Rafael reage com surpresa ao ver a câmera tão perto. Ãhn! Sem saída, o médico entende que não terá saída senão falar com a imprensa.



Olá, me chamo Rafael. Ele preferiu não dar mais detalhes da sua identidade, mas no fundo sabia que era questão de tempo até o vasculharem sua vida. Super-herói?! O médico não estava acostumado com esse rótulo. Er... bom, ganhei esses poderes a pouco tempo e tento ajudar as pessoas com ele, moça. Vou conversar com os policiais e ver no que posso colaborar para encontrar o menino. Assim que terminou, já começou a tirar o corpo fora, na esperança de que o pouco de informação que deu saciasse a repórter. Com licença, mas preciso começar a investigar de imediato! Obrigado.

Depois de uma performasse medíocre, Paulo Penumbra cochicha para si mesmo.

Merda....merda.....merda.....eu deveria ter pego a espinhosa, agora temos nada!!! Bela estreia hein! Mas isso ainda não acabou.

Eu vou recuperar essa criança. Mas primeiro, quem é essa criança?


Ele olha para, quem parecia ser os pais da criança, quando ele decide se aproximar, ele percebe a enxurrada de repórteres e pensa.

"Essas desgraças vão poluir o local para a investigação, vão destruir as possíveis pistas!!!"

Paulo vira para um dos policiais.

Eles vão acabar com o local, precisamos isolar!!

Ao ver os jornalistas se amontoarem também sobre o senhor Sun, Khar Loss adota outra tática: atrair a atenção deles.

Senhores, senhoras, fazendo a mesura chinesa com as mãos. Escutem, estávamos por perto e tentamos fazer nosso melhor pra impedir o sequestro! Acompanhava de soslaio o senhor Sun escapulindo. Agora contamos também com vocês para expôr esse grupo de malfeitores!

Então, seguro de ter suas atenções, ele acrescentou: Mas olhem! Aquele herói mascarado está preparando algo!, com fingido espanto, apontando para Croatoan. Quando os repórteres se viraram naquela direção, o Monge rapou fora dali! Como um lince, saiu rapidamente ao encontro do Primal.

Você é o líder? Já tem alguma pista do paradeiro da criança?


Jéssica e seu repórter cinematográfico acompanham Rafael.

Qual o seu codinome, Rafael? Se você ganhous eu poderes recentemente, é inexperiente? Foi por isso que sua batalha com o Rocha causou tanto estrago?


O policial aponta para um homem que se aproxima. Ele tem um distintivo da Polícia Civil pendurado no pescoço e saiu da van da DEMO.

Ei, mascarado! Sou o inspetor Mesquita, da Delegacia Especial de Meta-Operações. Qual o seu nome?

Da traseira da van, emerge uma armadura energizada também preta e branca. É um modelo mais antigo, mais volumoso que os atuais.


O estratagema funciona parcialmente, com parte do grupo seguindo para onde está Croatoan e o inspetor Mesquita, mas alguns acompanham o Monge, que dá de cara com Jéssica e o câmera.

Uma oficial com uniforme da ANTARES vai falar com os pais de Daniel.

Cercado pela frente e pelas costas por repórteres, o Monge foge pela lateral. De um salto, balança-se num galho de árvore, toma impulso e salta para um poste de sinalização, roda em torno dele com as mãos e se lança para uma cerca de jardim. Corre habilmente por cima dela e dá um salto mortal, aterrissando junto aos pais de Daniel e o oficial da Antares.

Olá! Sou Carlos! Às suas ordens!, disse respeitosamente aos três. Posso ter uma palavrinha com os senhores?, perguntou diretamente aos pais.

Rafael estava começando a perder a paciência com a insistência da repórter. O nome é Primal. Disse em um tom meio seco. Depois continuou, mas sem dar muitos detalhes do alter ego. Já ganhei a alguns meses e o controlo bem. Mas minha senhora, você acha que aquele monstro ia aceitar uma voz de prisão? Não da pra chegar oferecendo flores. Mas no fim, o que foi quebrado pode ser reparado. Meu objetivo é salvar vidas. Finalizou em um tom mais ácido. Já indo em direção ao inspetor da polícia civil, esperando não ser seguido dessa vez.

Antes que os pais possam responder, a oficial da ANTARES intervem.

Um momento, senhor Carlos. Esta é uma investigação ativa da Agência Nacional de Tecnologia Avançada e Recursos Especiais. O senhor é um herói sancionado? Já se registrou?


Percebendo o azedume do herói, Jéssica não segue Rafael e faz uma entrada ao vivo.

Ele chega junto de Croatoan e do inspetor Mesquita na mesma hora que a armadura energizada de 2,10 m. O policial olha Rafael de cima a baixo.

Você é o macacão, certo?

