O vento soprava às lufadas, varrendo para longe a poeira e o cheiro ferruginoso do campo de batalha no vale do Roncador.
Gyles já tinha recuperado seus pertences e aguardava os demais para partir. Da pedra onde estava sentado ele via Branco e o Pardo vasculhando os corpos. Foi aí que uma lembrança lhe ocorreu:
quote:
A primeira estranheza que vocês notaram foi a marcha forçada, sem repouso, que o capitão Talveg impôs (a despeito das reclamações). E ele enviava os cavaleiros da vanguarda à frente, como batedores, de tempos em tempos. O restante das pessoas não parecia ter percebido isso.
Depois, o capitão pegou um caminho nada costumeiro. Apesar do mau tempo que se anunciava no horizonte, em vez de seguir pela "Baixa dos peregrinos" (o que daria uns dois dias de viagem), ele seguiu para o "Passo do Roncador" (mais curto e mais perigoso).
Por que o Pardo tomou esse caminho? Por que a pressa? E por que a caravana foi atacada?!
Jonin:
Seria bom recuperar alguns cavalos.
quote:
Um cavalo dispara na contramão, em pânico, arrastando um corpo crivado de flechas, ainda preso pelo estribo.
Jonin se recorda da cena durante a batalha e caminha por alguns minutos na direção de onde eles vieram. Viu o corpo do cavaleiro à beira da estrada; e, mais à frente, na mata, o seu cavalo, que resfolegava com a sua aproximação. Delicadamente Jonin acalmou o animal e o trouxe de volta pelas rédeas.
No meio do caminho ele foi abordado pelo bárbaro, ao que se seguiu uma conversa conciliatória.
O Pardo já tinha reabastecido sua aljava e, agora, lavava o rosto e os seus pequenos braços com a água de um cantil de couro que encontrou. Ao lado dele,
Branco repôs sua adaga, tirada de um prévio membro da caravana, além de coletar umas quantas moedas.
Ajudem-me aqui!, pediu o senhor dervisiano, para desvirar uma pequena carroça. Ela tinha alguns danos, mas ainda estava íntegra. Arrearam o cavalo que Jonin trouxe. Mãe e filha se sentaram; e seu marido apanhou as rédeas do cavalo. Talveg jogou na carroça a sua bolsa de viagem e escolheu caminhar ao lado dos aventureiros.
brrr-boooommmm!..., retumbavam os trovões.
É hora de partir, senhores!, declarou Talveg.
E, assim, os sobreviventes da caravana seguiram sua viagem.
* * *
A estrada para Dervis serpenteava montanha abaixo, em paralelo com o rio Roncador. Branco adiantava-se aos demais constantemente, a fim de assegurar o caminho. Numa das curvas da estrada, o ladino esperou o grupo sobre um grande matacão, abismado diante da paisagem ainda ensolarada. Era Dervis e sua biblioteca que se anunciavam ao longe.
Ao alcançarem o sopé da montanha, Talveg interrompeu o silêncio com um aviso:
Sugiro escondermos a carroça e soltar o animal aqui. Pode ser que estejam no nosso encalço, atrás de sobreviventes.
O caminho adiante fazia um enorme contorno, circundando o charco da planície entre os rios Roncador e Dervis.
Se formos em linha reta, disse ele apontando para o charco,
seremos mais rápidos e o matagal nos encobrirá da vista de perseguidores. Vocês decidem. O casal olhou para vocês com apreensão, indefesos.
E o alerta do Pardo veio bem a tempo! À distância, na estrada atrás de vocês, ouvia-se o latido de cães chegando. Quem quer que fossem esses salteadores, alguém não queria que vocês chegassem vivos a Dervis.
Branco tem +12 moedas, 4 delas com o cunho do sol.
Branco e Dukac rolam 2 d6 + WIS; para as tarefas de batedor e desbravador, respectivamente. Se Jonin ou Gyles quiserem fazer o papel de quartel-mestre, rolam também (procurando víveres e ervas medicinais).
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