai e a filha.

Na batalha de Poaret, por mais que a situação tivesse sido desvantajosa, Dukac agiu com pragmatismo e conseguiu bolar um plano. Dessa vez, a emoção tomava conta do bárbaro, que não conseguia pensar em nada que não fosse partir para a pura violência. Por sorte, Branco tomou as rédeas da situação. Antes dele sair, Dukac lhe entregou sua bolsa com moedas. Depois, ele e Cree se esconderam entre os fundos de duas casas. Volta e meia um orc patrulhava por perto, mas não percebeu a presença dos dois.

Mais tarde, Branco volta com Ani e explica o plano. É, pode funcionar. O bárbaro ponderou. Sairemos pela saída norte. Depois de despistarmos as tropas, voltamos por fora da estrada, em direção a Huur. Ainda havia como executar parte do plano original.

Branco e Ani saíram em seus objetivos individuais e, novamente, Dukac ficou sozinho com Cree. Parece que somos só eu e você de novo, amigão. O lobo soltou um pequeno gemido e, por um momento, parecia um simples cão indefeso. Eu sei garoto, eu sei... Mas nós vamos salva-la.

Do modo como Lain estava presa ao poste, esticada feito uma salsicha, foi preciso um grande esforço para afrouxar as amarras das pernas, com muitos solavancos.

Ei, você, morcega!, disse um dos soldados orcs se aproximando com a espada a meia bainha. Fica quieta ou te parto no meio!, disse um pouco mais perto, rosnando ameaçadoramente.

A elfa notou que o poste estava agora mais folgado no palanque. Por um lado, seria preciso só mais um bom tranco para soltar a sua base. Por outro, se o fizesse, ela cairia no chão com o peso do poste, com as mãos atadas e orcs ainda mais vigilantes ao redor, prontos a eliminá-la.

Os pingos de chuva ficam mais abundantes. O céu escuro do amanhecer cintila com cada relâmpago das nuvens que se aproximam.

Sharu está deserta, à exceção das patrulhas orcs e de alguns de seus chefes humanos que estão chegando. Lain não vê grandes chances de sobreviver, mesmo que os seus amigos ainda estejam por perto...

*   *   *

Os preparativos de Branco transcorreram bem, mas não facilmente. Recorrendo a certas "pessoas de negócios" e fazendo saber que seriam bem recompensadas, o ladino logrou se equipar sem atrair a atenção dos málvaros.

O encontro com Ani também pareceu um golpe de sorte, pois, aparentemente, a menina já teria se mandado caso não tivessem redobrado a guarda. Então, reunidos novamente com Dukac e Cree dentro da carroça, estacionada numa viela isolada:


Quando Branco retornou com mais suprimentos, a chuva já caia torrencialmente. A visibilidade diminuíra, de maneira que no caminho o ladino conseguiu ver uma comitiva de oficiais málvaros se reunindo na praça central, mas sem divisar direito suas figuras. O julgamento devia estar para começar.

Já era manhã, embora nesse inverno chuvoso ainda parecesse noite.

Tensa, porém resoluta, Ani cobriu-se com uma capa grossa, protegendo o jarro e a si mesma, e fez um aceno silencioso. Saiu sem despedir-se rumo ao portão norte. O plano de resgate estava em marcha.

A chuva estava forte, deixando o ladino encharcado em sua fantasia de Omak. Porém ele esperava que o som alto das gotas caindo do céu e a névoa branca que se espalhava ajudassem na sua camuflagem. Apesar da chuva e da óbvia execução que estava por vir ainda assim alguns moradores observaram de longe o lugar. Os oficiais málvaros pareciam ter terminado os preparativos, e assim que um deles começa a dizer algo Branco sai do seu esconderijo trajando as vestes de Omak, assim como sua espada em mãos. PAREM!, ele exclamou tentando ser o mais impositivo possível. Todos olham assustados, principalmente os málvaros. Ele caminha para próximo de Lain, que naquele momento já deveria ter entendido pelo menos aquela parte do plano. O que pensam que estão fazendo seus ratos imundos!? Branco continuava. Os málvaros observavam seus movimentos incrédulos, e permaneciam estáticos. Tenho um interesse particular nessa morcega! o albino diz apontando a espada em direção a Lain. Ele espera o mínimo de reação positiva para continuar se aproximando, porém o resultado parece ter sido o oposto, ao que os soldados aumentam a guarda. Tsc! Parecem que não estão acreditando...

Branco rolled 6 using 2d6.  Fingir Omak - CHA.
+1 XP
This message was last edited by the player at 18:26, Sat 24 July 2021.

Dukac veste seu capuz e dirige a carroça, lentamente, até ter uma visão da praça. Cobrir o rosto aquela altura já não servia de mais nada, mas o bárbaro decidiu se precaver. Cree ia na parte de trás, escondido. A situação não parecia estar correndo bem, Dukac percebeu a desconfiança dos soldados e começou a ficar apreensivo. Será que está funcionando? Quando um soldado se preparava para tirar a espada da bainha, Dukac teve a certeza de que era o momento de agir! Se segura garoto! IA!

Os cavalos deram uma forte arrancada e logo estavam em alta velocidade. O bárbaro aproveita a inércia da carroça e tenta atropelar alguns soldados. Ao chegar próximo o suficiente dos companheiros, ele grita. Vamos! Entrem!

