Dukac:
Calma pessoal, não vamos nos precipitar. O que eu quis diz... UUUUUUAAARRGGGG! Ele pega a tampa de um barril velho que estava ao lado e arremessa contra humano atirador no alto do telhado.
O bárbaro até consegue dissimular seu intento a princípio — os ladrões não esperavam tamanha ousadia! Dukac apanha a pesada tampa de carvalho e, com uma rotação do seu corpanzil em torno do calcanhar, ele a arremessa como um disco na direção do besteiro atrás de si. No susto, o assaltante se esquiva e dispara um virote contra o brutamontes. O hobbit do lado oposto também sacode a sua funda e taca-lhe uma pedra com destreza.
Narrador rolled 7 using 1d6+1 with rolls of 6. Virote.
Narrador rolled 2 using 1d6 with rolls of 2. Funda.
A seta se crava no seu trapézio, causando uma dor estonteante! Quase ao mesmo tempo, a pedra acerta-lhe a maçã do rosto, mas não em cheio por sorte. Ela poderia tê-lo cegado! O restante do bando estava prestes a avançar sobre o bárbaro, como hienas cercando a presa, quando a tampa de madeira caiu sobre as pessoas na rua. Gritos e correria! Aparentemente, a tampa tinha acertado e ferido uma mulher. O alvoroço atraiu os olhares para a briga no beco, de onde deveria ter voado aquela tampa.
Logo dois guardas vieram às carreiras com espadas em riste. A aglomeração de pessoas em torno da mulher caída apontava para a viela.
Ih, sujou! Espalha!, gritou o líder do bando. Os assaltantes se dispersaram num estalo de dedos e, imediatamente, os guardas alcançaram o bárbaro ferido.
Renda-se ou morra, seu vadio!, um deles vociferou apontando-lhe com a espada.
Dukac levou a mão à ferida e mirou os guardas, tentando ainda avaliar a sua situação. Porém, antes que ele pudesse reagir, um homem entrou pela viela correndo:
Esperem, senhores! Esse homem foi atacado por um bando! Um dos soldados também apontou a espada para o senhor, que parou ofegante no mesmo lugar.
Ele é meu ajudante e os ladrões tomaram-lhe tudo! Eu vi! Quem chegou em resgate do bárbaro era o sobrevivente da caravana, com quem Dukac e os outros chegaram em Dervis.
Os guardas olhavam ainda desconfiados, mas abaixaram as armas. Aquele que rendia Dukac fez um gesto com a cabeça em direção à rua e disse:
Vamos! Fora daqui! E você, envie um destacamento à procura do bando! "
Sim, senhor!", o outro respondeu e partiu em direção à Academia. O senhor se acercou de Dukac, a fim de conduzir-lhe embora dali, dizendo baixinho:
Deixa essa arma aí e vamos! O seu tom era de alerta.
Tenho uma coisa para você e o seu grupo. Quando já estavam fora do alcance dos guardas, ele acrescentou:
Meu Deus, como vocês sabem chamar a atenção!
* * *
Branco:
Me diga o que sabe da seita dos Malvar. Como posso identificá-los? E seu patrão, faz parte dessa seita?
O rapaz, que já não era uma criança, riu-se com uma malícia bem além da sua idade, e sem tirar os olhos da moeda.
O patrão?! Haha! Pobre não se mete na política, moço! Tá ocupado em garantir o pão no fim do dia. Ele pegou a moeda da mão de Branco e disse com um ar sonso e astuto:
Sabe, minha memória não tá muito boa... Parece que é gente do norte, que fala em acabar com os antigos deuses e tudo mais que não for humano... Ele guardou a moeda num bolso interno da camisa, que se vestia como um roupão aqui em Dervis.
O garoto de repente deu a Branco um olhar indagador:
Peraí! E esse teu sotaque nortista? Quem é você?! Olha, é melhor me soltar antes que o patrão chegue!
* * *
Jonin e
Gyles tomaram a saída lateral do bordel, sob os auspícios da cafetina, que enviou suas funcionárias para acalmar os ânimos da clientela. Eles correram até o outro lado da rua e se ocultaram atrás de uma pilha de caixotes, como quem acaba de assaltar uma loja.
Enquanto eles discutiam sobre o que teria dado errado lá dentro e qual seria o melhor plano para retornar, dois homens se aproximam da porta lateral por onde eles fugiram. Eles cochichavam e davam gargalhadas maldosas, e dirigiam-se ao bordel. Ao mesmo tempo em que entraram, um cliente visivelmente embriagado saiu. O bêbado atravessou a rua e chegou bem perto da pilha de caixotes, mas não viu os dois escondidos. Ele apoiou-se no muro e pôs-se a urinar, falando sozinho:
Eches hereges de merda! Ic!... Ah! Che eu pego sou capaz de regaçá com um... Ic! Ele falava arrastado e entre soluços. Talvez não estivesse em plena consciência, mas a língua devia estar mais solta que o usual...