Era madrugada ainda em Nam.

Antes mesmo que o primeiro galo cantasse, a rua já estava tomada por uma caravana, que se preparava para partir. Era composta principalmente por agricultores e comerciantes de especiarias. E havia, também, umas poucas famílias que podiam pagar pela segurança da caravana no retorno a Dervis — o centro comercial de Uhter.

A nevasca dessa noite havia cedido e agora caiam finos flocos, embora o frio estivesse mais intenso. Era a véspera do solstício de inverno, época em que as comemorações em Dervis atraiam os mercadores dos quatro cantos do continente.

Cavaleiros percorriam a extensão da caravana, recolhendo as moedas e posicionando os viajantes mais ricos à frente. Animais de carga relinchavam, lançando vapor no ar, à luz das lamparinas.

Pela porta do "Corcel Galopante", saíram Dukac, Branco, Jonin e Gyles, acompanhados dos seus respectivos mensageiros. Estes pareciam conhecer já um ao outro, mas mantinham completa discrição, organizando seus pertences sobre as carroças ao fundo da caravana.

Um hobbit mal encarado passou a galope, bradando no dialeto Huur, algo que Jonin e Gyles entenderam como: "Depressa, suas tartarugas! Já vamos partir!". Tratava-se de Talveg, "o Pardo", capitão da caravana.

O que vocês fazem? Como estão vestidos, que equipamentos carregam?

Dukac ajeita o capuz de sua capa, para garantir que seu rosto não iria chamar atenção. Contudo, uma coisa que ele não conseguia esconder era sua arma. Uma espada tão grande que parecia mais um pedaço de ferro. Era preciso destreza para manusear algo tão grande e pesado, por isso ele andava com roupas de couro comum. Isso o deixava vulnerável a ataques, mas eram raras as ocasiões que os inimigos sobreviviam tempo o suficiente para isso. Além disso, o bárbaro possuía uma adaga, escondida na cintura, e um talismã com o símbolo de Kirah que carrega como memória de sua terra.




Dukac termina de guardar suas rações e a carta que havia recebido na carroça. Ele olha para aqueles que dividiam o mesmo objetivo e diz. Melhor nos dividirmos em duplas para assegurar a caravana inteira, eu fico aqui atrás... Ele preferia não ser visto. Quem vem comigo?
This message was last edited by the player at 22:49, Tue 28 July 2020.

Gyles Redfearn parecia um aldeão com robes de coloração vermelha a combinar com seus cabelos ruivos e na mão um cetro negro de madeira. Suas parcas posses estavam sua mochila e não chamavam atenção.

Obviamente Gyles gostaria de pegar uma carona em um dos carroções se possível o do meio onde poderia ficar a postos e claro evitar o desgaste ao caminhar.

Hmm prefiro um ponto de observação mais amplo.

Jonin acompanhava os outros, mas sua cara era de quem queria ter ficado na cama.

Se nem o sol, que tem a obrigação, se levantou ainda, por que temos que estar de pé? ele pensa enquanto  enterra as mãos mais fundo nos bolsos do sobretudo púrpura. O casaco estava totalmente abotoado e a gola isolada do ar gélido por um grosso cachecol da mesma cor, porém numa tonalidade mais escura. O chapéu pontudo e de abas largas completava o figurino monocromático.

Pendurada no ombro direito, o ilusionista trazia uma mochila com todos os eus pertences, salvo a adaga que carregava na cintura e a armadura de couro que vestia por baixo do sobretudo.



Jonin faz uma cara de desgosto.

Eles têm gente pra proteger a caravana. Não vou ficar nesse frio horrendo trabalhando de graça. Nosso objetivo é chegar a Dervis. Vou encontrar um lugar numa dessas carroças e tentar recuperar o sono que perdi. Vocês deviam fazer o mesmo.

Branco era provavelmente o que mais tinha peças de roupa do grupo. Além das camadas de tecido, que encobriam seu corpo completamente, havia uma armadura de couro. Completando seu visual misterioso haviam luvas, calça, cinto, bota, capa, capuz e faixas que cobriam seu rosto por completo. Apenas uma longa mecha branca de cabelo era vista, assim como seus olhos, que não eram nada amigáveis.

Ele também carregava uma espada curta em sua cintura e uma adaga, que era usada com frequência. Três pequenas adagas ficavam presas a um cinto, que cruza seu peito entre o ombro e cintura. Uma pequena bolsa em suas costas, coberta por sua capa, carregavam seus outros pertences. Três doses de óleo de Tagit, um veneno capaz de induzir sono aqueles que o ingerem de alguma forma, uma sacola com 10 moedas de ouro, uma corda, alguns pedaços de giz e a carta que recebera.