16:19, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+3. Hack and Slash.
16:19, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 1 using 1d10. Dano.

Lain achou que estivesse vendo um fantasma. Por debaixo da chuva forte, ela viu reluzir a inconfundível máscara de Omak e chegou a pensar que estava alucinando depois de uma noite desconfortável a base de dor, frio e cansaço. Quando ouviu a voz dele, no entanto, sabia que algo estava errado — e, aparentemente, todos os soldados e oficiais que cercavam o palanque pensavam o mesmo. Ela então entendeu e arregalou os olhos de surpresa. Branco?!

Mas ninguém parecia estar comprando aquela encenação, e, se ele não tivesse cuidado, logo se juntaria a ela naquele tablado e os málvaros teriam dois prisioneiros em julgamento em vez de um só.

De súbito, uma carroça surgiu como se vindo do nada, atropelando os presentes e fazendo tanto estardalhaço que os olhos de todos caíram sobre ela. Mesmo no escuro, Lain conseguiu ver que era Dukac quem a guiava — e quem mais poderia ser? — e isso a fez sorrir um pouco. Diante da balbúrdia que ameaçava começar, a elfa começou a puxar com força os pulsos para baixo, se aproveitando que a chuva fria havia deixado suas mãos mais escorregadias. Ainda assim, as cordas seguiam apertadas e, num impulso e já sem sentir os dedos, Lain apoiou firme os pés na base da plataforma e deu um último puxão, na tentativa desesperada de romper de vez com os cabos que a prendiam.

Lain rolled 9 using 2d6.  Romper corda da mão.

Ao redor de Lain estavam quatro guardas orcs, empertigados solene e servilmente, com as mãos sobre as espadas embainhadas. Dispostos num semicírculo, à frente do palanque, havia cerca de uma dúzia de homens, bem vestidos demais para reles soldados. E outros vinte orcs faziam um anel externo de contenção, mantendo à distância os aldeões mais curiosos.

Enérgico e ousado, Branco veio à luz das tochas e avançou na direção da elfa, fazendo-se passar por Omak. Venceu uma preciosa distância graças ao mau tempo e ao elemento surpresa.


Os orcs que faziam a contenção abriram passagem num ato de reflexo. A atuação de Branco pegou todos de espanto, emudecendo até o orador que já havia começado a pronunciar o julgamento.

O ladino se aproveitou do impacto para aproximar-se o quanto pôde do palanque, até que...

O Exortador é bem conhecido por seus poderes... Mas voltar dos mortos, certamente, não é um deles, disse um dos homens da comitiva de oficiais, vindo à frente e elevando a voz acima do ruído da chuva. Seu porte era altivo; sua fala, segura; e a sua brilhante armadura parecia nunca ter visto um combate.




Homens e orcs desembainharam as suas espadas. Dukac não pensou duas vezes.


A carroça ganhou velocidade e, naquela confusão, os guardas que faziam a contenção só o viram quando já estava em cima! Pracatá-pracatá-pracatá!... Eles ainda tentaram bloquear a passagem, os cavalos se embolaram em cima dos orcs, a carroça empinou, capotou e se arrebentou!

Dukac caiu rolando, já em posição de luta; e Cree partiu de galope, desviando dos oponentes para se juntar à sua dona.

Lain começou a dar trancões com as mãos desesperadamente. Mas o poste começou a ceder e tombou no chão com ela ainda presa. Destruam esses selvagens!, ordenou o oficial (vagamente parecido com Kaan). A elfa terminava de soltar as suas amarras, quando um dos orcs já descia a lâmina na sua direção.

*   *   *

A manobra de Dukac foi baseada em DEX -- portanto, falha (+1 XP). Dessa vez nem apliquei modificadores. Mas, sempre que tentarem algo com que seus personagens não tenham experiência prévia, tem redutor.

Lain começa a próxima jogada com um "defy danger" e procede de acordo.

Lain só se deu conta de que o poste havia se soltado quando já estava no chão. Estava preocupada demais em arrancar as cordas dos pulsos e, mesmo com a queda, continuou trabalhando para solta-las. Sabia o que viria a seguir, antes mesmo de ouvir a ordem do oficial.

Um orc surgiu acima dela, a espada em punho e os dentes enormes à mostra. Lain conseguiu libertar as mãos praticamente no mesmo segundo. Sem tempo de se levantar, chutou com força a canela do soldado para que ele caísse e, no tombo, perdesse a arma.

Lain rolled 15 using 2d6+3. Defy danger (DEX).

Com pressa, catou a espada antes que seu adversário conseguisse a recuperar e se ergueu do chão. Viu o vulto de um animal correndo em sua direção e soube de imediato que era Cree, pulando por sobre os destroços da carroça destruída e desviando dos demais combatentes para chegar até ela. Começando a se sentir esperançosa, Lain se voltou para o orc que tinha acabado de derrubar e tentou um ataque.

Lain rolled 3 using 2d6.  Hack n Slash.
+1XP

Dukac saiu rolando pela praça e por sorte nenhum soldado aproveitou para ataca-lo. O cenário era pavoroso e totalmente desfavorável. Dukac chegou a imaginar que aquele poderia ser o fim. Mas ele jamais se entregaria! Muito menos sem lutar! Como bom guerreiro, sua missão estava acima da sua própria vida. Ele precisava garantir que pelo menos seus companheiros conseguissem fugir dali.

