Gyles concentrou o restante de suas energias em ambas as mãos e projetou uma pequena bola de fogo contra a fera. O golpe acertou-lhe a costela com tal força que a derrubou, mas o cão não soltou a mordida.
Jonin:
No instinto, ele põe a mão na cabeça da fera e lança o feitiço novamente. Golin urkain!
Jonin rolled 11 using 2d6+2. Magic missile. Dano 11. Narrador, on behalf of Jonin, rolled 5 using 2d4.
O coração do mago batia aos pulos no pescoço! Ele levou sua mão livre com um forte brilho azulado à orelha do animal. Então, liberou um pulso energético e estourou-lhe os miolos pela outra orelha!
Agora a sua mão já não brilhava, a pulsação desacelerava, e a fera (ou o que sobrou dela) jazia inerte, com a metade do corpo chamuscada.
Dukac:
Vejo que se divertiram por aqui também. O capitão estava lá na frente e nos ajudou a matar uns bandidos. Temos que ir logo, mais estão chegando! Dervis é por aqui.
Logo atrás do bárbaro o mato se abriu, era o Pardo indicando o caminho.
O grupo retomou a marcha para Dervis, vencendo o alagadiço com muito esforço. Logo à frente, Branco saiu da proteção de um arbusto e reuniu-se aos demais. As vozes de ameaça foram se distanciando, como se os seus perseguidores estivessem ficando para trás, ou desistindo da caça.
O charco já afundava até a altura do peito quando vocês alcançaram as margens das lavouras de Dervis. Seus limites eram demarcados por fossos e diques; e também, por toda a extensão, a plantação era cercada de totens fálicos.
Nessa fria chuva de inverno não havia homens na lavoura.
Talveg apanhou na entrada um galho fino e comprido, retirou da sua bolsa o estandarte triangular da caravana e o atou à ponta do galho. E, assim, caminhou com a haste erguida, até que alguém reconhecesse sua bandeira através da chuva cinzenta.
Não demorou muito até que o grupo fosse alcançado por um cavaleiro e sua matilha, cruzando as sementeiras. Tampouco foi preciso qualquer explicação — isso era o que havia sobrado da Caravana do Pardo. O capataz os acompanhou até a via de entrada de Dervis e lá os deixou, com um triste aceno da aba do seu chapéu.
* * *
A porção mais externa e rural de Dervis dava lugar a algumas construções irregulares, por vezes amontoadas, à medida que se avizinhava do centro. O rio Dervis, meandrante e caudaloso a essa altura, albergava as embarcações que fazem o comércio da capital de Uhter com o além-mar.
Esse caminho que vem das fazendas conduz à parte interna e mais antiga da cidade, onde se via nas construções o esplendor de outras Eras: grandes obeliscos, antigas fortificações, pavimentação em pedra.
De uma das torres fortificadas, soaram badaladas duplas de um sino, anunciando a chegada de vocês.
Belém-belém,
belém-belém... As ruas estavam vazias, exceto por alguns poucos trabalhadores. Um ou outro rosto de espanto aparecia brevemente nas janelas das casas. O Pardo portava ainda seu estandarte erguido, mas a chegada de vocês mais parecia um cortejo fúnebre.
Empoleirado numa fonte d'água, um homem maltrapilho pregava aos berros:
Vede a ira do Senhor abater-se sobre os ímpios! Arrependei-vos! HAHAHA! Arrependei-vos! Sua gargalhada era insana. E o seu olhar incisivo era estranhamente familiar para Dukac.
O Pardo recolheu sua bandeira.
Essa não era a recepção que eu esperava...
Cavalheiros, devemos nossa vida a vocês!, disse o homem dervisiano.
E nós honraremos essa dívida. A família despediu-se, afastando-se discretamente da mirada alheia.
A partir de uma viela, um rapaz jovem e bem afeiçoado aproxima-se de vocês, baixando o capuz.
Capitão, ele saudou Talveg reverentemente, com a mão no peito, cumprimento típico em Dervis.
Senhores, por favor sigam-me. Venho em nome da Senhora de Jakin. Eu os levarei até ela pela manhã.
Subindo o beco, à luz de lamparinas, os aventureiros veem uma placa de madeira com as inscrições "Taverna do cospe-grosso"...