Branco reconhece Dukac, por telo ajudado em uma situação passada de risco, e Gyles, que provavelmente não o conhece, por suas incitações a rebeliões, principalmente contra senhores feudais. Entretanto ele não exibe surpresa ao encontrá-los e faz uma saudação sutil ao acenar com a cabeça. Ele não reconhece Jonin, mas mantém a mesma saudação simplória.

A sugestão de Dukac não lhe pareceu interessante, não haviam razões para proteger aquela caravana, caso fosse atacada. Porém dormir, recomendado por Jonin, pareceu mais absurdo ainda. Quantos já tirei a vida enquanto achavam que dormiam um sono tranquilo pensou.

Irei avaliar a situação, Branco diz aos outros. Caravanas como esta podem ter pessoas importantes, e consequentemente riquezas, viajando escondidas. Branco decide avançar observando com cautela todos que estavam ali. Ele não tinha a obrigação de ajudar ninguém, mas podia tirar proveito de alguma situação caótica.
This message was last edited by the player at 02:47, Wed 29 July 2020.

O ilusionista de que você ouviu falar à noite na taverna, Dukac, também seguia rumo a Dervis com a caravana. Entretanto, não parecia ser alguém muito afável.

Enquanto você ajeitava seus pertences na carroça, ao seu lado estalou um choro infantil. Uma mulher com a sua filha, montada num pangaré, encerrava-a ainda mais forte nos abraços. O pai, um senhor de vestes humildes e enormes bigodes, ajeitava a carga no lombo do animal e olhava com receio para o brutamontes que assustou sua filha.


O mensageiro que te acompanhava, Gyles, aparentemente percebendo o teu olhar perdido, chegou para o lado, indicando o seu assento na carroça.

Você observa passar o antigo aluno de Muligan, excentricamente vestido, encurvado de frio e com cara de poucos amigos.


Jonin, você encontra espaço para se ajeitar entre bolsas e pacotes de feno. Contudo, não era o frio que te impedia de voltar a dormir. Era a visão daquele homem albino, caminhando ali ao seu lado. Você chega a se perguntar se tinha de fato acordado.

Branco, sua atenção é detida momentaneamente pela presença daquele agitador ruivo. O que ele estaria tramando aqui nessa caravana para Dervis?


Tão logo você fez menção de avançar, um dos cavaleiros se interpõe, atravessando o cavalo no seu caminho. Tsc, tsc! Volta po lugá, sinhô!, falava rudemente na língua comum de Uhter, com o sotaque gutural de Huur. Nós já v... Boooonnnn! Um berrante soava na dianteira. Era o sinal da partida. O cavaleiro guinou habilmente sua montaria e partiu para a frente da caravana. Iá!

A caravana claramente tinha uma organização militar e um ordenamento em castas — um notável desprazer para Gyles.

Vejo que serei apenas eu aqui atrás. Isso não o incomodava, sua natureza bárbara rapidamente suprimi qualquer emoção que não seja útil em batalha. Bem que poderia aparecer uns orcs ou uns goblins, to doido pra matar uns bichos. Ele tinha um prazer quase proibido por batalhas.

Apesar de se cobrir pra evitar olhares, Dukac gostava se impor sobre os outros, mas uma herança guerreira. O bárbaro solta um grunhido e puxa a espada para verificar se estava tudo certo, em forma de intimidar ainda mais a família.
This message was last edited by the player at 01:11, Thu 30 July 2020.

Branco não gosta da atitude do cavaleiro, mas seu objetivo ali era só ser transportado até Dervis. Ele se conforma e volta para o final da caravana. Branco sobe em uma das carroças e se senta. Ele observa Gyles, sem que fosse notado, pois sabia que este era capaz de incitar o caos apenas com palavras.

Pelo papagaio de Muligan! O que isso quer dizer? Será que ele veio dizimar a caravana? Nao quero ter que falar com ele e correr o risco de ter a garganta cortada. Peraí... pensa Jonin, lembrando de que o albino também andava com um mensageiro.

O ilusionista estica a cabeça pra fora da carroça e chama o seu guia.

Oi, amizade! Deixa eu te perguntar: aqueles três ali também foram convidados pra ir pra Dervis? Você sabe quem eles são?