Os soldados pareciam desorientados, apesar de esperarem um ataque, apenas malucos teriam o feito! O bárbaro se aproveitou desse pequeno momento e soltou um rugido, na esperança de atrair a atenção para si e abrir espaço para Lain e Branco fugirem. RROOOAAAHHHH!! Alguns deles logo ignoraram o que acontecia no palanque e partiram pra cima de Dukac. Apesar da morte eminente, ele não tinha medo, pelo contrário! Isso! Me mostre do que são feitos! Logo os facões e espadas trocavam faíscas no centro da praça.

11:43, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 2d6+2. Taunt.
11:53, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6+3. Hack and Slash.
11:54, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 2 using 1d10+1. Dano.

Quando o comandante falou, deixando evidente que seu plano havia falhado, a frustração do ladino foi tanta que parecia que havia levado um soco no estomago. Tsc!, Mas logo foi descoberto o cenário fica ainda mais caótico, com Dukac em disparada na carroça. E para piorar a situação a carroça fica comprometida, tornando a fuga praticamente impossível. Na fração de segundos em que todos apenas observam o que acontecia Branco já tenta pensar em outras opções, e pela quantidade de soldados lutar não parecia ser uma delas. Assim que concluiu que o melhor seria usar o comandante como refém as reações se iniciaram. O poste que prendia Lain cai e ela consegue se soltar, mas já inicia um combate. Enquanto que Dukac já rolava dos escombros provocando o inimigo, dando uma abertura vantajosa para Branco, que a aproveita o mais rápido possível. No momento de distração dos soldados Branco se move rápido e consegue capturar o comandante. O ladino abraça seu pescoço por trás e mantem a espada apontada na fresta da armadura, de forma a causar um ferimento mortal caso necessário. É melhor você mandar seus soldados se afastarem, ou irá acabar igual ao último. O albino tenta uma intimidação, usando como referência o último comandante que esteve ali. Mas seu nervosismo transpassa pela sua voz, que está rouca e tremula.

Branco rolled 8 using 2d6+3.  Defy Danger - DEX (capturar comandante).
Branco rolled 7 using 2d6+3.  Imobilizar (DEX).
This message was last edited by the player at 18:27, Wed 28 July 2021.

A fala do capitão deflagrou a batalha, como se houvesse estourado uma bolha.

O orc que avançava contra a elfa levou um pisão na canela, que fez o seu corpo bascular e tombar de bruços. Rapidamente, Lain se levantou e tomou a espada do seu oponente. Outros dois orcs já a cercavam, mas eis que Cree saltou à frente da sua dona, rosnando, ouriçado, detendo os atacantes.

No mesmo segundo, quando Lain se virou para desferir uma espadada no orc desarmado, ele já estava de pé largando um murro no meio do seu rosto! Ela cambaleou uns passos para trás com o nariz e o lábio sangrando.
Lain sofreu 3 de dano. Lain está flanqueada.


Gritou o Sanguinário ao lado da carroça virada sobre os orcs. Sua bravata atraiu os mais próximos, que o cercaram, mas não conseguiam se aproximar do torvelinho de lâminas que Dukac fazia sacudindo as correntes. Alguns espirros de sangue subiam dos orcs mais adiantados, porém mais deles fechavam o cerco contra o bárbaro.

Nisso Branco disparou na direção do capitão, aproveitando a sua posição mais adiantada. Antes que o próprio desembainhasse sua enorme espada, o ladino o tomou de refém com a adaga no pescoço, arrastando-o de costas na direção do palanque.


Você se refere ao meu irmão, seu verme!? Vocês não terão a mesma sorte que tiveram em Poaret!

Num instante, os três aventureiros se viram na praça de Sharu, cercados pelas forças de ocupação málvara. Seria virtualmente impossível sair vivo daquela situação!




De repente, uma voz se elevou ao alarido da praça e à chuva. Ouçam, filhos do sol! Uma voz feminina.

As escaramuças se interromperam brevemente. Foi aí que vocês perceberam que a praça estava cercada pelos aldeões de Sharu, todos encapuzados, empunhando forcados e foices, saindo das sombras. Eles superavam em muito, talvez o dobro, o contingente málvaro.

Hoje é dia de celebrar! disse a menina, trazendo à sua frente um refém: o traficante de escravos. Ele parecia estar bêbado ou drogado. O tão esperado "Dia do Arrebatamento" chegou. Tão logo ela disse isso, num sarcástico tom de afronta, a menina passou a faca no pescoço do refém, abrindo um jorro de sangue.

O homem desmontou, como um animal abatido. Ani deleitou-se com a sua vingança.




Esse foi o sinal para o estouro da insurreição. Imediatamente, o povo de Sharu deu seu berro de batalha. Potes de barro com pavios acesos foram arremessados contra os orcs e, quando se espatifavam, o óleo que continham incendiava tudo o que atingia.

Os aldeões avançaram com as suas ferramentas de campo. Os orcs foram ferozmente de encontro. A comitiva do capitão Daroj tentou conter o avanço dos peões, à medida que cercavam Branco.

Toda a preocupação do bárbaro sumiu quando a múltidão apareceu. Dukac abre um enorme sorrizo, poderiam vencer!

