Gyles:
Seu constatar do óbvio é muito tocante, mas útil. Então a população ou um segmento dela após décadas de subserviência e abusos se rebela... E os nobres estão surpresos por uma reação? Mas não temam não é nada que ouro não possa resolver.
Vocês ainda creem que isso é um movimento popular?! Ha!, Talveg dá uma risada de descrença.
Jonin:
Mas se você sabia do perigo, por que não melhorou a segurança da caravana? E por que optou pelo passo do Roncador?
A pergunta pega o Pardo de surpresa. Ele devolve um olhar indignado, mas abatido, cansado demais para argumentar.
Olha, garoto, eu perdi bons homens naquele ataque! Conterrâneos!... Éramos apenas uma caravana; não uma tropa!... Pensei que, se o rumor fosse verdade, nossa melhor chance seria chegar aqui antes de nos alcançarem... Talveg se calou, contendo um choro de raiva.
O jantar terminou ao mesmo tempo em que os últimos clientes deixavam a taverna. Enquanto vocês conversavam, o bardo que cantou há pouco despediu-se de Dimur e lançou-lhes uma olhada discreta.
Dukac:
Se me permite, gostaria de descansar agora, cadê aquela mulher que trouxe a comida?
O Pardo inspirou e respondeu com um sorriso:
Claro, meu jovem! De acordo! Precisamos todos de uma boa noite de descanso. Hoje o jantar foi por minha conta! O hobbit esvaziou seu caneco de vinho, levantou-se e deixou no balcão da taverna um punhado de moedas.
Cada um de vocês, à sua vez, acompanhou o Pardo subindo as escadas. No andar de cima havia dois aposentos: claramente, um de Dimur; e outro das visitas. O quarto de vocês era simples e aconchegante, camas de palha e mantas de lã espalhavam-se pelo chão de madeira. Num canto tinha um biombo com uma bacia d'água e um penico. E, nos fundos, embaixo de uma janelinha redonda, o jovem mensageiro dormia profundamente.
Apenas Dukac demorou-se a subir. Enquanto Dimur levava o lixo para fora da taverna pela porta dos fundos, o bárbaro aguardava a mulher na entrada. Ela saía apressada e se assustou com a abordagem do grandalhão. Mas, depois de alguns gracejos, ela mostrou uma nítida reciprocidade de interesses. Olhou ao redor e fez sinal de silêncio para Dukac, chamando-o para a cozinha.
Dimur apagou as lamparinas e subiu para o seu quarto. A sorte do casal era que o anão dormia feito pedra; porque, no quarto ao lado, seus colegas escutaram os baques repetidos na parede e os gemidos abafados no andar de baixo.
* * *
O frio apertou durante a noite, embora a chuva tivesse estiado. Quando vocês acordaram, o mensageiro já não estava lá. A janelinha sob a qual ele dormiu estava toda embaçada e lá fora ainda estava escuro.
Ao descerem as escadas, as mesas estavam postas: pães, queijos, defumados, chás, vinho e frutas. O mensageiro já parecia ter se servido e esperava o grupo, enrolado na sua capa. Ele anunciou solicitamente, saindo vapor da boca:
Bom dia, cavalheiros! Avisem quando estiverem prontos. A Senhora já nos aguarda.
Descrevam como estão vestidos, o que levam consigo e que preparativos fizeram pela manhã.
Narrador, on behalf of Dukac, O Sanguinario, rolled 10 using 2d6 ((4,6)). Sapeca Iáiá.