Taverna do cospe-grosso
Dukac era de uma região distante e vivia em uma tribo guerreira chamada Kirah. A tribo tinha um festival anual para venerar os deuses que, além das festividades, dava a chance aos principais guerreiros de desafiarem o líder para um combate. O vencedor se tornava o novo líder da tribo, perante aos olhos do povo e dos deuses. Durante vários anos Dukac desafiou o líder Kiftar, mas mesmo com sua incrível força, nunca conseguiu vencer.
Frustrado pelas suas derrotas, Dukac peregrinou em busca de inimigos poderoso para aumentar o seu poder. Em um certo dia de sua viajem, ele adentra a floresta de Midsogar e lá ele encontra uma caverna com vestígios de um ritual de sangue. Uma figura esguia e encapuzada se aproxima e rapidamente o guerreiro entra em posição de combate.
Sugiro parar por aí.
Calma meu amigo, não pretendo te machucar.
Ele faz uma pausa.
Mesmo que eu quisesse, também não conseguiria.
O guerreiro fica confiante e baixa a guarda.
Muito bem, essas coisas são suas?
Ora ora, vejo que ficou interessado nos negócios de Zathyr. Sim, são minhas, minha especialidade são poções mágicas. Posso fazer qualquer uma por um pequeno preço.
Interessante. Tem alguma poção para aumentar a força? Quantas moedas de outro?
O ser da uma risada que não parece humana.
Não tenho interesse nesse tipo de coisa meu jovem, a única coisa que peço é um pouco do seu sangue e posso lhe dar o que quer.
Dukac é imprudente e aceita o pacto, ele puxa a adaga que carregava na cintura e faz um corte na mão, enchendo uma pequena vasilha com sangue. Logo, a figura enfia a mão dentro da capa e retira um pequeno frasco.
Aqui está meu jovem, mas devo alerta-lo de que o efeito é passageiro, use-a com sabedoria.
E com a mesma velocidade que apareceu, a criatura se misturou a paisagem da floresta. Já era próximo do 113° festival, quando o guerreiro retorna à tribo. Após um dia de comemorações chega a hora do desafio. Em sua cabana, Dukac toma a poção e ruma a luta, mas a batalha não sai como esperado. Kiftar, mais uma vez, derrota Dukac. Caído e humilhado, o guerreiro sentia uma raiva inimaginável. Em um gesto de espírito esportivo, o líder caminha até o guerreiro para o ajudar a levantar. Então algo começa a acontecer e Dukac solta um rugido feroz. Sua pele começa a ficar espinhenta, tatuagens de runas surgem em seu corpo, seus olhos ficam vermelhos como chamas e chifres começam a nascer. Kiftar não conseguiu reagir e com um único golpe Dukac perfurou a barriga do líder da tribo Kirah. Rapidamente os outros guerreiros formam um círculo em volta da fera. Com mais um rugido, Dukac extermina todos eles com facilidade. O resto da tribo estava em pânico e no meio do caos generalizado surgiram focos de incêndio. A fúria de Dukac era tanta que nem as mulheres e crianças foram perdoadas, todos se tornaram vítimas fatais. Ao final da matança, a fera solta um último rugido e cai desmaiada, era o fim do efeito da poção.
Na manhã seguinte Dukac levanta com a tribo em brasas. As cicatrizes eram evidentes, a transformação não regrediu por completo, ele ainda tinha pequenos chifres, tatuagens com runas no peito e nas costas e partes dos braços e pernas espinhosas. Mas aquele corpo deformado não o incomodava mais do que a vergonha de ter eliminado o seu povo e a raiva por ter sido enganado por aquela criatura. Dukac saiu em busca de do paradeiro da criatura e ninguém nunca descobriu como que a tribo Kirah desapareceu naquela noite.
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