Hahahaha! Vamos, reajam! Ele provocava os soldados, receosos de entrarem no olho da tempestade de lâminas. AHHHH!! Um dos orcs gritou e partiu em um ataque em carga, mas foi atingido em cheio no meio do caminho e caiu morto. Logo todos entenderam que teriam mais chances se atacassem ao mesmo tempo. Pobres coitados. Dukac viu o que estavam fazendo e tomou impulso na carroça caída. Ele pulou quase 2 metros de altura, por cima dos soldados, desferindo uma chuva de cortes em todos os málvaros, aterrissando em um rolamento.

13:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 12 using 2d6+3. Hack and Slash.
13:53, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 11 using 1d10+1. Dano.
13:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6+3. Hack and Slash.
13:52, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 1d10+1. Dano.

Até Branco olhou, incrédulo por um momento, enquanto segurava o capitão bem firme. Assim que Ani abriu um rasgo na garganta do mercador de escravos Branco soube que negociação para fuga havia sido substituído por mate todos. Ora, não seja por isso, vou arrumar o encontro com seu querido irmão então. O ladino afunda sua adaga entre a fresta da armadura no peito do capitão, que gorfa sangue no momento seguinte. Ao tentar se soltar ele se sacode violentamente, e Branco tira a adaga apenas para enfiá-la mais uma vez. Não resista e prometo que vai acabar logo. O ladino o solta e ele cai de joelhos no chão com sua armadura brilhante banhada em sangue. Um dos orcs que cercavam Lain vê seu comandante cair e entra em pânico, trocando a elfa de alvo pelo albino. Branco vê o soldado avançar e se prepara, Oh... Pode vir!.

Branco rolled 13 using 2d6+3.  Backstab.
Branco rolled 5 using 1d8.  Dano.
Branco rolled 2 using 1d6.  Backstab - Dano.
Backstab - Vantagem aliado
off: usei o bônus do backstab pra dar uma vantagem pra aliado, mas não sei se está adequado.

Lain tomou um susto ao ver Ani rasgando a garganta do mercador de escravos diante de todos; da última vez que a vira, sozinha naquele beco imundo, a menina tremia tanto que parecia que ia desmontar. O mesmo podia se dizer dos moradores de Sharu, que não mais abaixavam o rosto para seus abusadores como antes. Se sentiu um pouco orgulhosa por imaginar que o trio havia inspirado aquela ousadia, mas ao mesmo tempo, apreensiva. Conflitos daquela natureza sempre se traduziam na morte de inocentes.

E mesmo com a chuva, o fogo começava a se espalhar, alimentado pelo óleo. Um dos potes voou sobre Lain e se estraçalhou sobre o tronco de madeira onde ela até pouco estava presa, que, apesar de úmido, se incandesceu.

Bom menino! exclamou para Cree que rosnava e ameaçava os orcs ao redor. Na mesma hora, ela avançou para o soldado que havia lhe desferido o murro e tentou lhe acertar com a empunhadura da espada e o empurrar na direção do fogo.

Lain rolled 3 using 2d6.  Hack n Slash.
+1xp
*suspira*

Dukac viu no caos que se instalou a chance de seguir vivo. Ao ser encurralado pelos orcs contra a carroça, o bárbaro demonstrou a proeza de um gladiador em combate -- rodopiando sobre os soldados, feito um catavento, suas lâminas rasgaram fatalmente uns quatro orcs.




Pedras e granadas de óleo voavam por cima de suas cabeças perigosamente. Logo, os arqueiros orcs surgiram por trás da turba enfurecida, alvejando-os à distância. Para cada guarda orc abatido, três a quatro aldeões eram trucidados. Ainda assim, o povo de Sharu não cedia o cerco.

Lain tentou revidar o ataque do seu oponente, mas faltaram-lhe forças nas articulações depois de tanto tempo amarrada. A elfa caiu de joelho, apoiada na espada.


O ladino executou Daroj como a um porco, que guinchava e se debatia, incrédulo com o que acontecia.

Os orcs que cercavam Lain e Cree viram com legítimo horror o abate do seu capitão e correram para acudi-lo. Mas, já tarde demais. Estouraram, dos dois flancos da comitiva málvara, granadas de óleo. A formação deles se rompeu e corpos em chamas correram desesperadamente a esmo.

Nem mesmo vocês estavam seguros, frente à multidão ensandecida. Por pouco o palanque em chamas não atinge a elfa. Havia ali muita violência represada e aproveitar o tumulto para fugir parecia mais promissor.

Lain podia sentir o calor do fogo perto do seu rosto quando bateu com os joelhos no piso da plataforma. Precisou se segurar na espada para não cair de vez e retomar o controle do resto do corpo, que agora parecia pesado demais para ela conseguir suportar. Cree veio a sua ajuda, encostando o focinho debaixo do braço da elfa como se quisesse levanta-la. Temos que sair daqui, Cree. Não acho que vou aguentar muito tempo... ela falou, se escorando em parte no animal.

Para sua sorte, os orcs que antes pareciam dedicados a terminar com o que tinham começado agora pareciam ensandecidos com o desenrolar da situação e já não mais prestavam atenção nela. Lain aproveitou o momento para se levantar e, ainda cambaleante, correu para o lado oposto do palanque e se jogou para o chão. Ali perto. os cavalos relinchavam assustados com a confusão, se empinando nas patas trasseiras visivelmente agitados. Sem pensar suas vezes, Lain partiu até um deles, desviando dos corpos em chamas e objetos sendo atirados, segurou suas rédeas para controla-lo e puxou o corpo para cima da cela, se agarrando com firmeza para não ser derrubada.