O Monge respondeu com um olhar de desagrado o corte e a carteirada da oficial. Ainda se habituava aos costumes daqui. Depois, retomou a expressão polida e replicou: Eu só estava por perto e tentei ajudar. Então, dirigiu-se afavelmente ao casal: Mantenham o ânimo! Seu filho voltará bem! Por fim, disse à oficial: Boa sorte com a investigação!, em despedida.

A situação parecia estar sob controle. E a oficial deixou clara a alçada de cada um. Khar Loss não sabia ao que ela se referia com "sanção" e "registro" -- seria um controle do governo sobre os superhumanos? Ou era apenas ela afirmando sua autoridade?

Sentindo que não havia mais o que pudesse fazer, o Monge deu as costas e foi até os demais heróis.

Os repórteres, incansáveis em sua busca por respostas, continuam a bombardear os heróis com perguntas. Um deles, mais ousado, ergue a voz acima do tumulto e pergunta diretamente a Matraca:
Matraca, sem perder o ritmo e adorando cada segundo da atenção, responde com um sorriso confiante, como se a resposta fosse a coisa mais óbvia do mundo. Claro que sou o líder! Quem mais seria? Ele estufa o peito, fazendo uma pose exagerada e heróica, claramente ignorando o fato de que esta era a primeira vez que todos se viam. Liderança natural, né? Alguns nascem pra brilhar! A multidão ri, sem saber se ele está falando sério ou apenas zoando, mas a confiança de Matraca é inabalável.

Depois de se divertir com os repórteres, Matraca finalmente se afasta e se junta a Khar Loss, o Monge, que está próximo aos pais da criança sequestrada. Eles choram desesperadamente, agarrando-se um ao outro em busca de consolo. A cena é de partir o coração, mas antes que Matraca possa dizer algo reconfortante, uma oficial de polícia se aproxima, sua expressão severa.

ela pergunta, desconfiada, olhando Khar Loss.

Sem perder o bom humor, Matraca dá um sorriso despreocupado e responde com uma confiança desconcertante: Registro? Claro que tenho! Tá aqui, ó! Ele puxa uma carteirinha do bolso, exibindo rapidamente um documento obviamente falso, feito à mão. A foto mostra Matraca dando joinha com as duas mãos, o sorriso largo estampado no rosto. Tudo oficial, tá vendo? Só não presta muita atenção nos detalhes, beleza?

A oficial de polícia franze a testa, claramente não convencida, mas antes que ela possa questionar mais, Matraca percebe que Khar Loss está se afastando, aparentemente cansado da grosseria da policial. Ele segue em direção aos outros heróis, deixando Matraca em uma posição desconfortável.

Vendo sua chance de escapar, Matraca solta uma desculpa esfarrapada. Olha, sabe como é, dever heroico me chama! Preciso dar um jeito nesse cabelo... Digo, nessa situação! Vocês entendem, né? Ele dá um tapinha no ombro da policial e sai rapidamente atrás de Khar Loss, não querendo perder a companhia do Monge ele dá uma pequena corridinha para o alcançar e grita: Calma aí, careca! Espera por mim!

Eu sou Croatoan, estou aqui para ajudar a trazer o garoto de volta. E para isso, precisamos de todas as pistas possíveis, esses repórteres estão acabando com o local do incidente, pelo amor de Deus, vamos isolar o local!!!!
This message was last edited by the player at 14:51, Mon 02 Sept.

Sim, senhor. Respondeu ao inspetor. Gostaria de ajudar no que for possível para resgatar a criança. Concordo com ele , disse apontando para Croatoan, temos que isolar o local e afastar essas pessoas. Antes que Mesquita pudesse responder, Rafael percebeu que estava ensinando um policial a fazer o seu trabalho. Perdão, não queria ser presunçoso. Estou apenas a disposição. Disse levantando as mãos, em sinal de afastamento. O médico ficou ali, em pé, aguardando a orientação.

Os repórteres dão uma trégua para os heróis, focando sua atenção nos pais e nos agentes da DEMO e ANTARES.

Nós já estamos fazendo isso, rapaz – se os "antas" não atrapalharem, diz Mesquita para Croatoan e Primal. Mas vamos precisar dos seus depoimentos. Não vão embora.

Ele deixa os dois, acompanhado pela armadura.

O Monge chega caminhando até os demais heróis.

Olá! Eu me chamo Carlos, disse com uma ênfase no nome, olhando para o Matraca, que insistia em chamá-lo de "careca". Vejo que estamos do mesmo lado. Algum de vocês tem ideia de por que os Caçadores raptaram a criança? Eles a chamaram de "pacote"... para quem eles estravam trabalhando? Será que ela tem algum poder?

Imagino que ela deva ter algum poder, respondeu o Monge. Acho que não iriam capturar uma criança comum a troco de nada, a menos que ela fosse rica. Ele da uma olhada para os pais e completa. E acredito que esse não é o caso. Acho melhor esperar os policias e ver como podemos ajudar.