O pai da família engoliu em seco ao ver o tamanho da espada, puxou o cavalo para a frente pelas rédeas, afastando assim seus parentes, apavorados. Eles emparelharam com um carro de boi, à frente de vocês, guiado por dois anões (aparentemente pai e filho), que levava um carregamento de peles.


O mensageiro, que conduzia a carroça, virou-se para trás com olhos arregalados de aflição. Ele o fitou por um instante, com uma expressão de alerta, até que disse: Não, senhor, e voltou os olhos para a estrada.


A caravana pôs-se em marcha. Uma carreira com cerca de 20 carroças, charretes e carros-de-boi deixava a pequena vila de Nam para trás. Cavaleiros e cães de caça ladeavam o comboio diligentemente.

Um longo e silencioso período se passou, até que o sol preguiçosamente começasse a raiar. Aos poucos a bruma da manhã foi se dissipando e o degelo nas colinas trazia ventos ainda mais gelados.

A primeira estranheza que vocês notaram foi a marcha forçada, sem repouso, que o capitão Talveg impôs (a despeito das reclamações). E ele enviava os cavaleiros da vanguarda à frente, como batedores, de tempos em tempos. O restante das pessoas não parecia ter percebido isso.

Depois, o capitão pegou um caminho nada costumeiro. Apesar do mau tempo que se anunciava no horizonte, em vez de seguir pela "Baixa dos peregrinos" (o que daria uns dois dias de viagem), ele seguiu para o "Passo do Roncador" (mais curto e mais perigoso).

Algo certamente não ia bem...


This message was last edited by the GM at 01:47, Fri 31 July 2020.

Enquanto a viajem da caravana prosseguia Branco observava a cena de sua carroça. O passo acelerado e sem paradas o incomodavam, mas ainda não tinha como tirar conclusões. Ele examinava atentamente o movimento dos cavaleiros para tentar entender o que estava acontecendo, ou prestes a acontecer.

O que aqui não é o que parece ser?
O que devo procurar?
O que está para acontecer?

OOC: Branco rolled 10 using 2d6+1.  Discern Realities.
This message was last edited by the player at 01:18, Fri 31 July 2020.

Dukac estranha ver a caravana seguir pela subida. O tempo já não tá bom, e ainda vão subir as montanhas com essas carroças ? O bárbaro havia passado pouco tempo na região para conhecer algum tipo de ameaça local, mas ver os guardas usarem batedores certamente chamou a sua atenção. Ele pega a bolsa com seus pertences, que não era muito, coloca atravessada no peito e caminha até a frente da caravana. Parecia que algo interessante estava prestes a acontecer.

Hmmm algo estranho ocorre? O homem de robes vermelhos fica de pé no seu lugar procurando algo errado.

OOC: Quero usar alguma pericia pra observar... Como se faz neste sistema?

Jonin havia aprendido muito sobre viagens desde aquela primeira excursão fora da casa de seus pais. E também conhecia a região, tendo viajado várias veze spor lá fazendo shows nos vilarejos e estalagens.

Parecia óbvio pela atitudes dos guardas e pelo trajeto escolhido que o hobbit mestre da caravana estava com pressa.

Mas por quê? Tem algo vindo atrás da gente ou se não chegarmos a um determinado ponto antes de uma certa hora, algo de ruim vai acontecer?

Nossa! A viagem mal começou e já tô vendo problemas, pensa o ilusionista, que , uma vez mais, põe a cabeça pra fora da carroça.

Quando um dos cavaleiros passa, ele diz: Alô, chefia! Por que estamos seguindo pro Passo do Roncador? Achei que íamos pegar a Baixa dos Peregrinos. Se acontecer alguma coisa comigo, gente poderosa em Dervis vai querer explicações, viu?!

Jonin rolled 12 using 2d6+1. Parley

A estrada nas colinas por onde vocês passaram era larga o suficiente para duas carroças, lado a lado, além de cavaleiros em ambos  os flancos. Contudo, trilhar o "Passo do Roncador" exigia mais cautela. Seu nome referia-se ao rio que rugia lá embaixo (afluente do rio Dervis), aos pés do despenhadeiro . E, do outro lado da trilha, erguia-se um bosque de pinheiros altos e robustos. Dessa forma, todo o comboio marchava perfilado, com uma estreita faixa para os cavaleiros da escolta. Vocês quatro estavam na traseira da caravana.