Tentou fazer contato visual com Branco e Dukac, acenando em súplica para que eles aproveitassem a deixa e a acompanhassem para longe daquela cidade. Já tinham passado tempo demais em Sharu.

Lain rolled 11 using 2d6+3.  Defy danger (DEX).

A habilidade do bárbaro lhe permitiu desferir uma série de golpes e ainda sair ileso. Corpos caiam ao seu lado, mas logo eram substituídos por mais soldados. Maldição! De onde vem tantos soldados?! Qualquer que fosse o deslize de Dukac poderia ser fatal. A mensagem que havia naquele campo de batalha era nítida: Sharu não iria mais se ajoelhar diante de seus opressores. Na situação que estavam, despertar esse sentimento era o suficiente para Dukac.

O bárbaro avista Lain montada, indo ao portão norte. Era a hora da deixa. Ele aproveita o breve momento de recuo dos málvaros, assustados com a chuva de lâminas, e tenta pegar um dos cavalos que ainda estava preso aos restos da carroça. Mas Dukac não podia esperar que o animal fosse tão bravo como ele. O bicho se esperneava e era incapaz de obedecer os mais simples comandos. Droga! Vamos garoto, se acalme! Um dos orcs logo entende o que o bárbaro estava armando. Está tentando fugir! Não deixem!

14:11, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 6 using 2d6+1. Defy Danger (dex).
+ 1XP

O corpo sem vida de Daroj cai no chão, e logo em seguida seus soldados partem para cima de Branco com uma sede de vingança. A brecha deu a chance para Lain se levantar e fugir, e o ladino concluiu que seria melhor fazer o mesmo. Ele parte em um corrida em direção as ruelas do vilarejo, seguido pelos soldados. Enquanto corre o hábil ladino salta por obstáculos, se arrasta por passagens estreitas, usa caixas como trampolins e algumas vezes até corre pelas paredes. Os soldados tem grande dificuldade em perseguir o albino, e a cada obstáculo um deles fica pra trás. Por fim, Branco consegue se livrar de todos eles e se prepara para sair da cidade. Porém, ele observa de longe mais uma vez o centro, e Dukac parecia ter problemas para sair de lá. Vamos lá, saia logo daí!

Branco rolled 11 using 2d6+3.  Defy Danger - Dex.

Lain arrastou-se para longe do palanque, em direção aos cavalos da comitiva. Empregou suas últimas forças para montar num deles. Com dificuldade conteve o animal e galopou rumo ao portão norte, com Cree no seu encalço.

Dukac entendeu o seu sinal e tentou fazer o mesmo com um dos cavalos ainda atados à carroça.


O bicho resfolegava, rugia e empinava, assustado com a batalha e as chamas. Mais orcs rodearam o bárbaro, que tentava liberar a montaria. Sentindo-se ameaçado, o cavalo pôs-se a dar pinote violentamente e um coice atingiu em cheio o peito de Dukac, que capotou duas vezes para trás, desacordado.

*   *   *

O ladino disse para si, vendo Dukac ser encurralado. Mas ele próprio precisava se salvar antes. Correu depressa da praça de Sharu, despistando seus perseguidores como tantas vezes o fizera para sobreviver na infância.

Passou pelos becos e vielas, ao redor do quartel-general, até se aproximar do portão norte. E, para a sua surpresa, Branco viu à luz das tochas dois soldados parados diante do portão... Parados até demais. O ladino chegou um pouco mais perto e viu que ambos estavam pregados ao portão com forcados de madeira.

À sua frente estava o caminho aberto para a salvação. Mas, atrás de si, nenhum sinal dos seus companheiros.

*   *   *

Quando o bárbaro caiu em batalha, ficou desacordado por uns segundos, apenas. O peito ardia para respirar e o ar parecia quase não entrar. Algumas mãos se estenderam por entre as fileiras de aldeões e o puxaram para fora da praça.

Foi preciso o esforço de quatro homens para levantá-lo e jogá-lo sobre a cela de um cavalo. Deitado de bruços, abraçando o dorso do animal, Dukac só pôde ver o rosto de Meliah, que apressadamente ajustava os alforjes no lombo do cavalo.

Apenas um golpe de vista. Ela estava suja e com medo; mas decidida a ir até o fim. Dukac conhecia o olhar.

IÁ!, ela bradou e largou um tapa no lombo do cavalo, que se arrancou rapidamente dali.

*   *   *

Branco já se inquietava com o desfecho da insurreição, quando viu Cree apontar na curva a pleno galope. Logo atrás vinha a elfa, cavalgando depressa e a duras penas.

Por um momento ambos se olharam com aflição, pois esperavam que o bárbaro estivesse com o outro.

Imediatamente, mais sons de cavalo se aproximavam. Lain estava sendo perseguida! A elfa não conseguia mais lutar -- estavam acabados!

Felizmente, era Dukac que vinha debruçado num alazão, segurando as rédeas como quem se segura à própria vida. Porém, mal puderam se alegrar em ver o amigo com vida...

Ssssssiu! Ssssssiu!, zuniam flechas na direção de vocês. Não deixem que escapem!, gritaram orcs nas passarelas da fortificação.



Dukac levou 2 de dano e precisa rolar CON para se recompor. Se falhar, terá -1 para a próxima jogada.