Rafael queria acreditar que os policiais iriam resolver tudo e por isso se manteve no local. Também não gostava da ideia de ser considerado um justiceiro, já que ainda não era registrado. Além do mais, o médico não estava habituado com a vida de super-herói e se preocupava em como essas ações implicariam em sua vida como pesquisador na faculdade.

Matraca franze a testa e comenta, Caçadores? Pô, nem eu, que sou mercenário, sabia dessa! Isso é estranho pra caramba. Ou eles são novos no mercado, ou eu tô precisando rever meus contatos… tá pegando mal pra mim!


Matraca, sem perder a chance, responde com um sorriso, Faz todo o sentido, Macacão! Porque ninguém vai raptar uma criança só porque ela tira dez em matemática, né? Deve ter algo grande rolando.

Matraca olha para os outros heróis, esfregando as mãos com entusiasmo. Beleza, pessoal. Agora que já sabemos que os 'Caçadores' estão no pedaço e tem um moleque especial envolvido, só tem uma coisa a fazer... Precisamos descobrir onde é o esconderijo desses caras. Ele abre os braços e faz uma pausa, olhando ao redor com expectativa. Agora, tem algum 'mega mente' aqui no grupo, ou vou ter que dar um Google nisso?

Precisamos saber se eles chegaram aqui através do mesmo portal que eles utilizaram para sair, isso nos dará uma ideia de quantidade de carga que esse portal possui. Se esse portal foi criado a partir de uma maquina específica ja podemos ter certeza que não estamos lidando com um grupo de caçadores meia boca, estamos lidando com uma organização grande o suficiente para financiar um equipamento de dobra no espaço. O ataque foi feito a luz do dia em local público, não tiveram o cuidado de ficar por baixo dos panos, não podemos descartar que esse evento espalhafatoso pode ter sido uma distração para algo bem pior.

Esses "vilões" já tem algum histórico? Além de conversarmos com os pais da criança, vamos tentar pegar algum registros desses otários.

Croatoan se vira e puxa seu celular e liga para seu contato:

Reginaldo, vc ja deve estar ciente dos acontecimentos, provavelmente alguém filmou toda a ação, estava repleto de pessoas aqui. Entre principalmente nas redes sociais e veja o maximo de videos que puder, quanto mais videos de ângulos diferentes melhor. Veja se consegue alguma pista como por exemplo se tinha mais alguém escondido com eles, que pode ser a pessoa responsável pelo teleporte, onde esses caras ja foram vistos antes e com quem. Enfim, faça a sua mágica.

Reginaldo é o apelido que Croatoan dá para o seu amigo para mantê-lo em anonimato.
This message was last edited by the player at 16:40, Thu 05 Sept.

A Polícia Militar consegue estabelecer um semblante de ordem na praça, afastando os curiosos e permitindo que perícia faça seu trabalho.

Após uma breve discussão, os pais de Daniel saem acompanhados pelo inspetor Mesquita e a oficial da ANTARES para o caminhão desta.

Os heróis que já ouviram falar dos Caçadores sabem que o grupo não possui base fixa, indo aonde o trabalho está. E não se limitam ao Brasil, atuando no resto da América do Sul e até em outros continentes, embora com menos frequência. Que se lembrem, não havia nenhum membro com a capacidade de abrir portais.


Xá comigo, Crô! responde Reginaldo, e Croatoan ouve o som furioso do teclado.

Achei isso, cara, diz ele em instantes.

Um vídeo chega no celular de Croatoan. Pelo enquadramento, era alguém que estava na praça, mas não conseguiu se afastar muito para se proteger. O foco é no líder dos Caçadores e mostra o momento em que ele pegou Daniel.


O Monge e Rafael já ouviram falar de Rikutatis: um ladrão de artefatos arqueológicos que encontrou duas joias místicas, os Olhos de Osíris, e se tornou um supervilão decidido a criar um novo império egípcio planetário com ele de faraó.

Khar Loss conta para o grupo tudo o que sabe sobre os malfeitores.

Parece que estamos juntos mesmo nessa..., disse pensando em voz alta. Acho que devemos indagar por aí para quem esses mercenários estão trabalhando. Vai ser mais fácil fazê-los... cooperar... do que a polícia. Falava pensativamente, com uma mão às costas e outra coçando o queixo, à maneira de um monge shaolin. Você saberia por onde começar, senhor...?, dirigiu-se a Matraca.

Matraca imediatamente solta uma risada alta e debochada. Olha só, eu jurava que o 'vai na porrada' ia ser do Macacão aqui, não do careca zen! Ele faz um gesto exagerado, apontando para Primal e depois para o Monge. Mas ó, tô contigo, viu? Tortura de vilão tá na minha lista de aprovações! Aliás, eu chamo de 'massagem terapêutica involuntária'.