Ao lado da carroça de Gyles, dois cavaleiros fofocavam na língua Huur, confiantes de que ninguém fosse entendê-los. Falavam das obscenidades que fariam ao chegar no bordel do Porto, caçoavam dos viajantes... inclusive referiam-se a Gyles como "anão grande", por causa da ruivice típica dos nativos de Kesh. E também criticavam o capitão, dizendo que "o Pardo" estava paranoico.


Enquanto todos conversavam para passar o tempo, Branco estava atento aos sinais. As aves costumam indicar uma presença estranha na mata quando há: uma revoada, ou o silêncio. E o bosque acima de vocês estava quieto demais! Percorrendo o pinheiral com os olhos alertas, Branco notou dezenas de figuras encapuzadas, agachadas atrás dos troncos.


Um dos escoltadores fofoqueiros voltou seus olhos puxados para Jonin. A sua expressão que antes era risonha se fechou numa franca angústia. São ordens do chefe, sinhô! Mas fica tranqui... IÁÁÁÁÁ!!! Um estampido irrompeu o Passo do Roncador. Uma horda de bandidos saiu do bosque aos berros, por toda a extensão da caravana.

(Rolled 6 using 2d6+1.  Discern Realities.)
Distraído em traduzir a fofoca dos cavaleiros, Gyles não percebeu o perigo a tempo. Os cavalos da sua carroça se assustam com todo aquele frenesi e disparam para o precipício. Seu guia perde o controle e salta para fora da carroça, dando uma cambalhota no chão pedregoso. O que você faz?


Dukac passava ao lado daquela família, os quais intimidou anteriormente, quando foi surpreendido pelo ataque. A primeira onda de assaltantes vinha com escudos e lanças, empurrando a caravana para o abismo. E ele era a única coisa os protegendo agora. O que você faz?


Gyles tem +1 XP. Branco tem +1 para a próxima ação.

Gyles também salta da carroça, pois não era um domador de feras e não queria arriscar a vida tentando controla-los.

Que inferno. E pula

Branco podia reconhecer a emboscada com facilidade, pois o mesmo já a havia feito diversas vezes. Ao avistar os homens encapuzados na mata ele teve mais tempo que os outros de pensar e reagir. Porém a batalha não lhe era interessante, estava mais preocupado em saber quem foi o mandante. O primeiro que lhe veio a mente foi o Pardo. Branco se move pela caravana passando por pequenos focos de batalha, em direção a vanguarda, evitando atrair conflito para si. Seu objetivo era observar o hobbit e, se necessário, tomar alguma atitude.

OOC: Branco rolled 5 using 2d6+3.  Defy Danger.

O Bárbaro não se intimida com o a quantidade de inimigos. Dukac abre um pouco as pernas, para montar uma base sólida e em seguida remove o capuz e saca a espada. Tentem a sorte, vou ficar aqui esperando! HAHAHAHA. A princípio, parecia que sua atitude era em defesa da pobre família, mas na verdade ele estava desafiando os inimigos.

17:15, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4,8 using 1d6+2,1d8+2 ((2,6)).
To usando o Defy Danger: STR e Herculean Appetites: Power over others
Aqui eu acho que fiz a rolagem errada, somei o +2 duas vezes. Mas de qualquer forma o total vai dar 10.

Os bandidos não esperavam encontrar uma figura tão grande e assustadora na caravana e por um momento hesitam. Desistiram? Muito bem, vou mostrar como se faz. O bárbaro salta em direção ao inimigo mais próximo, que só consegue notar o montante de aço se aproximando em velocidade.

17:28, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 9 using 2d6+2 ((2,5)). Hack and Slash
17:29, Today: Dukac, O Sanguinario rolled 4 using 1d10. Dano
This message was last edited by the player at 20:37, Sat 01 Aug 2020.

Deuses me protejam! Jonin exclama e volta pra dentro da carroça. Vou ser retalhado em dois tempos, se ficar aqui. Melhor sumir por enuqanto, ele pensa e se concentra.

Jonin conjura em sua mente a forma mental do feitiço de invisibiliade e, com sua smãos, faz os movimento streinados há anos, como quisesse fisicamente torcer a luz ao seu redor.

Edhel morguliris, ele recita e desaparece.

Cautelosamente, Jonin vai sair da carroça e procurar um lugar para não ser acertado aleatoriamente por um ataque.

Jonin rolled 12 using 2d6+2. Invisibilidade.

Não disse quais feitiços tenho memorizados. São invisibilidade e míssil mágico.