Quem estiver conduzindo o cavalo precisa rolar DEX para evitar ser alvejado de flechas.

A passagem por Sharu estava como uma montanha de emoções. Momentos de tranquilidade, quando tudo parecia estar dando certo, seguidos de momentos de agonia, com o perigo eminente! Dukac havia acertado uma sequência de golpes incríveis, dignos de uma balada. Mas um infortúnio chegou como um balde de água fria. De repente, tudo ficou escuro e poucos segundos depois o bárbaro abriu os olhos, com um espaço vazio na sua memória. Zonzo e montado no cavalo, ele conseguiu trocar olhares com Meliah, foi o suficiente para entender o que havia acontecido. Quando conseguiu juntar forças para acenar, a garota já não estava mais lá.

21:00, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 2d6+2. Con.

Dukac se aproximava do portão, mas não havia recobrado todos os sentidos. Ele conseguiu ver uma pessoa em um cavalo e Cree, logo ao lado. Deduziu que era Lain. Por sorte o cavalo estava correndo na direção certa, mas Dukac tenta se erguer e controlar o animal pelas rédeas. Ele escuta um som muito agudo no seu lado esquero, seguido pelo alerta do vigia. O bárbaro havia dado sorte do arqueiro ter errado, mas estava fraco demais para desviar do próximo disparo. Só podia esperar que Titoth lhe protegesse!

21:22, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 3 using 2d6+1. Defy Danger (dex).
+1XP

Aflição consumiu o ladino quando viu Lain sem o bárbaro, e por um breve momento ele sentiu culpa em não voltar para ajudá-lo. Porém, o sentimento durou pouco. Quando Dukac surgiu carregado pelo cavalo no horizonte Branco logo se encheu de alívio. E naquele momento ele se questionou se estava apegado demais ao grupo, pois nunca havia se preocupado tanto que não fosse com sua própria vida. Antes que pudesse se perder na reflexão as flechas começam a zunir, e Lain, que vinha na frente, estica a mão no galope acelerado do cavalo para que Branco montasse. Mas a manobra era arriscada até nas condições mais favoráveis e Lain, além de exausta, tinha que desviar das flechas.

Branco rolled 5 using 2d6+3.  Defy Danger - DEX.
+1 XP

O zunido das flechas, tão familiar para Lain, cortou o ar por cima de todo o barulho da guerra que se instaurava em Sharu, e ela sabia perfeitamente que eram eles os alvos. O portão estava logo adiante, e não faltava muito para que o cruzassem. Mesmo ainda com o corpo dolorido, a elfa conseguiu guiar o cavalo de modo a desviar das setas afiadas que voavam em sua direção.

Lain rolled 9 using 2d6+3.  Defy danger (DEX).

Branco, no entanto, vinha a pé, e falhou em tentar subir em seu cavalo; Já Dukac, apesar de parecer recobrar os sentidos em cima do cavalo, não estava nas suas melhores condições. Infelizmente não havia muito que Lain pudesse fazer pelos amigos, mas ao ver um dos jarros de óleo intacto no chão, ela segurou firme na rédea com uma das mãos, desceu o corpo para o lado do cavalo o mais baixo que conseguiu e agarrou o pote. Acendeu o pavio na chama mais perto e arremesou para a passarela antes de seguir a galope pelo portão.

Lain rolled 9 using 2d6+3.  Pegar frasco do chão (DEX).
Lain rolled 10 using 2d6+3.  Volley.

Lain vinha em alta velocidade. Branco posicionou-se de frente para ela, de forma a subir na montaria. Mas, então, as flechas começaram a zunir e a elfa precisou dar uma guinada com o cavalo para o lado.

Branco saltou para o lado oposto e depois tentou alcançar a montaria de Dukac, que vinha logo atrás. Mas o bárbaro cavalgava com visível dificuldade, pois ainda não se recuperara do coice no peito.

A primeira flecha acertou o ombro do brutamontes e o impacto o fez rodopiar para fora da cela e tombar em cima de Branco. A montaria seguiu em disparada para o portão. Os guardas disparavam uma saraivada e a segunda flecha cravou na coxa do ladino. Eles precisavam seguir correndo, ou os arqueiros iriam liquidá-los!
Dukac levou 3 de dano e precisa rolar CON de novo. Branco levou 2 de dano, está mancando, tem limitação de mobilidade e -1 em testes de DEX.

Em sua ânsia de fugir dali, Lain só via a frente, o portão, o fim do pesadelo. Mas, para isso, ela precisava dar cabo dos orcs que os alvejavam desde a passarela acima do portão. Seus olhos élficos mapearam o cenário e, rapidamente, Lain reclinou-se na cela até o chão para apanhar a granada de óleo de um insurgente caído.

Ela freou o cavalo junto a um braseiro de iluminação, acendeu o pavio e lançou a granada contra o passarela. O estilhaçar do barro espargiu as chamas para cima dos arqueiros da rampa à esquerda. Porém, na torre de vigia à direita, um arqueiro continuava atirando.

Branco e Dukac lutavam para seguir adiante e, quando o orc da torre direita estava prestes a acertar-lhes mais um petardo... QUIIIII! Uma águia apareceu do nada, enterrando as garras na cara do arqueiro! Este, em agonia, usava o arco para tentar tirá-la de cima.