Ele sorri maliciosamente, como se estivesse muito satisfeito consigo mesmo, e coça o queixo, olhando para cima, pensativo. Talvez... só talvez... eu conheça um lugar onde a gente pode conseguir uma pista. Ele faz uma pausa, deixando o mistério no ar, enquanto sua expressão sugere que está imaginando todo o grupo vendo um flashback em que ele nunca precisou explicar o tal lugar.

Rafael inicialmente hesitou. Não sei... a polícia nem começou a investigar. Ele ponderou, preocupado com a pressa. Mas, em poucos segundos, lembrou-se da lentidão com que os casos eram resolvidos e das limitações dos recursos policiais. Aquela abordagem convencional não ajudaria a solucionar o sequestro com a urgência necessária.

Respirando fundo, ele decidiu. Tudo bem, vamos até esse local. Se for para ajudar o garoto, não podemos perder tempo.

Rikutatis

Diz Croatoan em voz alta com a intensão de chamar a atenção principalmente do monge e do Rafael.

Ele foi o responsável pela evacuação dos nossos camaradas sequestradores de criança. Esse corno megalomaníaco foi acionado pelo Azagaia através de seu comunicador. Já temos um alvo. Temos que descobrir o paradeiro dele mas de uma forma discreta, afinal, ele tem um refém, e até onde nós sabemos ele pode ter mais, recomendo darmos os nossos depoimentos e sairmos de cena, situações com reféns são muito delicadas e temos que agir pelas sombras.




Croatoan finaliza olhando para os 3.
This message was last updated by the player at 16:30, Sun 08 Sept.

Rafael se espanta com o nome. Não esperava que alguém tivesse conhecimento sobre o caso. Tudo bem, mas onde vamos nos encontrar depois? Eu sou apenas um pesquisador e parece que vocês já possuem os caminhos para encontrar essas pessoas, disse, olhando para Croatoan e Matraca.

Vou dar meu depoimento aos policiais e sair, mas afastado de vocês. Não podemos dar a entender que iremos trabalhar juntos no caso. Em seguida, pensou em como já estava assumindo que todos iriam ajudar e como ele já estava se envolvendo na carreira de herói. Antes de sair para falar com os policiais, ele trocou números de telefone com Croatoan.

Já com os policiais, o médico pediu a um deles que o levasse para casa, já que ainda estava apenas com uma coberta cobrindo seu corpo.

Em um estalo que se deu do nada, Croatoan liga para Reginaldo.

Reginaldo, me faz um favor, verifica se esse é o primeiro sequestro ou se teve outros em um período de 2 meses. Quero saber se esse garoto é especial ou se é mais um para algo ainda mais macabro.

Discreto? Claro! Discreto é meu nome do meio! diz Matraca com um sorriso largo, seguido de um estalo de língua e aquele clássico gesto de pistolinhas com os dedos apontados para Croatoan. Ele então puxa um caderninho com a capa escrita em letras garrafais: Massagem Terapêutica Involuntária. Matraca risca "fratura exposta" da longa lista de técnicas de tortura, murmurando com uma entonação dramática: Discreeeto...

Após guardar o caderno no bolso, ele tira um maço de cartões de visita, distribuindo-os de forma desajeitada para os heróis ao redor. Alguns pegam, outros caem no chão, mas Matraca parece indiferente. Tá aqui o meu contato, galera! Nos falamos se descobrirmos alguma coisa! Ele não dá muita chance para os outros responderem, já se virando de costas.

Matraca segue para a polícia, onde dá um depoimento raso, quase como quem conta uma fofoca sem muito interesse. Logo após, finge dar uma olhada no pulso, onde claramente não há relógio, e solta: Caramba, olha a hora! Herói é assim, né? Trabalho nunca para! Bom trabalho pra vocês, viu? Ele bate uma continência atrapalhada e, sem esperar resposta, sai caminhando com o ar de quem está em missão.

Ele então avista seu patinete da Hello Kit encostado. Com toda a pompa, monta no patinete e sai vagarosamente, numa marcha lenta que parece piada em si mesma.

Não, pera..., tenta interrompê-lo, corando um pouco.


Eu me referia a interrogar apenas..., disse sem graça, em voz baixa, engolida pela dos demais.

As decisões foram se atropelando e Monge mal acompanhava.


Ei, peraí!, interpelou, fazendo uma ligeira mesura em despedida a Primal e Croatoan. Khar Loss seguiu o Matraca e também deu um depoimento enxuto aos policiais.

Você disse que sabe onde conseguir uma pista, certo? Eu vou junto!, disse emparelhando a caminhada com o andar do patinete. Você gosta de falar e eu sou bom em ouvir. Vai dar certinho!