Jonin e
Gyles lembram-se de um comentário feito por um dos escoltadores da caravana...
Narrador:
Ao lado da carroça de Gyles, dois cavaleiros fofocavam na língua Huur, confiantes de que ninguém fosse entendê-los. Falavam das obscenidades que fariam ao chegar no bordel do Porto, caçoavam dos viajantes...
... E, assim, não foi difícil encontrar "A Seda Púrpura" — o castelo das damas da noite dervisiana.
A clientela presente não parecia estar ali por sexo, não a essa hora. Eram na maioria trabalhadores locais, bebendo e se refugiando do frio que fazia lá fora. E, desse modo, estavam bem receptivos à performance do ilusionista, em vez da costumeira dança sensual.
Havia damas bebendo no bar e assistindo a inusitada apresentação. Parecia ser uma quebra de rotina prazenteira. Então, Gyles se aproximou delas e pôs no balcão 3 moedas, dizendo:
Gyles:
Me ajudem a ajudar meu colega apenas sigam a minha deixa...
Jonin:
Há muito tempo, num reino distante..., ele começa, conjurando uma paisagem com dois castelos...
A jovem cortesã apanha as moedas com satisfação e assobia, batendo no balcão. Risos e aplausos de deleite acompanharam a introdução de Jonin.
Entretanto, Gyles distraiu-se com os encantos da mulher e não percebeu a crescente desaprovação à narrativa de Jonin. À medida que o mago descrevia os
Locaz como fanáticos, que atentavam contra a tradição e a soberania dos
Rolam, a animosidade subia entre os homens.
Quê!? Que bosta ele tá falando?... Críticas chulas e xingamentos brotavam.
Buuuu! Sai daí, herpon (serpente) maldito!
Foi aí que Jonin se deu conta: este era um bordel dos simpatizantes de Malvar!
A cafetina foi até Gyles e disse discretamente:
Recomendo que você e seu amigo saiam antes que eles os matem, ou pior: que quebrem o meu estabelecimento!
* * *
Havia uma viela oposta à Academia Militar, separada desta por um rio de gente que tomava a principal rua da cidade. Dukac nota o bando preparando-se para dar o bote em algum passante desavisado e se oferece como isca.
quote:
Muito bem, muito bem. Melhor ir passando tudo bem devagarinho, assim ninguém se machuca meu amigo. O líder tenta intimidar, enquanto gira uma adaga com destreza. Logo atrás, mas 2 capangas pareciam prontos para atacar.
Dukac:
Não tenho muito pra dar, só essa belezinha aqui. Mas se quiserem evitar um derramamento de sangue, posso deixar vocês irem embora só me respondendo umas perguntas. Que tal?
A ameaça de Dukac, ainda que verdadeira, não surtiu o efeito esperado:
Oi? Rapazes, o grandão aqui vai deixar a gente em paz se formos bonzinhos! Os capangas atrás dele riram com excesso de confiança.
Fiiiuuu!, o líder assobiou. O bárbaro viu surgir acima dele, nos telhados: de um lado, um homem com uma besta; do outro, um hobbit com uma funda.
Por trás daqueles sorriso amarelado, um olhar tenso e animalesco. O líder hesitava em ser o primeiro a atacar. Seria de fato um derramamento de sangue!
* * *
Branco não leva muito tempo até reconhecer um punguista em ação. Ele o acompanha à distância, seguindo-o até um beco, onde o garoto se deteve para contar os seus ganhos. O rapaz dá um pulo de susto com o albino.
Branco:
Calma garoto, só quero conversar.
E-e-então é melhor mostrar mais brilhantes aí! Devia ser uma gíria local para dinheiro.
E rápido, que se o patrão pega a gente aqui, vai ter bacalhau pros dois! Essa última gíria não foi tão explícita, mas claramente não era algo bom. Branco conhece exatamente a vida que o rapaz leva e, talvez, isso até desperte nele alguma empatia...