O caminho estava livre! Eles precisavam apenas ser rápidos. Uma leva de soldados orcs vinha correndo para impedir os fugitivos.

A tentativa falha de fugir por cavalo com Lain foi frustrante, e pra piorar a situação o bárbaro não conseguiu se manter no cavalo. Por sorte a queda do gigante não machucou Branco. Mas essa sorte durou pouco, e logo veio uma chuva de flechas. GHHHRRUUUAAAAAAA!!! Gritou o ladino quando a flecha encravou em sua coxa. Ele apenas quebra a ponta e segura a dor. Sem cavalo e machucado o ladino começa a se desesperar e parte para a forma mais simples de fuga, correndo. Vamos! Precisamos correr! Ele grita para Dukac. Lain consegue criar uma abertura com um ataque totalmente inusitado contra os guardas, e o ladino se aproveita disso enquanto corre mancando. Mas as flechas continuavam vindo, agora de outra torre. Branco manteve o foco e continuava, bufando de exaustão. As flechas zuniam em seu ouvido e ele apenas acreditava que iria conseguir.


O distinto grito de águia o chamou a atenção. Certamente uma águia comum não atacaria um guarda, e ele logo soube que estavam lhes ajudando, mais uma vez. UUURRRHHHHAAAA!!! mais uma vez o ladino grita, exigindo o máximo de sua força para atravessar o portão em direção a mata fechada.

Branco rolled 12 using 2d6+2.  Defy Danger - Dex.

A flechada desequilibra o bárbaro, que se embola no chão com o ladino. Para piorar, a explosão deixou um zumbido no seu ouvido, impedindo-o de escutar o chamado de Branco. Mas dessa vez o corpo de Dukac libera doses extras de adrenalina, o recuperando totalmente do atordoamento. De pé, ele ignora a dor e puxa de uma vez a flecha do ombro. Branco já estava do outro lado do portão quando ele também sai em disparada. Na correria, o bárbaro vê um dos orcs pronto para atirar, quando é atacado pelo pássaro. Ah! Agora estou devendo duas! Pensou, enquanto lembrava de Poaret.

11:57, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 10 using 2d6+2. Con (recompor).
12:01, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 8 using 2d6+2. Con (fugir).

O cavalo onde antes estava Dukac passou correndo por Lain e a elfa olhou para trás alarmada, procurando os companheiros. Viu que os dois ainda estavam de pé, e, apesar de feridos, continuavam correndo. O arqueiro da direita havia momentaneamente interrompido os ataques enquanto tentava se livrar de uma águia que investia contra ele de modo estranho e incessante, e Lain aproveitou o breve hiato para arrancar em disparada com o cavalo.

Passou pelo portão correndo e saiu da estrada em direção à mata vizinha, se certificando mais uma vez que Dukac e Branco seguiam atrás dela. Vamos! murmurou entre os dentes enquanto olhava para os dois.

OBS: Não sei se eu tinha que rolar alguma coisa, já que não sofri dano na última rodada e estou a cavalo.

Lain rompeu os portões de Sharu a galope, seguida do cavalo desembestado e, mais atrás, de seus companheiros que vinham coxeando alucinadamente.

Dukac arrancou a flecha do ombro num tal frenesi, que nem sentiu o sangue verter da ferida. Estendeu apoio a Branco e, juntos, conseguiram cruzar os limites do povoado.

A águia alçou voo ainda com um olho de orc pendurado no bico. O arqueiro cambaleou e gritou, um rosnado seco e gutural, até se desequilibrar e cair da passarela. As chamas da granada de óleo começaram a se espalhar pela estrutura de madeira, o que freou a disparada do bando de guardas que já os alcançava.

Só assim o ladino e o bárbaro puderam remontar no cavalo e ganhar distância dos orcs.

A águia passou por vocês num rasante. Incrivelmente, vocês viram seu corpo se contrair, se deformar e se expandir na figura de um lobo marrom, justo antes de aterrissar! O animal liderou a fuga mata adentro, tão rápido que até Cree e os cavalos tiveram problemas para acompanhar.

O ritmo da corrida permaneceu intenso por um tempo insuportável. Mas, ao menos, era um alívio notar que os brados dos orcs já haviam ficado seguramente para trás e não mais os perseguiam.

Seus passos foram desacelerando, à medida que esgotavam as forças. Para Lain parecia que seguiam já há um tempo para o sul. Para os outros era só breu e mata fechada. O lobo marrom tinha sumido na frente muito antes e, quando vocês pensaram que não mais o veriam, Cree se adiantou no caminho e os conduziu à beira de um pequeno córrego, onde Tsobo os aguardava.




Era o momento de acampar. A aurora começava a despontar, pálida, por entre as árvores secas e retorcidas.

E havia ainda uma longa jornada até a Tribo de Huur.

A fuga tinha sido alucinante, mas os aventureiros conseguiram se safar. As perdas financeiras tinham sido enormes, mas todos saíram com vida e a vila parecia ter sido retomada pelo seu povo. Talvez sejam bons aliados no futuro. Ao se aproximarem da clareira no córrego, os cavalos já começavam a diminuir o ritmo involuntariamente. Até os pobres animais precisavam descansar. Dukac desmontou e viu o olhar abatido dos colegas. Animem-se! fizemos o possível. Ainda podemos chegar em Huur. Branco, em especial, não parecia ter se convencido com as palavras do bárbaro. Preocupado, Dukac se aproxima, coloca a mão em seu ombro e fala mais baixo. Olha garoto, eu sei que perdemos muitas coisas, mas podemos recuperar depois. Dinheiro não é tudo, o mais importante é que estamos todos juntos... e vivos!

