Lain era perita em conseguir sobreviver na floresta e seu senso de localização a mantinha no caminho certo na maioria das vezes. Aquela região, no entanto, lhe era desconhecida, assim como as cidades que preenchiam todo o vale. As evitava, preferindo a certeza da natureza, mas sentia-se cada vez mais perdida e como uma estranha naquelas terras.

Um dia parou nas margens de um rio para descansar e encher seu cantil. Estava incerta sobre a direção a seguir e preferiu aproveitar a pausa para tentar se orientar. Foi quando um homem de cabelos longos e manto de seda se aproximou. Tinha os olhos curiosos, mas gentis. Não portava arma ou qualquer outra coisa que significasse ameaça.

Trocaram algumas palavras, e ele revelou que se chamava Roman e morava em uma aldeia dos arredores do rio. Percebendo que Lain parecia perdida, se ofereceu para orienta-la e ajuda-la a encontrar seu caminho, sugerindo lugares para evitar e atalhos seguros para tomar. Ela aprendeu sobre as cidades, seus costumes e como evitar chamar a atenção sendo uma forasteira.

Lain decidiu confiar no rapaz e seguiu suas dicas, conseguindo assim esquivar-se de um grupo de ladrões que assaltava viajantes e prosseguir em paz o resto de seu percurso.

Lain espera um dia retribuir a Roman toda a ajuda que conseguiu.