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Welcome to A conquista de Uhter

04:40, 3rd May 2024 (GMT+0)

Dukac, O Sanguinario

Dukac era de uma região distante e vivia em uma tribo guerreira chamada Kirah. A tribo tinha um festival anual para venerar os deuses que, além das festividades, dava a chance aos principais guerreiros de desafiarem o líder para um combate. O vencedor se tornava o novo líder da tribo, perante aos olhos do povo e dos deuses. Durante vários anos Dukac desafiou o líder Kiftar, mas mesmo com sua incrível força, nunca conseguiu vencer.

Frustrado pelas suas derrotas, Dukac peregrinou em busca de inimigos poderoso para aumentar o seu poder. Em um certo dia de sua viajem, ele adentra a floresta de Midsogar e lá ele encontra uma caverna com vestígios de um ritual de sangue. Uma figura esguia e encapuzada se aproxima e rapidamente o guerreiro entra em posição de combate.

— Sugiro parar por aí.
— Calma meu amigo, não pretendo te machucar.

Ele faz uma pausa.

— Mesmo que eu quisesse, também não conseguiria.
O guerreiro fica confiante e baixa a guarda.
— Muito bem, essas coisas são suas?
— Ora ora, vejo que ficou interessado nos negócios de Zathyr. Sim, são minhas, minha especialidade são poções mágicas. Posso fazer qualquer uma por um pequeno preço.
— Interessante. Tem alguma poção para aumentar a força? Quantas moedas de outro?
O ser da uma risada que não parece humana.
— Não tenho interesse nesse tipo de coisa meu jovem, a única coisa que peço é um pouco do seu sangue e posso lhe dar o que quer.

Dukac é imprudente e aceita o pacto, ele puxa a adaga que carregava na cintura e faz um corte na mão, enchendo uma pequena vasilha com sangue. Logo, a figura enfia a mão dentro da capa e retira um pequeno frasco.

— Aqui está meu jovem, mas devo alerta-lo de que o efeito é passageiro, use-a com sabedoria.

E com a mesma velocidade que apareceu, a criatura se misturou a paisagem da floresta. Já era próximo do 113° festival, quando o guerreiro retorna à tribo. Após um dia de comemorações chega a hora do desafio. Em sua cabana, Dukac toma a poção e ruma a luta, mas a batalha não sai como esperado. Kiftar, mais uma vez, derrota Dukac. Caído e humilhado, o guerreiro sentia uma raiva inimaginável. Em um gesto de espírito esportivo, o líder caminha até o guerreiro para o ajudar a levantar. Então algo começa a acontecer e Dukac solta um rugido feroz. Sua pele começa a ficar espinhenta, tatuagens de runas surgem em seu corpo, seus olhos ficam vermelhos como chamas e chifres começam a nascer. Kiftar não conseguiu reagir e com um único golpe Dukac perfurou a barriga do líder da tribo Kirah. Rapidamente os outros guerreiros formam um círculo em volta da fera. Com mais um rugido, Dukac extermina todos eles com facilidade. O resto da tribo estava em pânico e no meio do caos generalizado surgiram focos de incêndio. A fúria de Dukac era tanta que nem as mulheres e crianças foram perdoadas, todos se tornaram vítimas fatais. Ao final da matança, a fera solta um último rugido e cai desmaiada, era o fim do efeito da poção.

Na manhã seguinte Dukac levanta com a tribo em brasas. As cicatrizes eram evidentes, a transformação não regrediu por completo, ele ainda tatuagens com runas no peito, costas e na cabeça. Mas aquilo não o incomodava mais do que a vergonha de ter eliminado o seu povo e a raiva por ter sido enganado por aquela criatura. Dukac saiu em busca de do paradeiro da criatura e ninguém nunca descobriu como que a tribo Kirah desapareceu naquela noite.