Ploft! Dukac olha para trás, assustado com o barulho seco. Era Lain, desabou do cavalo, completamente exausta. Ele corre para socorrer a arqueira, que não ofereceu resistência. Depois de encosta-la numa árvore, ele diz umas palavras de conforto. Você fez bem, minha jovem. Para nós, Kiranianos, um ato de nobreza de um forasteiro para os cidadãos de Kirah é recompensado com honraria! O bárbaro molhou a mão no rio, passou no chão de terra e fez um desenho do símbolo da vila na testa de Lain. Meus parabéns, agora você também é uma cidadã de Kirah!


Dukac armou uma fogueira e todos se sentaram em volta dela, até Tsobo. Durante a conversa ele comenta. Não temos mais rações, vamos precisar caçar. Também podemos usar as peles para nos cobrir.
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Obrigada, Lain falou com a voz cansada para Tsobo antes de desabar no chão. As imagens de Sharu em chamas e dos orcs violentos atrás deles a havia deixado em choque durante a fuga, a fazendo ignorar os machucados da noite anterior; mas agora que haviam parado, tudo doía.

Logo Dukac veio até ela, a amparando até uma árvore próxima. O ombro estava manchado de sangue, agora seco, e ele próprio não estava em seu melhor estado, mas ainda assim continuava otimista. O povo de Sharu aprendeu a revidar. Acho que podemos considerar isso uma vitória, não é mesmo? ela falou, esboçando um sorriso.

O bárbaro concordou, se animando a falar de sua tribo para inspirar a elfa. Em dado momento, transformou um pouco da terra em lama e fez alguns traços na testa de Lain, que inclinou a cabeça para o lado com curiosidade.


A elfa se surpreendeu com o gesto de Dukac, mas isso a fez compreender de onde vinha a integridade do bárbaro. Kirah parecia ser uma tribo com muito respeito pelos seus valores — e tão amistosa quanto ele!

Antes que ele se levantasse, no entanto, segurou a mão do companheiro entre as suas. O dirigiu um olhar de gratidão. Não vou esquecer o que fizeram por mim. Não sei o que deu na cabeça de vocês pra se arriscarem daquele jeito, mas obrigada!

Depois que ele se afastou, olhou de rabo de olho para Branco. Havia notado que o ladino mancava, visivelmente com dor. O plano da dupla havia sido um tanto quanto ousado, e poderia ter terminado de maneira muito mais trágica. E para alguém que preferia sair da cidade sem criar problemas para o seu lado, Branco havia corrido um risco e tanto se expondo daquele jeito nas vestes de Omak!

Ei, obrigada por não ter me deixado pra trás, Lain falou, se aproximando. Acho que o povo de Sharu também vai ser grato aos três forasteiros que acabaram instigando uma revolução. E apontando para a perna do ladino, completou: Posso ajudar com isso mais tarde, se precisar.

Enquanto Cree bebia tranquilamente da água gelada do riacho e Tsobo ajudava Dukac com a fogueira, Lain se afastou ligeiramente do grupo para pedir a graça de Adasi na cura dos ferimentos dos pulsos e fazer suas orações em agradecimento por terem escapado com vida.

Lain rolled 6 using 2d6+2.  Cure light wounds.
+1XP

Comune
- Cure Light Wounds
- Bless
- Magic Weapon

Correr ferido era ruim, mas cavalgar no mesmo cavalo que Dukac era igualmente desagradável. O bárbaro era muito grande e ocupava boa parte das costas do animal. Por várias vezes o ladino achou que cairia, e tentou se manter em cima do animal como pode. Sentiu alívio quando finalmente diminuíram o ritmo e puderam descer. Ele desmontou com dificuldade, mas conseguiu se manter em pé. Dukac lhe diz algumas palavras de conforto, mas estranhamente Branco não tinha o sentimento de perda material que costumava ter. Talvez estivesse tranquilo porque ainda tinha sua pequena sacola de dinheiro, uma lição aprendida ainda novo, sempre mantenha as moedas por perto. De qualquer forma ele acena positivamente com a cabeça para o bárbaro.

Branco fica meio sem jeito, Não foi nada... não se preocupe comigo, suas feridas precisam de mais tratamento, responde ainda de forma seca. Porém aos poucos as atitudes do ladino começavam a se diferenciar de suas palavras. Ele pega a espada, embainhada em sua cintura, e por um segundo a elfa arregala os olhos. Fique com isso, caso precise se defender. Ele acena com a mão para a arqueira e se arrasta até a beira do riacho enquanto se livra da máscara do Omak. Ele senta em uma pedra, enquanto Cree bebia tranquilamente, e limpa sua ferida. A água gelou ainda mais com o bater de um brisa, e o ladino logo se preocupou com o frio que estava por vir. Ele ainda poderia usar as roupas do Omak, mas os outros não estavam preparados.
Em seguida ele se junta a fogueira e tenta trazer a realidade para o grupo, deixando pra trás o que aconteceu em Sharu, Precisamos nos preparar, conseguir comida e roupas de frio...

-1x Máscara Omak
-1x Espada Omak
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